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domingo, 11 de setembro de 2022

Sim, diabetes pode causar impotência sexual!

Entenda como a disfunção sexual afeta homens e mulheres com diabetes e como evitar o problema

 

Quando falamos em diabetes, precisamos entender que medir a glicose e fazer o tratamento corretamente são fatores fundamentais e determinantes para evitar complicações causadas pela doença descompensada ao longo do tempo. Entre os problemas causados pela glicose alta e sem controle está a disfunção sexual, que pode afetar homens e mulheres. Entre os homens, segundos os especialistas, essa é uma das principais motivações para que eles peçam ajuda médica.

 

Já entre as mulheres é necessário redobrar a atenção para os sintomas característicos da disfunção sexual. Mas por que isso acontece? Como evitar ou tratar a impotência sexual?

 

Quem convive com diabetes precisa controlar a glicemia, mas infelizmente a falta de adesão ao tratamento ou até mesmo o não diagnóstico atrapalham nesse cuidado.

 

Diabetes X impotência sexual

A glicose alta no sangue causa um processo inflamatório nos vasos e o pênis precisa que esses vasos estejam saudáveis, em boas condições para receber um grande volume de sangue no momento da ereção, segunda a médica endocrinologista Denise Franco. Se esse fluxo não for adequado pode comprometer a ereção. Aliado ao quadro vascular, a pessoa com diabetes também pode apresentar como complicação a neuropatia diabética, que acomete os nervos dos órgãos sexuais.

 

Mas não são apenas os homens que sofrem da disfunção sexual, mulheres também precisam redobrar os cuidados e ficar atentas aos sinais característicos desse problema. Entre os sintomas mais comuns estão: diminuição da lubrificação, rigidez vaginal, menos excitação durante o estímulo, dificuldade para alcançar o orgasmo, dor durante a relação sexual, candidíase e infecção de repetição.

 

Apesar de preocupar homens e mulheres, a disfunção sexual tem tratamento medicamentoso e, no caso do diabetes descompensado, a melhora no controle da glicemia é fundamental para que o problema seja solucionado. O acompanhamento médico é essencial.

 

O bom controle do diabetes ajuda na prevenção desse quadro. "O controle da glicose no sangue pode reduzir o risco de uma complicação como essa", esclarece Denise Franco.

 

A dificuldade na ereção também pode ser um alerta para os cuidados com o coração. De acordo com a médica Denise Franco, estudos mostram que homens que têm impotência sexual têm duas vezes mais chances de ter problemas cardiovasculares. "Se os vasos do pênis estiverem comprometidos o mesmo pode estar acontecendo no coração", afirma a endocrinologia.

 

Fonte: https://saude.ig.com.br/colunas/tom-bueno/2022-08-25/sim--diabetes-pode-causar-impotencia-sexual.html - Por Tom Bueno

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Diabetes pode causar impotência sexual

Se não for controlada, doença prejudica vasos sanguíneos que estimulam ereção

Quando pensamos em diabetes, a primeira coisa que vem à mente é o aumento da quantidade de açúcar no sangue. E é justamente por causa desse aumento de açúcar no sangue que o diabetes é uma doença que nos preocupa tanto. Olhos, rins, nervos, coração e vasos sanguíneos são afetados pela grande quantidade de açúcar, o que leva ao mal funcionamento de vários órgãos... Causando problemas como infartos, derrames e insuficiência renal. 

Uma doença que pode ser consequência do diabetes mal controlado é a impotência sexual. Para que se tenha ereção, é importante que os vasos sanguíneos e os nervos de sensibilidade da região genital estejam saudáveis. A grande questão aqui é que no diabetes ocorre um prejuízo no funcionamento dos vasos sanguíneos e nervos. Desde o entupimento dos vasos, chamado de aterosclerose - pelo acúmulo de gordura dentro das suas paredes - até a insensibilidade dos nervos que estimulam a ereção, existe todo um conjunto de fatores que contribui para a impotência.

O primeiro passo para o paciente diabético que esteja sofrendo com a impotência é o controle dos níveis de açúcar no sangue de forma rápida e efetiva. Usar os medicamentos corretos e controlar a medicação e alimentação, praticar exercícios e ter acompanhamento médico: estes são os principais pontos do tratamento.

Em alguns casos, será necessário o uso de medicamentos para ajudar os vasos sanguíneos da região peniana a funcionarem melhor.  Neste caso, a consulta com seu endocrinologista e urologista vai te ajudar a saber o melhor tratamento. O mais importante é procurar tratamento e controlar seu diabetes!

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Anabolizantes fazem crescer os músculos sob risco de câncer e infarto

Esteroides alteram metabolismo, provocam impotência sexual e não aumentam força

Músculos volumosos, que chamam a atenção, são o sonho de quem pega pesado na academia. Mas nem todo mundo tem paciência para seguir o treino sem falhas e esperar os resultados aparecerem - na dúvida entre desistir dos exercícios e alcançar músculos fortes, tem quem acabe buscando os esteroides anabolizantes como alternativa para conseguir resultados mais rápidos. "Essas drogas, apesar de serem ilegais, são facilmente encontradas", afirma a cardiologista Luciana Janot, do programa de cardiologia do Hospital Albert Einstein. Em geral, as fórmulas são derivadas da testosterona, o hormônio sexual masculino, e causam a retenção de líquidos - daí o inchaço da musculatura. Os hormônios do crescimento (HGH), naturalmente produzidos pela hipófise, também têm sido usados como anabolizantes.


