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quinta-feira, 9 de novembro de 2017

A escolha mais importante da sua vida, de acordo com um neurocientista

De acordo com o neurocientista Moran Cerf, da Universidade Northwestern (EUA), a maneira mais fácil de maximizar a sua felicidade não tem nada a ver com experiências, bens materiais ou filosofia pessoal.

Cerf estuda o processo de tomada de decisões há mais de uma década.

De acordo com o pesquisador, a chave para fazer boas escolhas, e consequentemente ser feliz, é eleger com sabedoria com quem você passa mais tempo.

Por quê
Existem duas premissas que levam Cerf a acreditar que esse é o fator mais importante para a satisfação a longo prazo.
A primeira é que a tomada de decisões é muito cansativa. Diversas pesquisas descobriram, por exemplo, que os seres humanos têm uma quantidade limitada de energia mental para dedicar ao ato de fazer escolhas.
Todos os dias precisamos fazer diversas deliberações: que roupa vestir, onde comer, o que comer quando chegamos lá, que música ouvir, entre milhões de outras coisas simples ou complexas que precisamos ponderar. Sim, é exaustivo.
A segunda premissa é que os humanos acreditam falsamente que estão no controle de sua felicidade ao fazer essas escolhas. Em outras palavras, nós pensamos que, se fizermos as escolhas corretas, ficaremos bem.

Não é bem assim
Cerf não crê nisso. A verdade é que a tomada de decisões é repleta de preconceitos que atrapalham nosso julgamento.
As pessoas confundem experiências ruins como boas, e vice-versa. Elas também deixam suas emoções transformarem uma escolha racional em uma irracional. Por fim, usam pistas sociais, mesmo inconscientemente, para fazer escolhas que de outra forma evitariam.
Como escapar de todos esses obstáculos, e fazer boas escolhas inconscientemente?

Diga-me com quem andas, e te direi quem és
A pesquisa de Cerf revelou que, quando duas pessoas estão na companhia um do outro, suas ondas cerebrais começam a parecer quase idênticas.
Um estudo em particular, com espectadores de cinema, mostrou que os trailers mais envolventes produziram padrões semelhantes no cérebro das pessoas.
Ou seja, apenas estar ao lado de certas pessoas, realizando alguma atividade juntos, já pode alinhar seu cérebro com os delas.
“Isso significa que as pessoas com quem você anda realmente têm um impacto no seu envolvimento com o cotidiano além do que você pode explicar”, afirma Cerf.

Não pense no que fazer, mas com quem fazer
Você pode reparar neste efeito por conta própria: quando um mal-humorado chega em um ambiente, o humor de todas as pessoas em volta piora; quando alguém que fala rápido entra em uma conversa, o ritmo da conversa aumenta; um comediante consegue fazer com que as pessoas ao seu redor se sintam mais leves ou engraçados e etc.
A partir dessas premissas, a conclusão de Cerf é que, se as pessoas querem maximizar sua felicidade e minimizar o estresse, elas devem fazer menos decisões ao se cercarem de pessoas que possuem as características que elas preferem.
Ao longo do tempo, naturalmente, elas passarão a ter atitudes e comportamentos parecidos com os de suas companhias, que são os desejáveis. Ao mesmo tempo, podem evitar decisões triviais que prejudicam a energia necessária para escolhas mais importantes.
Em outras palavras, se você deseja se exercitar mais, aprender um instrumento musical ou tornar-se mais sociável, encontre pessoas que fazem o que você quer fazer e comece a andar com elas. [ScienceAlert]


quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Exercício ou alimentação: o que é mais importante para perder peso?

Profissionais explicam se é possível emagrecer optando por só um dos dois fatores e indicam o melhor caminho

Atualmente, muitas pessoas estão buscando emagrecer, não só por uma questão estética, mas principalmente por reconhecerem os riscos que o sobrepeso e a obesidade oferecem à saúde.

Já é do conhecimento de todos também que não existe uma “fórmula mágica” para se emagrecer sem o mínimo de dedicação, sem que certos hábitos (como comer constantemente fast food; ficar horas e horas sentado ou deitado em frente à televisão etc.) sejam mudados.

Porém, é fato, também, que para muita gente associar uma alimentar equilibrada à prática de atividades físicas é uma tarefa considerada difícil. E um dos principais argumentos para não se fazer isso é a falta de tempo: para preparar uma refeição adequada ou para se exercitar, ou ainda, para ambos.

Neste sentido, pode surgir a dúvida: “o que é mais importante para emagrecer? Comer saudavelmente ou se exercitar?”.

Encontrar a resposta para esta pergunta parece ser o caminho ideal para as pessoas que estão com dificuldades em unir esses dois fatores para perder alguns quilinhos.

Como ocorre a redução de peso?
Para entender a importância da alimentação balanceada e da prática de exercícios físicos num processo de emagrecimento, é fundamental entender como ocorre a redução de peso. Uma pessoa perde peso quando consegue realizar um “Balanço Energético Negativo”, ou seja, ingerir menos calorias e/ou aumentar o gasto energético em atividades do dia a dia e na prática de algum exercício físico.

Mas será que é possível conseguir emagrecer, então, optando por só uma das duas: alimentação balanceada ou prática de exercício físico?

Benefícios do exercício para perda de peso
Felipe R. Zumpichiatti, preparador físico da Academia Balance Fitness, Copacabana (Rio de Janeiro), destaca que o exercício físico contribui diretamente no aumento do gasto calórico do indivíduo, além de ser importante para alterações positivas no organismo.

