segunda-feira, 18 de julho de 2011

Nutrientes importantes para a saúde óssea


Fatores de risco para doenças ósseas incluem história familiar de fraturas ósseas, idade avançada, etnia branca, baixa estatura, baixo peso, baixa ingestão de cálcio, alta ingestão de sódio, alta ingestão de proteína animal, sedentarismo, tabagismo, alcoolismo, uso de medicamentos corticosteróides, uso de heparina ou metotrexato. Por isto, a adoção de um estilo saudável o quanto antes é primordial. Além da prática moderada de atividade física, do abandono do tabagismo e da redução do consumo alcoólico, a ingestão de nutrientes envolvidos na saúde óssea é altamente desejável.

Boro - Está relacionado à melhoria do conteúdo mineral ósseo, dando força ao tecido. Frutas secas, amêndoas, folhosos verde escuros e suco de uva são fontes do nutriente.

Cálcio – o consumo adequado é fundamental mas não é só. Devem ser evitados alimentos que estimulam a excreção do mineral, como proteínas animais, sódio, gorduras em quantidade excessiva e cafeína.

Cobre - O cobre atua como co-fator de enzimas envolvidas na síntese de constituintes da matriz óssea. Fontes principais: ostras, cacau, nozes, feijão, farinha de soja, mariscos.

Fibras – Diminuem a inflamação do tecido intestinal, fortalecem o sistema imune e melhoram a disponibilidade do cálcio, por servirem de substrato para bactérias probióticas intestinais, as quais acidificam o pH intestinal. Capriche no consumo de frutas, verduras e cereais integrais.

Lisina – este aminoácido pode aumentar a absorção do cálcio, por isto o cálcio quelado à lisina é a fórmula de preferência.

Magnésio – a deficiência está relacionada à má formação óssea. O magnésio também é fundamental para a memória. Aumente o consumo das fontes principais: vegetais folhosos verde-escuros e cereais integrais.

Manganês – Fornece estrutura para a calcificação óssea. As fontes mais ricas em manganês são os grãos integrais, leguminosas e nozes.

Ômega-3 – Promove a incorporação do ácido eicosapentanóico (EPA) nos fosfolipídios de membranas, diminuindo a inflamação tecidual. Fontes incluem peixes de água salgada e fria e linhaça.

Potássio – O consumo adequado diminui a excreção de cálcio na urina. Frutas e verduras são ricas em potássio.

Silício – Atua na formação da matriz óssea, criando ligações de colágeno e proteoglicandos durante o crescimento ósseo. Aveia, milho, arroz, cevada e cavalinha fornecem silício.

Vitamina C – Promove a síntese de colágeno. Nos casos de osteoporose é recomendada suplementação de até 1g ao dia. Frutas cítricas são ricas na vitamina.

Vitamina D - sem ela, apenas 10 a 15% do cálcio dietético é absorvido, aumentando o risco de fraturas.

Zinco - Aumenta a atividade da vitamina D. Fontes incluem carnes, aves, frutos do mar, semente de abóbora, lentilhas.

Fonte: Revista O Berro - por andreiat

domingo, 17 de julho de 2011

Estudos mostram como funciona a memória e indicam como aprender melhor e não esquecer jamais


Uma questão de prática

Um estudo do Hospital Beth Israel de Boston, feito pelos doutores Edwin Robertson e Daniel Cohen, esclarece por que é tão difícil aprendermos diversas matérias diferentes ao mesmo tempo.

Usando 120 voluntários, que precisaram aprender dois tipos de atividade em sequência, uma com exercícios com os dedos da mão e a outra uma lista de palavras para decorar, os cientistas perceberam que aprender uma atividade atrás da outra prejudicava o aprendizado da primeira. A conclusão é que, ao aprender algo diferente, sem tempo de reter o primeiro assunto, podemos nos decepcionar.

Na segunda metade do estudo, os pesquisadores utilizaram um recurso que pode “desligar” algumas partes do cérebro, a eletroestimulação magnética transcraniana (TMS), que cria um campo magnético no cérebro tão forte que impede a conexão normal entre os neurônios de uma mesma região, interrompendo seu funcionamento. Os pesquisadores utilizaram a TMS nas áreas acessórias ao aprendizado motor, se o exercício com a mão era o primeiro executado, e na área de aprendizado verbal, se a primeira tarefa era decorar a lista de palavras.

