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domingo, 8 de outubro de 2017

Riscos de acumular gordura na barriga em excesso

Se a preocupação antes era apenas com o Índice de Massa Corpórea (IMC), que leva em conta o peso e a altura da pessoa, hoje a análise do risco cardiovascular envolve também a circunferência da cintura. Fique atento aos riscos de acumular gordura na barriga em excesso

A dificuldade para fechar o botão da calça deixa qualquer um de mau humor, até quem está na faixa de peso considerada normal. O que separa vaidade e necessidade é uma linha tênue em volta da cintura que fica logo abaixo da pele: a gordura que se acumula ali causa desconforto no espelho, mas não traz maiores consequências à saúde. O problema reside na camada de adiposidade que se forma entre os órgãos internos, a chamada gordura visceral. É ela que sinaliza o risco para doenças cardiovasculares, como diabetes, infarto e acidente vascular cerebral (AVC).

Assim, se a preocupação antes era apenas com o Índice de Massa Corpórea (IMC), que leva em conta o peso e a altura da pessoa, hoje a análise do risco cardiovascular envolve também a circunferência da cintura, a menor medida obtida com a fita métrica disposta entre a última costela e o osso do quadril. Quando, na mulher, o total ultrapassa 80 cm, e no homem os 94 cm, e ambos apresentam sobrepeso (IMC entre 25 e 29,9), o sinal de advertência é acionado. E de 88 e 102 cm em diante, ele toca mesmo se a pessoa estiver com peso saudável (IMC entre 18,5 e 24,9).

Fatores de risco
Claro que um exame de saúde não se restringe à balança e às medidas corporais. É preciso saber o histórico familiar, além de medir a pressão e solicitar exames de sangue para averiguar os níveis de colesterol, glicose e triglicerídeos. Mas o acúmulo de volume na barriga pode ser o primeiro e mais visível indício de problemas. “A sequência de eventos é: acúmulo de gordura visceral, desenvolvimento de hipertensão, diabetes, dislipidemia (aumento de triglicerídeos e diminuição do bom colesterol) e eventos cardiovasculares”, alerta a endocrinologista Maria Edna de Melo, presidente da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso).
A boa notícia é que, segundo os endocrinologistas, a gordura visceral é mais metabolicamente ativa, ou seja, responde mais facilmente às medidas comportamentais. É por isso, aliás, que os homens costumam emagrecer com mais facilidade que as mulheres, que contam com mais gordura subcutânea. Mas por que temos uma tendência a acumular gordura nessa parte do corpo?

Abdome: ponto de choque
Há um motivo nobre para todo volume que se acumula no tronco: é onde estão os órgãos vitais, que precisam de proteção contra eventuais ameaças e fonte rápida de energia em caso de falta de comida. Essa segurança é garantida por um complexo processo metabólico, que transforma os alimentos em energia e, o que sobra, em gordura, para uso futuro.
O principal hormônio envolvido nessa história é a insulina. “Ela joga o açúcar para dentro da célula e envia o estímulo para o cérebro para que a pessoa pare de comer”, fala Maria Fernanda Barca, membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM). Além disso, a insulina também está envolvida no armazenamento de gordura.


Fonte: http://revistavivasaude.uol.com.br/clinica-geral/riscos-de-acumular-gordura-na-barriga-em-excesso/7034/ - Por Tatiana Pronin | Fontes (Digestão) Renato Zilli, endocrinologista, e Paulo Zogaib, fisiologia do esporte | Foto Shutterstock | Ilustrações Sueli Mendes | Adaptação Kelly Miyazzato.