Habilidades interpessoais são complexas. Por
exemplo, você sabia que só deve ajudar seus colegas de trabalho se eles
pedirem? Ou então que uma equipe conectada demais perde para uma equipe com
conexões intermitentes?
Mudanças no mercado de trabalho
Menos treinamento e mais relacionamento: O mercado
de trabalho vai tender a valorizar mais as habilidades interpessoais do que as
habilidades técnicas.
Esta é uma das conclusões de um estudo feito por
especialistas da IBM.
Segundo a publicação, nos próximos três anos, 120
milhões de trabalhadores nas dez maiores economias do mundo precisarão de
recapacitação profissional como resultado do impacto da utilização da
inteligência artificial e da automação inteligente no mercado de trabalho.
E essa recapacitação não deverá ser necessariamente
técnica.
A parte dos 120 milhões de trabalhadores que tem
mais chance de despontar na carreira deverá investir não apenas na formação
técnica, mas também nas habilidades interpessoais, que dizem respeito à
personalidade, ao comportamento e à capacidade de interagir harmoniosamente com
as outras pessoas.
Só no Brasil, 7,2 milhões de profissionais terão que
ser treinados em novas habilidades. E parte desse treinamento terá que vir do
próprio empregador. "O mercado de talentos está saturado, há uma
necessidade da empresa de olhar para a própria força de trabalho," disse
Christiane Berlinck, diretora de RH da IBM Brasil.
Habilidades interpessoais
A escola, a universidade, o grupo de amigos, e como
se relacionar com todos esses agentes, fazem parte do pacote das habilidades
interpessoais. Embora comecem a se desenvolver já na infância, essas
características requerem atenção durante toda a vida, em especial para quem
quer trabalhar em um ambiente corporativo.
A pesquisa também concluiu que, enquanto novas
aptidões estão surgindo rapidamente, outras estão se tornando obsoletas. No
caso do Brasil, em 2016 habilidades críticas eram "capacidade de se comunicar
efetivamente em um contexto de negócios" e "recursos técnicos em
ciência, tecnologia, engenharia e matemática". Já em 2018, as duas
principais habilidades procuradas foram as comportamentais "gerenciamento
de tempo e capacidade de priorizar" e "disposição de ser flexível,
ágil e adaptável às mudanças".
Para Daniel Goleman, autor do livro Inteligência
Emocional, as habilidades comportamentais mais importantes são: colaboração,
flexibilidade, trabalhar sob pressão, comunicação eficaz, orientação para resultados
e liderança de equipe.
O autor sugere ainda características que
profissionais precisam ter para desenvolver a inteligência emocional como
"método emocional de autogerenciamento" (por exemplo, meditação),
gerenciamento do tempo (saber priorizar) e apostar na cultura do feedback
(permitir que as pessoas avaliem suas habilidades).
Para Christiane, da IBM, desenvolver as habilidades
técnicas e as interpessoais é também trabalho das empresas pois isso significa
criar um ambiente de trabalho mais flexível, colaborativo e empático.
"Esse mapa de talentos é limitado, se as empresas não fizerem nada para
cobrir essa necessidade de mão de obra existe o risco da própria organização
não conseguir crescer o seu negócio por falta de pessoas qualificadas",
comenta.
Hiato da formação
A pesquisa feita com quase 6 mil diretores
executivos de empresas de 48 países. Cerca de 59% deles reclamou por não contar
com pessoas, habilidades ou recursos necessários para executar suas estratégias
de negócios.
Segundo o estudo, o tempo investido para capacitar
um profissional em uma nova habilidade aumentou 10 vezes em apenas 4 anos. No
Brasil, por exemplo, o tempo passou de quatro para 40 dias.
Fonte: https://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=mercado-trabalho-vai-valorizar-mais-comunicacao-capacidade-tecnica&id=13676
- Com informações da Agência Brasil - Imagem: CC0 Public Domain/Pixabay
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