Os cientistas descobriram que fazer o estímulo elétrico com TMS, depois de aprendida a tarefa, não interferia no aprendizado desta, além de impedir a competição e interferência entre os dois exercícios, melhorando a performance de ambas atividades ao ponto de o resultado ser igual ao aprendizado de uma só tarefa.

O TMS não e o único jeito de impedir a interferência de um aprendizado sobre o outro. O sono é a forma natural de desligar as áreas acessórias aos diversos aprendizados, por isso cochilar um pouco nos intervalos de treinamentos parece ser benéfico e melhorar a aquisição de conhecimento.
Outro estudo feito por Edwin Morris, da Universidade de Edimburgo, e associados da Universidade de Tóquio e publicado na revista Science, explica que é mais fácil para o cérebro aprender mais sobre assuntos que já conhecemos. Para aprendermos um conceito novo existe um envolvimento mais amplo do córtex cerebral, mas adicionar conhecimento é muito mais simples. Os cientistas descobriram um grupo de genes ativados somente para adicionar memória ao que já foi aprendido.

Esses genes não funcionam tão bem quando o assunto é novo, e os pesquisadores argumentam que o conhecimento dos indivíduos especialistas é construído desta maneira. O volume de conhecimento vai sendo adicionado em blocos, e quanto mais sabemos sobre um assunto mais fácil fica aprender algo novo sobre ele.

Em outra pesquisa, cientistas do Instituto Max Planck, da Alemanha, e da Escola Superior de Física e Química Industriais, de Paris, puderam confirmar, usando o cérebro da drosófila, a mosca da fruta, que existem neurônios especializados apenas em ler memórias gravadas.

Já conhecemos muito dos circuitos cerebrais da drosófila, que possui apenas 100 mil neurônios. O cérebro humano possui 100 bilhões de células empacotadas em um quilo e meio, mas tem mecanismos operacionais iguais. Os cientistas descobriram que, ao bloquear um grupo específico de células, as MB-V2, as moscas não conseguiam lembrar-se de um cheiro.

No estudo, os neurocientistas aplicavam um choque elétrico nas moscas, após liberarem um determinado cheiro. Os pesquisadores conseguiam desligar os neurônios MB-V2 e, ao fazer isso, as moscas não fugiam do cheiro associado ao choque. Mas ainda podiam aprender que o cheiro estava associado a um evento ruim, pois quando os cientistas religavam a célula MB-V2 as moscas fugiam do cheiro. Isso os fez concluir que a MB-V2 não era importante para o aprendizado, mas fundamental para lembrar-se do que foi aprendido.

Esses estudos, publicados em um intervalo de duas semanas, são avanços na busca da cura para a doença de Alzheimer, e para a reabilitação em acidentes vasculares cerebrais. Ao mesmo tempo, nos impulsionam a outro nível, no qual poderemos manipular nossa capacidade de aprender e de lembrar as lições.

Fonte: Revista Carta Capital/saúde – por Rogério Tuma

Carta de Abraham Lincoln ao professor do seu filho


"Caro professor, ele terá de aprender que nem todos os homens são justos, nem todos são verdadeiros, mas por favor diga-lhe que, para cada vilão há um herói, que para cada egoísta, há também um líder dedicado, ensine-lhe por favor que para cada inimigo haverá também um amigo, ensine-lhe que mais vale uma moeda ganha que uma moeda encontrada, ensine-o a perder, mas também a saber gozar da vitória, afaste-o da inveja e dê-lhe a conhecer a alegria profunda do sorriso silencioso, faça-o maravilhar-se com os livros, mas deixe-o também perder-se com os pássaros no céu, as flores no campo, os montes e os vales.

Nas brincadeiras com os amigos, explique-lhe que a derrota honrosa vale mais que a vitória vergonhosa, ensine-o a acreditar em si, mesmo se sozinho contra todos.

Ensine-o a ser gentil com os gentis e duro com os duros, ensine-o a nunca entrar no comboio simplesmente porque os outros também entraram.

Ensine-o a ouvir todos, mas, na hora da verdade, a decidir sozinho, ensine-o a rir quando estiver triste e explique-lhe que por vezes os homens também choram.

Ensine-o a ignorar as multidões que reclamam sangue e a lutar só contra todos, se ele achar que tem razão.

