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quinta-feira, 21 de julho de 2016

10 coisas fundamentais que seu cérebro faz sem você pensar

Nosso cérebro é o que nos permite fazer tudo nessa vida, desde correr pelo parque até refletir sobre nossas trágicas decisões. Mas existem muitas coisas que fazemos sem conscientemente pensar nelas. Isso porque nosso cérebro é muito inteligente e não espera nossa ajuda para fazer coisas como…

10. Filtrar informações
Somos constantemente inundados com informações, tanto que é impossível absorver tudo. Sem olhar, você sabe que cor de meia está usando hoje? Ou que roupa a primeira pessoa que você viu hoje estava vestindo? Se não, não se preocupe, não é a sua memória que está falhando.
Nosso cérebro trabalha constantemente para filtrar informações das quais não precisamos estar cientes. Isto permite que nos concentremos nas informações mais importantes para nós. Por exemplo, se você está assistindo a um jogo de futebol no estádio, você provavelmente não está ciente do que está acontecendo no meio da multidão, embora seu cérebro esteja percebendo esta informação. Este processo é chamado de atenção seletiva e é o que faz com que nós não fiquemos loucos pelos altos níveis de informação tipicamente presentes no mundo.
Algumas informações podem, no entanto, quebrar a barreira do nosso foco. É por isso que quando ouvimos o nosso nome na conversa de outra pessoa, por exemplo, respondemos instantaneamente.
Um experimento para testar a teoria da atenção seletiva foi realizado por Christopher Chabris e Daniel Simons da Universidade de Harvard, nos EUA, no clipe que pode ser visto acima. Quantas vezes você vê os jogadores em branco passarem a bola? A resposta pode te surpreender.

9. Piscar
Piscar é algo que todos nós fazemos aproximadamente a cada dois a dez segundos. Normalmente, não nos damos conta de que estamos fazendo isso, embora você provavelmente vá ler o resto dessa lista pensando nisso.
Mas como é que o nosso cérebro consegue manter este processo sem que conscientemente pensemos nele? Piscar é um reflexo automático, posto em prática para proteger e manter a umidade do seu olho.
O canto externo dos olhos constantemente produz lágrimas. Estas lágrimas são enxugadas pelo movimento das pálpebras quando você pisca, para manter seu olho lubrificado e limpo. O sistema automático que regula os nossos padrões de piscar também garante que nossas pálpebras se fechem quando algo está prestes a atingir nosso rosto. Embora tenhamos a capacidade de parar o processo quando pensamos conscientemente sobre ele (quem nunca participou de um concurso do tipo “quem piscar primeiro perde!”?), o sistema automatizado acabará por forçar-nos a piscar novamente.

8. Mover nossa língua na posição para produzir palavras
Quando estamos falando, a única coisa que pensamos conscientemente é sobre o que estamos dizendo. Mas não pensamos nos movimentos que os músculos de nossa língua e boca fazem para nos permitir articular verbalmente palavras.
Aprendemos a falar através da imitação. Nós não necessariamente imitamos frases completas, mas sim palavras diferentes que ouvimos até começarmos a ser capazes de interpretar seu significado, criando uma estrutura (uma frase) para as nossas palavras. Conforme estamos imitando e aprendendo essas novas palavras, o nosso cérebro tem que pensar conscientemente sobre como posicionar a nossa língua para criar o som pretendido. No entanto, quando nossa capacidade de pronunciar cada som se torna mais desenvolvida, a nossa mente consciente não se envolve mais no processo de posicionar a nossa língua e lábios; este torna-se um processo involuntário.

