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quinta-feira, 11 de junho de 2020

Máscaras caseiras: 11 erros comuns que favorecem o coronavírus


Descansar a máscara no queixo, ajeitá-la sem lavar as mãos e outros deslizes chegam a aumentar o risco de contrair o coronavírus

As máscaras faciais podem ajudam a evitar a disseminação do novo coronavírus (Sars-CoV-2), como reconhece o Ministério da Saúde. Só que elas precisam ser bem utilizadas para que a proteção realmente aconteça.

Em carta recentemente publicada pelo periódico British Medical Journal (BMJ), epidemiologistas do University College London, no Reino Unido, alertam para possíveis efeitos colaterais do uso inadequado do acessório.

Entre as principais “reações adversas” está a sensação de falsa segurança. É aquele sujeito que, ao vestir o item, acha que está completamente protegido e se descuida de outras medidas importantes de prevenção, como a lavagem constante das mãos.

Toques frequentes no rosto e nas máscaras e a proximidade com outras pessoas para escutar melhor uma conversa também foram ciladas destacadas pelos autores.

Esses problemas, como o texto explica, podem comprometer uma das principais estratégias empregadas na contenção da pandemia de Covid-19.

1) Tocar ou coçar o rosto enquanto está com a máscara
Está aí um dos deslizes mais comuns. “Naturalmente, já temos o impulso de tocar no rosto muitas vezes ao dia”, explica Raquel Muarrek, infectologista do Hospital São Luiz, em São Paulo.
O uso da máscara deveria ajudar a mudar esse hábito, mas não é tão simples assim. Quem nunca se pegou encostando na testa ou na sobrancelha enquanto estava de máscara? O problema é que o vírus pode estar na mão e ganhar, com a cutucadinha inocente, uma carona até o rosto.
Além disso, toques na máscara em si podem contaminar as mãos. Assunto para o próximo item.

2) Ajeitar a posição da máscara tocando no tecido sem lavar as mãos antes
Convenhamos que usar esse apetrecho não é coisa mais confortável do mundo. O ideal é evitar qualquer contato, porém, se precisar ajeitá-lo, não esqueça de lavar as mãos antes com água e sabão ou álcool em gel 70%. E busque encostar sempre na parte interna, porque o risco de contaminação ali é menor.
Se a higiene for impossível no momento, procure acertar o posicionamento da máscara tocando apenas nos elásticos. O mesmo vale para tirá-la.

3) Colocar a máscara no queixo
 “Parece que há um efeito psicológico nas pessoas, que acham que estão protegidas quando usam a máscara nessa posição. Mas isso está errado”, alerta Raquel. Ora, o pescoço ou as roupas podem estar contaminados. Se ela depois for voltar para o rosto, já viu…
Caso precise tirá-la por poucos instantes para tomar água, por exemplo, é mais seguro deixá-la pendurada em uma das orelhas, na lateral do rosto.
Atenção: e não é para remover a máscara na hora de conversar! Quando conversamos, expelimos gotículas de saliva que podem estar infectadas. Se estiver difícil de se fazer entender, fale mais alto — sem se aproximar muito do interlocutor.

4) Deixar os óculos embaçados
É um sinal clássico de que ela não está bem acomodada ou tem um tamanho inadequado. Se os óculos estão embaçando, é porque muito ar está escapando pela parte de cima da máscara — o que favoreceria contaminações.
Outro ponto a respeito do escape de ar, mencionado no artigo do BMJ, é que ele gera um impulso de tocar nos olhos. Fique atento.
Algumas máscaras caseiras possuem uma espécie de arame ou estrutura que facilita o encaixe no nariz.

5) Adquirir máscaras grandes ou pequenas demais

Para que seja eficaz, ela precisa ficar bem presa ao rosto, sem escapes nas laterais. O Ministério da Saúde recomenda um tamanho padrão de 21x34cm para os adultos.
E para crianças, que tendem a mexer mais na máscara? “É necessário medir o rosto na altura do nariz e no queixo”, orienta Raquel.

6) Ficar muito tempo com a mesma máscara
Elas devem ser trocadas a cada duas horas ou sempre que estiverem úmidas. Pessoas com nariz entupido ou que falaram bastante tendem a deixar o equipamento molhado rapidamente.
O texto publicado pelos britânicos destaca que, no ambiente umedecido, o Sars-CoV-2 poderia permanecer ativo por mais tempo. Logo, se a pessoa estiver carregando o novo coronavírus no organismo, entra em um ciclo de expelir e inalar o vírus, o que levaria a um aumento de sua carga viral — fator que influenciaria na progressão da doença.
Mais importante do que isso, um tecido umedecido perde parte de sua capacidade de bloquear agentes infecciosos. Para se livrar de riscos desnecessários, faça as contas de quantas máscaras precisa levar ao sair de casa.

