sexta-feira, 1 de junho de 2012

O cérebro apaixonado

Para celebrar o Dia dos Namorados, a revista VivaSaúde revela o que define a escolha entre amor e sexo e desvenda como ocorrem alterações corporais quando estamos in love

Tudo começa com um encontro. Os olhares se cruzam e, a partir daquele momento, a vida de ambos muda de alguma forma. Além da vontade de ficar junto todo o tempo, sintomas como frio na barriga, coração acelerado, tremores e a sensação de "borboletas no estômago" são frequentes em pessoas apaixonadas. Porém o que realmente acontece com nosso corpo quando nos apaixonamos?

A ciência vem buscando desvendar as alterações que ocorrem no corpo de quem se encontra em estado de graça. E ao contrário do que se pensa, não é o coração o órgão principal neste processo. O cérebro está no centro de tudo e, por isso, há diversas substâncias, como hormônios e neurotransmissores, responsáveis pelas sensações que o estar apaixonado proporciona. Os pesquisadores Donald F. Klein e Michael Lebowitz, do Instituto Psiquiátrico Estadual de Nova York (EUA), descobriram que a feniletilamina, um neurotransmissor mais simples, está presente em grande quantidade nos cérebros de pessoas apaixonadas e é responsável pelas modificações fisiológicas no corpo humano. Já Helen Fisher, pesquisadora e autora do livro A Anatomia do Amor (Ed. Eureka), expõe que os sintomas como falta de sono e/ou apetite, assim como a exaltação dos apaixonados, se deve à dopamina e à norepinefrina, neurotransmissores que estimulam o cérebro.

O organismo produz também substâncias que são secretadas por todo o organismo e influenciam a atração ou falta de desejo entre as pessoas, conhecidas como feromônios. Além disso, com o aumento dos níveis de testosterona há maior estímulo para o desejo sexual; a oxitocina - conhecida como o hormônio do amor - (nas mulheres) e a vasopressina (nos homens), são responsáveis por estreitar os vínculos entre o casal. E como resultado há uma boa dose a mais de dopamina que proporciona a sensação de recompensa e prazer.

Como seu corpo reage

Diversos estudos realizados com ressonância magnética demonstram que o cérebro realmente se altera quando a pessoa está apaixonada. Um deles foi dirigido pelos pesquisadores ingleses Andreas Bartels e Semir Zeki com voluntários que visualizaram fotos de diferentes pessoas: familiares, amigos e namorados (as). O cérebro desses jovens foi mapeado e, quando eles avistavam o ser amado, apresentavam alterações cerebrais visíveis, com uma hiperatividade em algumas regiões do órgão.

Para o psiquiatra Miguel Chalub, do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj), a emoção amorosa desencadeia a ativação da glândula hipófise. "Ela lança na corrente sanguínea os hormônios da adrenalina e da noradrenalina. Estes hormônios são responsáveis pelas manifestações físicas do amor: aceleração dos batimentos cardíacos, rubor ou palidez da pele, aumento da fenda palpebral (arregalar dos olhos) e ansiedade", afirma.

Segundo Naim Akel Filho, professor de psicologia da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC/PR), os hormônios liberados agem sobre as glândulas mamárias, o sistema urinário, genitais e até mesmo no sistema cardiorrespiratório. "Podemos dizer que as situações relacionadas ao amor e ao desejo provocam intensas reações psicológicas e fisiológicas, talvez as mais intensas que um organismo humano possa ter", afirma. E quando estamos apaixonados os cinco sentidos também passam por transformações. A visão, o olfato e o tato ficam mais aguçados. As áreas cerebrais que recebem e processam estas informações captadas pelos órgãos sensoriais ganham muito em qualidade funcional, permitindo que os amantes ganhem experiências mais intensas.