7. Enganar-nos a pensar que somos melhores do que somos
Imagine que você tem um filho que quer ser um artista, e ele te mostra um desenho horrível do qual parece estar muito orgulhoso. O que você diz para ele? A maioria dos pais iria elogiar o desenho, mesmo que não acreditasse no que está dizendo. No entanto, quando a criança crescer, ela pode olhar para o desenho horrorizado que alguém um dia achou aquilo bom.
Quando alguém nos dá feedback positivo, construímos uma crença que se ajusta aos critérios pelos quais fomos descritos. Isso muda nossa perspectiva de nós mesmos, o que significa que nós acreditamos que somos melhores do que realmente somos. Esse conceito se estende além de talentos que não têm medição científica.
Um estudo demonstrou como as pessoas que acreditam que foram bem em um teste são mais propensas a responder com confiança um teste seguinte, embora nem o seu conhecimento, nem a facilidade da tarefa tenham mudado. No experimento, os participantes tinham as respostas para um primeiro conjunto de perguntas na parte inferior da página e foram informados de que poderiam olhá-las se quisessem. Não surpreendentemente, eles foram muito bem no teste. No segundo teste, nenhuma resposta foi fornecida, mas como os participantes tinham se enganado em pensar que eram melhores do que realmente eram, eles responderam às perguntas mais rapidamente. Apesar da sua confiança, seus resultados foram piores em relação ao primeiro teste.

6. Regulação da temperatura
Não só o nosso cérebro controla nossos processos sociais, como também regula as coisas dentro do nosso corpo, como a nossa temperatura interna. É vital para a nossa saúde que a nossa temperatura fique a 37 graus Celsius, o que cria as condições perfeitas necessárias para o nosso organismo realizar funções importantes, como permitir que as enzimas digestivas trabalhem.
Mas como é que o nosso cérebro consegue manter esta temperatura constante sem termos que pensar nisto? O nosso ambiente externo é detectado pelos receptores sensoriais da pele. Esta informação viaja através do nosso sistema nervoso até o hipotálamo. Há também receptores no sangue que alertam o hipotálamo de mudanças em nossa temperatura corporal interna. Quando essa leitura é interpretada, o cérebro toma as medidas adequadas para garantir que o nosso corpo permaneça na temperatura correta.
Por exemplo, se o nosso ambiente externo está frio, o cérebro vai instruir os pelos em nossos braços a se arrepiarem, o que lhes permite prender mais calor. No entanto, se o nosso ambiente externo está muito quente, o nosso cérebro instrui o corpo a produzir suor, permitindo-nos diminuir nossa temperatura através da evaporação.

5. Mudar nossa memória
Uma vez que temos experimentado alguma coisa, achamos que vamos lembrar dessa coisa tal como realmente aconteceu. Não é bem assim, conforme demonstrou um estudo psicológico realizado por Elizabeth Loftus e John Palmer em 1974. No experimento, os participantes assistiram vídeos de acidentes de carro e responderam um conjunto padronizado de perguntas.
Depois, foram colocados em grupos diferentes, e responderam a mesma pergunta, mas com uma redação ligeiramente diferente. Os participantes em dois grupos tinham que dizer que velocidade eles achavam que o carro estava, mas o verbo usado para descrever a colisão foi “atingir” para um grupo e “esmagar” para outro. Um grupo de controle não respondeu a pergunta sobre a velocidade.
Duas semanas mais tarde, os participantes foram questionados novamente sobre os vídeos. Desta vez, eles foram convidados a responder a pergunta: “Você viu algum vidro quebrado?”. Não havia vidro quebrado, mas os participantes que foram informados de que os carros foram “esmagados” (e que previram que os carros estavam a uma velocidade mais elevada) imprecisamente se lembravam de ter visto vidro quebrado muito mais do que os participantes do grupo de controle e do grupo que ouviu o acidente ser descrito como “atingido”. Isto sugere que nosso cérebro pode recriar elementos de uma memória com novas informações que lhe são oferecidas, que por sua vez passam a ser armazenadas como parte da nossa memória original, resultando em uma falsa lembrança.

