Mostrando postagens com marcador Congresso. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Congresso. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Reforma da previdência: poucos trabalhadores conseguirão a aposentadoria integral

O maior sonho do trabalhador é se aposentar depois de vários longos anos de trabalho, seja no setor privado ou no público, contribuindo com o engrandecimento da nação. Mas, com o passar dos anos, a realização deste sonho está ficando cada vez mais distante, já que os governos estão sempre mudando as regras das aposentadorias. Alega-se para tal, que vem ocorrendo o aumento da expectativa de vida do brasileiro, fazendo com que o trabalhador contribua por mais tempo e aumentando a idade para adquiri o benefício.

O governo federal enviou para o congresso nacional uma PEC com sugestões de mudanças nas regras previdenciárias, entre as quais idade mínima de 65 anos para a aposentadoria de homens e mulheres, e se aprovadas, irão atingir trabalhadores do setor público e privado, salvo as Forças Armadas, policiais militares, bombeiros, presidente da República e governadores, deputados e senadores atuais. O trabalhador que desejar se aposentar recebendo a aposentadoria integral deverá contribuir por 49 anos, ou seja, começar a trabalhar aos 16 anos, idade esta que o jovem deve estar na escola e posteriormente cursando a universidade. Caso, após sua formação acadêmica, o trabalhador assinar a carteira de trabalho aos 23 anos, que é o normal, só se aposentará com 72 anos. De acordo com as novas regras, quanto mais tarde ele começar a trabalhar, mais tarde se aposentará pela idade.

     A comissão de constituição e justiça da câmara dos deputados já aprovou o parecer pela constitucionalidade da proposta de Emenda à Constituição, PEC 287/16, que trata da reforma da previdência. A partir da segunda semana de fevereiro de 2017 será analisada e votada em plenário pelos deputados federais e depois pelos senadores. O governo apostará na distração do povo com o carnaval, Copa do Brasil, campeonatos regionais, campeonato brasileiro de futebol e os saques das contas inativas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço – FGTS para aprovar a reforma e acabar com o sonho da aposentadoria do trabalhador brasileiro.

     Com a reforma da previdência todos os trabalhadores serão prejudicados, alguns menos, a exemplo das mulheres com 45 anos ou mais e os homens com 50 anos ou mais na data da promulgação da Emenda Constitucional, que através da regra de transição vão pagar um pedágio de 50% do tempo que falta para se aposentar pelas regras atuais. Esta regra não se aplica aos deputados federais e senadores em exercício, que legisla em causa própria e que votarão a reforma contra o trabalhador, e sim para os eleitos a partir das eleições de 2018. Como sempre, os políticos continuam se protegendo e se beneficiando através do sacrifício do povo.

     Todos os trabalhadores terão que contribuir por 25 anos ou mais e trabalhar no mínimo até os 65 anos de idade, mas algumas categorias serão mais prejudicadas, a exemplo das mulheres que atualmente trabalham 5 anos a menos que os homens; os pensionistas que recebem a pensão por morte, que é integral, será reduzida para 50% e mais 10% por dependente até completar os 18 anos de idade, por no máximo a 5 deles; os trabalhadores rurais que se aposentam com a idade mínima de 60 anos para o homem e de 55 anos para a mulher; os funcionários públicos com a elevação da alíquota de contribuição de 11% para 14%; os professores que têm o direito a aposentadoria especial com 30 anos de contribuição e a idade de 55 anos, se for homem e 25 anos de contribuição e 50 anos de idade, se for mulher. Nenhum trabalhador deve aceitar essas mudanças, já que direitos adquiridos não devem ser retirados.

     O Brasil tem 12 milhões de desempregados e como o governo resolverá o problema do desemprego, se com a reforma, milhões de brasileiros terão que continuar no mercado de trabalho por mais de 5, 10 ou 15 anos. Caso a reforma seja aprovada nos moldes que o governo enviou, estará instaurada no Brasil a nova escravidão, pois a maioria dos trabalhadores não alcançará o benefício pela idade e os pouquíssimos que conseguirem se aposentar estarão doentes ou próximos da morte, como foi na Lei do Sexagenário, que garantia liberdade aos escravos com mais de 65 anos de idade e beneficiou poucos, pois eram raros os que atingiam esta idade, devido à vida sofrida que levavam, principalmente com o trabalho.

