Não é só porque a segunda opção tem menos calorias
que o açúcar que ela é saudável, viu?
Açúcar ou adoçante? Todo mundo já ouviu essa
pergunta pelo menos uma vez na vida. E muita gente geralmente escolhe a segunda
opção por imaginar que é mais saudável, o que pode não ser verdade. “Adoçante é
uma substâncias de baixo ou nenhum valor calórico que fornece um gosto doce aos
alimentos. Ele foi criado para substituir o açúcar, que sempre foi considerado
o vilão da obesidade”, explica a nutricionista Bruna Lyrio, responsável técnica
da Clínica Nutrindo Ideais.
Ou seja, ao optar por ele, você realmente vai estar
consumindo menos calorias do que estaria com o açúcar. Mas isso não significa
que o adoçante é o grande herói da sua dieta. “Ele pode alterar a microbiota
intestinal – as bactérias boas que ficam no nosso órgão e que estão
relacionadas à saúde do corpo, ao sistema imunológico, nervoso, e até mesmo à
perda de peso”, afirma Bruna.
Quer preparar uma receita de salmão fit e deliciosa?
Portanto, pode até ser que a substância ajude
pessoas que precisam focar em dietas com restrição de açúcar. Mas é preciso
ficar atenta ao consumo excessivo. Ter um acompanhamento profissional e
substituir, sempre que puder, alimentos que precisam ser adoçados por coisas
mais naturais (frutas e verduras!), são hábitos mais indicados, defende a
nutricionista. “O paciente tem que sentir o paladar real dos alimentos, visto
que quanto mais doce consumimos, mais temos vontade de comer.”
E estudos recentes apontam que o exagero no adoçante
pode não ser a melhor opção até para diabéticos. Isso porque ele foi
relacionado com a resistência insulínica, uma vez que estimula a produção de
hormônios que desregulam a quantidade de açúcar no sangue. “De uma forma mais
simplificada, podemos dizer que isso ocorre porque o sabor doce percebido na
boca estimula a produção de insulina.
Logo, o consumo de adoçantes pode favorecer o quadro de resistência
insulínica, ganho de gordura no fígado e aumento de peso. Isso favorece um
quadro inflamatório, a obesidade e até mesmo o diabetes do tipo 2.”
Existem diferenças até no tipo deles. Os naturais,
como estévia e xylitol, são feitos com raízes de plantas, vegetais e cogumelos.
E são os mais recomendados. Já os artificiais são produzidos por meio de
processos químicos. Alguns exemplos deles são o ciclamato, acessulfame de
potássio, aspartame e sacarina.
Quando você for ler o rótulo de algum produto,
preste atenção se ele contém: sacarose, sorbitol, eritritol, maltitol, sacarina
ou sucralose. Eles também são adoçantes, que muitas vezes passam despercebidos
por quem não conhece. A nutricionista Bruna Lyrio nos ajuda com alguns tipos de
adoçantes:
Estévia
“Feito da stevia rebaudiana, uma planta nativa da
América do Sul. Ou ainda da beterraba, cana de açúcar ou frutas.”
Xylitol
“Encontrado nas fibras de muitos vegetais. Incluindo
milho, framboesa e ameixa. Também pode ser extraído de alguns tipos de
cogumelo.”
Sucralose
“Sacarose quimicamente modificada, onde o cloro é um
dos seus componentes. Sendo assim, pessoas com distúrbios nos hormônios ligados
a tireóide devem evitar esse adoçante.”
Aspartame
“É uma combinação de fenilalanina e ácido aspártico,
possui alto índice de reações alérgicas e está associado a dores de cabeça.”
Ciclamato de sódio
“Derivado do petróleo, ele possui alto teor de
sódio, como o próprio nome já indica. Logo, não é indicado para hipertensos.”
Fonte: https://boaforma.abril.com.br/nutricao/acucar-ou-adocante-entenda-por-que-evitar-o-consumo-excessivo-dos-dois/
- Por Amanda Panteri - Pat_Hastings/Thinkstock/Getty Images
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