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quinta-feira, 11 de abril de 2019

Padrão de beleza: está na hora de amar nosso corpo ao invés de escondê-lo


Quando uma mulher se olha por inteiro certamente ela reconhece suas próprias qualidades

Provavelmente você já deve ter vivido a experiência de observar seu corpo depois do banho ou numa troca de roupa diante do espelho. Nessa hora que você olha com mais atenção para a sua silhueta, suas características físicas e sinais, qual é a sua sensação? Você se sente satisfeita com o que vê ou se depara com um monte de defeitos?

Infelizmente grande parte das mulheres que estão lendo essa matéria devem ter se identificado com a segunda opção. Calma, você não está sozinha. O Relatório Global de Beleza e Confiança da Dove, feito em 2016, entrevistou cerca de 10.500 mulheres de 13 países. Dessas, apenas 4% se consideraram bonitas.

O estudo também mostrou que mais da metade das mulheres acreditam que são elas mesmas que fazem as maiores críticas à própria beleza. E 80% das entrevistadas concordam que toda mulher tem qualidades que a tornam bonita, mas têm dificuldade de enxergar a própria beleza.

A pesquisa mostra um número expressivo de mulheres descontentes com a própria aparência e, se formos olhar para as nossas vidas, podemos perceber que é muito comum que questões relacionadas à estética estejam presentes na vidas das mulheres. Mas você já se perguntou quando essas imposições estéticas começaram?

A resposta para a primeira pergunta é: elas sempre existiram. Para se ter uma ideia, já no período da pré-história, a escultura "Mulher de Willendorf" mostrava o corpo da mulher com formas robustas e arredondadas. Esse era o padrão de beleza da época, ele era valorizado porque passava a ideia de fertilidade. Como esse era o maior atributo que uma mulher podia ter, quem fosse assim era bonita.

No período da Grécia Antiga, o conceito de beleza tinha relação com a ideia de simetria e proporção. Sendo assim, de maneira simples, os corpos atléticos se encaixavam no padrão de beleza. O oposto disso se deu no período do Renascimento, no qual o padrão de beleza feminino consistia em apresentar cabelos compridos, seios fartos e curvas voluptuosas.

Dando um salto na história e indo para a segunda década do século 20, o sinônimo de sensualidade da época era justamente um visual mais minimalista, com cabelos curtos e curvas disfarçadas. Nas décadas seguintes, corpos curvilíneos, sarados, esguios, magro com curvas tiveram predominância no ideal de beleza feminino. A questão é que, por mais que o ideal de beleza tenha mudado ao longo da história, é bem verdade que nem todos se enquadravam nele e isso sempre trouxe consequências.

"De uma forma ou outra isso acaba afetando a todos, sendo que nós mulheres acabamos recebendo uma cobrança muito maior em corresponder a esse padrão. Ressaltando que esses padrões estabelecidos e cobrados se manifestam de diferentes formas e não se limitam a imagem corporal, mas também estão direcionados as vestimentas, comportamentos, aos modos de vida", explica a psicóloga clínica Bruna Morgana Giraldi Barão.

É importante dizer que a partir do século XX a cada mudança de década os padrões de beleza passaram por modificações expressivas. Por exemplo, no livro "Moda do Século", o autor François Baudot explica que na primeira década o ideal de corpo feminino eram as mulheres com quadris largos e cintura fina. Em 1920, a beleza estava nos corpos mais longilíneos e andróginos, quase sem curvas.

Logo, pode-se imaginar que uma mulher que estava dentro do que era considerado bonito por volta de 1910, provavelmente não se sentiria tão bem com seu corpo alguns anos para frente. E olha que nessa época não tinha Instagram ou Facebook para escancarar as tendências estéticas a todo momento.

