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domingo, 13 de fevereiro de 2022

O sinal de coronavírus que pode piorar devido a esforço excessivo


É do conhecimento geral que a infeção por Covid-19 não se limita apenas ao sistema respiratório, podendo provocar sintomas variados que podem afetar qualquer parte do corpo.

 

Enquanto alguns sintomas desaparecem após 15 dias, outros podem permanecer por mais tempo. Infelizmente, não há forma de prever quem irá experienciar sintomas a longo prazo e quais. Contudo, determinados efeitos da infeção pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, causador da doença da Covid-19, podem piorar devido ao esforço excessivo, revela um artigo publicado pelo jornal Times of India.

 

Dores de cabeça, diarreia, falta de ar, são alguns dos sintomas duradouros do coronavírus, que são comuns e experienciados pela maioria das pessoas. Além destes, existem outros sinais que ocorrem com menor frequência ou muitas vezes passam despercebidos. A sensação de tontura é um desses sinais que ocorre em raras ocasiões, mas pode piorar devido ao excesso de esforço.

 

Tontura é definida como uma variedade de sensações, nomeadamente sensação de desmaio, fraqueza ou instabilidade. Criando uma falsa impressão de que tudo ao seu redor está em movimento.

 

Podemos ter tonturas devido a muitas razões, como fraqueza ou desidratação. Essa é uma das razões pelas quais é difícil diferenciar após uma infeção por coronavírus se a tontura é causada pela Covid-19 ou por outros motivos. Se o episódio de tontura é frequente após a doença, então pode ser um efeito colateral da infeção viral.

 

De acordo com o Sistema Nacional de Saúde Britânico (NHS), o excesso de esforço pode agravar a tontura e pode até interferir com a rotina diária. Poderá sentir-se ligeiramente desequilibrado, incapaz de andar ou manter-se de pé. Em alguns casos, a pessoa pode até experienciar inclusive zumbido nos ouvidos, audição reduzida, fadiga ocular e dores de cabeça.

 

Todavia, a tontura não é algo que deve temer a menos que seja aguda. A sensação de tontura vem e vai, apenas em casos raros pode permanecer por mais tempo. Por outras palavras, deverá consultar um médico somente se se sentir tonto constantemente e tal começar a afetar o seu dia a dia.

 

Fonte: https://www.noticiasaominuto.com/lifestyle/1928508/o-sinal-de-coronavrus-que-pode-piorar-devido-a-esforo-excessivo - © Shutterstock


A alma generosa engordará, e o que regar também será regado.

Provérbios 11:25


quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

É seguro (e recomendável) correr

Há uma alta taxa de lesões entre quem sai dando passadas por aí. Mas dá pra baixar muito esse risco. Até porque o perigoso mesmo é ficar parado

A cada toque do pé com o chão, o corpo de um corredor recebe um impacto que varia de duas a quase cinco vezes o peso dele. Agora considere que, em uma única semana, ele dá milhares de passos acelerados durante seus treinamentos. É desgaste do joelho na certa… Só que não. “Correr de forma recreativa na verdade protege essa e outras articulações. O que faz mal para elas é o sedentarismo“, garante o ortopedista Eduard Alentorn-Geli, da Federação Espanhola de Futebol.

Apesar de vinculado a uma instituição focada na nossa paixão nacional, esse médico liderou um levantamento sobre o suposto elo entre a corrida e a artrose – chamada de osteoartrite pelos especialistas. Ele e seus colegas revisaram 17 estudos, que totalizaram dados de 114 829 indivíduos. Entre esse pessoal, alguns apertavam o passo por diversão, outros eram profissionais (ou quase) e ainda havia aqueles que gostavam mesmo é de pôr as pernas pro alto. Saiba mais: Correr não causa artrose nos joelhos e no quadril

Pois vamos ao que interessa: enquanto 10,2% dos amantes do sofá reclamaram de dores nos joelhos ou quadris ao longo dos anos, somente 3,5% dos corredores amadores manifestaram o problema. Contudo, o pior resultado foi o dos atletas. Não menos do que 13,3% ficaram com as juntas rangendo. “O recado é permanecer ativo sem se exceder”, conclui Alentorn-Geli.

Antes de falarmos em limites, cabe reconhecer os préstimos da corrida. “Ela promove adaptações positivas na cartilagem, nos ligamentos, nos tendões e nos ossos”, afirma a educadora física Carina Helena Wasem Fraga, professora de biomecânica da Universidade Federal do Maranhão. “É como se essas estruturas precisassem de movimento para se manter saudáveis”, traduz.

Dar umas voltas no quarteirão também fortalece os músculos dos membros inferiores, nossos amortecedores naturais. “Se um tênis esportivo absorve 3% do impacto de uma passada, o quadríceps, um músculo da coxa, segura 66%”, compara Carina. E, claro, suar a camisa queima calorias, o que afasta a obesidade, uma das principais causas da artrose. Mas então por que vemos tantos corredores arrebentados mundo afora?

