sábado, 14 de abril de 2012

Como emagrecer comendo “superalimentos”


Quando você está de dieta, é complicado deixar de lado os alimentos “perigosos”. Sempre tem alguém para oferecer um chocolate ou uma saída para jantar algo gorduroso.

Mas perder peso não precisa ser tão negativo. Lucy Danzigerm, editora, ex-triatleta e autora de livros de alimentação, resolveu partir para a ideia dos “superalimentos”:
produtos integrais, castanhas e outros alimentos que são ricos em fibras, proteínas e nutrientes importantes. Menos de seis meses depois, ela perdeu mais de 10 quilogramas.

Certamente não é um novo conceito de nutrição: evitar alimentos processados, comer mais vegetais e frutas, substituir a farinha branca pela integral. Mas a ideia de focar no que você deve comer, ao invés do que você não deve, pode mudar o seu incentivo. “Nós vamos oferecer tantas opções do que comer que você nem vai pensar em passar fome”, diz.

Mas o que faz de um alimento um superalimento? De acordo com Pratt, ele tem três qualificações: precisa ser facilmente encontrado, conter nutrientes ligados à longevidade, e benefícios para a saúde precisam estar comprovados cientificamente.

Entre os favoritos da escritora, estão salmão, brócolis, frutos silvestres e chá verde. Mas ovos, amêndoas, quinoa, iogurte e chocolate escuro também compõe a lista.

“Esses alimentos foram escolhidos porque contém altas concentrações de nutrientes cruciais, e também porque muitos não são calóricos”. Eles também já foram ligados cientificamente à prevenção do envelhecimento, doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, hipertensão e até alguns tipos de câncer.

A nutricionista Marisa Moore comenta que apenas adicionar esses alimentos não vai simplesmente queimar os quilogramas. “Sem dúvidas eles são amigos do emagrecimento. Mas dizer que eles aceleram a queima de gordura é demais”.

Danziger concorda: os superalimentos não são um passe livre para comer o quanto quiser. Mas ainda assim, é meio difícil engordar comendo espinafre, não? [CNN]

Fonte: http://hypescience.com/como-emagrecer-comendo-superalimentos/ - Por Bernardo Staut

Mito ou realidade: estresse pode deixar você doente?


De fato: estresse e doenças estão entrelaçados. Há alguns anos já se sabe que o estresse psicológico aumenta o risco de doenças cardiovasculares, gripes, resfriados e até alergias.

Mas como um leva ao outro? Pesquisas recentes mostram que o hormônio cortisol tem um papel decisivo. Liberado em grandes quantidades em momentos de estresse pelas glândulas suprarrenais, esse hormônio abastece o corpo com uma ‘explosão’ de energia.

Ele também ajuda na resposta do sistema imune do corpo a infecções e inflamações, mantendo diversas doenças sob controle. Mas quando os níveis de cortisol permanecem elevados, o corpo se torna menos sensível ao hormônio, da mesma maneira que níveis elevados de insulina podem levar à resistência à insulina.

Cientistas da Universidade Carnegie Mellon, nos Estados Unidos, colocaram isso à prova. Em um experimento, 276 adultos saudáveis foram expostos a vírus de gripes, mantidos em quarentena e monitorados por cinco dias. Aqueles que passaram por experiências estressantes estiveram mais propensos a mostrar resistência ao cortisol.

E tiveram mais chances de desenvolver resfriados, também de acordo com outra pesquisa, publicada no periódico científico PNAS.

Outro ponto importante a ser levado em conta é que as pessoas mais resistentes ao cortisol eram também as que mais produziam citoquinas, componentes do sistema imunológico que promovem inflamações e que aumentam a severidade dos sintomas.

“Já que a inflamação tem um papel importante no começo e na progressão de um amplo espectro de doenças, esse processo tem grandes implicações para o entendimento do papel do estresse”, afirmam os pesquisadores.[TheNewYorkTimes]

Fonte: http://hypescience.com/mito-ou-realidade-estresse-pode-deixar-voce-doente/ - Por Luan Galani

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Os exercícios físicos e a reciclagem do corpo


Uma nova teoria desvenda de que maneira a atividade física transforma potenciais ameaças à nossa saúde em benefícios, protegendo o organismo de uma série de doenças.

As fábricas, ao produzirem suas mercadorias, inevitavelmente geram lixo. São restos de materiais, gases tóxicos, máquinas quebradas e por aí vai. Sem uma limpeza adequada, os dejetos se acumulam até o ponto em que atrapalham o dia a dia da indústria. Com o corpo acontece algo semelhante. As tarefas realizadas pelas células culminam em resíduos nocivos que, se não colocados na lixeira, comprometem seu trabalho e o de suas companheiras. Ainda bem que há um mecanismo responsável por nos livrar dessa sujeira e, assim, manter cada uma das pequenas unidades do organismo saudáveis. Mas, em vez de jogar fora as porcarias, essa estratégia natural, chamada de autofagia, reutiliza o entulho em prol do bom funcionamento celular.