Padrões não consideram a diversidade
Ao longo da história da humanidade, diferentes fatores influenciaram a criação de padrões estéticos. Por exemplo, no período da pré-história a figura de proporções avantajadas da ?Mulher de Willendorf? era valorizada devido a uma relação que aquele biotipo tinha com a fertilidade. Assim como nos anos 20 era comum que as mulheres que trabalhavam optassem pela praticidade e, com isso, foi atribuído a elas um visual mais próximo do masculino, com calças, camisas e casacos retos.
Além disso, a posição social, moda, mídia e até mesmo a religião já serviram de pilar para ditar padrões estéticos. O problema é que em nenhum ou em quase nenhum momento essa padronização levou em consideração os corpos das mulheres. Em outras palavras, durante todo tempo tentaram dizer às mulheres o que era ou não considerado belo, mas essa definição não ponderou a diversidade de biotipos, contextos sociais, culturais e gostos de cada uma. Sendo assim, como encaixar o corpo feminino em algo que não foi instituído a partir do corpo feminino?
No livro "O Mito da Beleza", Naomi Wolf explica que "o mito da beleza mutila o curso da vida de todas. E o que é mais instigante, a nossa identidade deve ter como base a nossa 'beleza', de tal forma que permaneçamos vulneráveis à aprovação externa, trazendo nosso amor-próprio, esse órgão sensível e vital, exposto a todos".
De acordo com a psicóloga clínica Eliza Guerra especializada na construção da autoestima e autoconhecimento, é como se nosso corpo fosse um objeto do olhar e do prazer do outro. ?Isso fez com que as mulheres não tivessem durante muito tempo autonomia em relação ao próprio corpo?, explica.

Padrão de beleza e consumo
É comum que as atrizes, modelos e influenciadoras digitais sejam vistas, muitas vezes, como parâmetro de beleza. Por trás de toda essa imagem é comum que hajam diferentes produtos, cirurgias, tratamentos estéticos e atividades físicas que contribuam para que elas alcancem esse ideal de beleza.
Sendo assim, quando uma mulher se identifica ou admira uma atriz, modelo ou influenciadora, ela se interessa pelas técnicas e procedimentos que foram usados pela famosa. Quem nunca copiou o estilo de uma atriz que admirava ou quis ter o mesmo corte de cabelo de uma cantora?
Com a ascensão das mídias sociais essa visibilidade passou a ser instantânea e acessível a todo momento. A psicóloga Bruna explica que toda essa exposição incita a mulher a se recriar de acordo com o modo ou estilo de vida que lhe é apresentado.
Logo, a ideia que se vende é que é possível ter ou ao menos se aproximar do padrão estético, contanto que se pague por isso.

Beleza editada
As redes sociais são meios de promover não apenas nossa autoimagem, mas sim a imagem que queremos passar aos outros. Sendo assim, é comum usar recursos como filtros, comandos que corrigem imperfeições e até dão a impressão de que se está maquiada. Dificilmente são publicadas na linha do tempo imagens que não valorizam a beleza de cada um.
A psicóloga clínica Eliza Guerra explica que é muito comum as pessoas se esquecerem do uso desses recursos quando veem as fotos de outras pessoas. Ou então, mesmo que a foto não tenha muitos retoques, pode-se acreditar que aquela pessoa com a foto perfeita, o corpo malhado e o cabelo sedoso é assim o tempo todo ou chegou a esse resultado sem nenhum esforço ou investimento financeiro.
A vida publicada nas redes sociais não necessariamente condiz com a realidade. Eliza conta que existe o ângulo da foto, sombra, luz, posição da câmera, maquiagem, filtros e outros recursos que possibilitam que se consiga imagens dignas de muitos likes e curtidas.
Querer tirar fotos bonitas não tem problema. A questão é que essa suposta perfeição das redes sociais de certa forma também aumenta a cobrança entre as mulheres no mundo real. "Gera um senso de insatisfação constante, pois não condiz com a realidade. É praticamente impossível atingir o padrão de corpo, imagem e cabelos que vemos nas redes sociais. A sensação que dá é a de que nunca vamos ser boas os bastante", explica.

