sexta-feira, 6 de setembro de 2019

Mitos que matam do coração


Um especialista aborda as notícias falsas do momento sobre doenças cardiovasculares. O colesterol e os remédios contra ele são um alvo preferencial

A informação correta é uma das mais importantes aliadas da medicina, contribuindo para a orientação das pessoas e as ações preventivas. Em sentido contrário, as numerosas fake news veiculadas livremente prestam um desserviço à saúde. Na área cardiovascular, as notícias falsas são ainda mais graves, dada a letalidade dessas enfermidades.

Um desses mitos danosos refere-se às estatinas, comprovadamente os medicamentos mais eficazes para a redução das taxas de LDL (liproteína de baixa densidade), o colesterol ruim — uma das principais causas das doenças cardiovasculares. Segundo essas notícias falsas, as estatinas representariam um enorme risco à saúde. Isso é falso e coloca em risco a vida de pacientes que não podem ficar sem o remédio.

Há pessoas que, ao lerem esses conteúdos inverídicos, não iniciam ou até mesmo paralisam o tratamento, o que aumenta o risco de sofrerem um infarto ou derrame. É imprescindível que os pacientes com colesterol ruim acima dos níveis normais sejam devidamente tratados.

As estatinas, como todo remédio, podem apresentar efeitos colaterais em algumas pessoas. No caso, principalmente uma sensação de desconforto muscular. Quando ocorrer, o médico presta orientação e adota as medidas necessárias. Porém, a relação custo-benefício é imensa, pois elas ainda são os únicos fármacos eficazes contra o colesterol ruim mais acessíveis à população.

Outra fake news perigosa relacionada ao mesmo tema afirma que o colesterol ruim não faz mal. Isso simplesmente contraria o que já está comprovado há muito tempo por inúmeras pesquisas sérias. A elevação no LDL é uma das principais causas de graves doenças cardiovasculares, devido ao seu efeito no entupimento de veias e artérias.

E parece que o colesterol realmente é um alvo preferencial dos divulgadores de notícias falsas. Como se as outras mentiras não fossem o suficiente, foi disseminado que o óleo de coco diminui o LDL e auxilia no emagrecimento. Porém, não há quaisquer evidências científicas contundentes sobre isso.

Infelizmente, pessoas com colesterol alto que acreditam nesse mito acabam não adotando a alimentação correta e os procedimentos médicos adequados para resolver o problema. Quanto mais tempo permanecerem sem o tratamento certo, mais expostas estarão aos riscos.

Algo que também pode prejudicar as pessoas é o falso conceito de que apenas os obesos apresentam alto risco cardiovascular. É verdade, sim, que o excesso de peso favorece a ocorrência da hipertensão, diabetes e colesterolemia. No entanto, magros fumantes, sedentários, consumidores de álcool de modo inadequado e com hábitos alimentícios errados também apresentam alto risco de manifestarem uma cardiopatia. Ou seja, quem não é gordo também precisa se cuidar.

Em meio a essas desinformações, há verdades que se aplicam a todas as pessoas. É crucial pensar em check-ups e em um periódico controle dos níveis sanguíneos de colesterol. Também precisamos comer de maneira saudável, fazer exercícios físicos (sempre com orientação), não fumar e manter bons hábitos cotidianos. É assim que, responsavelmente, se preserva a vida.

Em caso de dúvida sobre qualquer assunto ligado à saúde, procure um médico. A melhor resposta encontra-se na ciência!

Fonte: https://saude.abril.com.br/blog/guenta-coracao/mitos-que-matam-do-coracao/ - Por José Luiz Aziz - Foto: Alex Silva/A2 Estúdio

quinta-feira, 5 de setembro de 2019

Açúcar ou adoçante? Entenda por que evitar o consumo excessivo dos dois


Não é só porque a segunda opção tem menos calorias que o açúcar que ela é saudável, viu?

Açúcar ou adoçante? Todo mundo já ouviu essa pergunta pelo menos uma vez na vida. E muita gente geralmente escolhe a segunda opção por imaginar que é mais saudável, o que pode não ser verdade. “Adoçante é uma substâncias de baixo ou nenhum valor calórico que fornece um gosto doce aos alimentos. Ele foi criado para substituir o açúcar, que sempre foi considerado o vilão da obesidade”, explica a nutricionista Bruna Lyrio, responsável técnica da Clínica Nutrindo Ideais.

Ou seja, ao optar por ele, você realmente vai estar consumindo menos calorias do que estaria com o açúcar. Mas isso não significa que o adoçante é o grande herói da sua dieta. “Ele pode alterar a microbiota intestinal – as bactérias boas que ficam no nosso órgão e que estão relacionadas à saúde do corpo, ao sistema imunológico, nervoso, e até mesmo à perda de peso”, afirma Bruna.

Quer preparar uma receita de salmão fit e deliciosa?
Portanto, pode até ser que a substância ajude pessoas que precisam focar em dietas com restrição de açúcar. Mas é preciso ficar atenta ao consumo excessivo. Ter um acompanhamento profissional e substituir, sempre que puder, alimentos que precisam ser adoçados por coisas mais naturais (frutas e verduras!), são hábitos mais indicados, defende a nutricionista. “O paciente tem que sentir o paladar real dos alimentos, visto que quanto mais doce consumimos, mais temos vontade de comer.”

