Mostrando postagens com marcador Professor José Costa. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Professor José Costa. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 29 de novembro de 2021

Obrigado, Colégio Estadual Murilo Braga por fazer parte da minha vida por 44 anos


     Hoje, 29 de novembro de 2021, o Colégio Estadual Murilo Braga completa 72 anos de existência. Tenho orgulho de afirmar que fiz parte desta história por 44 anos: 7 como aluno, da 5ª série ao 3º ano científico, e 37 anos como professor de educação física, contribuindo na formação integral de milhares de alunos.

 

     Vou relatar em poucas palavras minha história no Colégio Estadual Murilo Braga:

 

     Tudo começou em 1973, quando iniciei meus estudos na 5ª série. Neste ano o meu professor de educação física foi João Patola que ensinou a iniciação ao handebol. Em 1976, comecei a praticar basquete nas aulas de educação física com o Professor Romilto Mendonça o qual despertou em mim a paixão pelo esporte e que me motivou a ser professor. Ao final do ano de 1979, concluí o 3º Ano científico, atualmente Ensino Médio. Em janeiro de 1980, fiz o vestibular para o curso de licenciatura plena em educação física da UFS e fui aprovado. Em 03 de março, iniciei meus estudos na UFS, e ao mesmo tempo, comecei a lecionar educação física escolar e basquete no Murilo Braga, já que naquela época o universitário poderia ser contratado como professor. Em 09 de abril de 1980, assinei o contrato de trabalho com o governo de Sergipe através da Secretaria de Estado da Educação e Cultura. De 1984 até meados de 1985, fui coordenador de educação física do CEMB e, ao mesmo tempo, treinava as equipes de basquete para participar das competições.

 

     No início da minha carreira, dei aulas na quadra de cimento do colégio e no Módulo Esportivo já a partir de 1994, elas foram realizadas no Ginásio José Milton Machado, o Miltão, e em 2005, na quadra externa em frente ao colégio. Realizei diversas atividades esportivas e recreativas com meus alunos, entre elas: campeonato serrano de basquete, jogos internos, gincanas esportivas, caça ao tesouro, festas de São João e de confraternização de fim de ano e torneios esportivos de voleibol, handebol, futsal e basquete nas aulas de educação física.

 

     Os alunos de basquete participaram de várias competições oficiais no estado, não só representando o Murilo Braga, mas também Itabaiana, entre elas: os jogos da primavera, campeonato sergipano, jogos infantis, seletiva dos JEB’s, jogos escolares da rede pública de Sergipe, jogos estudantis, e ganhamos mais de 60 medalhas.

 

     Trabalhei com vários diretores e todos respaldaram o meu trabalho enquanto estiveram à frente da direção desta grandiosa instituição de ensino, tais como: Acácia, Adenilson Maciel, Aldo, Augusta, Cleidinilson, Conceição, Eder, Edmilson, Fátima Góis, Geovanca, João Alves, Maria Mendonça, Raquel Dala, Solange e Maria Pereira (in memorian), o maior ícone da educação do Murilo Braga e de Itabaiana, a qual tenho o orgulho de ter sido aluno e professor na sua gestão que se consagrou por 5 governos.

 

     Nos 37 anos como professor do CEMB, tive a satisfação de trabalhar e conviver com professores de todas as disciplinas, mas de perto com os colegas da educação física, dos quais sempre tive a amizade e o respeito como: Aelson, Alberto Fontes, Aparecida, Assunção, Benildes, Benjamin, Costa Lima (in memorian), Gersivaldo (in memorian), Gersonito, Henrique, Ivonete, Jailde, Jair, Jorge Cruz, José Antônio, Josiel, Leila, Lucy, Marcos, Nailene, Nivaldo, Roberto, Ronaldo, Rosimeire, Sandra, Wilson, Valtênio e Zuleide.

 

    Todos os funcionários do Murilo Braga foram importantes colaboradores do meu trabalho, mas vou destacar o nome de um deles, Zé Miúdo (in memorian), que zelou com seu trabalho, 24 horas por dia, o Ginásio Miltão como se fosse uma extensão da sua casa.

 

     Não poderia esquecer os meus queridos alunos, que nos 37 anos de trabalho foram milhares, todos especiais, pelos quais sempre tive carinho, respeito, amizade e compromisso através do basquete e da educação física. Mesmo enaltecendo a todos, vou destacar um deles, Carlos Augusto Moura, que disputou e foi campeão dos jogos da primavera e colaborou na arbitragem, organização e realização dos diversos campeonatos de basquete do Murilo Braga. Através do basquete e da educação física, contribuí na formação integral de milhares de alunos do Murilo Braga afastando-os do álcool, droga, más amizades, da violência e incentivando-os a estudar para ter um futuro melhor como cidadão.