A grande surpresa, revelada em uma pesquisa com camundongos da Universidade do Sudoeste do Texas, nos Estados Unidos, é que os exercícios promovem essa espécie de reciclagem. Mais do que isso, o estudo comprova que o fenômeno estimulado pela prática esportiva realmente faz um bem danado por, entre outras coisas, varrer para longe um dos males que mais crescem em incidência atualmente: o diabete.

"No tecido muscular, a autofagia facilita o aproveitamento de glicose nas células e, com isso, evita picos de açúcar no sangue que culminam no transtorno", relata Congcong He, autora do levantamento. Esse processo também deixa as células do pâncreas livres de partículas prejudiciais e, logo, funcionando a pleno vapor para fornecer insulina, o hormônio que bota a glicose dentro da célula.

Por mais que Congcong He tenha concentrado seus esforços recentes no diabete, ela vê a autofagia como uma explicação plausível para o fato de a atividade física barrar o surgimento de outros problemas sérios, como um câncer. "Ela diminui o risco de mutações que desencadeiam tumores", resume a cientista.

Uma das razões para isso — e que, aliás, esclarece o porquê de sessões na academia rejuvenescerem o corpo — é que um sistema eficiente de reciclagem no organismo baixa a concentração de radicais livres, moléculas capazes de lesar toda a célula, inclusive seu DNA. É que ele transforma mitocôndrias defeituosas em outras novinhas em folha, como já mostramos no infográfico das páginas anteriores. "Quando essas estruturas possuem falhas, produzem uma quantidade grande de radicais livres ao fornecerem energia", ensina Rafael Herling Lambertucci, educador físico da Universidade Cruzeiro do Sul, na capital paulista.

Em algumas situações, no entanto, nem mesmo uma equipe de limpeza altamente preparada consegue livrar certas células de toda a sucata acumulada. Quando o caso é crítico assim, elas mesmas costumam se desligar em um complexo processo denominado apoptose. "É uma autofagia da célula inteira. E os exercícios aprimoram essa ação de defesa", esclarece Marcelo Aisen, oncologista do Centro Paulista de Oncologia, em São Paulo. Resultado: menor probabilidade de um pedacinho problemático da gente escapar da coleta seletiva e, então, começar a causar estragos nas imediações que às vezes levam ao câncer.

Agora, se por um lado o elo estabelecido entre a malhação e a autofagia seja animador, alguns especialistas pedem um pouco de cautela. "Trata-se de uma descoberta novíssima e, por isso, há muito para estudar antes de compreendermos suas implicações à saúde de cada um", pondera Jomar Souza, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte. "Mais do que isso, essa suposta consequência da prática esportiva não explica todas as vantagens proporcionadas por ela", completa. Por exemplo: assim como abandonar o sedentarismo faz uma espécie de higienização das células cardíacas, deixando-as mais fortes e menos propensas a panes, essa atitude aumenta a fabricação de óxido nítrico, uma substância que dilata os vasos sanguíneos. Em outras palavras, levantar-se da cadeira e ir para a ginástica debela doenças cardiovasculares em no mínimo duas frentes.

E quanto seria necessário ralar para incrementar a nossa reciclagem interna? "Ainda não há uma definição de dose ideal, até porque isso deve variar de pessoa para pessoa. Mas o estudo sugere que a regularidade é peça-chave para que a autofagia seja realmente positiva", avalia o fisiologista Orlando Laitano, da Universidade Federal do Vale do São Francisco, em Petrolina, Pernambuco. Suar com frequência pode até sujar a camiseta, mas limpa seu corpo de vários vilões do bem-estar.

Um remédio que imita a atividade física
Graças ao trabalho americano, no futuro talvez a gente encontre pílulas que incitem a autofagia como uma corrida, o que ajudaria no combate a várias doenças. Porém, isso demorará para acontecer — se acontecer. Por isso, o esporte ainda é o melhor medicamento.

A inanição serve como um exercício?
Já existem evidências científicas sólidas de que ficar um bom tempo sem comer também ativa a autofagia. "Só que, nesse contexto, o processo é deflagrado com o intuito de consumir o interior das células para garantir um pouco mais de energia", relata o educador físico Rafael Lambertucci. Ou seja, um estômago vazio por um período prolongado não preserva cada uma das partes que nos compõem, mas, sim, as queima aos poucos só para garantir a sobrevivência do indivíduo.