Trate-o bem, mas não o mime, pois só o teste do fogo faz o verdadeiro aço, deixe-o ter a coragem de ser impaciente e a paciência de ser corajoso.

Transmita-lhe uma fé sublime no Criador e fé também em si, pois só assim poderá ter fé nos homens.

Eu sei que estou pedindo muito, mas veja o que pode fazer, caro professor."

Abraham Lincoln, 1830

sábado, 16 de julho de 2011

Falta de higiene bucal pode afetar fertilidade


Demora para engravidar

Um estudo realizado na Austrália sugere que problemas de saúde bucal podem afetar a fertilidade feminina.

A pesquisa da Universidade do Oeste da Austrália sugere que uma higiene bucal precária é tão ruim para a fertilidade de uma mulher quanto a obesidade, fazendo com que elas demorem em média dois meses a mais para engravidar.

Segundo os pesquisadores, mulheres com gengivas doentes precisaram de sete meses para conceber, comparados com o prazo considerado normal, de cinco meses.

Doença periodontal

De acordo com os pesquisadores, a causa pode estar ligada à doença periodontal, caracterizada por inflamação na gengiva. Se esta não for tratada, poderá desencadear uma série de reações capazes de prejudicar o funcionamento normal do corpo.

A doença periodontal, também conhecida como periodontite, já foi ligada à doenças cardíacas, diabetes tipo 2 e aborto, além de baixa qualidade do esperma em homens.

"Até agora não existiam estudos publicados que investigavam se a doença nas gengivas pode afetar as chances de uma mulher conceber, então este é o primeiro relatório que sugere que a doença na gengiva pode ser um dos vários fatores que podem ser modificados para mulher melhorar as chances de uma gravidez", afirmou Roger Hart, professor líder da pesquisa.

Inflamação nas gengivas

O estudo da Universidade do Oeste da Austrália contou com a participação de mais de 3,5 mil mulheres.

Aquelas com problemas de gengiva apresentaram níveis elevados de marcadores para inflamação no sangue.

De acordo com o líder da pesquisa, Roger Hart, mulheres que estão tentando ter um filho agora precisam passar antes no dentista além de parar de fumar, beber, manter um peso saudável e tomar suplementos de ácido fólico.

"É bom senso aconselhar a mulher a ter certeza de que está saudável se ela quer tentar ter um filho", disse o especialista em fertilidade britânico Allan Pacey.

Fonte: Diário da Saúde - Com informações da BBC

Crianças devem praticar exercícios físicos


A obesidade infantil vem aumentando de forma assustadora, e com ela o número de doenças relacionadas ao excesso de peso. As autoridades de saúde do governo britânico vão emitir novas diretrizes orientando a prática de exercícios físicos para menores de cinco anos.

O documento conterá orientações para os pais, incentivando-os a estimularem a prática de atividade física no dia a dia dos filhos. Algumas sugestões são: crianças devem andar a pé o máximo que conseguirem, como, por exemplo, ir de casa até a creche caminhando. Já os bebes devem ser matriculados em aulas de natação.

Fonte: Blog da Saúde

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Álcool causa perda de memória?


O consumo excessivo de álcool pode causar perda de memória. A pessoa não consegue se lembrar bem da noite anterior, esquece momentos e detalhes e pode até mesmo não se lembrar de nada.

Muitas pessoas dizem que essa amnésia acontece porque o álcool prejudica os neurônios, fazendo com que as memórias da noite anterior sejam “apagadas”. Mas de acordo com um estudo desenvolvido na Universidade Washington (EUA) essa explicação não é a correta.

“O álcool não está danificando as células de qualquer forma que nós pudemos detectar”, afirma o pesquisador Charles Zorumski. “Na verdade, até mesmo nos níveis altos que nós usamos (no estudo), nós não vimos mudanças na forma como as células do cérebro se comunicam”. De acordo com Zorumski, as informações recebidas pelo cérebro ainda são processadas quando a pessoa está bêbada, mas o álcool bloqueia os sinais neurais que permitem a formação de novas memórias.

Fonte: Blog da Saúde

Férias também combinam com leitura!


Férias escolares são tudo de bom e as crianças têm mais é que aproveitar para sair da rotina, brincar, descansar, viajar e, por que não, aproveitar o tempo livre para se divertir com boas leituras?