Uma questão que não poupa ninguém
Talvez você pense que essas inseguranças em relação à própria beleza se manifestem apenas nas mulheres comuns. Na verdade, as famosas, muitas delas tidas como ícone de beleza, já declararam publicamente que também têm suas inseguranças.
Celebridades como Beyoncé, Kim Kardashian, Gisele Bündchen, Bruna Marquezine, Anitta entre outras já disseram que foram afetadas e se sentiram inseguras em relação à própria aparência. Não é à toa que tantas delas fazem plásticas, se submetem a tratamentos estéticos e dietas a fim de conquistar e manter um padrão estético.
Isso significa que nenhuma mulher deveria se preocupar com a vaidade e abandonar todo e qualquer atitude em relação à própria aparência? Claro que não. Mas é importante ter em mente que certos conceitos foram construídos e têm sido sustentados há anos. E que, na tentativa de pertencer a esses padrões, muitas mulheres têm sua autoestima abalada e sua autoimagem reduzida a defeitos estéticos. É tempo de apurarmos nossos filtros, não os de imagens nas redes sociais, mas nossos critérios, e vermos que nem tudo que é apresentado para nós em relação à beleza é real e nos convém.

Um preço caro às mulheres
Não é exagero dizer que os padrões estéticos podem ser ferramentas cruéis para as mulheres. Afinal, durante muito tempo fizeram com que o público feminino acreditasse que era necessário adequar o próprio corpo a modelos que não levavam em consideração as necessidades da mulher. Ao mesmo tempo também predominou a ideia de que para que a mulher merecesse ser amada ela precisaria atender aos requisitos de estética e comportamento de sua época.
"Em virtude de toda essa ditadura da beleza, a mulher vivenciou um vazio existencial, perdendo o que lhe é original e vivendo em torno daquilo que lhe é ditado", lembra Bruna. Segundo ela, isso resultou em inúmeras mulheres infelizes com o próprio corpo, com o reflexo que veem no espelho, não reconhecendo quais são suas verdadeiras necessidades e desejos, chegando ao ponto de não conseguir encontrar nenhuma característica positiva em si mesma.
E não para por aí, o fato de a mulher não conseguir ter um corpo dito como ideal, seja por motivos financeiros, genéticos ou pessoais, pode alcançar níveis extremos, como o desenvolvimento de uma bulimia ou anorexia.

Uma nova relação consigo mesma
A verdade é que ser mulher nunca foi algo fácil. Junto com as imposições estéticas há diversos acontecimentos que fizeram e ainda fazem com que as mulheres fossem menosprezadas na sociedade. A diferença de salários, a desconfiança dos outros em relação à capacidade de ocupar cargos de destaque, a ausência de oportunidade, o preconceito do mercado de trabalho com mulheres que são mães, o racismo que objetifica mulheres negras, indígenas e orientais e a violência física e psicológica que se manifesta em diferentes níveis, mas que traz consequências dolorosas.
É tempo de as mulheres olharem para si com mais compaixão, respeito e consideração por sua individualidade. Esse é o primeiro passo para construir uma relação saudável com a própria estética. Não tem a ver com cosméticos, medidas corporais, procedimentos milagrosos e sim com reconhecer o próprio valor de cara limpa e peito aberto.
Primeiramente é importante lembrar que cada mulher é única, tem sua própria história, repertório, desejos, genética e valor. Esses e tantos outros componentes fazem parte de uma mulher. Reduzir o corpo feminino a medidas e curvas é desumano.
"Somo capazes de deixar de lado as neuroses em relação ao tipo físico e parar de se comparar com esses padrões. Além disso, é preciso desenvolver o autoconhecimento e colocar em prática o amor próprio, ao invés de focar nas críticas e defeitos, buscar dar ênfase às qualidades, e admirar todas as coisas positivas", diz Bruna.

Um novo olhar para o corpo feminino
Ao conhecer os próprios gostos, valorizar a ancestralidade, entender o que faz bem e o que não faz, é possível que a mulher se sinta mais inteira, completa e capaz de tomar decisões que sejam benéficas para ela. Esses ganhos também podem se refletir na aparência, só que agora a motivação é outra. O que antes era busca por uma aprovação dos outros, agora é autocuidado e amor próprio.
"Com isso, no momento que a mulher ver sua imagem refletida no espelho, ela terá mais facilidade em se perceber, conhecer os aspectos que lhe fazem diferentes e, ao invés de tentar escondê-los, valorizá-los. Entender que por mais que os padrões estéticos se modifiquem, ela pode se sentir bonita em qualquer época", conta Eliza.
É claro que vão haver momentos em que a vaidade e a autoestima vão ser afetadas. Mulheres são seres humanos e nem todas as construções sociais são simples de serem derrubadas, mas têm muitas mulheres trabalhando para isso todos os dias e, por mais que às vezes a gente caia, ainda somos capazes de ficar de pé.


