quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Refrigerante “Light” pode aumentar risco de diabetes


Trocar o refrigerante convencional por sua versão light pode não ser tão saudável quanto parece: depois de analisar dados de 66.000 mulheres, pesquisadores do Instituto Nacional de Saúde e Pesquisa Médica da França observaram que, entre aquelas que optaram pelo refrigerante light, o risco de desenvolver diabetes tipo 2 era elevado.

Em comparação com aquelas que tomavam refrigerante convencional, o aumento do risco foi considerável: 15% para as que bebiam 500 ml por semana e 59% para aquelas que bebiam 1,5 litro. Entre as mulheres que bebiam apenas suco natural sem adição de açúcar, não foi observada qualquer elevação de risco de diabetes.

Segundo os autores do estudo, vale destacar o risco de se consumir mais dessa bebida devido à suposição de que, por ser “light”, é “mais saudável”.
Os próprios cientistas, porém, reconhecem as limitações do estudo. “Informações sobre o consumo de bebidas não foram atualizadas, e hábitos alimentares podem ter mudado ao longo do tempo”, escrevem no artigo, publicado no The American Journal of Clinical Nutrition (as informações foram coletadas de 1993 a 2007, de mulheres nascidas entre 1925 e 1950). Além disso, eles observam que pode haver outros fatores envolvidos, além do consumo de refrigerante.

Recentemente, um dos autores, Guy Fagherazzi, apontou que os resultados não eram suficientes para “aconselhar as pessoas a parar de consumir qualquer um dos tipos de bebida” – são necessários mais estudos sobre as consequências do consumo de refrigerantes. Ainda assim, o suco natural apareceu, de fato, como a opção “mais saudável” das três bebidas estudadas.[Medical Xpress] [The American Journal of Clinical Nutrition]

Os 10 Papas mais intrigantes


Aproveitando que o Papa Bento XVI está nas manchetes por abdicar, algo que foi feito pela última vez na Idade Média, que tal darmos uma repassada nos papas mais intrigantes e curiosos da história? Desde um cadáver que foi a julgamento a um papa que subiu ao pontificado 3 vezes, aqui estão 10 dos mais interessantes líderes da Igreja Católica:

10. Primeiro pai

O primeiro cabeça da Igreja Católica foi São Pedro, cujo nome original era Simão, e era um dos 12 apóstolos de Jesus, de acordo com Julius Norwich em seu livro “Absolute Monarchs: A History of the Papacy” (“Monarcas Absolutos: Uma História do Papado”, Random House, 2012).
Ele pregou na Ásia Menor antes de ir para Roma, onde viveu 25 anos, quando o Imperador Nero Augusto César crucificou-o. Diz a lenda que ele pediu para ser crucificado de cabeça para baixo, por se achar indigno de morrer como Jesus. Apesar de ser considerado o primeiro Papa, ele nunca teve este título durante sua vida.

9. Abdicando

O primeiro papa a abdicar foi Ponciano, que foi o chefe da igreja entre os anos 230 e 235. Diferente de seus predecessores, Ponciano não foi martirizado, mas sentenciado a trabalhos forçados nas minas da Sardenha pelo Imperador Maximino Trácio, que estava perseguindo os cristãos, particularmente os chefes da igreja. O papa abdicou voluntariamente para evitar que a igreja experimentasse um vácuo no poder, de acordo com a Enciclopédia Católica.

8. Tempos melhores

O século seguinte foi um tempo duro para a Igreja Católica, com perseguição de cristãos e martírio de vários líderes da igreja. Mas, em 313, o Imperador Constantino colocou oficialmente um fim à perseguição. O Papa Silvestre I foi o primeiro a viver neste mundo menos perigoso, mas quando Constantino organizou o Concílio de Nicéia, para definir a doutrina oficial cristã, Silvestre resolveu ficar de fora, enviando emissários, de acordo com o livro “Absolute Monarchs”. O Credo Niceno é considerado a primeira declaração oficial de fé dos cristãos.

7. Pacificador

O Papa Leão I, que reinou do 461 a 468, pode ter sido mais famoso pelo trabalho que fazia antes de ascender ao papado: o antigo aristocrata e então bispo convenceu o temido Átila, o Huno, a não saquear Roma. É possível que Leão tenha oferecido a Átila alguma quantia em ouro, ou então o guerreiro usou o encontro como uma desculpa para retornar, atendendo a seus próprios objetivos estratégicos.
Outra possibilidade é que o papa tenha apelado para os medos supersticiosos de Átila, de morrer logo depois do saque, como aconteceu com Alarico I (rei de uma tribo de Godos) depois de saquear Roma décadas antes, de acordo com o livro “Absolute Monarchs”.