“Assim como nos habituamos a escovar os dentes após todas as refeições, também podemos nos habituar a ler todos os dias se isso fizer parte de nossa rotina”, diz Hélida Felgueiras, coordenadora Pedagógica da escola Kampus Educação Bilíngue.

Ela ressalta a importância do hábito da leitura não ser interrompido. “Para se tornar um “costume”, qualquer atividade que estejamos iniciando não deve ter interrupções. É como começar a fazer ginástica, certo? Então, não deixe que seu filho abandone a leitura nas férias e proporcione momentos de descontrações que apresentem o lado bom e saudável da leitura”.

Para facilitar está importante tarefa, a educadora sugere as dicas:

- Os pais podem ler para os filhos antes de dormirem. Aproveitem para ler livros capitulados, nos quais a criança terá que esperar a noite seguinte para saber um pouco mais da história. Esse suspense gera muito prazer.

- Faça um piquenique literário com seu filho em um parque ou até no quintal de sua casa. Leve a tradicional toalha de piquenique, uma cesta de frutas, pães e suco, e outra cesta de livros. Procure levar alguns livros que a criança já conheça e outros inéditos para ela. Perceba se ela sozinha começa a ler ou se você deve começar a leitura primeiro.

- Aproveite para chamar a atenção da criança para outras leituras além da literária, como placas de rua, outdoors, folhetos de propaganda, etc. Essa leitura “funcional” é bastante interessante para que a criança note a importância de ler para a vida.

- Deixe sempre livros, revistas e jornais no alcance da criança. Uma ótima estratégia é a de colocar livros entre os brinquedos dela.

Fonte: Revista Mães e Filhos

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Exercício físico faz bem ao sono, mas não antes de dormir


É recomendável ficar pelo menos seis horas em repouso após as atividades

Praticar exercícios físicos faz bem à saúde. Disso, todos sabem. Porém, a maioria da população não descobriu os efeitos que o esporte tem sobre o sono e o quanto ele ajuda a tratar problemas como a insônia e até a apneia do sono, em decorrência da diminuição da gordura corporal e consequente abertura das vias aeres durante a noite.

Vários estudos estão sendo feitos sobre o efeito da prática de exercício no sono, e os resultados mostram que os sedentários têm uma relação muito mais atribulada com a cama do que aqueles que praticam esportes regularmente e cuidam da respiração e da parte aeróbia do organismo com mais cuidado.

Além de dar ao corpo um sinal de que ele precisa de descanso após trabalhar vigorosamente por alguns momentos, o esporte ajuda no emagrecimento.

A perda de peso vai acarretar em menor quantidade de tecido adiposo na região do pescoço. Assim, a pressão sobre as vias aéreas será menos intensa, ajudando o organismo contra o ronco e a apneia.

Desde as primeiras pesquisas sobre a influência dos exercícios físicos no sono, ocorridas há cerca de três décadas, muitos avanços foram feitos, embora a prática de esportes ainda não seja um dos tratamentos mais prescritos por médicos na hora de curar a insônia ou a apneia do sono.

Um dos motivos é a resistência de muitos pacientes ao esforço que uma prática física traz. Além de ser um tratamento de longo prazo, ela requer uma mudança drástica no parcelamento temporal das atividades cotidianas.
Porém, é importante alertar que os exercícios físicos devem ser feitos no mínimo seis horas antes da hora de dormir.

Segundo a neurologista e responsável pelo Laboratório do Sono do hospital São Luiz, Rosa Hasan, a elevação da temperatura corporal prejudica o descanso noturno e, portanto, as atividades devem ser feitas na parte da manhã ou tarde para aqueles que buscam melhorar o sono.

Fonte: Revista Minha Vida - UOL

Dicas ajudam a não transformar a viagem de avião em uma tortura


Vacinação e cuidados durante o vôo fazem de sua viagem mais segura

Em viagens longas, passageiro pode se levantar a cada três horas

Viajar é um ótimo recurso para descansar, conhecer novas culturas e se divertir. No entanto, é importante que as pessoas se previnam antes de embarcar, principalmente se os locais de destino possuem algum histórico de doenças infecciosas. "Em todas regiões do Brasil, principalmente na Norte e Centro-Oeste, há risco de transmissão de febre amarela, por exemplo. Recomendamos aos pacientes que tenham viagens marcadas para localidades de risco a tomarem a vacina contra o vírus causador da doença pelo menos 10 dias antes de embarcarem", alerta o infectologista Paulo Furtado.

