O óleo de canola ajuda a murchar o
"pneuzinho" da cintura. E não se esqueça que uma cintura larga
aumenta risco de morte prematura.
Relação cintura-estatura
O acúmulo excessivo de gordura na região abdominal
já é um conhecido indicador de risco para doenças cardiovasculares - de acordo
com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a medida não deve ultrapassar 94
centímetros (cm) nos homens e 90 cm nas mulheres.
Pesquisadores da Universidade Estadual Paulista
(Unesp), no entanto, descobriram que não é apenas a circunferência da cintura
que importa: É preciso olhar também a relação entre a cintura e a altura da
pessoa.
Pessoas fisicamente ativas e sem sobrepeso, mas com
valores de relação cintura-estatura (RCE) - a divisão da circunferência da
cintura pela estatura - próximos ao limite do risco, também têm maior
probabilidade de desenvolver distúrbios no coração.
"O resultado que encontramos chama a atenção
daquelas pessoas que acham que estão fora dos grupos de risco por não ter
barriga, mas não fazem atividade física [e nem] mantêm hábito alimentar
saudável. Mesmo sem barriga, pode ser um risco," explicou Vitor Engrácia
Valenti, professor da Unesp de Marília e coordenador da pesquisa.
Recuperação após exercício
Os voluntários foram divididos em três grupos: o
primeiro, composto por homens com menor percentual de gordura corporal e com
RCE entre 0,40 e 0,449; o segundo, formado por homens com RCE entre 0,45 e
0,50, próximo ao limiar de risco; e o terceiro, por homens com RCE acima do
limite de risco, entre 0,50 e 0,56.
No primeiro exercício, eles tiveram que permanecer
15 minutos sentados e em repouso e, em seguida, fizeram uma corrida com esforço
máximo em uma esteira ergométrica. O objetivo era constatar que todos eram fisicamente
ativos. Embora não fossem atletas, mantinham atividades regulares. Em seguida,
teriam que ficar em repouso por 60 minutos.
No segundo dia, foram submetidos a um exercício
físico moderado: uma caminhada de 30 minutos em uma esteira. A intensidade seria
de aproximadamente 60% do esforço máximo. A intenção era observar, durante o
repouso e a primeira hora após os exercícios, a velocidade de recuperação
cardíaca autonômica.
"Quanto mais tempo o organismo demora para se
recuperar após o exercício, isso é indicativo de que essa pessoa tem
probabilidade maior de desenvolver doença cardiovascular, como hipertensão,
infarto, AVC", disse o pesquisador.
Os resultados mostraram que os grupos com RCE
próximo e acima do limite de risco para o desenvolvimento de doenças cardíacas
apresentaram recuperação cardíaca autonômica mais lenta, tanto no esforço
máximo quanto no moderado.
"Mesmo aqueles saudáveis e fisicamente ativos,
que não tinham sobrepeso e nem obesidade, mas que tinham valores de normalidade
mais próximos dos valores de risco, tinham risco maior do que aquele grupo que
era composto por indivíduos com menor tamanho de cintura e estatura",
destacou Valenti.
Fonte: https://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=relacao-entre-cintura-estatura-indica-risco-cardiovascular&id=13214&nl=nlds
- Com informações das agências Brasil e Fapesp - Imagem: Wikimedia/Veganbaking