O reaproveitamento do lixo

Veja como a autofagia atua dentro da célula:

Acúmulo de dejetos
Com o passar do tempo, certas moléculas de proteína que participam de inúmeras tarefas das células ou que formam sua maquinaria e seu DNA começam a apresentar defeitos. É um enorme amontoado de resíduos tóxicos que, sem tratamento, gera um caos nada saudável, capaz de repercutir na integridade celular e no tecido da qual ela faz parte.

Ameaças ensacadas
Ainda não se sabe exatamente como, mas o exercício auxilia o organismo a criar em maior quantidade autofagossomos mais eficientes e rápidos. Trata-se de membranas que englobam as sobras maléficas, impedindo que elas continuem a causar estragos.

Centro de compostagem
Os sacos de lixo — ou melhor, os autofagossomos — desembocam em lisossomos, que aproveitam o material antes perigoso para construir proteínas novas. As principais funções delas você conhece abaixo:

1. Mitocôndrias
Juntas, as moléculas recicladas podem formar a organela com o nome acima. E é ela que, ao se valer de glicose e oxigênio, fabrica energia para as atividades do organismo, de uma contração muscular até o armazenamento de memórias.

2. Energia extra
Se a célula necessitar de um gás a mais urgentemente, aquelas proteínas são quebradas em componentes menores, parecidos com carboidratos e gorduras. Ou seja, com potencial para se tornarem substratos energéticos.

3. DNA
Nosso código genético é formado por uma grande sequência de aminoácidos. Quando um deles falha, outro pode ser obtido por meio daquelas partículas reaproveitadas, deixando nossos genes intactos.

Corpo renovado

A conversão do lixo celular em material aproveitável traz ganhos dos pés à cabeça:

Coração
Além de oferecer gás extra para aqueles momentos mais desgastantes, a autofagia mantém as células do peito com saúde para dar e vender, o que aplaca o risco de complicações.

Pâncreas
As células beta desse órgão produzem insulina, hormônio que controla a glicemia. Elas desempenham melhor seu papel quando não há resíduos tóxicos por ali e toda a maquinaria está em ordem.

Câncer
Os substratos reciclados substituem pedaços falhos do DNA que poderiam transformar uma célula sadia em uma potencialmente cancerosa.

Músculos
Suas fibras conquistam resistência por conseguirem aproveitar com eficácia a glicose. Assim, as caminhadas ficam mais longas — ou até viram corridas com o passar do tempo.

Metabolismo
Em tese, ele se tornaria acelerado quando somos ativos porque, entre outras coisas, células imaculadas simplesmente trabalham em dobro e, dessa forma, gastam mais calorias.

Fonte: http://saude.abril.com.br/edicoes/0348/corpo/exercicios-reciclagem-corpo-681161.shtml - por Theo Ruprecht • ilustração O Silva • fotos Dercílio

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Anti-inflamatórios naturais

A chave para acabar com artrites, dermatites, sinusites e outras "ites" pode estar no seu prato. Afinal, muito além de nutrir, os alimentos alteram os processos fisiológicos, modulando, inclusive, as respostas inflamatórias. Saiba mais!

Febres, dores crônicas, inchaços, mal-estar. Todos esses sintomas desagradáveis podem ser a consequência direta de um processo de inflamação em qualquer parte do corpo. "A inflamação é uma reação imediata a uma lesão celular ou tecidual provocada por um corpo considerado estranho. Nessa situação, há um esforço do nosso organismo em reconhecer os agentes responsáveis pelo ataque, para neutralizá-los o mais rápido possível", explica a nutricionista Roseli Rossi, da clínica Equilíbrio Nutricional (SP).

No local onde o corpo detectou a ameaça, ocorre o aumento do fluxo de sangue, que circula carregado de células do sistema imunológico. Essas células produzem substâncias pró-inflamatórias e ainda pedem reforços: enviam sinais para que outras tantas se juntem à operação, até eliminar o possível invasor.

São esses soldados do bem, escondidos sob a trincheira da circulação sanguínea, que provocam inchaço, calor e vermelhidão na área onde se trava a batalha pela saúde. Incômodos à parte, é graças a esse embate que somos capazes de nos recuperamos em poucos dias da maioria das doenças que nos acometem, com a consequente cicatrização da região afetada.

O papel da nutrição
No entanto, a coisa começa a mudar de figura quando o processo inflamatório, em vez de funcionar como uma resposta a um agente externo muito mal-intencionado, começa a se instalar no nosso organismo de forma crônica. Nessa situação, tanto as batalhas dentro da gente, quanto os sintomas percebidos do lado de fora, passam a ser mais recorrentes e começam a incomodar e tirar o nosso sossego.