E estudos recentes apontam que o exagero no adoçante pode não ser a melhor opção até para diabéticos. Isso porque ele foi relacionado com a resistência insulínica, uma vez que estimula a produção de hormônios que desregulam a quantidade de açúcar no sangue. “De uma forma mais simplificada, podemos dizer que isso ocorre porque o sabor doce percebido na boca estimula a produção de insulina.  Logo, o consumo de adoçantes pode favorecer o quadro de resistência insulínica, ganho de gordura no fígado e aumento de peso. Isso favorece um quadro inflamatório, a obesidade e até mesmo o diabetes do tipo 2.”

Existem diferenças até no tipo deles. Os naturais, como estévia e xylitol, são feitos com raízes de plantas, vegetais e cogumelos. E são os mais recomendados. Já os artificiais são produzidos por meio de processos químicos. Alguns exemplos deles são o ciclamato, acessulfame de potássio, aspartame e sacarina.

Quando você for ler o rótulo de algum produto, preste atenção se ele contém: sacarose, sorbitol, eritritol, maltitol, sacarina ou sucralose. Eles também são adoçantes, que muitas vezes passam despercebidos por quem não conhece. A nutricionista Bruna Lyrio nos ajuda com alguns tipos de adoçantes:

Estévia
“Feito da stevia rebaudiana, uma planta nativa da América do Sul. Ou ainda da beterraba, cana de açúcar ou frutas.”

Xylitol
“Encontrado nas fibras de muitos vegetais. Incluindo milho, framboesa e ameixa. Também pode ser extraído de alguns tipos de cogumelo.”

Sucralose
“Sacarose quimicamente modificada, onde o cloro é um dos seus componentes. Sendo assim, pessoas com distúrbios nos hormônios ligados a tireóide devem evitar esse adoçante.”

Aspartame
“É uma combinação de fenilalanina e ácido aspártico, possui alto índice de reações alérgicas e está associado a dores de cabeça.”

Ciclamato de sódio
“Derivado do petróleo, ele possui alto teor de sódio, como o próprio nome já indica. Logo, não é indicado para hipertensos.”


quarta-feira, 4 de setembro de 2019

Colesterol alto: veja tudo o que você deve comer para controlar o problema


O colesterol é um composto essencial para o organismo, pois desempenha diversas funções, como transporte das gorduras, manutenção da permeabilidade das células, síntese de hormônios e de vitamina D.

O colesterol é composto de frações: o LDL-colesterol, conhecido como “colesterol ruim”, é o que causa acúmulo nas paredes das artérias, aumentando o risco de problemas cardiovasculares.

Já o HDL-colesterol, ou “colesterol bom” representa fator de proteção das artérias, dificultando a entrada do LDL. Os valores considerados de referência para as taxas de colesterol são:

Colesterol ruim (LDL): pessoas com risco cardíaco elevado devem ter taxa abaixo de 50 mg/dl.
Colesterol bom (HDL): a taxa considerada desejável deve estar acima de 40 mg/dl.
Colesterol total: o novo parâmetro indica que a taxa desejável deve estar abaixo de 190 mg/dl.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, o aumento do colesterol ruim pode ser decorrência de diversos fatores, como tendências genéticas, obesidade, idade, gênero, diabetes, sedentarismo e, principalmente, alimentação, já que 30% do colesterol vem do que comemos.

Alimentos que ajudam a controlar o colesterol
Rosana Perim, nutricionista gerente do Serviço de Nutrição do Hospital do Coração (HCor), afirma que, na maioria dos casos, o aumento do colesterol ruim ocorre por meio de hábitos alimentares incorretos, influenciados pelo elevado consumo de comidas em gorduras saturadas e gordura trans.

 Para controlar e combater o colesterol ruim, a profissional lista alimentos considerados “amigos” da saúde e que devem estar sempre presentes no cardápio. Confira as opções:

Verduras e legumes
Frutas
Cereais integrais
Aveia
Laticínios desnatados
Peixes (de preferência salmão, sardinha, anchova e atum)
Azeite de oliva
Azeitona
Óleos vegetais de soja, milho, girassol ou canola
Linhaça
Oleaginosas (como castanhas, nozes, amêndoas, amendoim)

De acordo com a nutricionista, uma alimentação balanceada, rica em frutas, verduras, legumes e cereais integrais é indicada para todos os indivíduos, mas especialmente importante para aqueles que pretendem manter os níveis de colesterol no sangue desejáveis.


Convite de lançamento do livro Minhas Memórias do Professor José Costa


terça-feira, 3 de setembro de 2019

Siga este ritual 20 minutos antes de dormir e garanta um bom sono


Livre-se dos fatores que vêm tirando a tranquilidade das suas noites

Bocejos no escritório e baixas na academia não são os únicos efeitos colaterais de noites maldormidas. Além de passar o expediente se arrastando, você fica com a memória de curto prazo prejudicada (jura que a reunião com o chefe era hoje?).

O alerta vem de um estudo da Universidade de Waterloo, no Canadá. A falha acontece porque é o sono profundo que organiza as lembranças adquiridas durante o dia e a longo prazo.

Se você não consegue parar de contar carneirinhos (ou boletos), preste atenção nos sinais do corpo para identificar os culpados: cansaço mental, alimentação ruim, excesso de estímulos perto da hora de deitar… “Dormir bem é uma questão de autoconhecimento”, diz a acupunturista Renata Pudo, de São Paulo, que sugere este ritual 20 minutos antes de você ir para a cama:

Desligue aparelhos eletrônicos.
Tome um banho morno.
Beba um chá quentinho.
Faça um alongamento para relaxar o corpo todo.

Fonte: https://boaforma.abril.com.br/estilo-de-vida/siga-este-ritual-20-minutos-antes-de-dormir-e-garanta-um-bom-sono/  - Por Fernanda Colavitti (colaboradora) - Hemera Technologies/Thinkstock/Getty Images