 

     Estou triste e feliz ao mesmo tempo, triste porque não dou mais aulas no CEMB e feliz por ter a certeza do dever cumprido com honradez, compromisso e dedicação depois de 37 anos de trabalho. Sinto muitas saudades e as lembranças ficarão para sempre na minha mente, como: da convivência com os alunos e colegas, das viagens para disputar os jogos em Aracaju, das disputas de medalhas com os outros colégios, das vitórias, das derrotas, dos passeios com os alunos de basquete, dos lanches após o termino dos jogos da primavera, dos campeonatos de basquete em Itabaiana, etc.

 

     Obrigado aos alunos, pais, colegas, funcionários e diretores do Colégio Estadual Murilo Braga por fazerem parte da minha história profissional e de vida.

 

     Um agradecimento especial a Deus por ter guiado, protegido e iluminado meus passos durante esta jornada de vida e trabalho e rogo a Ele que abençoe todos que fizeram e fazem parte da família CEMB, com a qual convivi durante 44 anos e que estarei presente por toda a vida.

 

Professor José Costa

quinta-feira, 14 de outubro de 2021

Orgulho de ser professor


     Convicto da importância do professor na educação de crianças e jovens, não apenas em 15 de outubro, mas em todos os dias do ano, gostaria de relatar em poucas palavras a minha trajetória como professor de educação física e a missão incansável de educar.

 

     Em 1976, quando estudava a 8ª série e praticava basquete no Colégio Estadual Murilo Braga, resolvi que iria fazer o vestibular para Educação Física e ser professor.

 

     Em janeiro de 1980, fiz o vestibular e fui aprovado. Era o início da concretização do sonho de ser professor. No mês de abril do mesmo ano, tive a oportunidade de ingressar no serviço público e, assim, dar aulas de educação física e basquete no Colégio Estadual Murilo Braga. No início da carreira, passei 5 anos estudando na UFS e ao mesmo tempo ensinando.

 

     Em 1988, insatisfeito com apenas um emprego, resolvi procurar o ex-colega da universidade e vice-diretor do Colégio Graccho, Abelardo Neto. Solicitei a ele um emprego como professor, e fui prontamente atendido. Ensinei basquete e no último ano de trabalho na escola lecionei aulas de educação física aos alunos do 2º ao 5º ano do Ensino Fundamental. Dediquei 22 anos de minha vida aos alunos e à instituição, a qual sou eternamente grato pela acolhida.

 

     Em 1989, recebi o convite para ensinar basquete no Colégio Salesiano pelo coordenador Pedagógico Jairton Guimarães (Cobrinha), que já conhecia o meu trabalho através do CEMB e do Graccho. Também lecionei educação física do 5º ano do Ensino Fundamental a 3ª série do Ensino Médio. Trabalhei 21 anos e aprendi muito como educador através do sistema preventivo de Dom Bosco.

 

     Tenho orgulho de ter trabalhado em dois dos melhores colégios do Estado, Graccho e Salesiano. Em ambos, pedi para ser demitido por motivos pessoais e fica aqui o meu agradecimento pelo respeito ao meu trabalho por mais de duas décadas.

 

     Em 1993, a Irmã Auxiliadora me fez o convite para lecionar no Colégio Dom Bosco, inicialmente o basquete e depois o voleibol. Também ensinei educação física aos alunos do 4º ano do Ensino Fundamental a 3ª série do Ensino Médio. No dia 18 de outubro de 2020, encerrei o meu ciclo de trabalho no Dom Bosco, após 27 anos, 7 meses e 18 dias. Estou feliz por ter contribuído com a educação de milhares de crianças e jovens de Itabaiana e cidades circunvizinhas. Minha eterna gratidão a Irmã Auxiliadora (in memoriam) por ter me proporcionado trabalho em uma das maiores instituições de ensino de Itabaiana e de Sergipe.

 

     Em 2009, senti a necessidade de criar um blog para divulgar meu trabalho nas escolas relacionado à educação física e ao esporte, envolvendo com meus alunos e ex-alunos. Posteriormente, comecei também a publicar conteúdos pesquisados na internet sobre educação, esporte, saúde, cultura e cidadania. O blog já está com 7 milhões de acessos, uma demonstração de dedicação, compromisso e responsabilidade para com minha carreira de professor e com as pessoas que confiam em mim.

 

     Em 01 de março de 2010, o diretor do Colégio O Saber, Everton Oliveira, ex-aluno do basquete do CEMB, convidou-me para dar aulas de educação física aos alunos do 6º ao 9º ano do ensino fundamental. Atualmente, também leciono aos alunos do ensino médio.

 

     Tenho orgulho de ter sido campeão por todas as escolas que trabalhei nas diversas competições escolares de voleibol, handebol, futsal e, principalmente, do basquete.

 

      Em 28 de fevereiro de 2017, foi publicada a portaria no Diário Oficial da minha aposentadoria após 37 anos de trabalho no funcionalismo público estadual como professor de educação física do Colégio Estadual Murilo Braga. Obrigado aos alunos, professores, diretores e funcionários que fizeram parte da minha vida profissional neste período.