E aqui vem a parte mais interessante da história: os alimentos que consumimos no dia a dia podem ser os responsáveis por essas inflamações duradouras, já que determinadas substâncias neles contidas, como as gorduras saturadas, podem ser extremamente irritantes ao organismo. Nesse caso, o corpo dará o sinal ao sistema imunológico de que é preciso atuar contra elas, eliminando-as.

"Na inflamação crônica há a ativação por longo prazo do sistema de defesa, promovendo alterações na atividade insulínica, na mobilização das gorduras e estresse oxidativo, processo relacionado ao envelhecimento precoce, entre outros danos. Essa inflamação tem sido apontada como o fator contribuinte e preponderante para o desenvolvimento de diversas doenças crônicas não transmissíveis, como os já conhecidos colesterol alto, o diabetes e até mesmo o câncer", exemplifica a nutricionista Tatiana Barão, da Naturalis.

Gorduras como vilãs
Nesse cenário, as gorduras aparecem como as principais vilãs. "Diversos estudos mostram que os ácidos graxos saturados presentes nas carnes gordurosas e nos queijos amarelos podem contribuir para o agravamento da inflamação e ainda provocar resistência à insulina", explica a nutricionista Paula Crook, da clínica Patrícia Bertolucci (SP). Alimentos de alta carga glicêmica, ricos em açúcares e pobres em fibras, que são absorvidos rapidamente pelo organismo, também figuram na lista dos que mais ameaçam a saúde, assim como os produtos industrializados, que recebem diversos aditivos, como conservantes e aromatizantes. Esses elementoas são chamados pró- -inflamatórios, porque são capazes de estimular a expressão de genes que agravam a doença, desequilibrando ainda mais o organismo.

O outro lado da moeda
Felizmente, assim como alguns alimentos têm o poder de provocar ou potencializar um processo inflamatório já em curso, há também os que cumprem uma função protetora, salvando a nossa pele - e o resto do organismo - desses males. Entre os alimentos com maior ação anti-inflamatória destacam-se os ácidos graxos ômega-3, encontrados na semente de linhaça, no azeite de oliva extravirgem e nos peixes das águas frias.

"O que as pesquisas mais recentes mostram é que esse ácido graxo auxilia no controle dos níveis de triglicérides e colesterol, colaborando para diminuir a inflamação e ainda reduzir a agregação plaquetária, tornando o sangue mais fluido e evitando a formação de trombos", comenta a nutricionista Jocelem Salgado, professora da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ) e autora do livro Guia dos funcionais (Editora Ediouro). A especialista cita um estudo conduzido pelo Hospital das Clínicas de São Paulo que mostrou que o consumo de 30 g de linhaça ao dia reduziu os valores de proteína C reativa (PCR) e seroamiloide A no sangue de forma bastante significativa. "Estamos falando de dois marcadores importantes de inflamação", esclarece a professora. É a quantidade de vitaminas, minerais, antioxidantes e de ácidos graxos essenciais presentes nos alimentos o que confere a eles maior ou menor capacidade anti-inflamatória, acrescenta a nutricionista Jocelem.

"Entre os alimentos que trazem mais vantagens à saúde estão o chá-verde, o alho, a aveia, a cebola, as frutas e hortaliças e a soja. Eles reúnem alguns compostos que atuam nos processos fisiológicos, modulando a resposta inflamatória", explica a especialista.

Os chamados compostos bioativos com ação benéfica variam de um alimento para outro. Para se ter uma ideia, no caso das frutas e hortaliças a quercetina é uma das substâncias mais poderosas, no que diz respeito ao combate à inflamação. Já no tomate, na goiaba e na melancia, é o licopeno o principal agente que atua como protetor da saúde.

Abaixo você irá se surpreender com as propriedades de alguns alimentos bastante comuns, mas que devem entrar no seu cardápio para que as inflamações sejam moduladas naturalmente.

Cada doença, uma sentença
Embora alguns alimentos, como os peixes de água fria, sejam excelentes para tratar todos os tipos de inflamações, há nutrientes específicos que podem ser usados como remédios naturais, com o objetivo de barrar processos mais importantes em determinados órgãos do nosso corpo. Conheça-os e aproveite esses benefícios, incorporando-os a receitas simples e introduzindo-os na sua dieta diária.