6. Cadáver em julgamento

O Papa Formoso encabeçou a Igreja Católica de 891 a 896, e seu reinado foi marcado por batalhas políticas e lutas internas. Ele sofreu excomunhão 20 anos antes de se tornar Papa, mas foi absolvido mais tarde. Após sua morte, seu cadáver foi exumado, levado a julgamento e condenado por não ser digno do papado. Todos seus editos papais foram considerados inválidos, os dedos que ele usou para fazer os sacramentos foram arrancados, e ele foi jogado no rio Tibre.

5. Outros Bentos

O Papa atual não é o único Bento a renunciar. Durante uma época tumultuosa da história da Igreja Católica conhecida como saeculum obscurum (“idade das trevas”, às vezes chamado de “pornocracia” ou “governo de meretrizes”), os papas se entregaram à corrupção e à venalidade, e eram aliados a alguma família aristocrática. Cansado disso, o povo de Roma resolveu elevar Bento V à mais alta posição em 964. Mas o fundador do Sacro Império Romano, Rei Oto I, não quis saber disso e elegeu um antipapa, Leão VIII. Bento V escolheu renunciar alguns meses depois da eleição (nestes tempos caóticos, não era incomum haverem dois papas eleitos).
O próximo Bento, Papa Bento VI, também viu seu reinado ter um fim ignominioso: quando o Rei Otto morreu em 974, Bento VI foi preso e executado pelo seu antipapa sucessor.

4. O Tri-Papa

Outro papa Bento, Papa Bento IX, foi papa três vezes. Ele primeiro ascendeu ao papado em 1032 como resultado de conexões familiares, com a tenra idade de 20 anos, de acordo com a Enciclopédia Católica. Entretanto, ele levou uma vida imoral e dissoluta. Em 1044, a cidade de Roma elegeu um antipapa. Bento IX conseguiu substituir o antipapa, mas abdicou – depois de vender o papado a outro sacerdote. Antes de morrer, ele se tornou papa mais uma vez, mas por pouco tempo.

3. Papa grávido?

Diz a lenda que de 855 a 877, um Papa João era na verdade uma mulher. A história, contada por um monge dominicano chamado Martinho em 1265 e vários outros, alega que o Papa João era uma garota que foi trazida a Atenas em roupas de homem, de acordo com “Absolute Monarchs”. Ela estudou e se tornou mestre, mas ficou grávida e teve o parto durante uma procissão da igreja. Entretanto, o caos da época e as discrepâncias entre as diferentes histórias sugerem que a Papisa Joana talvez nunca tenha existido.

2. Reinados curtos

Muitos dos homens que foram escolhidos para o papado não tiveram a chance de esquentar a cadeira. O Papa Stephen foi eleito em 752, mas morreu alguns dias depois sem ter sido consagrado. O Papa Dâmaso II ascendeu ao papado em 1048, depois de várias lutas políticas, mas faleceu 23 dias depois. Celestino IV, que foi eleito em 1241, faleceu 16 dias depois – muito cedo para sua coroação. E o Papa Urbano VII, que morreu depois de 12 dias no ano 1590, foi o papa de mais curto reinado da história da Igreja Católica.
A igreja também teve vários períodos sem papa reinando. Estes períodos, conhecidos como “interregnums”, normalmente acontecem quando os cardeais que votam para escolher um novo papa estão no Conclave.

1. Abdicação

O último papa a abdicar, Papa Gregório XII, foi eleito em 1406, mais de 600 anos atrás. Ele era conhecido por sua piedade, e foi eleito originalmente para terminar a cisma ocorrida depois que o Papa Inocêncio VII morreu, de acordo com a Enciclopédia Católica. Gregório XII foi um dos três papas a reinar na época, e o caos que se seguiu deve tê-lo convencido que era hora de cair fora. Ele convocou um concílio para resolver o problema, e abdicou em 1415. [LiveScience]


quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Pesquisa lista as dez profissões que tiveram os maiores aumentos salariais em 2012

Um estudo divulgado pela Page Personnel, empresa de recrutamento, aponta que algumas profissões tiveram aumentos salariais de até 90% entre 2011 e 2012. Das ocupações mais valorizadas pelo mercado, três têm remunerações médias acima de R$ 7 mil.

O levantamento se baseou em informes de rendimentos de 30 mil profissionais de 20 a 30 anos de São Paulo, do Rio de Janeiro e do interior de SP.

A consulta foi realizada em julho de 2012 e comparou os dados com as médias registradas no mesmo mês de 2011.