Além de aumentar o bem-estar e o bom humor, a paixão diminui os efeitos do estresse ambiental e melhora o sistema imunológico, o que aumenta a qualidade de vida e a forma de encarar os problemas. "Já foi comprovado que a paixão pode diminuir a depressão, trazer mais motivação e felicidade", fala Denise Amado, neurologista da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Amar é um vício

Mas os especialistas alertam: apaixonar-se pode ser viciante! Para Akel, a paixão pode se tornar um vício, uma vez que há liberação de alguns hormônios e neurotransmissores que desencadeiam uma resposta de prazer. "Esta descarga, muito relacionada à dopamina, também acontece quando o indivíduo usa substâncias psicoativas. Há ainda o rebaixamento do controle das emoções, do senso crítico e do autocontrole, pois ocorre a redução da serotonina", explica. A escritora Helen também concluiu que o amor ativa áreas do cérebro que são ligadas à recompensa, à vontade de ganhar algo. Ela afirma que esse sentimento pode ser mais forte do que o efeito de algumas drogas e, por essa razão, o fim de um relacionamento pode causar muita dor e ressentimento.

PROGRAMADOS PARA A PAIXÃO

Mas o que faz uma pessoa se aproximar de outra e se apaixonar? De acordo com a ciência, a paixão acontece simplesmente para que ocorra a perpetuação da espécie. "Sabe-se que com a teoria da evolução as mulheres buscam homens fortes e altos, que possam cuidar dos herdeiros, e que eles se atraem por parceiras com seios fartos e quadris largos (que alimentarão e não terão dificuldades para engravidar)", afirma Akel. Além da beleza e inteligência, a atração envolve os sentidos, os hormônios e até características genéticas.

Para a pesquisadora Helen, após diversas pesquisas feitas em uma agência de namoro pela internet, existem quatro tipos de personalidades (que são influenciadas pelos genes): exploradores (predomínio de dopamina); construtores (serotonina); negociadores (estrógeno) e diretores (testosterona).

E a atração acontece por meio do odor que é exalado pela influência do hormônio predominante. A pesquisa também demonstra que com o beijo é possível definir se há compatibilidade genética entre os parceiros.

É o que costumamos chamar "quando acontece a química" entre o casal apaixonado.
"Há várias pesquisas que mostram a influência genética das pessoas que se apaixonam, mas existem poucas conclusões concretas. Ainda são necessários estudos sobre o assunto, mas a ciência reconhece que os genes auxiliam na busca pelo parceiro ideal e isso é um grande passo", conclui Denise.

A estudante Larissa Ávila, 20 anos, percebeu que estava apaixonada quando, inexplicavelmente, sentia-se feliz durante o dia, sem que nada tivesse acontecido. Ela declara que quando estava ao lado de seu namorado sentia a respiração acelerada, palpitações e as pernas bambas. "Depois de dois anos de namoro, as sensações são diferentes do início, pois com as difi- culdades do dia a dia, nós aprendemos a respeitar as diferenças e a conviver um com o outro. Mas o sentimento se tornou mais forte, e sei que não preciso de mais ninguém, só da presença dele", completa.

Não há um tempo exato para a paixão se tornar amor. Mas se sabe que com o passar dos meses o organismo vai tornando- se resistente aos efeitos de tantos hormônios. Uma pesquisa realizada por Cindy Hazan, da Universidade Cornell (EUA), afirma que a duração desse sentimento varia de 18 a 30 meses. Segundo o estudo, que foi realizado com mais de 5 mil pessoas de 37 culturas diferentes, esse tempo é o suficiente para que surja o interesse, a aproximação e a decisão do casal ter um filho. A pesquisa destaca que os sintomas da paixão dão lugar a diferentes formas de sentimento, como companheirismo e tolerância, fundamentais para manter uma relação duradoura.

Fonte: http://revistavivasaude.uol.com.br//saude-nutricao/110/o-cerebro-apaixonado-para-celebrar-o-dia-dos-namorados-260048-1.asp - Por: Leonardo Valle/ Colaborou: Samantha Cerquetani

Por que comemos mais no inverno?

