Com a chegada do frio e do mês de junho, é
inevitável não se lembrar da festa junina. Essa celebração, que ocorre em todo
o Brasil,
tem sua origem nas festas de alguns santos populares em Portugal, como Santo
Antônio, São João, São Pedro e São Paulo. A origem do nome “junina”,
inicialmente chamada de “joanina”, tem a ver com São João. E o que não pode
faltar na mesa desta festa se relaciona justamente com o ato de agradecer aos
santos pelas chuvas caídas nas lavouras. Veja a seguir algumas das deliciosas
iguarias tradicionais desta época do ano.
Quentão
Uma das bebidas mais típicas de todas as quermesses,
o quentão consiste em uma mistura de vinho, açúcar, gengibre, cravo e canela.
Há, ainda, quem adicione cascas de limão e laranja. Em alguns lugares do
Brasil, se utiliza cachaça no lugar do vinho. É destinado a adultos, porém se
as crianças quiserem provar o quentão, é necessário
esperar que o álcool se evapore por completo.
Vinho quente
Bebida tradicional das festas juninas como o
quentão, o vinho quente é muito consumido no interior de São Paulo. A diferença
consiste em que este não leva gengibre e as quantidades dos ingredientes são
diferentes. Ao preparar o vinho quente, sentirá o aroma de especiarias, frutas,
caramelos e da própria bebida no ar. Com este cheirinho tentador, sua festa
junina vai ficar ainda mais convidativa.
Pé de Moleque
Este doce, típico da culinária brasileira,
é feito através da mistura de amendoins torrados e moídos e rapadura. Segundo
consta, a origem do nome faz referência à expressão “- Pede moleque!”. As
quituteiras, que vendiam doces na rua, eram alvos de furtos por parte da
criançada. Uma forma de evitar o abuso dos meninos foi o uso da expressão, que
com o tempo transformou o nome do doce que vendiam em “pé de moleque”.
Pipoca
Uma refeição muito fácil de preparar, a pipoca ou
pororoca, como também é conhecida, foi descrita pelos primeiros europeus quando
estes chegaram à América, como um salgado à base de milho. Mais tarde foi
descoberto que esse milho é uma variedade especial, com espigas menores. Já no
século XIX, era bastante comercializada em
feiras e parques. Com o passar do tempo, o salgado se tornou bastante popular e
teve presença garantida em muitas quermesses. Mas, não sem antes, se apresentar
em sua variedade, a pipoca doce.
Pinhão
O pinhão é a semente da Araucária Angustifolia.
Mede, aproximadamente, quatro centímetros, de forma alongada e da cor marfim.
Muitos indígenas viviam da caça e da coleta do pinhão, no que hoje é a região
de Santa Catarina. Da mesma forma, viviam os descendentes de italianos e
alemães que colonizaram esta área. Sem valor reconhecido, o pinhão é tido como
um alimento pobre. Hoje em dia, se usa para fazer paçoca de pinhão e para
preparar entrevero, um cozido de carnes e verduras acompanhado pela semente.
Canjica
Preparado com farinha de milho branco ou milho verde
ralado, a canjica, que contém leite, açúcar, manteiga e canela, também é
conhecida como curau ou mingau de milho branco. Pode ser consumida quente ou
gelada. O seu nome é de origem africana, de um grupo etnolinguístico conhecido
como banto. Muitas pessoas acreditam que o doce é capaz de curar gripes.
Recuperando o corpo do mal estar causado pela enfermidade, o doce apresenta
células de defesa envolvidas no processo inflamatório.
Arroz-doce
Um doce que não pode faltar na sua quermesse é o
arroz-doce. Pode ser cozido diretamente no leite, ou em água com açúcar. Há
ainda, quem acrescente amêndoas, frutas, chocolates e condimentos como a
canela, algumas folhas de louro ou até mesmo a casca do limão. A expressão
“arroz-de-festa” atravessou o oceano, vinda de Portugal. E, justamente, por
causa da sua versão em doce, é que esta iguaria não pode faltar na festa
junina.
Cocada
Tradicional da Angola e típica no Brasil, a receita
da cocada pode variar. Em geral leva gemas, leite e coco ralado, mas também
pode conter leite condensado, rapadura e leite-de-coco. Atualmente, para dar
sabor à cocada, é usada polpa de fruta. A expressão “rei da cocada preta” se
originou quando a família real chegou ao Brasil e adotou a cocada preta como
seu quitute favorito. A cocada branca é denominada “Santo Antônio” e é bastante
solicitada nas bancas das baianas de Salvador.
Bolo de Fubá
Um dos doces mais procurados nas festas juninas é o
bolo de fubá. Consumido pelos quatros cantos do nosso país, o fubá é obtido
pela moagem fina do milho cru, seco e debulhado. No século XVIII foi tido como
um dos principais alimentos, tendo sido os portugueses responsáveis pela sua
popularidade. Acompanhava o feijão, a carne-seca e os cozidos de galinha.
Também foi muito importante na alimentação dos escravos. Hoje, também é muito
consumido na hora do lanche.
Mexicano
Muito conhecido no estado de São Paulo como buraco
quente, o mexicano nada mais é que pão francês recheado com carne moída. Mas
vale a criatividade. Queijo, muçarela, batata palha, milho, ervilha, maionese,
ketchup, mostarda e o que mais você desejar. Uma sugestão é comprar o pão
francês de tamanho menor, também conhecido como mini média ou mini francês. Se
puder servir e comer ainda quente, ficará ainda mais gostoso.
Fonte: http://www.ehow.com.br/faltar-mesa-junina-slide-show_69138/
- Escrito por Marcinho Lc - Foto Getty Images