7) Guardar a máscara suja na bolsa ou no bolso
Ora, caso o Sars-CoV-2 esteja de fato ali, irá se espalhar para outras superfícies e objetos. “O certo é sair de casa com dois saquinhos, um para as limpas e outro para as sujas”, recomenda Raquel.



8) Fazer um X com os elásticos
É comum encontrar máscaras presas com os elásticos cruzados, formando um X na cabeça. Nessa posição, o tecido dobra, o que gera uma abertura na lateral do rosto por onde o coronavírus pode escapar.
Se o elástico estiver largo, melhor dar um nozinho. Ou buscar uma nova máscara.

9) Usar bandanas ou cachecol como máscara
Não há comprovação de que os acessórios ofereçam alguma proteção contra o novo coronavírus. O cachecol tende a ficar largo, abrindo espaço para a entrada de ar, assim como a bandana, com as pontas penduradas embaixo do queixo.


10) Deixar o nariz fora da máscara
Se o nariz é uma das principais portas de entrada do Sars-CoV-2 no organismo, para quê deixá-lo de fora? O tecido deve estar bem ajustado no início da cavidade nasal, mais próximo dos olhos — na pontinha do nariz, a proteção também fica prejudicada.


11) Compartilhar máscaras
O Ministério da Saúde reforça que elas são de uso individual. Mesmo sem sintomas, alguém pode estar com o coronavírus no corpo. Se ele dividir uma máscara com você, o risco de infecção cresce enormemente.

Fonte: https://saude.abril.com.br/medicina/mascaras-caseiras-11-erros-comuns-que-favorecem-o-coronavirus/- Por Chloé Pinheiro - Ilustração: Laura Luduvig/SAÚDE é Vital

terça-feira, 19 de julho de 2016

Doenças que favorecem o ganho de peso

Hipotireoidismo, ovários policísticos, insônia e outros problemas podem fazer as pessoas engordarem

Há pessoas que seguem a fórmula da nutrição equilibrada e aumento dos exercícios físicos e não alcançam bons resultados. Diante disso, a melhor coisa é procurar um medico e fazer exames laboratoriais atrás de causas que podem atrapalhar a perda de peso. Vale lembrar que apenas 5% dos quadros de obesidade são causados por doenças endocrinológicas.

Contudo, ganho de peso é muito mais do que falta de vontade, desleixo ou problema de autoestima. É resultado de vários fatores, desde alterações químicas cerebrais, herança genética ou defeitos no metabolismo energético.

Além disso, novas pesquisas científicas mostram que o ganho de peso não depende só do desequilíbrio entre as calorias ingeridas e as gastas. O tipo de bactéria que a pessoa tem na flora intestinal, a quantidade de cálcio que ela ingere na dieta, seu nível de vitamina D ou substâncias tóxicas que interferem na ação dos hormônios corporais que podem estar em plásticos, agrotóxicos, produtos de limpeza e embalagens de alimentos também regulam a capacidade de engordar.

Frequentemente, as pessoas atribuem o aumento de peso a problemas de saúde e há situações clínicas que podem favorecer sim, o ganho de peso; e, quando tratadas corretamente, favorecem a conquista de um peso saudável. Seguem abaixo os quadros mais comuns:

Hipotireoidismo
É uma doença caracterizada pela baixa produção de hormônios pela tireóide, uma glândula localizada na região do pescoço. Estes hormônios (T3 e T4) são responsáveis pelo metabolismo e, em baixa quantidade, fazem com que o desempenho do organismo todo se torne lento e limitado.
Sem a tireóide o ser humano não sobrevive, visto que nenhuma célula funciona sem os hormônios produzidos pela glândula.
Dentre as causas principais de hipotireoidismo, está a Doença de Hashimoto que é a forma mais comum, de prevalência genética, sendo uma doença auto-imune e pode aparecer em qualquer idade, mas muito mais comum em mulheres. Atinge cerca de 4% da população mundial.Entre os sintomas, o cansaço súbito e contínuo chama a atenção. Pode ocorrer ganho de peso ou inchaço (geralmente com aumento de poucos quilos), pele mais grossa e fria, sonolência, intolerância ao frio, cabelos e unhas fracas, intestino mais preso, irregularidade menstrual ou humor mais deprimido.
O diagnóstico é feito através de exames de sangue e ultrassom da tireóide e o tratamento é muito simples, com reposição dos hormônios, na forma de comprimidos de uso diário e contínuo. Geralmente, após 4 a 8 semanas, o paciente volta ao seu estado normal.
Outras causas de hipotireoidismo são: retirada cirúrgica de um tumor ou nódulo na glândula, tratamento de hipertireoidismo (alta produção dos hormônios pela tireoide) com iodo radioativo, que pode acabar deixando o indivíduo com hipotireoidismo; doenças na hipófise ou no hipotálamo.