O prazer de comer no inverno pode ser desencadeado pelo emocional

Manter o comportamento magro mesmo nos dias frios é essencial para manter a saúde e a boa forma
Está chegando o frio, e nessa época sentimos a necessidade de comer alimentos mais pesados, mas também mais calóricos. Acabamos nos aproveitando desse momento para comermos mais, e as roupas acabam escondendo o corpo e muitas pessoas relaxam pensando que depois irão procurar uma forma de perderem esse peso acumulado.

Percebo que o que acontece é que a comida aqui entra como forma de conforto, para nos aquecer, seja de forma a esquentar mesmo como um leite quente, as sopas, mas também a alma, com os capuccinos, o famoso fondue, as pizzas.

Será mesmo que precisamos aumentar a ingestão calórica no inverno? Vejo que continuamos no mesmo ritmo, ou até pode ser que desaceleramos, mas de qualquer forma, vamos nos movimentar e desta forma queimamos gordura.

Passar pela estação mais fria do ano nos remete muito a reflexão, ficamos mais introspectivos, gostamos de ficar deitados no sofá debaixo de uma coberta, um filme gostoso, e podemos parar para pensar se também não ficamos mais ociosos, podemos nos sentir solitários e a comida vem de forma perfeita a preencher esse momento.

É de fundamental importância pensar que o inverno vai embora, e depois como as festas de fim de ano, casamento, páscoa, o momento passa, e o que se comeu fica, em forma de gordura no corpo, trazendo junto a insatisfação quando nos olhamos no espelho, ou voltamos a usar as roupas que ficaram no armário.

Podemos continuar a nos comportar de maneira magra nesse período, escolhendo alimentos saudáveis e buscando orientação na nutricionista, que é o profissional habilitado para nos auxiliar nessas mudanças que interferem em nosso organismo.

Se pararmos para refletir vamos chegar a conclusão de que precisamos cuidar do que comemos o tempo todo, claro que também podemos ingerir alimentos que nos trazem satisfação, tanto no inverno quanto no verão, porém sempre de forma fracionada, cuidando do que ingerimos no todo.

Carregamos o peso do que ingerimos, afetando nossa autoestima, trazendo novamente a sensação de impotência em função do nosso descontrole, ou melhor, da nossa falta de cuidados conosco mesmos.

E o ciclo do efeito sanfona novamente entra em cena, temos que buscar uma forma assertiva de perder o que ganhamos com nossas gulodices, e nem sempre esse caminho de volta é rápido e fácil.

A busca pela academia para quem deixou de malhar nesse período recomeça, e a preguiça, a protelação, tudo nos remete a ficar estagnados, porém temos que escolher um caminho. Os profissionais que trabalham nessa área novamente são requisitados, e junto aos novos pacientes, chega a urgência em perder peso, como se magicamente tudo pudesse mudar de forma rápida.

Infelizmente queimar calorias não é um processo rápido, ou mesmo nem todas pessoas respondem com a mesma facilidade de outras, pois cada metabolismo funciona de uma forma individual.

Entra nesse momento a paciência e a compreensão de que o ideal é que se recomece todo o processo, de forma gradual, onde retomamos os comportamentos magros, escolhendo agora os alimentos adequados, a prática de atividade física que agrada, que é prazerosa, além de poder cuidar das emoções que frequentemente nos levam a comportamentos de autossabotagem.

Fonte: http://www.dicasdemulher.com.br/o-prazer-de-comer-no-inverno-pode-ser-desencadeado-pelo-emocional/ - Por Luciana Kotaka

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Não tem companhia para se exercitar e precisa de um estímulo? Tente um parceiro virtual

Muitas pesquisas já apontaram que companhia é às vezes essencial para que as pessoas cumpram suas metas de exercícios físicos. Não é só a companhia em si que é importante; em muitos casos ela representa uma motivação.