O médico lembra que a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) possui um Centro de Informação em Saúde para Viajantes (Cives), que funciona desde 1997 e tem entre seus objetivos principais informar viajantes sobre as doenças endêmicas que podem ser encontradas em todas as regiões brasileiras e também no exterior. "Identificar os riscos de contrair doenças nos lugares para onde vai viajar é muito importante e, normalmente, é a última coisa que as pessoas pensam antes de curtir as férias", comenta.

De acordo com o infectologista, a eficácia de uma vacina depende, muitas vezes, da doença a qual ela combate. "A gripe e a febre amarela são apenas alguns exemplos de doenças que podem ser bastante atenuadas se o indivíduo for vacinado", informa, acrescentando que as medidas preventivas também são essenciais em certos locais. "Em áreas com risco de transmissão de malária, por exemplo, é importante fazer uso, sempre que possível, de calças e camisas de manga comprida e repelentes, visto que para essa doença não existe vacina."

Não transforme a viagem de avião em tortura

Muitos já desistem de viajar bem antes do embarque, ao pensar na distância que os separa do local escolhido para passar as tão sonhadas férias. Entretanto, um vôo longo não precisa ser encarado como uma tortura e, sim, como parte do passeio. Se o viajante seguir algumas dicas preciosas, os efeitos do jet lag (fadiga, insônia, dor de cabeça, dificuldade de concentração, entre outros) sentidos após o desembarque podem ser facilmente controlados. O clínico geral Fabrício Braga, da Casa de Saúde São José, explica que optar pelos vôos diurnos é a melhor forma de evitar o problema, porém explica que, caso o vôo seja noturno, dormir é o melhor remédio para livrar-se do desconforto.

"Várias receitas são indicadas para quem precisa fazer viagens com mais de dez horas. Entretanto, relaxar durante o vôo certamente garante um desembarque com mais disposição", comenta, alertando os que acreditam que tomar medicamentos para dormir e beber uma dose de uísque ajuda a aliviar a tensão: "Nunca faça uso simultâneo de bebidas e remédios. Desconhecemos os efeitos dessa perigosa mistura".

A roupa a ser usada na viagem também deve ser a mais confortável possível. A baixa pressão atmosférica na aeronave faz o corpo "dilatar" e, portanto, qualquer peça de roupa ou calçado vai parecer um número menor. "Há pessoas que têm a mania de viajar de terno. Isso é péssimo. Não há nada mais adequado do que uma calça de moletom, camisas largas e sapatos confortáveis", ressalta o médico, acrescentando que casacos são imprescindíveis, visto que a temperatura costuma ser baixa no interior da aeronave.

Segundo recente estudo publicado pela revista médica "The Lancet", um em cada cem passageiros pode sofrer de trombose venosa profunda em vôos de longa distância, mesmo se viajar na classe executiva, tomar aspirina ou usar meias de compressão. Pesquisadores neozelandeses entrevistaram 900 passageiros que ficaram pelo menos dez horas num vôo, numa média de 39 horas voadas em seis semanas. Embora 17% dos passageiros tenham usado meias de compressão e 31% tomado aspirina, foram descobertos nove casos.

Fabrício Braga, clínico-geral da Casa de Saúde São José, confirma que a trombose é um dos principais problemas para quem viaja por muitas horas, principalmente para as mulheres acima dos 50 anos e que tenham problemas de varizes. Ele explica que o problema, conhecido popularmente como "síndrome da classe econômica", provoca a formação de coágulos sangüíneos bastante perigosos nas pernas dos viajantes. "Apesar de serem 100% eficazes, as meias elásticas devem ser utilizadas. É bom que o passageiro também levante-se pelo menos de três em três horas", orienta.

Labirintite e vôo

Os que sofrem de labirintite, uma inflamação do labirinto, formação interna do ouvido que é responsável pelo senso de equilíbrio, não precisam se preocupar. Apesar de terem chances de sentir os efeitos da doença em momentos como o da decolagem e o da aterrissagem, eles podem ficar tranqüilos e, antes de viajar, tomar o medicamento com o qual já estão acostumados. "Quem sofre de labirintite, mesmo que não esteja com os sintomas, deve tomar o medicamento antes de viajar como medida profilática", informa o clínico geral.