Entre as profissões pesquisadas, o maior aumento foi para os administradores de bancos de dados, de 90,3%. No ano passado, a remuneração média era de R$ 4,7 mil para o cargo de nível júnior (veja a lista abaixo).

O segundo lugar ficou com os projetistas civis: reajuste de 75,8%. O salário médio da ocupação de nível pleno em 2012 era de R$ 7,5 mil.

No ranking dos dez maiores avanços salariais também aparecem as seguintes profissões: técnico de edificações, analista fiscal tributário, analista contábil, analista de crédito, analista de comércio exterior, engenheiro ambiental e analista de produto.

Segundo a empresa que realizou a pesquisa, esses profissionais estão valorizados porque faltam especialistas nessas áreas.

A pesquisa ainda apontou que, dos dez maiores aumentos, oito estão em São Paulo e dois foram registrados no interior de SP.

Profissão Salário (média) Aumento
Administrador de banco de dados júnior R$ 4,7 mil 90,3%
Projetista civil pleno R$ 7,5 mil 75,8%
Técnico de edificações R$ 7,5 mil 72.9%
Analista fiscal tributário pleno R$ 5,5 mil 32.4%
Analista contábil júnior R$ 4,5 mil 24.9%
Analista de crédito júnior - bancos de investimento R$ 6,5 mil 24.9%
Analista de comércio exterior pleno R$ 4,7 mil 24.9%
Engenheiro ambiental sênior R$ 5,1 mil 22.4%
Analista de produtos pleno - varejo R$ 7,2 mil 14.9%
Analista de crédito sênior - seguradora R$ 6,5 mil 12.9%

Fonte: http://noticias.uol.com.br/empregos/ultimas-noticias/2013/02/07/pesquisa-lista-as-dez-profissoes-que-tiveram-os-maiores-aumentos-salariais-em-2012.jhtm

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

10 tratamentos médicos bizarros que ainda são usados

Séculos atrás, a comunidade médica acreditava que a cura para praticamente qualquer doença (de dores de cabeça a febre e prisão de ventre) era uma boa sangria. Embora você possa se sentir grato por ter nascido em uma época em que os tratamentos são, digamos, um pouco mais precisos, não se engane: há soluções desagradáveis que sobreviveram ao tempo (e provavelmente vão continuar entre nós por mais algumas décadas). Confira:

10. Veneno de abelha para tratar herpes
A apiterapia usa substâncias produzidas por abelhas (como mel e veneno) para tratar doenças e surgiu no século 19, quando o médico austríaco Philip Terc foi picado por um enxame e, para sua surpresa, percebeu que as dores que sentia por causa de reumatismo diminuíram consideravelmente.
Muita gente pode considerar essa terapia “natural demais”, mas isso não impede que médicos do mundo todo a utilizem para combater doenças como artrite, tendinite e herpes. Há até pesquisadores que buscam descobrir se o veneno de abelha pode ser usado no tratamento contra câncer. O problema é que alguns médicos preferem realizar apiterapia à moda antiga, fazendo com que os pacientes sejam picados por várias abelhas.

9. Larvas para remover tecido necrosado
O que aparenta ser uma solução desesperada de tempos de guerra é muito utilizada ainda hoje: larvas (devidamente esterelizadas, pelo menos) são colocadas sobre ferimentos abertos para se alimentar de tecido morto ou necrosado, evitando que a ferida piore. Em certos países, o tratamento é coberto por planos de saúde.

8. Parasitas intestinais para combater alergias
Na década de 1970, cientistas perceberam que países com altos índices de ancilostomíase (infecção pelo parasita intestinal Ancylostoma duodenale) apresentam relativamente poucos casos de alergias ou doenças autoimunes. Embora ainda não haja uma explicação para isso, há médicos (como os da empresa Autoimmune Therapies) que usam o parasita para tratar certos tipos de doença.

7. Folhas queimadas para tratar paralisia facial
A moxabustão é uma técnica antiga da medicina chinesa tradicional em que o médico coloca rolos de folhas secas de moxa sobre os ouvidos, a boca ou o rosto do paciente e os queimam. É uma espécie de “acupuntura térmica”, que aplica calor sobre pontos específicos do corpo.





6. Trepanação para diminuir pressão intracraniana
Perfurar o crânio de uma pessoa pode não parecer uma boa solução, mas é uma prática antiga que sobrevive há milênios (já foram encontrados crânios de 7 mil anos com buracos circulares nas laterais) e já foi usada para tratar de enxaquecas a doenças mentais. Hoje, a trepanação tem um uso mais restrito (reduzir a pressão causada por excesso de sangue em torno do cérebro), mas não deixa de ser um procedimento de certa forma perturbador.