Por exemplo, pesquisadores da Universidade de Bristol (Reino Unido) descobriram que, se você quer fazer seu filho se exercitar (tirar a bunda do sofá, da TV ou do computador) o segredo é chamar um amiguinho.

Outra pesquisa britânica deu a dica de passear com um cachorro. Você pode nem ter a intenção de se exercitar, mas a simples companhia canina faz você andar mais rápido, percorrer distâncias maiores e levar um estilo de vida mais saudável.

Esses são apenas alguns exemplos entre a comunidade cientifica que comprovaram que a companhia pode fazer milagres no que se trata de praticar atividade física.

Mas nem sempre você encontra alguém com quem dividir esse momento. Na sociedade em que vivemos, onde as pessoas não tem tempo para nada, e mesmo quando tem, esse “tempo” nem sempre bate com o tempo dos outros, desculpas e mais desculpas vão se empilhando para não se fazer atividade física.

Agora, um estudo do doutorando Brandon Irwin, da Universidade Estadual de Michigan (EUA), descobriu que um parceiro virtual é tão eficiente quanto um parceiro real.

58 mulheres de um programa de exercícios físicos participaram do estudo. Algumas pedalaram ao lado de um parceiro “virtualmente presente” (elas achavam que a pessoa era alguém que estava andando de bicicleta ao mesmo tempo que elas; na verdade, o amigo virtual era uma gravação de alguém pedalando ligeiramente mais rápido do que elas).

Outro grupo se exercitou sozinho. Um terceiro grupo se exercitou em conjunto, e cada mulher também estava emparelhada com um amigo virtual.

As mulheres que pedalaram sozinhas se exercitaram por uma média de 11 minutos. As mulheres com parceiros virtuais pedalaram durante 20 minutos. Já as mulheres que pedalaram em um grupo e com um amigo virtual se exercitaram por 22 minutos.

Ou seja: a companhia fez toda a diferença. Pode ser o empurrãozinho que faltava para você finalmente praticar exercícios físicos. E, na vastidão da internet, com certeza existe alguém com os mesmos objetivos que você, com o mesmo tempinho livre, e que vai te estimular a ir em frente.[MSN]

Fonte: http://hypescience.com/nao-tem-companhia-para-se-exercitar-e-precisa-de-um-estimulo-tente-um-parceiro-virtual/ - por Natasha Romanzoti

quarta-feira, 30 de maio de 2012

O que é preciso para doar sangue?

Digamos que você é uma pessoa altruísta, e resolveu doar sangue. Chegando lá, você tinha tomado uma vacina da gripe, ou mostrava sinais de um herpes na boca, e foi barrado. Então, perguntamos: o que é preciso para doar sangue? Muito mais do que apenas vontade.
Doar sangue não é perigoso e não causa nenhum problema, desde que o procedimento seja feito em um local de segurança (um hospital ou clínica com profissionais qualificados e material descartável e esterilizado).
A pessoa média tem cerca de cinco litros de sangue no corpo. Esse número, claro, varia conforme o peso e altura de cada um. Baseado nessa conta, os profissionais de saúde calculam o quanto do seu sangue você pode doar, e nada de ruim vai te acontecer (é preciso perder muito sangue para correr algum risco de vida, e você pode doar em média apenas até 450 ml de sangue).
Os componentes do sangue que você doou se repõe automaticamente em seu corpo aos poucos. O plasma, por exemplo, é reposto pelo organismo apenas um dia após a doação. Em algumas semanas, todos os outros componentes também já foram completamente repostos.
Os homens podem doar sangue a cada 2 meses, e as mulheres a cada 3 meses.
Não precisa se desesperar se você entrar em um hospital e ver gente desmaiando após doar sangue. Hipotensão arterial, sudorese e tontura são sintomas passageiros, causados geralmente por ansiedade ao doar sangue. Ou seja, relaxe, e provavelmente você não vai sentir nada disso.
Viu que não tem perigo, e ainda quer doar sangue? Ótimo. Mas para que não haja nenhum perigo ao paciente que recebe esse sangue também, o doador precisa se encaixar em uma série de exigências. Vamos conhecê-las?

