Não é mito – e o alerta não vai só para quem está
tomando antibiótico! A bebida pode causar estragos quando consumida junto a
alguns medicamentos
De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde,
o consumo de álcool per capita no Brasil excede a média internacional – tendo
chegado a quase 9 litros em 2016, em comparação aos 6,4 do resto do planeta. E
quatro dias específicos do calendário brasileiro dão um empurrãozinho para a
nossa elevada média etílica: o carnaval.
Durante o feriado, milhares de foliões pelo país
estarão bebendo. E, enquanto muitos dos abstêmios podem encontrar no uso de
antibióticos a justificativa para recusar uma cerveja gelada, pouco se fala
sobre a interação das bebidas alcoólicas com outros tipos de remédio.
Nesse sentido, os dias de folia merecem atenção
especial. Justamente por isso, o Conselho Regional de Farmácia de São Paulo
preparou uma material com as principais interações entre medicamentos e a
bebida, que SAÚDE adaptou para você:
Álcool + dipirona
O efeito do álcool pode ser potencializado.
Álcool + paracetamol
Maior risco de hepatite medicamentosa.
Álcool + ácido acetilsalicílico
Maior risco de sangramentos no estômago, já que o
ácido acetilsalicílico irrita a mucosa estomacal.
Álcool + antibióticos
É possível que leve a vômitos, palpitação, cefaleia,
hipotensão, dificuldade respiratória e até morte. Esse tipo de reação seria
mais comum com as substâncias metronidazol; trimetoprim-sulfametoxazol,
tinidazole e griseofulvin.
Já outros antibióticos – como cetoconazol,
nitrofurantoína, eritromicina, rifampicina e isoniazida – tampouco devem ser
tomados com cerveja e afins pelo risco de inibição do efeito e potencialização
de toxicidade hepática.
Álcool + anti-inflamatórios
Maior risco de úlcera gástrica e sangramentos.
Álcool + antidepressivos
Aumento nas reações adversas e no efeito sedativo,
além da diminuição na eficácia do medicamento.
Álcool + calmantes (ansiolíticos)
Aumento no efeito sedativo. Há ainda uma maior
probabilidade de coma e insuficiência respiratória. Um exemplo disso é a
substância benzodiazepina.
Álcool + inibidores de apetite
Tontura, vertigem, fraqueza, síncope, confusão
mental e outros sintomas ligados aos sistema nervoso central se tornam mais
comuns.
Álcool + anticonvulsivantes
Maiores efeitos colaterais e risco de intoxicação. Também
há uma diminuição na eficácia contra as crises de epilepsia.
Fonte: https://saude.abril.com.br/bem-estar/as-perigosas-interacoes-do-alcool-com-varios-tipos-de-remedio/
- Por Giovana Feix access - Foto: Alex Silva/A2 Estúdio