5. Peixes vivos para combater asma
Há 160 anos a família indiana Bathini Gauds administra um tratamento pouco usual contra asma: engolir um peixe vivo e uma bolinha de remédio (a receita, claro, é secreta) e, nos 45 dias seguintes, ter uma dieta bastante estrita. Eles alegam que ao longo das décadas já curaram milhões de pessoas e que quase meio milhão o procuram todos os anos. O remédio e a dieta, tudo bem, entendemos. Mas onde entra o peixe vivo nessa história? O animal, dizem, vai limpando a garganta do paciente no caminho até o estômago. A Associação Médica da Índia não engoliu essa história e ameaça processar a família, a menos que ela revele a receita secreta do remédio.

4. Talidomida para tratar câncer
O nome desse medicamento causa calafrios em quem conhece sua história – na década de 1950, foi largamente usado para combater enjoo matinal de gestantes, e resultou no nascimento de mais de 10 mil crianças com graves deformações físicas, sendo que quase metade morreu nos primeiros meses de vida –, mas ele ainda assim “voltou das trevas” recentemente, desta vez para tratar câncer de medula óssea (no caso de mulheres, toma-se um cuidado especial para garantir que não estão grávidas).

3. Terapia eletroconvulsiva para tratar depressão crônica, bipolaridade
A ideia de induzir uma convulsão aplicando choques elétricos no paciente não parece das mais sensatas, mas foi usada por algumas décadas até a comunidade científica decidir que os efeitos colaterais (confusão, dores musculares, fraturas de ossos e perda de memória que podia durar por meses) não compensavam. Em 2001, contudo, a Associação Americana de Psiquiatria retomou o uso da terapia eletroconvulsiva, e quase todos os países do mundo seguiram seus passos.

2. Lobotomia para tratar epilepsia
Na década de 1930, pessoas com esquizofrenia e outras doenças mentais estavam sujeitas a passar por um dos tratamentos mais polêmicos da história, a lobotomia (em que as ligações do lobo frontal com outras regiões do cérebro são cortadas). Houve, ainda, um psiquiatra que realizou o procedimento usando um martelo e um formão, enfiado na cavidade ocular, passando por trás do olho do paciente. Duas décadas mais tarde, o tratamento perdeu espaço para remédios, mas até hoje é usado em casos extremos de epilepsia.

1. Exorcismo para tratar… qualquer coisa
A própria ideia de possessão demoníaca já é controversa (há quem acredite em maus espíritos, enquanto outros dizem que há uma explicação científica para todo o fenômeno), que dirá o tratamento (são necessários anos de estudo para se tornar um exorcista, aliás). Mesmo assim, não faltam relatos de casos de doenças mentais curadas por meio de rituais exorcistas.[Listverse]

Fonte: http://hypescience.com/10-tratamentos-medicos-bizarros-que-ainda-sao-usados/ - Por Guilherme de Souza

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Papa Bento 16 anuncia renúncia ao pontificado


Papa Bento 16 anunciou nesta segunda-feira (11) a renúncia ao pontificado, segundo o Vaticano. Ele deve deixar o posto em 28 de fevereiro.

Em comunicado, feito em latim durante uma assembleia de cardeais na qual se discutia um processo de canonização, Bento 16 disse que deixará o cargo devido à idade avançada, por "não ter mais forças" para exercer a função.

"Após ter examinado perante Deus reiteradamente minha consciência, cheguei à certeza de que, pela idade avançada, já não tenho forças para exercer adequadamente o ministério petrino", disse o papa em um surpreendente anúncio durante o consistório para marcar as datas de canonização de três causas.

O pontífice, que completará 86 anos em abril, afirmou que "no mundo de hoje (...), é necessário o vigor tanto do corpo como do espírito, vigor que, nos últimos meses, diminuiu em mim de tal forma que eis de reconhecer minha incapacidade para exercer bem o ministério que me foi encomendado". "Por esta razão, e consciente da seriedade deste ato, em completa liberdade, eu declaro que renuncio ao ministério de Bispo de Roma, Sucessor de São Pedro", acrescentou o papa.