Ovários policísticos
A Síndrome dos ovários policísticos desregula os hormônios (LH, FSH, estrógeno, progesterona e testosterona) e interfere no funcionamento da insulina. Quanto maior a quantidade de insulina no organismo, maior a sensação de fome e mais energia é guardada na célula de gordura, principalmente abdominal. Essa disfunção inclui sintomas de irregularidade menstrual, pele oleosa, aumento de pelos corporais e dificuldade para emagrecer.

Doenças adrenais
As glândulas supra-renais ou adrenal, como também são chamadas, são glândulas pequenas, localizadas acima de cada rim. Sintetizam hormônios importantes no processo metabólico, como a aldosterona, cortisol, adrenalina e noradrenalina, além de alguns hormônios sexuais como a testosterona.
A adrenalina e noradrenalina são hormônios importantes ativados diante de condições de emergência, como emoções fortes, estresse, cirurgias e nos preparam o organismo para a fuga ou luta.
A adrenalina aumenta o frequência cardíaca e a pressão arterial em resposta ao estresse ou ansiedade. O fluxo sanguíneo para os músculos aumenta, a pele empalidece, as pupilas dos olhos dilatam e o fígado libera glicose no sangue. Estas alterações preparam o corpo para ação imediata, como sair correndo por exemplo.
As corticosteronas (popularmente chamados corticoides) controlam o metabolismo do sódio e do potássio e o aproveitamento dos açúcares, lipídios, sais e água. Doença de Addison, a Síndrome de Cushing e o Feocromocitoma são relacionadas às disfunções desse hormônio.

Genética
20 a 30% do peso das crianças é influenciado pelo peso dos pais, mas se desde cedo for adotado um estilo de vida saudável, as chances de mudar a tendência de engordar é imensa.
A gordura depositada na região do abdome reconhecidamente representa maior risco de doença e a influência genética na distribuição de gordura é mais difícil de mudar do que a de ganhar quilos.
Além disso, já foram descobertos mais de 100 genes que mostram a tendência para engordar, alguns diminuem a saciedade, outros diminuem queima calórica ou favorecem o estoque de mais gordura nas células, ou seja, na sociedade atual estamos muito mais predispostos a ganhar do que a perder peso; por isso uma atitude preventiva é necessária.

Menopausa
As mulheres entram na menopausa em idades variadas, mas geralmente em torno de 45 e 53 anos. O envelhecimento, por si só já promove uma queda no metabolismo basal, gerando aumento médio de peso. Após 40 anos, perde-se em torno de 10% de massa magra por década.
A cada ano entre 40-60 anos, perdemos em média 200 g de músculo e ganhamos 600g de gordura. Muitas mulheres se tornam menos ativas do que quando jovens e a própria mudança dos hormônios pode interferir nos níveis de serotonina, aumentando o apetite, gerando depressão ou piora da qualidade do sono.
Além disso, é um momento de mudanças, onde os filhos crescem, saem de casa e pode ocorrer a chamada Síndrome do ninho vazio.
Procurar um medico para ver se a reposição hormonal ou outros medicamentos devem ser prescritos é mandatório. Do mesmo modo que, praticar exercícios, que podem melhorar os níveis de serotonina, mas principalmente favorecer o ganho de massa muscular através de atividades de resistência e carga, como a musculação ou pilates.
O aumento de massa muscular promove maior queima de calorias em repouso, facilitando manutenção de peso. Também o aumento de massa óssea que diminui na menopausa, é favorecido pela atividade física.

Insônia
Falta de sono pode prejudicar o peso sim! Quando dormimos mal, diminuem os níveis de leptina (hormônio que avisa o cérebro que estamos saciados e nos faz parar de comer) e aumenta a ghrelina (hormônio que sobe antes das refeições e nos "manda" comer).
A melatonina, hormônio indutor do sono também baixo, interfere na qualidade do sono e na queima de gordura. Estudos mostram que a menor incidência de obesidade ocorre quando se dorme entre 7-8 horas por noite, principalmente no grupo de crianças e adolescentes.

Medicamentos
Uso de anti-inflamatórios hormonais, que levam à retenção hídrica e aumento do apetite, medicações que interferem na função tireoidiana, como o lítio e amiodarona, por exemplo, e medicações de uso psiquiátrico, que podem levar ao aumento do apetite são outros obstáculos para o emagrecimento.