Requisitos para doar sangue

Eu disse que a pessoa média tem cinco litros de sangue, mas que isso variava, certo? O fato é que cerca de 7% do nosso peso é sangue. Sendo assim, uma pessoa de 50 quilos teria 3,5 litros de sangue, e uma pessoa com 70 quilos teria cerca de 5 litros de sangue. Entendeu?
É por isso que pessoas muito magrinhas não são boas candidatas para doar sangue. Elas têm menos sangue, e perdê-lo pode não ser a melhor ideia do mundo. Também, algumas doenças lhe impedem de doar sangue – elas podem viajar junto com seu sangue para o paciente que vai recebê-lo. E deixá-lo doente é o oposto do que queremos, certo? Gripe e febre impedem as pessoas de doar sangue enquanto elas estiverem doentes, já AIDS e outras condições são empecilhos duradouros.
Ter feito algumas cirurgias também lhe deixa impossibilitado de doar sangue, mas apenas temporariamente. É para o seu próprio bem: em recuperação, você precisa do seu sangue. Pelo mesmo motivo, grávidas e mamães que acabaram de dar à luz ou estão amamentando não podem doar sangue.
Para doar sangue, você vai ter que passar por uma entrevista, e vai ouvir certas perguntas sobre sua vida pessoal e sexual – por exemplo, se você fez uma tatuagem recentemente ou se tem mais de um parceiro sexual. Não se sinta ofendido, e seja extremamente sincero nas respostas.
Uma tatuagem abre uma “ferida” na sua pele: são milhões de furinhos que ficam abertos por um tempão e podem lhe deixar mais propícios a pegar doenças. Múltiplos parceiros sexuais também representam um comportamento de risco que lhe deixa mais propenso a doenças. Não é que estamos julgamos você. Mas não queremos aumentar o risco de pegar doenças em ninguém, certo?

Então, conheça os requisitos para se doar sangue, de forma geral:
• Ter mais de 18 e menos de 60 anos;
• Ter um documento de identificação válido;
• Ter mais de 50 quilos;
• Estar em boas condições de saúde (é recomendável boa alimentação e boa noite de sono no dia anterior);
• Não estar em jejum;
• Não estar grávida;
• Não estar amamentando por no mínimo 3 meses;
• Não ter tido nenhum parto nos últimos 3 meses;
• Não ter feito uma cesariana nos últimos 6 meses;
• Não ter sofrido aborto nos últimos 6 meses;
• Não ter feito cirurgia de pequeno porte nos últimos 3 meses ou de grande porte nos últimos 6 meses;
• Não ter feito nenhuma tatuagem no último ano;
• Não ter feito acupuntura ou colocação de piercing em condições insalubres por um ano; em condições assépticas, com agulha descartável, é possível doar sangue após três dias (o profissional que coleta o sangue é que analisa e decide isso).

Doenças, remédios e vacinas: posso ou não posso doar?

Existem algumas vacinas, medicamentos ou doenças que impedem as pessoas de doar sangue temporariamente ou definitivamente.
Por exemplo, a vacinação para hepatite B impede a doação de sangue por 48 horas. Medicação é outro problema: dependendo do remédio que você está tomando não pode doar sangue até que ele saia do seu sistema.
Em caso de doenças como a gripe, é recomendável que você espere até 7 dias depois da cura para doar sangue. Já outras doenças, como hepatite após os 10 anos de idade, Doença de Chagas, malária e AIDS impedem as pessoas de doar sangue permanentemente.
Vacinas, remédios e doenças precisam ser examinados caso a caso. Se você tomou alguma vacina recentemente, está tomando ou tomou algum remédio recentemente, e tem ou teve alguma doença em toda a sua vida, é crucial informar ao profissional de saúde. Eles vão fazer essas perguntas antes de você doar sangue, mas se não quiser perder seu tempo de ir até lá só para descobrir que você não pode doar, ligue antes para se informar. Suas dúvidas podem ser esclarecidas facilmente.
E não se preocupe com o fato de você ter alguma doença e não saber. Você não vai infectar ninguém, mesmo sem querer. Por exemplo, antes de doar sangue, é feito um teste de anemia. Se você é anêmico e não estava sabendo, agora vai ficar sabendo. E não vai poder doar sangue.
Nada é deixado na mão da sorte: o sangue que vai para os pacientes em necessidade é muito bem analisado e cuidado. Sangues não adequados são descartados.