Não vamos tapar o sol com a peneira. Estatísticas dão conta de que dois terços dos corredores se contundem em um ano. “Mas, se esse esporte é benéfico para várias estruturas do corpo, o que explica o paradoxo?”, questiona Carina. Ela mesma responde: “A completa falta de planejamento. Boa parte dos praticantes nem sequer pensa sobre frequência, intensidade e evolução dos treinos”.

De um jeito simplista, tem muito amador correndo que nem profissional. E, quando você queima a largada, seu organismo vai protestar – não importa a modalidade. “Os movimentos da corrida não são especialmente danosos, ao contrário do que se imagina. As lesões costumam vir de uma sobrecarga inadequada”, reforça o ortopedista Moisés Cohen, diretor do Instituto Cohen de Ortopedia, Reabilitação e Medicina do Esporte, em São Paulo. “É a pessoa que quer emagrecer para o verão ou se preparar para uma maratona da noite para o dia”, exemplifica.

Na maioria dos casos, portanto, não estamos falando de males irreversíveis e que aparecem após décadas de abuso, como a artrose. São as tendinites, os estiramentos musculares, os desgastes iniciais na cartilagem… Enfim, chateações contornáveis com um mínimo de cuidado.

Como já dissemos, o primeiro passo é começar com calma, manter a regularidade e não pular etapas. Se possível, trace seus treinamentos com um profissional de educação física para que ele ajuste a dose de esforço segundo suas características e metas. “Sugiro ainda complementar a modalidade com exercícios de força, principalmente para fortalecer as pernas e os quadris”, propõe Carina.

Outra coisa: valorize o repouso. “O descanso é o treino silencioso. Nesse período, o corpo repara seus tecidos e se adapta às demandas da atividade física”, destaca Tony Meireles, profissional de educação física da Universidade Federal de Pernambuco. E, quanto mais suor, mais sossego será necessário depois. Que fique claro, não se trata de proibir o indivíduo de correr uma maratona, até porque esses eventos motivam determinadas pessoas. “Basta entender que provas assim cansam demais e não devem ser feitas a todo momento, nem por praticantes condicionados”, arremata Meireles.

E como fica o coração?
Por mais que os exercícios físicos sejam aliados sacramentados do peito, o medo de sofrer um piripaque durante a corrida aterroriza muitos brasileiros. E lá vamos nós de novo prezar pela sinceridade: o Colégio Americano de Medicina do Esporte atesta que sujeitos ativos têm um risco duas vezes maior de infartar durante um treino intenso. Mas… a probabilidade de esse chabu grave acontecer em qualquer hora do dia é 50 vezes menor em comparação com os sedentários. Cinquenta vezes!

Entretanto, aqui também devemos discutir a quantidade e a intensidade das passadas. Em uma clássica pesquisa inglesa com 5 159 homens entre 40 e 59 anos que foram acompanhados por quase duas décadas, primeiro constatou-se o óbvio: os inativos possuíam o maior risco de sofrer uma pane cardíaca. Acontece que os mais resguardados contra essa encrenca eram os participantes que adotaram um ritmo moderado – quem apertou demais o passo até viu os benefícios se esvaírem um pouco.

“A corrida reduz a pressão, baixa o colesterol, controla a glicemia… São inúmeras vantagens para o sistema cardiovascular”, diz o médico Iran Castro, um dos autores da Diretriz de Cardiologia do Esporte e do Exercício da Sociedade Brasileira de Cardiologia. “Só é bom evitar extremos e consultar um médico para ver se há alguma condição que exija cuidados especiais”, pondera. Atenção: cuidados especiais não significam proibição, até porque, hoje em dia, a sala de ginástica integra o tratamento de várias doenças. Portador ou não de um problema de saúde, tenha certeza de uma coisa: seu sofá é bem menos confortável para o corpo do que parece.

Eu me machuquei. E agora?
“Uma lesão, mesmo se não tão grave, faz certas pessoas largarem o esporte. Daí porque é crucial preveni-la”, constata o educador físico Tony Meireles. Ainda assim, nunca dá para se blindar 100%. Se passar por um infortúnio, respeite o tempo de reabilitação e volte a malhar aos poucos – por mais que queira, no começo você não vai ter o condicionamento de antes.

Sinais amarelos
Se eles surgirem, pare e busque apoio médico
Dor súbita e persistente
Limitação de movimento
Cansaço desproporcional
Tontura ou desmaio
Dor no peito
Palpitação cardíaca
Extrema falta de ar
O coração pede agito

Estudo mostra, em homens acima dos 40 anos, o efeito protetor do esforço físico


Fonte: https://saude.abril.com.br/fitness/e-seguro-e-recomendavel-correr/ - Por Theo Ruprecht - Foto: Vasakna/iStock - Infográfico: Ana Cossermelli/SAÚDE é Vital