Menos LOMBALGIA
mais leite e derivados
Para tratar, aposte: nos alimentos ricos em vitamina B12, que fortalecem os tecidos nervosos, e em boas fontes de cálcio, que contribuem para a manutenção dos ossos e dos músculos. "Por fim, insira os alimentos que contêm boas quantidades de vitamina D na sua dieta, pois eles ajudam a absorver o cálcio", diz Maurício Barbosa. Leite e derivados, ovos e carnes oferecem esses nutrientes. Para zerar a carência de vitamina B12, vale consumir uma porção pequena de carne vermelha ou peixe, como o linguado, em pelo menos uma das refeições. Para suprir as necessidades de cálcio, mescle 1 copo de leite com 1 xícara (chá) de tofu picado, 1 xícara (chá) de amêndoas, 1 xícara (chá) de couve e 1 xícara (chá) de brócolis cozido. Já para manter a vitamina D em alta, o melhor a fazer é consumir salmão, sardinha ou gemas de ovos pelo menos duas vezes a cada semana, nem que seja uma porção pequena.
Evite: mais uma vez são as gorduras e os açúcares os principais vilões. O consumo frequente desses alimentos cursa tanto com o agravamento das inflamações como contribui para o ganho de peso.

Contra SINUSITE, vitamina A na veia
Para tratar, aposte: em alimentos fontes de vitamina A e de carotenoides: leite, ovos, fígado, cenoura, abóbora e tomate, entre outros. "A carência desses nutrientes agrava o quadro, piorando a inflamação das vias aéreas superiores", garante Paula Crook. Consuma cerca de 800 mcg de vitamina A e carotenoides diariamente, o equivalente a 1/2 cenoura ou 1/4 de xícara (chá) de abóbora cozida.

Evite: leite de vaca e seus derivados. Eles possuem proteínas que podem não ser digeridas pelo organismo e se forem absorvidas na corrente sanguínea, serão classificadas como corpos estranhos, desencadeando um quadro inflamatório e atingindo as vias aéreas superiores.

Se a OTITE não cessa, mais kiwi
Para tratar, aposte: nos alimentos ricos em vitamina C (acerola), e no zinco (feijão, grãode- bico, ervilha etc.). "Recomenda-se que, de preferência, se consumam 60 mg de vitamina C por dia e cerca de 15 mg de zinco, o que equivale a um quiuí ou a um bife grande de carne, respectivamente", diz Paula.
Evite: estudos já associaram a otite recorrente com a sensibilidade a alguns tipos de alimentos. Entretanto, ainda não existe um consenso sobre o que pode ou não influenciar o aparecimento do mal. "Algumas pesquisas apontam o leite de vaca, o trigo e a clara do ovo como capazes de gerar respostas imunológicas e inflamação em nível local. Mas ainda não sabemos como se dá esse processo", fala Paula.

Curry, o santo remédio para a FARINGITE e a LARINGITE
Para tratar, aposte: a curcumina, um componente do curry, é um santo remédio para tratar as inflamações locais, além de diminuir o risco de câncer de faringe e laringe. "O alimento tem ação anti-inflamatória e antioxidante, inibindo a atividade dos radicais livres", explica Paula. Use-o no arroz, molhos.
Evite: alimentos ricos em gorduras saturadas e trans, doces e massas feitas com farinha branca, típicos alimentos que aumentam os riscos de inflamação generalizada.

Dieta aromática no controle da NEFRITE
Para tratar, aposte: nos condimentos como orégano, açafrão, alecrim, curry e nos chás de hortelã, gengibre, camomila, anis estrelado, espinheira-santa e menta. Para tirar proveito, calcule no mínimo 1 colher (chá) de um desses ingredientes por dia da semana. "Eles possuem um poderoso efeito anti-inflamatório, além de acumularem propriedades antivirais e antibacterianas", diz Suzana.
Evite: açúcar, café, bebidas alcoólicas, refrigerantes, alimentos industrializados como bolachas recheadas, biscoitos, salgadinhos e fast food. Esses alimentos acabam substituindo outros que acumulam muito mais nutrientes, como as frutas e verduras. A carência de vitaminas e minerais, por outro lado, enfraquece o sistema imunológico, diminuindo sua reação às inflamações, incluindo a resposta dos rins.

Adeus à DIVERTICULITE diminuindo os carboidratos
Para tratar, aposte: numa dieta rica em fibras e na ingestão de líquidos, que melhoram o trânsito intestinal, auxiliando na diminuição da pressão interna do órgão, aliviando os sintomas da inflamação. "Esses nutrientes servem de alimento para as bactérias boas do intestino, aumentando sua proliferação no local e ajudando a manter a integridade da mucosa, que funciona como uma barreira protetora às ameaças externas", diz Roseli Rossi. Frutas, verduras e legumes devem ser consumidos diariamente, na maior variedade possível, uma vez que fornecem grande quantidade de fibras. Já para prover a necessidade de líquidos, de 2 a 2,5 litros por dia, vale apostar na própria água, nos chás de ervas e nos sucos de frutas naturais.
Evite: o excesso de carboidratos simples e de gorduras, encontrados nos pães e massas à base de farinha branca, nos doces industrializados em geral, nos refrigerantes e nas frituras. "Esses alimentos estimulam a produção de agentes pró-inflamatórios e podem intensificar as contrações musculares, aumentando o desconforto intestinal", completa Suzana Bonumá.