Desmentindo mitos

• Doar sangue engorda ou emagrece? Não engorda porque você não ingere nada, e não emagrece porque a quantidade de sangue retirada é reposta no seu organismo.
• Doar sangue afina ou engrossa o sangue? Não acontece nada com seu sangue, ele vai continuar o mesmo.
• Doar sangue vicia? Não. Você vai doar só quando quiser.
• Estou de dieta. Posso doar sangue? Pode. Mas ter uma boa alimentação no dia anterior é recomendável.

Situações de risco: porque não doar sangue

Lembra que eu comentei que você vai precisar responder algumas perguntas indiscretas antes de doar sangue? É porque certos comportamentos, nomeados “comportamentos de risco”, configuram situações de risco acrescido para se transmitir doenças através da doação de sangue. Você não pode doar sangue se:
• Tiver múltiplos parceiros sexuais ocasionais ou eventuais sem uso de preservativo;
• Usar drogas ilícitas;
• Ter feito sexo em troca de dinheiro ou droga recentemente;
• Ter sido vítima de estupro recentemente;
• Ter parceiro sexual com exame reagente para infecções de transmissão sexual e sanguínea.
Repito: não é papel dos profissionais de saúde julgar ninguém. Mas não minta! Você não pode omitir informações que possam colocar a vida de alguém em risco.
Não precisa admitir que você teve certo comportamento se não quiser. Mas você deve retirar sua proposta de doar sangue, dizer que prefere não doar. Também pode recorrer ao Voto de Auto-Exclusão. Imediatamente antes da doação, de forma sigilosa e confidencial, o candidato pode resolver não doar o sangue. É uma oportunidade de não doar sangue se não for um candidato adequado à doação, e não colocar ninguém em risco.

O que é feito com meu sangue?

Seu sangue pode salvar a vida de até quatro pessoas. Após a coleta, ele é fracionado, ou seja, dividido, em vários concentrados: concentrado de glóbulos vermelhos (ou hemácias), concentrado de plaquetas, crioprecipitado e plasma fresco.
Esses componentes do sangue ficam em quarentena (sem poder serem usados para transfusão) até que todos os exames sorológicos e imunohematológicos sejam realizados na bolsa e garantam que ele é seguro.
As hemácias são transfundidas em caso de anemias ou grandes sangramentos. As plaquetas são transfundidas quando os pacientes não possuem número suficiente delas, ou sua qualidade não está boa para promover a coagulação. Pacientes com câncer submetidos à quimioterapia, por exemplo, muitas vezes precisam receber sangue, pois o tratamento diminui a quantidade de hemácias e/ou plaquetas no seu sangue.
O plasma e os fatores de coagulação concentrados são necessários para pacientes com hemofilia e outras condições que ocasionam sangramento.

Posso doar sangue para alguém em específico?

Pode. Mas a pessoa que vai receber tem que ser compatível com você: ter o mesmo tipo de sangue, com as mesmas características. Descobrir isso é trabalho dos profissionais de saúde. Nesse caso, você pode avisar para quem você quer que o sangue vá.
Doar sangue de forma voluntária significa que seu sangue será armazenado para ser transfundido em qualquer pessoa com o mesmo tipo que esteja precisando.
Você pode até doar sangue para si mesmo! Você pode armazenar uma reserva de seu próprio sangue para o caso de precisar de uma transfusão. Para isso, você precisa procurar um serviço de hemoterapia.