domingo, 29 de novembro de 2015

Felicidade: 7 dicas da ciência para ser mais feliz

Felicidade é a maior busca humana. Todos nós experimentamos picos emocionais ao longo de nossas vidas – com uma promoção no trabalho, no dia do nosso casamento, com o nascimento de um filho etc. Mas esses momentos produzem sentimentos temporários de euforia, e especialistas dizem que não são suficientes para alcançar a verdadeira felicidade.

A felicidade não é apenas um estado emocional. Décadas de pesquisa provam que é algo muito mais profundo. Na verdade, a ciência mostra que as pessoas felizes vivem vidas mais longas e saudáveis.

A boa notícia é que possível ser feliz tomando pequenas atitudes, independentemente do nosso meio ambiente ou genética.

Confira sete maneiras de aumentar felicidade e sua satisfação com a vida:

Seja positivo
Um estudo da Universidade de Harvard (EUA) descobriu que os otimistas não só são mais felizes, como são 50% menos propensos a ter doença cardíaca, um ataque cardíaco ou um acidente vascular cerebral.
A conclusão é que manter uma perspectiva positiva oferece proteção contra doenças cardiovasculares. Já os pessimistas têm níveis mais baixos de felicidade em comparação com os otimistas e têm três vezes mais chances de desenvolver problemas de saúde à medida que envelhecem.

Aprenda com as pessoas que já são felizes
A Dinamarca vira e mexe ganha o primeiro lugar em qualquer índice que mede o bem-estar e a felicidade dos países de todo o mundo. O que faz dessa a nação a mais feliz do mundo?
Claro, coisas como a expectativa de vida, produto interno bruto e baixa corrupção ajudam – e muito. Mas o nível geral de felicidade na Dinamarca tem mais a ver com a generosidade que é comum entre os cidadãos, a liberdade que eles têm para fazer escolhas de vida e um sistema de apoio social forte, de acordo com a Organização das Nações Unidas.

Trabalhe menos
Os dinamarqueses parecem ter um grande equilíbrio entre vida e trabalho, o que aumenta seu nível de felicidade. Simplificando: eles não trabalham em excesso. Na verdade, a semana de trabalho média na Dinamarca é de 33 horas – apenas 2% dos dinamarqueses trabalham mais de 40 horas por semana.
Quase 80% das mães na Dinamarca voltam ao trabalho depois de ter um filho, mas equilibram o seu tempo livre entre a família, amigos e programas na sua comunidade.

Concentre-se em experiências
Dinamarqueses também dão menos atenção a dispositivos eletrônicos e coisas, e mais atenção para a construção de memórias. Estudos mostram que pessoas que se concentram em experiências ao invés de se focar em “ter coisas” têm níveis mais elevados de satisfação, mesmo muito tempo depois que a experiência passou.
Comprar muitas vezes leva a dívidas, para não mencionar o tempo e o estresse associado com a manutenção de todos os dispositivos, carros, propriedades, roupas, etc.
Os pesquisadores dizem que quando as pessoas se concentram em experiências, elas sentem uma maior sensação de vitalidade ou “de estar vivo” tanto durante o momento quanto depois.
As experiências também unem mais as pessoas, o que pode contribuir para a sua felicidade.

Construa uma rede social
Ao simplesmente ser social, você poderia viver mais tempo. A pesquisa mostra que um sistema de apoio social forte pode aumentar nossa expectativa de vida.
Os telômeros são as pequenas tampas em nossos cromossomos do DNA que indicam a nossa idade celular. De acordo com especialistas, não ter amigos pode ser igual a telômeros mais curtos e, por sua vez, uma vida mais curta.
Outros estudos mostraram que a solidão leva a maiores taxas de depressão, problemas de saúde e estresse. Ou seja, vale a pena ter pelo menos um amigo próximo para aumentar seu nível de felicidade e saúde.