"Devido à dose extra de hormônios, o metabolismo celular aumenta, surge o inchaço e os exercícios intensos provocam hipertrofia muscular", afirma a cardiologista. Nem mais fortes os músculos ficam, já que o aumento das fibras não é resultado de esforço, mas do acúmulo de líquidos - a ilusão até pode gerar lesões se a carga de peso for aumentada sem cuidado. Os riscos para a saúde, incluindo o perigo de morte, são muitos. Se você ainda tem alguma dúvida relacionada aos perigos dos anabolizantes, veja os alertas dos especialistas e abandone imediatamente essa ideia. 

Riscos cardiovasculares
Uma consequência grave sofrida por quem abusa dos anabolizantes são os problemas cardiovasculares. Com a dosagem extra de hormônio circulando na corrente sanguínea, o músculo cardíaco pode ser vítima de fibroses (desenvolvimento exagerado de tecido muscular), devido ao aceleramento do metabolismo. Essas fibroses podem obstruir as veias, impedindo a passagem do sangue e causando ataques cardíacos. 

Câncer hepático
O fígado, por ser responsável pela metabolização de todos os medicamentos, acaba sendo sobrecarregado com a alta dosagem de hormônio no corpo e pode falhar - nem sempre as enzimas são suficientes. Em casos mais graves, a sobrecarga causa nódulos nas células, que provocam câncer. 

Colesterol
O endocrinologista Tércio Rocha, da Academia Brasileira, explica que essa sobrecarga no fígado também pode causar um aumento na produção de enzimas, o que faz o órgão produz mais colesterol ruim (o LDL) do que o bom (HDL). A gordura se acumula nas paredes das artérias do coração e do cérebro - por isso as veias entupidas podem causar derrame e acidente vascular (AVC). Em média, 75% do colesterol do corpo é produzido pelo fígado para as ações reguladoras do metabolismo. Quando há excesso de hormônio para ser metabolizado no fígado,há queda na produção do chamado colesterol bom (HDL) e aumento a produção do chamado colesterol ruim (LDL). 

Problemas de fertilidade no homem
Nos homens, há alto risco de atrofia dos testículos e infertilidade, de acordo com o endocrinologista Filippo Pedrinola, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM). "Com altas doses de hormônio, os testículos perdem a capacidade de produzir testosterona, efeito que pode ser temporário ou permanente, dependendo de cada caso". Inibição da testosterona também pode levar à impotência. "Os anabolizantes provocam bloqueios numa glândula chamada hipófise, que é a glândula que controla a fabricação de testosterona. Com isso, o homem pode entrar em um estado chamado de hipogonadismo, ou seja, a falta do hormônio masculino". Nesta situação, há perda ou diminuição do desejo sexual, além de prejuízo na qualidade e na capacidade de ereção (disfunção erétil). 

Desequilíbrio hormonal
O excesso de testosterona no organismo desequilibra o sistema hormonal dos homens e das mulheres. No caso delas, há aumento de pelos, engrossamento da voz, aparecimento do pomo de adão e hipertrofia do clitóris, o que atrapalha o prazer sexual. Os homens sofrem com a perda da libido e observam o aparecimento de mamas. "O homem pode ter um aumento do tecido mamário, problema conhecido por ginecomastia. "Parte da testosterona é convertida em estradiol, um hormônio feminino, estimulando o desenvolvimento de mamas, às vezes só uma cirurgia é capaz de reverter esse quadro", afirma Jomar Souza, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE). 

Pele com acne
O abuso de anabolizantes pode vir acompanhado de problemas cutâneos. O endocrinologista Tércio Rocha explica que a ação anabólica causa hipertrofia também nas glândulas sebáceas, responsáveis pela oleosidade natural da pele. "Quanto maior for o uso de esteroides, maior será a oleosidade da pele e há o surgimento de acne", afirma o especialista. 

Hepatite e HIV
O endocrinologista Filippo Pedrinolla reforça um risco associado ao consumo de anabolizantes: muitas versões podem ser consumidas de forma injetável. As seringas e as agulhas, se não forem novas e esterilizadas, aumentam o risco de contágio de AIDS e hepatite.

Atrapalha o crescimento
Quando a droga é usada por jovens menores de 21 anos, os danos podem ser maiores ainda. "Em adolescentes, o excesso de testosterona atrapalha o crescimento e acelera puberdade, piorando o desenvolvimento", afirma o endocrinologista Filippo Pedrinolla. 

Aumento da agressividade
O endocrinologista Tercio Rocha explica que a testosterona é conhecida como o fator de maior contribuição no nível de agressividade do homem. Pessoas que tomam esteroides anabolizantes apresentam-se mais agressivos e violentos que o normal.