Fibras solúveis para dar um basta à GASTRITE
Para tratar, aposte: em alimentos que contêm boas quantidades de fibras solúveis (a aveia, a soja, a lentilha e o feijão), e em fontes de vitamina A (gema de ovo, a sardinha, o fígado, a cenoura e a batata-doce). "Uma dieta assim pode diminuir em até 54% os riscos de desenvolvimento de gastrite", diz a nutricionista Suzana Bonumá, da Food Coach. Para atingir sua recomendação mínima diária, o ideal é consumir 2 a 3 colheres (sopa) de aveia, soja ou de leguminosas. Já para suprir a quantidade ideal de vitamina A, aposte num bife pequeno de fígado, em 1/2 cenoura ou 1/2 batata-doce assada.
Evite: dietas ricas em gorduras saturadas e ácidos graxos trans (cortes gordos de carne, queijos amarelos, biscoitos e bolos industrializados), agridem a mucosa e elevam o estresse oxidativo e prejudicam a melhora da inflamação. "Refrigerantes e café, também estimulam a secreção de ácido clorídrico, que agrava o quadro da inflamação, diminuindo o pH estomacal e favorecendo a instalação da bactéria H. pilory, principal causa da gastrite", explica Suzana.

Limão e laranja sim, GENGIVITE não!
Para tratar, aposte: nas frutas cítricas, como o limão e a laranja. "A carência de vitamina C pode agravar a gengivite e a periodontite", alerta a dentista Nathália Juliboni. O ácido fólico (vitamina B9) é outro nutriente importantíssimo para a saúde da gengiva. Para suprir a quantidade de vitamina C necessária, coma ao menos uma fruta cítrica por dia, já que o organismo é incapaz de armazená-la. "A quantidade diária recomendada é de 60 mg. Um copo de suco de laranja fornece 97 mg do composto", diz a nutróloga Daniela Hueb. Já o ácido fólico está presente nos vegetais com folhas verdes escuras, no fígado, nos ovos, no brócolis, na couve-flor, no gérmen de trigo, nos cereais e pães integrais. Pelo menos um alimento desses deve compor uma das refeições.
Evite: os doces. "Existem bactérias que vivem na região da boca e que sintetizam a glicose para se multiplicar. Elas degradam os tecidos de forma extraordinária", fala o cirurgiãodentista Marcelo Sarra Falsi, professor do Centro Internacional Odontológico Brasileiro.

DERMATITE pede bis para o ômega-3
Para tratar, aposte: nos ácidos graxos poli-insaturados ômega-3, encontrados na linhaça. Eles estão relacionados à diminuição de agentes inflamatórios importantes no aparecimento e na evolução das inflamações da pele. "O uso de iogurtes probióticos também pode reduzir a ocorrência de dermatite em pacientes com alergia a leite de vaca", afirma Paula.
Consuma 1 colher (sopa) de linhaça por dia. Os iogurtes probióticos também devem fazer parte da alimentação do dia a dia. Evite: gorduras saturadas e açúcares são os principais agravadores desse processo inflamatório. Consuma com moderação o chocolate, os queijos amarelos e também o café, entre outros alimentos.

Magnésio, para o cuidado intensivo da ARTRITE
Para tratar, aposte: em alimentos ricos em ômega-3, como os já citados peixes de água fria e a linhaça. "O magnésio, presente nos vegetais verde-escuros, nas amêndoas e no arroz integral, também é um importante aliado na dor. Ele funciona como um relaxante muscular natural", explica a nutricionista Mariana Froes, do Centro Multidisciplinar da Dor. Alguns estudos recentes também vêm demonstrando bons resultados na adoção de uma dieta sem glúten. "Isso porque há uma ativação do sistema imunológico quando o corpo não digere bem o glúten. Nessas condições, ele acaba sendo identificado como um corpo estranho", completa a especialista. Os peixes podem ser consumidos até quatro vezes por semana. Já a linhaça e os alimentos fontes de magnésio devem ser incorporados à dieta diária, mesmo que em pequenas porções.
Evite: o ideal é evitar o consumo de gorduras, açúcares e massas brancas. Além do já discutido potencial inflamatório desses alimentos, eles contribuem de maneira importante para o acelerado ganho de peso. "E os quilinhos em excesso vão sobrecarregar ainda mais as articulações, intensificando a dor e agravando o problema", alerta o ortopedista e médico do esporte Maurício Póvoa Barbosa.

Fontes: Adriano Almeida, dermatologista, diretor do Instituto de Dermatologia e Estética e professor; Carolina Marçon, dermatologista; Cristina Martins, nutricionista funcional; Fernanda Granja, nutricionista funcional; Elias David Neto, médico do Núcleo de Nefrologia e Diálise do Hospital Sírio-Libanês.