     O que deixa o trabalhador mais indignado e revoltado é saber que os Deputados Federais e Senadores da atual legislatura não serão atingidos por esta reforma e somente os eleitos a partir da eleição de 2018. Atualmente, os deputados se aposentam com salário integral após 3 legislaturas, ou seja, 12 anos de trabalho e os senadores após um mandato de 8 anos, e serão eles que vão votar a reforma da previdência. Inclusive na primeira semana de fevereiro de 2017, os deputados aprovaram uma lei que dá direito a eles de se aposentarem com apenas 1 ano de exercício na função, desde que faça averbações de outros mandatos ou contribuições ao INSS por 35 anos, enquanto o trabalhador terá que contribuir por 49 anos se quiser receber o benefício integral. Os Governadores e o Presidente também não serão afetados pela reforma atual, e continuam se aposentando após um mandato, ou seja, com 4 anos de “trabalho”, recebendo o salário igual ao Desembargador Estadual se for Governador e igual ao Ministro do Supremo Federal se for Presidente. Eles querem aprovar a reforma da previdência para os trabalhadores, mas a deles não, deve ser porque eles trabalham muito, ganham pouco e a expectativa de vida é baixa. Como diz o ditado popular: “Farinha pouca, meu pirão primeiro”. Os políticos não têm compromisso com os trabalhadores e sim com eles mesmos, os empresários, banqueiros e a elite do Brasil.

     O governo alega que se não fizer a reforma da previdência não poderá no futuro pagar as pensões dos aposentados, mas não verdade só bastava cortar as gordas gratificações e mordomias incorporadas aos salários milionários dos poderes judiciário, legislativo e executivo acumuladas aos longos dos anos e cobrasse as dívidas bilionárias de grandes empresas com a previdência que resolveria o problema, mas ele prefere retirar os direitos adquiridos dos trabalhadores por décadas de lutas.

     Cabe aos trabalhadores ficarem atentos e pressionarem os deputados e senadores dos seus estados a votarem contra a PEC ou alterá-la retirando os pontos que vão massacrar a classe operária. O povo tem que ir às ruas com protestos pacíficos demonstrando a indignação por mais uma manobra dos políticos a favor deles e de uma elite golpista. Será que o povo ficará de braços cruzados esperando os políticos aprovarem uma lei que vai escravizar os trabalhadores? E qual será o futuro dos jovens brasileiros sem a perspectiva de adentrar ao mercado de trabalho, já que terão suas futuras vagas ainda preenchidas pelos atuais trabalhadores que serão obrigados a trabalhar até 70, 80, 90 anos de idade ou mais?

     Tendo em vista que a “Educação gera conhecimento, conhecimento gera sabedoria, e, só um povo sábio pode mudar seu destino.”, então que os trabalhadores conheçam e defendam seus direitos contra os ditadores do poder.


Por Professor José Costa

quinta-feira, 4 de março de 2010

Escola Pública para os filhos dos políticos eleitos

Escola Pública para os filhos dos políticos eleitos - IDEIA SENSACIONAL!!!

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 480, DE 2007.

Determina a obrigatoriedade dos agentes públicos eleitos matricularem seus filhos e demais dependentes em escolas públicas até 2014.

Projeto obriga políticos a matricularem seus filhos em escolas públicas. Uma ideia muito boa do Senador Cristovam Buarque. Ele apresentou um projeto de lei propondo que todo político eleito (vereador, prefeito, deputado, senador, governador, presidente) seja obrigado a colocar os filhos na escola pública. As consequências seriam as melhores possíveis. Quando os políticos se virem obrigados a colocar seus filhos na escola pública, a qualidade do ensino no país irá melhorar. E todos sabem das implicações decorrentes do ensino público que temos no Brasil.

Infelizmente este projeto está engavetado no Senado, mas se você concorda com a ideia, cobre do senador que você votou o apoio dele a esta lei, porque ela poderá mudar a realidade da educação pública do nosso país, e não será mais necessário o sistema de cotas nas universidades para aprovar alunos que estudam em escolas públicas.