Gastrite
gastrite pode acontecer de repente (aguda) ou ir se desenvolvendo lentamente (crônica). Na maioria dos casos, entretanto, não é um problema sério e melhora rapidamente com o tratamento.
Os sintomas incluem sensação de queimação, dor ou indigestão na região superior do abdome que pode melhorar ou piorar com a alimentação. Quando a dor melhora comendo pode acarretar ganho de peso.

Estresse
A vida moderna nos exige produtividade, energia, consumo e dar conta de inúmeras obrigações. Essa enorme demanda afeta o nosso físico e emocional e muitas vezes a comida é usada como energético ou mesmo como forma de nos acalmar ou gerar sensação de bem-estar.
É real que alimentos doces, gordurosos ou massas refinadas geram aumento nos níveis de serotonina, mas este efeito é passageiro e o pior, "viciante". Por isso, o melhor caminho é a conscientização para resolver os problemas ou angustias reais, ao invés de descontar na comida. Mas como isso nem sempre é tão fácil assim, contamos com a prática de exercícios, técnicas de relaxamento, exercícios respiratórios e terapia cognitiva-comportamental como estratégias e se ainda assim mais ajuda for necessária, há medicamentos que melhoram a química cerebral.
Nenhuma doença impede totalmente o indivíduo de perder peso, pelo contrário, elas devem ser um fator a mais para motivar cuidados intensivos de saúde, só que se percebermos que o nosso corpo não está respondendo aos nossos esforços, corra para o medico e certamente elucidará o melhor caminho para perda de peso!


terça-feira, 21 de junho de 2016

Alimentação antienvelhecimento: conheça alimentos que favorecem a longevidade

Existe receita para ter uma vida longa? De que maneira podemos retardar o envelhecimento? Os especialistas indicam ingredientes que ajudam a manter a jovialidade.

Com o envelhecimento, as principais funções do organismo entram em declínio, o que torna necessário seguir uma dieta com nutrientes que ativem de maneira saudável todas as funções, principalmente, a expressão genética. A dieta antienvelhecimento baseia-se em alimentos não processados, cultivados organicamente, sem adição de substâncias químicas e selecionados entre cereais, grãos, frutas e hortaliças.

Os alimentos funcionais contêm substâncias químicas importantes no processo de nutrição celular. Tem que consumir carboidrato, proteínas, gorduras, vitaminas e minerais. Em cada produto, existe uma determinada substância que previne o envelhecimento:

Alimentos de coloração vermelha, como o tomate, possuem a substância licopeno. Ela ajuda a remover uma parte do oxigênio que respiramos chamada de radicais livres. Eles estão ligados a processos degenerativos como o câncer e o envelhecimento do organismo.

As frutas ainda têm grande poder antioxidante, pois protegem o organismo da ação danosa dos radicais livres. O licopeno tem importante função antienvelhecimento ao proteger a próstata e o aparelho cardiovascular. A substância é sempre melhor absorvida pelo organismo junto com azeite extravirgem, o óleo que ajuda na diminuição do colesterol ruim e aumenta o bom.

A soja é composta pela substância isoflavona, por vitaminas, fibras e sais minerais. O alimento reduz o risco de câncer mamário, ajuda nos sintomas da menopausa, além de conter coadjuvantes eficazes na prevenção de câncer de próstata e na prevenção da osteoporose.

O iogurte também é outro grande amigo da 
longevidade. Ele é rico em cálcio. O iogurte também possui bactérias, da família lactobacillus, que são benéficas para o organismo, além de serem capazes de proteger o aparelho intestinal contra infecções.

As verduras, brócolis e couve-flor, possuem nutrientes como o composto sulforafane, que pode destruir substâncias cancerígenas. Já o espinafre e a laranja contêm ferro e ácido fólico, a vitamina B que baixa o nível de irritação dos vasos sanguíneos, ocasionando o ataque cardíaco. Contém ainda dois nutrientes derivados de vegetais que previnem a cegueira.

A castanha e os peixes, como o salmão e a sardinha, possuem a gordura ômega 3. Ela abaixa o nível de colesterol ruim e de triglicérides, tipos de gorduras que podem ser produzidas pelo organismo ou ingeridas através dos alimentos.

As fibras existentes nos cereais, as nozes, as sementes de abóbora e o gergenlim também ajudam a diminuir o colesterol. Os condimentos, que não faltam na culinária brasileira, como o alho e a cebola, podem regredir o crescimento de um tumor, além de fornecer proteção cardíaca.

Os vinhos tintos possuem a substância resveratrol capaz de agir como antioxidante e anti-inflamatória, além de prevenir o câncer.

Para envelhecer bem e saudável abuse da variedade de cores, consuma pouca gordura, faça atividades físicas e prefira alimentos frescos. A dieta balanceada realça a beleza natural do corpo e da pele colaborando para a superação da autoestima.