Trabalho voluntário
Pessoas que se voluntariam são mais felizes, concluíram dezenas de estudos. A ONU credita o voluntariado como uma das razões para a Dinamarca ser o país mais feliz do mundo – 43% dos dinamarqueses regularmente doam seu tempo para boas ações em sua comunidade.
A alegria de ajudar os outros começa cedo. Um estudo de 2012 descobriu que crianças preferem dar do que receber. Os pesquisadores deram a dois grupos de crianças lanches e, em seguida, pediram que um dos grupos oferecesse esses lanches a outras pessoas. As crianças que entregaram os seus lanches mostraram maior felicidade sobre a partilha de seus bens, o que sugere que o ato de sacrifício pessoal é emocionalmente gratificante.
O sacrifício não tem que ser grande – pesquisas já sugeriram que doar tão pouco quanto US$ 5 gera benefícios emocionais.
Realizar atos de bondade, se voluntariar e doar dinheiro aumentam a felicidade, melhorando o seu senso de comunidade, propósito e autoimagem.

Comece a rir
Estudos mostram que rir não apenas sinaliza felicidade, mas sim a produz. Quando rimos, nossos hormônios do estresse diminuem e nossas endorfinas aumentam. Endorfinas são as mesmas substâncias químicas que o cérebro associa com aquele “impulso” que as pessoas recebem do exercício físico.
Rir também faz bem para o coração. Um estudo descobriu que apenas 8% dos pacientes cardíacos que riram diariamente tiveram um segundo ataque cardíaco dentro de um ano, em comparação com 42% dos que não riram.
Estudos ainda mostram que nosso corpo não consegue diferenciar entre o riso falso e o real – as pessoas recebem benefícios de saúde de qualquer maneira. Sendo assim, você pode forçar-se a rir mais, pelo menos um pouco todos os dias, até que você tenha verdadeiros motivos para sorrir. [CNN]


sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Sete maneiras de aumentar felicidade e sua satisfação com a vida

Felicidade é a maior busca humana. Todos nós experimentamos picos emocionais ao longo de nossas vidas – com uma promoção no trabalho, no dia do nosso casamento, com o nascimento de um filho etc. Mas esses momentos produzem sentimentos temporários de euforia, e especialistas dizem que não são suficientes para alcançar a verdadeira felicidade.

A felicidade não é apenas um estado emocional. Décadas de pesquisa provam que é algo muito mais profundo. Na verdade, a ciência mostra que as pessoas felizes vivem vidas mais longas e saudáveis.

A boa notícia é que possível ser feliz tomando pequenas atitudes, independentemente do nosso meio ambiente ou genética.

Confira sete maneiras de aumentar felicidade e sua satisfação com a vida:

Seja positivo
Um estudo da Universidade de Harvard (EUA) descobriu que os otimistas não só são mais felizes, como são 50% menos propensos a ter doença cardíaca, um ataque cardíaco ou um acidente vascular cerebral.
A conclusão é que manter uma perspectiva positiva oferece proteção contra doenças cardiovasculares. Já os pessimistas têm níveis mais baixos de felicidade em comparação com os otimistas e têm três vezes mais chances de desenvolver problemas de saúde à medida que envelhecem.

Aprenda com as pessoas que já são felizes
A Dinamarca vira e mexe ganha o primeiro lugar em qualquer índice que mede o bem-estar e a felicidade dos países de todo o mundo. O que faz dessa a nação a mais feliz do mundo?
Claro, coisas como a expectativa de vida, produto interno bruto e baixa corrupção ajudam – e muito. Mas o nível geral de felicidade na Dinamarca tem mais a ver com a generosidade que é comum entre os cidadãos, a liberdade que eles têm para fazer escolhas de vida e um sistema de apoio social forte, de acordo com a Organização das Nações Unidas.

Trabalhe menos
Os dinamarqueses parecem ter um grande equilíbrio entre vida e trabalho, o que aumenta seu nível de felicidade. Simplificando: eles não trabalham em excesso. Na verdade, a semana de trabalho média na Dinamarca é de 33 horas – apenas 2% dos dinamarqueses trabalham mais de 40 horas por semana.
Quase 80% das mães na Dinamarca voltam ao trabalho depois de ter um filho, mas equilibram o seu tempo livre entre a família, amigos e programas na sua comunidade.