Fonte: http://revistavivasaude.uol.com.br//saude-nutricao/108/artigo255218-1.asp - Por Rita Trevisan e Thaís Macena / Fotos: Danilo Tanaka / Produção: Janaina Resende

5 mitos sobre o Titanic


Trágica história, da qual todos sabemos o final: o Titanic afundou e levou consigo mais de 1.500 pessoas. Imortalizado pelo cineasta norte-americano James Cameron, o navio naufragou no dia 14 de abril de 1912 e, desde então, muitos mitos sobre sua história têm sido alimentados.
Quanto o filme de Cameron – que teve como estrelas principais Leonardo DiCaprio e Kate Winslet – ajudou a reforçar tais mitos? Confira abaixo uma lista de 5 desses mitos criados pela produção hollywoodiana:

1 – O NAVIO QUE NÃO AFUNDA
No filme de James Cameron, a mãe da heroína observa o navio da doca de Southampton e comenta: “Então, este é o navio que dizem que não afunda”. Esse talvez seja o maior mito que cerca a história de Titanic, conforme conta o cientista Richard Howells, do Kings College, de Londres, na Inglaterra.
“Isso não é verdade. Nem todos pensavam dessa maneira. Claro, isso faz a história ficar mais interessante, pois é o retrospecto de um mito. Se um homem cheio de orgulho constrói um navio imbatível, como Prometeu, que roubou o fogo dos deuses, isso carrega um senso mítico porque indica que deus estaria tão zangado por tal afronta que acabaria afundando o navio”, explica Howells.
Ao contrário da crença popular, a White Star Line – proeminente companhia de navio do Reino Unido, responsável pela construção do Titanic – nunca afirmou tal coisa e as pessoas não comentavam sobre isso até o incidente, de acordo com o especialista inglês.
Embora o naufrágio tenha acontecido 15 anos depois do nascimento do cinema, havia poucas filmagens do navio. Esse foi um dos motivos que fez o evento não ganhar as primeiras páginas no mundo todo.
O navio Olympic roubou toda a publicidade no cruzeiro que fez de Southampton até Nova York em 1911. O capitão era o mesmo do Titanic, viajou na mesma rota e tinha equipamentos de segurança iguais, inclusive em quantidade.
Segundo John Graves, do Museu Marítimo Nacional de Londres, na Inglaterra, o exterior do Olympic foi propositalmente pintado de cinza claro, para que ficasse melhor nas filmagens.
Algumas dessas filmagens foram utilizadas para ilustrar a tragédia ocorrida com o Titanic, mas sem qualquer sinal que indicasse que aquele não era o navio que havia afundado. Simon McCallum, curador dos arquivos no Instituto Britânico de Cinema, acredita que essa distorção acabou por fortalecer algumas teorias conspiratórias e mistérios em torno do Titanic.
“Certamente, a verdadeira história do Titanic deu lugar ao mito dentro de poucos dias depois do incidente”, concorda Howells, do Kings College.

2 – A ÚLTIMA MÚSICA DA BANDA
Uma das imagens mais marcantes de todos os filmes já feitos sobre o Titanic é o momento em que o grupo de músicos toca seus instrumentos conforme o navio afunda. Diz a lenda que os músicos permaneceram no deck, tocando a canção “Mais perto de ti, meu Deus” (“Nearer, My God, To Thee”), em uma tentativa de acalmar os passageiros que não sobreviveram e que foram para sempre relembrados como heróis.
Simon McCallum diz que testemunhas oculares realmente confirmaram que a banda tocou no deck, mas discordaram de que música se tratava. “Nunca saberemos que canção os sete músicos tocaram, mas dizer que foi a música ‘Mais perto de ti, meu Deus’ funciona com uma licença poética, já que é um hino que romantiza ainda mais o filme”, pontua McCallum.
Paul Louden-Brown, da Sociedade Histórica do Titanic, trabalhou como consultor para o filme de James Cameron e confidenciou que a cena dos músicos no filme “Uma noite para se lembrar”, de 1958, foi tão bem montada que Cameron decidiu copiá-la. “Ele me disse: ‘Eu roubei isso inteiramente e coloquei no meu filme, simplesmente porque amei. Era uma parte muito forte da história’”.