AS PALAVRAS DO PAPA

"Queridísimos irmãos, Convoquei-os a este Consistório, não só para as três causas de canonização, mas também para comunicar-vos uma decisão de grande importância para a vida da Igreja. Após ter examinado perante Deus reiteradamente minha consciência, cheguei à certeza de que, pela idade avançada, já não tenho forças para exercer adequadamente o ministério petrino. Sou muito consciente que este ministério, por sua natureza espiritual, deve ser realizado não unicamente com obras e palavras, mas também e em não menor grau sofrendo e rezando. No entanto, no mundo de hoje, sujeito a rápidas transformações e sacudido por questões de grande relevo para a vida da fé, para conduzir a barca de São Pedro e anunciar o Evangelho, é necessário também o vigor tanto do corpo como do espírito, vigor que, nos últimos meses, diminuiu em mim de tal forma que eis de reconhecer minha incapacidade para exercer bem o ministério que me foi encomendado. Por isso, sendo muito consciente da seriedade deste ato, com plena liberdade, declaro que renuncio ao Ministério de Bispo de Roma, sucessor de São Pedro, que me foi confiado por meio dos Cardeais em 19 de abril de 2005, de modo que, desde 28 de fevereiro de 2013, às 20 horas, a sede de Roma, a sede de São Pedro ficará vaga e deverá ser convocado, por meio de quem tem competências, o Conclave para a eleição do novo Sumo Pontífice. Queridísimos irmãos, lhes dou as graças de coração por todo o amor e o trabalho com que levastes junto a mim o peso de meu ministério, e peço perdão por todos os meus defeitos. Agora, confiamos à Igreja o cuidado de seu Sumo Pastor, Nosso Senhor Jesus Cristo, e suplicamos a Maria, sua Mãe Santíssima, que assista com sua materna bondade os Cardeais a escolherem o novo Sumo Pontífice. Quanto ao que diz respeito a mim, também no futuro, gostaria de servir de todo coração à Santa Igreja de Deus com uma vida dedicada à oração."

Esta é apenas a segunda vez que um Papa da Igreja Católica renuncia ao pontificado. O cargo ficará vago até a eleição do próximo papa.
Aos 78 anos, ele foi um dos cardeais mais idosos a ser eleito papa.

Após o anúncio, no entanto, Federico Lombardi, porta-voz do Vaticano, disse que nenhuma doença levou Bento 16 a anunciar sua renúncia. Lombardi afirmou que o próprio pontífice, na carta na qual anunciou sua decisão, explicou que nos últimos meses sentiu diminuírem suas forças físicas.

Biografia

O cardeal alemão Joseph Ratzinger foi eleito papa em 19 de abril de 2005, em substituição a João Paulo 2º, que havia morrido em 2 de abril de 2005.

Bento 16 é o 265º papa e o primeiro a ser eleito no século 21. Ele assumiu o posto em meio a um dos maiores escândalos enfrentados pela Igreja Católica em décadas - o escândalo de abuso sexual de crianças por clérigos.
Líder da Congregação para a Doutrina da Fé, Bento 16 contou com o apoio das alas mais conservadoras da igreja à época de sua escolha como sumo pontífice.

Ratzinger nasceu em 16 de abril de 1927 em Marktl, Alemanha, e entrou para o seminário aos 12 anos. Na adolescência, estudou grego e latim, e mais tarde se doutorou em teologia pela Universidade de Munique.

É conhecido como grande estudioso e possui sólida carreira acadêmica. Na Igreja, ocupou o posto de prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, responsável por difundir e defender a doutrina católica.

Com a morte de João Paulo 2º, Ratzinger foi eleito pelos cardeais em abril 2005 e adotou o nome de Bento 16.

Durante a Segunda Guerra, chegou a ser convocado para combater nos esquadrões antiaéreos alemães. Dispensado, acabou sendo recrutado primeiro pela legião austríaca e depois pela infantaria alemã, da qual desertou em menos de dois meses.

De volta ao seminário, foi ordenado padre em junho de 1951. À função, somou o trabalho como professor de teologia, primeiro na Universidade de Bonn e depois na de Regensburg, onde seria reitor.

Em março de 1977, tornou-se arcebispo de Munique e Freising e, menos de três meses depois, foi criado cardeal pelo papa Paulo 6º. Já sob João Paulo 2º, em 1981, Ratzinger tornou-se o líder da Congregação para a Doutrina da Fé.

Neste cargo, Ratzinger reprimiu com força os teólogos que saíram de sua doutrina rígida e alienou outras denominações cristãs dizendo que não são igrejas verdadeiras.

Chamado de Guardião do Dogma, ele combateu o sacerdócio feminino e condenou a homossexualidade, além de ser contra a comunhão aos divorciados que voltarem a se casar e a impedir o crescimento do laicismo dentro da Igreja, mas não se considera um "durão".

Fonte: http://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2013/02/11/papa-bento-16-renuncia-ao-pontificado.htm