De acordo com o profissional, as atividades mais indicadas para quem quer perder peso são as atividades aeróbicas. “Corridas, caminhadas, ciclismo e elípticos. Estudos recentes mostram que a musculação também é muito importante, pois acarreta em um aumento do metabolismo basal, que nos ajuda a ‘queimar’ calorias mesmo quando não estamos fazendo exercícios”, destaca.

Mas, a pergunta que não quer calar: será que uma pessoa que está se exercitando, mas não está cuidando da alimentação, consegue emagrecer?

Zumpichiatti destaca que a pessoa pode até perder peso, mas isso é algo muito difícil. “Pois a tendência do organismo é de suprir o aumento do gasto calórico com maior ingestão calórica e isso tem que ser reeducado. Claro que existem casos diferentes, porém, na maioria deles, para bons resultados, existe a preocupação com a alimentação”, explica.

Daniela de Almeida, nutricionista funcional e esportiva, criadora da Delivita Congelados, ressalta que, para haver perda de peso, é preciso gerar um déficit calórico. “Mas na maioria das vezes as pessoas consomem mais calorias através da dieta do que gastam com a atividade física e acabam engordando se não tiverem um cuidado especial com a alimentação”, explica.

Benefícios da alimentação saudável para a perda de peso
Daniela destaca que hábitos alimentares saudáveis são fundamentais não só para a perda de peso, mas também para a manutenção do peso, evitando o “efeito sanfona” – muito comum em dietas restritivas que prometem uma grande perda de peso num curto espaço de tempo, onde o indivíduo não faz uma reeducação alimentar.

De acordo com a nutricionista, no cardápio de quem quer emagrecer não deve faltar alimentos que promovem saciedade precoce, como os carboidratos complexos (cereais integrais) e alimentos prebióticos, como alcachofra, aspargos e chicória (que auxiliam na produção de bactérias do bem) e ricos em fibras solúveis (aveia, quinua, chia, linhaça). “A utilização de frutas e vegetais, assim como proteínas magras e gorduras saudáveis, provenientes do azeite, castanhas e abacate, também é indicada para uma perda de peso de forma saudável”, diz.

…hábitos alimentares saudáveis são fundamentais não só para a perda de peso, mas também para a manutenção do peso, evitando o “efeito sanfona”

Daniela explica que uma das causas do ganho de peso é a inflamação no organismo. “O excesso de gordura saturada na alimentação acarreta no aumento do volume das células adiposas que, com a evolução, não conseguem mais estocar os triglicerídeos e liberam a gordura para o fígado e músculo, contribuindo para a redução da sensibilidade à insulina, provocando a obesidade e até o diabetes. Neste caso, utilizamos alimentos que modulam a inflamação, como frutas, verduras, o chá verde, a linhaça, a castanha do Brasil e a cúrcuma, evitando-se aqueles que a causam, como carboidratos refinados e gorduras saturadas”, diz.

Outro problema que dificulta a perda de peso, segundo a nutricionista, é a composição da microbiota intestinal. “Precisamos ter um equilíbrio entre bactérias benéficas e patogênicas para que o intestino execute bem as tarefas de absorção e eliminação e para que suas barreiras estejam íntegras, a fim de evitar inflamação no organismo”, explica.

Mas a pergunta é: só seguir uma alimentação saudável (sem se exercitar) é o suficiente para uma pessoa perder peso?

Daniela destaca que não. “Uma pessoa sedentária pode até perder peso, mas não necessariamente gordura corporal, e, sim, massa muscular. É fundamental a avaliação da composição corporal através do exame de bioimpedância de 8 eletrodos, de alta precisão, para a elaboração de um plano alimentar cujo foco seja a perda de gordura corporal”, explica.

A fórmula ideal: alimentação balanceada e exercícios para perder peso de forma saudável
Não há saída: o único caminho para se perder peso de forma adequada (e se manter no novo peso, evitando o “efeito sanfona”) é unir uma alimentação balanceada com a prática de exercício físico.
Podem até existir exceções, mas, de forma geral, é praticamente impossível perder peso de forma saudável e eficiente só praticando exercícios (sem controlar a alimentação), bem como é muito difícil conseguir resultados realmente satisfatórios somente controlando a alimentação (sem praticar exercícios).

“A alimentação e a prática de exercícios sempre estão relacionadas, não adianta o indivíduo começar a fazer atividade física e não seguir uma reeducação alimentar. Os resultados não vão ser satisfatórios, e naturalmente com o tempo a motivação diminui. É sempre importante relacionar os dois para ter sucesso”, ressalta o preparador físico Felipe Zumpichiatti.

Daniela destaca que a prática da atividade física juntamente com uma dieta personalizada – elaborada por um nutricionista, destinada à perda de gordura e manutenção ou ganho de massa muscular – gera resultados importantes na melhora da composição corporal, evitando o aparecimento da flacidez e de doenças crônicas. “E, ainda, dá muito mais disposição para as tarefas diárias”, acrescenta a nutricionista.

Então, se você deseja emagrecer, já sabe por onde começar: procure a orientação de um nutricionista e também de um educador físico para alcançar os melhores resultados. Mantenha-se focado nos seus objetivos e não tenha pressa de “chegar lá”, só não se permita desanimar!

Fonte: http://www.dicasdemulher.com.br/exercicio-ou-alimentacao-o-que-e-mais-importante-para-perder-peso/ - por Tais Romanelli - Foto: Thinkstock