3 – A MORTE DO CAPITÃO SMITH
Pouco se sabe sobre as horas finais do capitão Smith. Embora seja lembrado como herói, ele aparentemente falhou por não reduzir a velocidade do navio quando estava claro que haveria gelo em sua rota e por dar pouca atenção aos alertas contra gelo e icebergs.
“Ele sabia quantos passageiros e quanto espaço havia nos barcos salva-vidas. Mesmo assim ele permitiu que os barcos partissem apenas parcialmente cheios”, ressalta Louden-Brown, que não aceita os retratos utópicos do capitão.
Nas condições calmas daquela noite fatídica, o primeiro barco a deixar o Titanic tinha espaço para 65 pessoas, mas levava apenas 27. Muitos dos outros barcos também partiram com menos da metade da capacidade de passageiros.
E Louden-Brown completa: “A história o tem como um herói. Estátuas foram erigidas em sua memória. Fizeram cartões postais e criaram histórias. Porém, o capitão Smith é o verdadeiro responsável por todas as falhas na estrutura de comando à bordo”.
John Graves, do Museu Marítimo Nacional de Londres, na Inglaterra, concorda com essa visão. Segundo ele, Smith parece ter tomado chá de sumiço na noite do naufrágio.

4 – O CORRUPTO HOMEM DE NEGÓCIOS
As histórias em torno de Joseph Bruce Ismay, o presidente da companhia que construiu o Titanic, White Star Line, são muitas, mas todas cruzam em um ponto crucial: sua covardia em escapar do navio, pulando no primeiro barco disponível e deixando mulheres e crianças para se virarem sozinhas – fato confirmado por muitos sobreviventes.
“Cada um dos filmes feitos sobre o Titanic descobriu que a vingança é deliciosa demais para não ser incorporada na história”, destaca Paul Louden-Brown. “Se formos para a origem disso, temos de nos lembrar de William Randolph Hearst, o grande magnata da imprensa nos Estados Unidos. Ele e Ismay brigaram pelo fato de Ismay não cooperar com a imprensa [fornecendo informações] em um acidente com um navio da companhia”.
Ismay foi universalmente condenado nos EUA, onde Hearst publicou a lista dos falecidos e, na coluna dos sobreviventes, colocou um único nome: Joseph Bruce Ismay.
Contudo, apesar dessas histórias e intrigas, Lord Mersey, que liderou o inquérito britânico em 1912, concluiu que Ismay ajudou muitos passageiros antes de achar um lugar para si. “Se ele não tivesse se salvado, salvaria apenas mais uma vida”, pontuou Mersey.
Em 1943, um filme alemão sobre o Titanic, produzido pelo ministro da propaganda nazista, Joseph Goebbels (1897-1945), mostrou Ismay como um empresário judeu louco e poderoso, que intimida o bravo capitão de características arianas, para que ele aumente a velocidade do navio, embora isso seja imprudente. O “Uma noite para lembrar”, apontado como o mais fiel filme produzido até hoje, também não deixa barato e retrata Ismay como um vilão.
Louden-Brown acredita que isso é injusto e levantou o assunto com James Cameron, enquanto trabalhava como consultor. No filme de Cameron, Ismay apenas usa sua posição para influenciar o capitão a ir mais rápido, para que chegassem mais cedo em Nova York, a fim de atrair atenção dos jornalistas. E Louden-Brown conta que Cameron respondeu: “É isso que o público espera ver”.
Ismay nunca se recuperou da vergonha do que fez e se aposentou da companhia em 1913, como um homem falido. Frances Wilson, autor do livro “Como sobreviver ao Titanic: o naufrágio de J. Bruce Ismay”, desmistifica a covardia de Ismay e o defende. “Ele foi um homem comum pego por circunstâncias extraordinárias”, disse certa vez.

5 – PASSAGEIROS NA PROA
Outra cena emocionante do Titanic de Cameron é a retratação dos passageiros de terceira classe. Segundo o filme, eles são forçados a ficar longe do deck e impedidos de alcançar os barcos salva-vidas. Richard Howells, do Kings College de Londres, afirma que não existe evidência para confirmar tais histórias.
Existiam portões, de fato, mas era uma exigência da imigração norte-americana, para evitar o alastramento de doenças infecciosas. Entre os passageiros da terceira classe estavam armênios, chineses, holandeses, italianos, russos e sírios, como também pessoas provenientes das ilhas britânicas. Todos buscavam uma nova vida.
De acordo com o relatório do inquérito britânico, as alegações de que tais passageiros foram presos e impedidos de chegar ao deck são falsas. Mas evidências apontam que, inicialmente, os portões estavam fechados na noite do incidente e que só depois da maioria dos barcos salva-vidas terem partido é que os portões foram abertos.
Quando se analisam os números, percebe-se que as classes fazem mesmo diferença nessas horas de desespero. Menos de um terço dos passageiros de terceira classe sobreviveram, mesmo que uma grande quantidade de crianças e mulheres de todas as classes tenha sobrevivido. [BBC]

Fonte: http://hypescience.com/5-mitos-sobre-o-titanic/ - Por Luan Galani