4. Manter o equilíbrio
Quando estamos caminhando, a maioria de nós não pensa duas vezes sobre isso, mas o nosso cérebro está trabalhando o tempo todo para garantir que mantemos um equilíbrio estável. O cérebro decide como manter esse equilíbrio através de informações sensoriais que vêm dos olhos, músculos, articulações e órgãos vestibulares.
Os nossos olhos são capazes de perceber o mundo que nos rodeia através da luz que atinge os cones e bastonetes em nossas retinas, que por sua vez enviam impulsos visuais para o cérebro, alertando-o de onde os objetos e outros estímulos do meio ambiente estão em relação a nós.
Músculos e articulações são responsáveis por enviar sinais ao nosso cérebro sobre a quantidade de estiramento e pressão que temos que fazer durante a caminhada. Quando nos inclinamos para a frente, mais pressão é sentida na parte da frente da sola dos nossos pés. Qualquer movimento feito por partes do nosso corpo envia um sinal para o cérebro, o que lhe permite julgar onde estamos no espaço.
Sugestões dadas a partir do tornozelo também permitem que o nosso cérebro meça a textura e qualidade da superfície, o que nos permite oscilar o corpo com precisão em relação ao solo.

3. Espirrar
Às vezes, o impulso irresistível de espirrar parece vir do nada. Embora espirros possam ser causados por alergias ou coceira, mais frequentemente, nós não percebemos que há algo em nosso nariz nos incomodando até que espirramos para remover a irritação.
Quando fazemos isso, a irritação é localizada no epitélio respiratório do nariz. Os mastócitos, tais como células inflamatórias como os eosinófilos, produzem químicos, por exemplo, histamina ou leucotrienos. Esta liberação química é desencadeada pela substância irritante, que pode ser algo como um alérgeno, partículas filtradas, uma infecção respiratória viral, ou um irritante físico como fumaça. Após o estímulo provocar a liberação química, vasos no nariz liberam um vazamento, que em última análise estimula as terminações nervosas, causando coceira.
Mas como é que o nosso cérebro realmente produz o espirro? A estimulação de cada terminação nervosa ativa uma resposta reflexa dentro do cérebro. Os nervos sensoriais causam a ativação dos nervos que controlam os músculos do pescoço e da cabeça. O fluxo de ar rápido a partir do nariz é conseguido por uma acumulação de pressão dentro do tórax, enquanto as cordas vocais são fechadas. Conforme as cordas vocais reabrem rapidamente, o ar flui para fora em uma velocidade elevada, removendo o estímulo irritante.

2. Tremer
O que faz nosso corpo tremer incontrolavelmente? O tremor é outra ação reflexa posta em prática para nossa própria proteção. A reação é criada pelo desencadeamento do hipotálamo, que está localizado imediatamente acima do tálamo no cérebro.
Quando os receptores sensoriais da pele detectam uma temperatura fria no ambiente externo, o nosso sistema nervoso envia um sinal para o hipotálamo. O hipotálamo, em seguida, envia sinais para os músculos, levando-os a se contrair rapidamente. Isso porque os tremores aumentam a nossa temperatura corporal.

1. Rir
Você já deve ter passado por uma situação na qual rir seria completamente inadequado, mas por algum motivo você simplesmente não conseguiu se segurar. Você pode culpar o seu cérebro por isso.
Um artigo publicado em 1998 deu alguma explicação sobre a forma como o cérebro está envolvido em nosso impulso de rir. Uma menina identificada como A. K. passou por uma cirurgia para controlar sua epilepsia. O médico que fez a operação descobriu que estimular a área do giro frontal superior (parte do lobo frontal) do cérebro da garota sempre desencadeava risos nela. Quando A. K. explicou por que estava rindo, ela pensou em algo depois do riso. Isso geralmente é o oposto do que acontece, visto que as pessoas primeiro percebem algo engraçado e depois riem como resposta.
Os autores do estudo acreditam que a nossa experiência do riso é desencadeada por diferentes áreas do cérebro, cada uma responsável por adicionar elementos à experiência. Há a reação emocional, o processo cognitivo de entender por que algo é engraçado e, finalmente, a parte incontrolável da reação, que envolve o movimento dos músculos faciais para criar um riso. Depois de interpretar algo engraçado, nossa reação física à situação é criada pelo nosso cérebro e é muito difícil de controlar. [Listverse]