Concentre-se em experiências
Dinamarqueses também dão menos atenção a dispositivos eletrônicos e coisas, e mais atenção para a construção de memórias. Estudos mostram que pessoas que se concentram em experiências ao invés de se focar em “ter coisas” têm níveis mais elevados de satisfação, mesmo muito tempo depois que a experiência passou.
Comprar muitas vezes leva a dívidas, para não mencionar o tempo e o estresse associado com a manutenção de todos os dispositivos, carros, propriedades, roupas, etc.
Os pesquisadores dizem que quando as pessoas se concentram em experiências, elas sentem uma maior sensação de vitalidade ou “de estar vivo” tanto durante o momento quanto depois.
As experiências também unem mais as pessoas, o que pode contribuir para a sua felicidade.

Construa uma rede social
Ao simplesmente ser social, você poderia viver mais tempo. A pesquisa mostra que um sistema de apoio social forte pode aumentar nossa expectativa de vida.
Os telômeros são as pequenas tampas em nossos cromossomos do DNA que indicam a nossa idade celular. De acordo com especialistas, não ter amigos pode ser igual a telômeros mais curtos e, por sua vez, uma vida mais curta.
Outros estudos mostraram que a solidão leva a maiores taxas de depressão, problemas de saúde e estresse. Ou seja, vale a pena ter pelo menos um amigo próximo para aumentar seu nível de felicidade e saúde.

Se voluntarie
Pessoas que se voluntariam são mais felizes, concluíram dezenas de estudos. A ONU credita o voluntariado como uma das razões para a Dinamarca ser o país mais feliz do mundo – 43% dos dinamarqueses regularmente doam seu tempo para boas ações em sua comunidade.
A alegria de ajudar os outros começa cedo. Um estudo de 2012 descobriu que crianças preferem dar do que receber. Os pesquisadores deram a dois grupos de crianças lanches e, em seguida, pediram que um dos grupos oferecesse esses lanches a outras pessoas. As crianças que entregaram os seus lanches mostraram maior felicidade sobre a partilha de seus bens, o que sugere que o ato de sacrifício pessoal é emocionalmente gratificante.
O sacrifício não tem que ser grande – pesquisas já sugeriram que doar tão pouco quanto US$ 5 gera benefícios emocionais.
Realizar atos de bondade, se voluntariar e doar dinheiro aumentam a felicidade, melhorando o seu senso de comunidade, propósito e autoimagem.

Comece a rir
Estudos mostram que rir não apenas sinaliza felicidade, mas sim a produz. Quando rimos, nossos hormônios do estresse diminuem e nossas endorfinas aumentam. Endorfinas são as mesmas substâncias químicas que o cérebro associa com aquele “impulso” que as pessoas recebem do exercício físico.
Rir também faz bem para o coração. Um estudo descobriu que apenas 8% dos pacientes cardíacos que riram diariamente tiveram um segundo ataque cardíaco dentro de um ano, em comparação com 42% dos que não riram.
Estudos ainda mostram que nosso corpo não consegue diferenciar entre o riso falso e o real – as pessoas recebem benefícios de saúde de qualquer maneira. Sendo assim, você pode forçar-se a rir mais, pelo menos um pouco todos os dias, até que você tenha verdadeiros motivos para sorrir. [CNN]

terça-feira, 24 de julho de 2012

Satisfação faz bem pro coração – mesmo

Uma maneira simples e agradável de manter a saúde da cabeça e do coração: segundo um novo estudo, a alegria no cotidiano faz bem e diminui os riscos de doenças cardíacas.

Participantes do estudo deram notas em um escala de 1 (muito insatisfeito) a 7 (muito satisfeito) para o nível de satisfação que sentiam com seu emprego, família, vida sexual e com eles mesmos. Os pesquisadores relacionaram esses elementos com os riscos de problemas de coração que as pessoas apresentaram, e chegaram ao resultado de que quanto maior a satisfação com a vida, menor o risco de problemas cardíacos.

Os pesquisadores acompanharam 8 mil servidores do governo britânico que participaram do estudo por seis anos, analisando os registros dos participantes para mortes relacionadas com o problemas no coração, ataques cardíacos não fatais, angina ou dor no peito.