Na opinião do especialista, quem viaja para o exterior principalmente deve ter sempre uma "mini-farmácia" na mala. "É muito difícil comprar remédios fora do país. Nos Estados Unidos, por exemplo, é preciso marcar consulta para conseguir a receita com a assinatura de um médico americano. Ter à mão analgésicos, anti-alérgicos e antibióticos que tenham efeito para infecções intestinais é sempre bom", frisa, lembrando que o telefone do médico de confiança também deve estar bem guardado caso surjam emergências.

Fonte: UOL - Por Minha Vida

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Orientação vocacional ajuda na hora de escolher uma profissão


Reflexão e autoconhecimento são essenciais para seguir uma carreira

A proximidade das inscrições dos vestibulares aumenta a ansiedade e preocupação de muitos jovens com a tomada de uma importante decisão que é a escolha de uma profissão.

E essa escolha não é fácil. O número de profissões cresce a cada ano, e o grau de complexidade e informações sobre elas também. Para termos uma idéia, no site do Guia do Estudante encontramos 220 profissões descritas, já o Catálogo Brasileiro de Ocupações (CBO) lista 2.422 diferentes tipos de profissões.

O aumento de cursos e profissões acompanha os avanços tecnológicos que surgem a cada minuto, as novas descobertas da ciência e as constantes mudanças do mercado de trabalho. Hoje o mercado exige um profissional cada vez mais preparado e decidido, e apenas o diploma não garante mais um bom emprego, o jovem precisa planejar sua carreira desde muito cedo.

Da mesma maneira, o jovem de hoje, que já nasceu conectado ao mundo tecnológico, busca também um ambiente profissional que seja semelhante ao que ele vivencia no dia a dia: veloz, dinâmico, global e com multi-atividades.

Porém com tantos estímulos disponíveis, perder o foco não é incomum. A ânsia pela rapidez pode levar também a decisões precipitadas, sem reflexão e análise mais detalhada das opções.
Mas como fazer uma boa escolha? O que considerar no momento de escolher?

Para realizarmos qualquer escolha, antes precisamos saber o que estamos buscando, o que nos agrada, do que somos capazes, e isso exige conhecer mais a nós mesmos. Só então, é possível selecionar as opções que mais tem haver conosco e buscar conhecer mais sobre essas opções. Mas só conhecer não basta precisamos também comparar, refletir, fazer previsões futuras, até mesmo usar a criatividade para identificar novas possibilidades.

Na escolha profissional a nossa experiência de vida também é importante. Segundo Silvio Bock (2002) a percepção que cada indivíduo tem das profissões é construída ao longo de toda a vida, com experiências diretas ou indiretas, por meio da influência da família, dos professores, dos meios de comunicação, da sociedade em geral, ou seja, essa percepção ocorre em um contexto sociocultural, que é interiorizado de forma particular por cada sujeito.

Com tantos nuances e aspectos envolvidos, não é a toa que a proximidade da conclusão do Ensino Médio desperte nos jovens um turbilhão de sentimentos, muitas vezes ambíguos, como satisfação, ansiedade, angústias, incertezas frente ao futuro e às consequentes rupturas com a instituição, com amigos etc. Um dos objetivos da Orientação Vocacional é ajudar o jovem a enfrentar essas angústias.

O trabalho de Orientação Vocacional não tem o papel de "adivinhar" a vocação de cada um, mas possibilitar ao adolescente conhecer mais sobre si, refletir sobre seus interesses, motivações, dificuldades e potencialidades, explorar as opções, elaborar as perdas e angústias que cada escolha suscita, de maneira a exercitar sua capacidade criativa e poder encontrar melhores posturas frente a situações de escolha.

Nesse processo insere-se também, a análise crítica do mercado de trabalho e das instituições educacionais que se encontram em constantes mudanças.

Referência Bibliográfica: BOCK, Silvio Duarte Orientação Profissional: a abordagem sócio-histórica. 2. ed. Cortez Editora, 2002.

Autora:Mayra Rodrigues Higuthi - Psicóloga (CRP: 06/77152) - Psicóloga clínica especialista na Abordagem Junguiana.

Fonte: Revista Minha Vida