Porque doar sangue

Doar sangue é simples, rápido e não dói. Não traz qualquer risco ou prejuízo a sua saúde. No entanto, no Brasil, apenas 1,5% da população doa sangue anualmente. Desses, 75% é população de baixa renda, 70% estão na faixa etária de 26 a 45 anos, e 58% possuem ensino médio incompleto. Para você ver que inteligência nem sempre depende de escolaridade.
Digo isso porque, sim, doar sangue é um ato inteligente. Um a cada 10 pacientes hospitalizados necessitam de transfusão. O que vai acontecer se chegar o dia em que você será esse um? 1,5% de doadores vai ser suficiente para que você receba o sangue de que precisa?
Se cada cidadão saudável doasse sangue pelo menos duas vezes por ano, não seriam necessárias campanhas emergenciais para repor os estoques de sangue. Isso significa que, se a média de doadores doasse sangue pelo menos duas vezes ao ano, não haveria falta de sangue.
Não aposte com a sua vida. Não aposte com a vida de ninguém! Doar sangue muitas vezes é um ato altruísta, pela simples satisfação de ajudar alguém, mas em outros casos, pode muito bem ser a sua salvação: ajude a aumentar os bancos de sangue, para que nunca falte para você ou para alguém que você ama.
Você quer doar sangue e está apto para doar? Oba! Veja aqui uma lista de pontos pelo país onde você pode fazer esse gesto tão bonito.[Famema, HEMORGS, INCA,SecretariadeSaúdePR, Filantropia, AmigoDoador, PortaldaSaúde]

Fonte: http://hypescience.com/o-que-e-preciso-para-doar-sangue/ - por Natasha Romanzoti

terça-feira, 29 de maio de 2012

Gordura boa melhora a memória e diminui o risco de Alzheimer

Adora frituras e carne vermelha? Um novo estudo feito na Universidade de Harvard (EUA) mostra que é melhor não abusar desse tipo de comida gordurosa: além de fazer mal ao coração, esses alimentos podem prejudicar a função cognitiva.

A gordura saturada – também chamada de gordura ruim – é conhecida como a verdadeira “vilã” do coração. De acordo com o estudo americano, essas mesmas gorduras que aumentam o risco de doenças cardíacas podem causar danos ao cérebro e a memória, aumentando o risco de desenvolver doenças como o Alzheimer. Além disso, estão ligadas a problemas como a obesidade e diabetes.

Mas o estudo trouxe uma boa notícia também: as gorduras insaturadas – popularmente conhecidas como gorduras boas – não só trazem benefícios ao coração, mas também ao cérebro. As gorduras boas podem ajudar a melhorar a memória e prevenir o declínio cognitivo em idosos. Até mesmo falhas sutis no funcionamento do cérebro podem levar ao desenvolvimento de doenças graves, como o mal de Alzheimer e a demência.

As conclusões foram feitas a partir dos resultados de um estudo com 6 mil mulheres com mais de 65 anos, que participaram de testes de análise da função cognitiva e que responderam questionários detalhados sobre alimentação e estilo de vida. As mulheres que comiam menos comidas com gorduras saturadas apresentaram pior memória e funcionamento cognitivo em comparação com as que tinham hábitos alimentares mais saudáveis.

As mulheres que comeram mais gorduras boas – como a encontrada no azeite de oliva – mostraram melhores padrões de desempenho cerebral ao longo do tempo.
Substituir as gorduras ruins pelas boas no cardápio é uma boa pedida, e pode ser fundamental para evitar doenças como o Alzheimer no futuro. Quer saber por onde começar? [LiveScience/Veja/Ciência e Tecnologia/Foto]

Fonte: http://hypescience.com/gordura-boa-melhora-a-memoria-e-diminui-o-risco-de-alzheimer/ - Stephanie D’Ornelas