Maiores níveis de satisfação com a vida foram associados com 13% de redução de risco de doenças cardíacas. Mesmo quando os pesquisadores levaram em consideração outros fatores de risco, como pressão arterial alta e índice de massa corporal (IMC) os resultados se mantiveram.

Estados psicológicos positivos podem ser relevantes para indivíduos com alto risco de problemas cardíacos. A satisfação com o emprego, família, sexo e com a auto-estima é uma importante forma de proteger o coração.

Se sentir satisfeito com a vida nem sempre é fácil, mas com esforço para não se estressar com os problemas e levando tudo de maneira mais light, podemos ter uma melhoria na qualidade de vida.[LiveScience]

Fonte: http://hypescience.com/satisfacao-faz-bem-pro-coracao-mesmo/ - Stephanie D’Ornelas

sábado, 12 de maio de 2012

Que tipo de consumidor você é? Para ter clientes satisfeitos, saiba o que eles buscam

Em um estudo publicado no International Journal of Research and Marketing de março, Kyle Murray e os coautores Remi Trudel da Universidade de Boston, EUA, e June Cotte, da Universidade do Ontário Ocidental, Canadá, descobriram que quando se trata da motivação básica de consumo, e como nos relacionamos com bons ou maus serviços e produtos, a nossa reação depende do tipo de consumidor que somos: se buscamos o prazer ou se evitamos a dor.

Os pesquisadores apresentaram aos consumidores duas tarefas – experimentar um café e comprar uma câmera digital – e pediram para eles falaram o quanto ficaram satisfeitos com a qualidade dos mesmos. Um dos produtos era de qualidade e o outro tinha sido alterado de forma a afetar sua qualidade.

As reações dos consumidores e a satisfação que sentiram revelou dois grupos distintos: os que são focados em promoção (ou que buscam o prazer) e os que são focados em prevenção (ou que evitam a dor). São dois tipos de consumidores que respondem diferente a experiências positivas e experiências negativas relacionadas a produtos e serviços.

Se você é do tipo que é focado em promoção, você é um consumidor que espera sempre uma boa experiência com a aquisição de um produto ou serviço. O curioso é que, esperando uma experiência positiva, o prazer que é obtido com esta experiência positiva é maior. Mas se esse consumidor tem uma experiência ruim, a frustração e sofrimento são maiores.

O outro tipo do consumidor, o focado em prevenção, é aquele que sofre menos quando coisas ruins acontecem. O lado ruim é que ele também não aproveita bem as experiências positivas, não tem tanto prazer, porque não espera muito das coisas.

As reações controladas deste grupo fazem com que eles sintam menos alegria com boas experiências, um fenômeno que os pesquisadores chamaram de viés conservador. “O viés conservador muda a maneira de ver a vida”, diz Murray. “Eles são um pouco mais restringidos, pelo menos quando o assunto é prazer”.

Conheça sua clientela

Pesquisas anteriores já sugeriam uma segmentação tanto de sexo quanto de faixa etária, apontando que mulheres e idosos eram mais do tipo focado em prevenção, e os homens e pessoas mais jovens eram mais do tipo focados em promoção.

Mudar o tipo de consumidor que você é pode ser muito difícil. Mas as empresas podem ser capazes de compreender como cada um destes grupos é e treinar os funcionários do balcão para que saibam que tipo de cliente está chegando, e entendam as peculiaridades de cada grupo. No que diz respeito à queixas, não há um estilo que sirva para todos.

“Pessoas mais idosas tendem a ter um perfil do tipo focado à prevenção, e provavelmente vão apresentar reações mais moderadas, seja de um lado ou do outro, mas quando alguma coisa dá errado com o console daquele jovem de 21 anos, ele vai ficar muito mais chateado, e provavelmente vai contar a todos os amigos. A recíproca é verdadeira, se as coisas derem certo, ele vai ficar muito mais entusiasmado e feliz, e provavelmente também vai contar a todos os amigos”, explicam os pesquisadores.[ScienceDaily]

Fonte: http://hypescience.com/que-tipo-de-consumidor-voce-e-para-ter-clientes-satisfeitos-saiba-o-que-eles-buscam/? - Cesar Grossmann