 

     Em 02 de março de 2018, adquiri a concessão do INSS da minha aposentadoria após ter trabalhado como Professor de Educação Física por 30 anos nos Colégios Graccho Cardoso, Salesiano, Dom Bosco e O Saber. Obrigado aos alunos, professores, diretores e funcionários dos colégios onde trabalhei e que fizeram parte da minha vida profissional neste período.

 

     Que Deus, na sua infinita bondade, dê-me muita saúde e disposição para continuar trabalhando e contribuindo na formação integral dos alunos, como faço há mais de 41 anos. Trabalho esse realizado com respeito, dedicação e compromisso aos alunos e às instituições de ensino, sempre com Orgulho de ser Professor.

 

Foto criada no site Você na capa da Revista NOVA ESCOLA

 

Por Professor José Costa


"A mente do prudente adquire conhecimento, e o ouvido do sábio busca conhecimento."

Provérbios 18:15


quinta-feira, 9 de setembro de 2021

Futebol de botão: uma saudade da minha adolescência

     


     Esta semana, dando aula online aos alunos do Colégio O Saber e explicando sobre os esportes que são variantes do futebol de campo, apresentei a eles um vídeo que falava do futebol de mesa, popularmente conhecido como jogo de botão ou futebol de botão. Então, comentei com os alunos que na minha adolescência eu jogava esse jogo, e lhes contei uma parte da história que foi mais ou menos assim:   

 

     Algum tempo atrás, Dr. Adilson me presenteou com uma foto do seu time de botões, provavelmente, a maioria dos atletas feitos por mim, já que eu fui o maior fabricante de botões de Itabaiana que se tem notícia, pois cheguei a fazer mais de mil, o que daria mais de 100 times. Os botões eram feitos de acrílico, casca de coco, mica de avião, etc. Aprendi a fazer botões com meu irmão Tonho, que ao passar na prova da Escola Técnica Federal, em 1975, foi estudar em Aracaju e me vendeu o esmeril manual. Na época, eu tinha 13 anos, e de tanto vê-lo fazer os botões, acabei aprendendo. Alguns anos depois, vendi o esmeril ao meu primo Luiz de Tonho de Rosa que continuou a fabricá-los.

 

     O processo de fabricação dos botões era simples: eu pegava a placa de acrílico e com um compasso fazia círculos do tamanho desejado do botão. Em seguida, esquentava uma faca no fogão à lenha, cortava e colava com a cola Araldite duas ou três partes para formar o botão. Depois de colado, aproximadamente após uma hora, arredondava no esmeril até ter o formato do botão. Lixava-o na lixa de madeira e, posteriormente, na lixa d’água fina par tirar os arranhões. Para finalizar, passava pasta incolor de sapato e tirava o excesso em uma flanela, estava pronto o futuro artilheiro do jogo de botão.

 

     Minha mãe, Dona Graça (in memoriam) era costureira, então eu comprava a flanela e pedia a ela que costurasse uma espécie de capa para guardar os botões, e vendia juntamente com o time para quem quisesse, pois os protegia de serem arranhados. Às vezes, eu também fazia o botão por encomenda, quando a pessoa só queria comprar um ou dois botões, especificamente, de defesa ou ataque, já que tinha diferenças: o botão da defesa era maior e mais alto e o do ataque era menor e mais baixo, o artilheiro. Na época, usávamos uma caixa de fósforo como goleiro, mas tinha pessoas que pediam para que eu fizesse de acrílico grosso ou de várias camadas de acrílico. A equipe de botão era composta por 11 jogadores, e a arrumação no campo era feita com um goleiro, 5 botões na defesa e 5 no ataque, numerados na parte superior com números da folhinha de parede. A bola do jogo era feita no esmeril com milho seco ou acrílico. Para deslocar os botões no campo usávamos uma palheta fina e redonda de acrílico. Quando os botões ficavam travados no campo, eu colocava talco de bebê para que eles se descolassem com mais velocidade.

 

     Como jogador, fiz partidas memoráveis e disputas de campeonatos com meus amigos de infância e adolescência como: Luiz Antônio, Tonho de Crispim, Flauvinaldo, Zanza, Givaldo (in memoriam), Jairo, Luiz de Tonho de Rosa, Carlos Alberto “Rolopeu” (in memorian), Dinho, Alvino, Balsa, Saulo, Rubinho e outros mais. O meu campo de jogar botão, feito pela família de Branco marceneiro, se chamava Brinco de Ouro, referência ao estádio de futebol do Guarani de São Paulo, e cheguei a levá-lo a casa de vários amigos para jogar com eles. Modéstia à parte, eu era um dos melhores jogadores da época.

 

     Apesar de ter feito mais de mil botões, não guardei nenhum time porque eu fazia para vender e ganhar dinheiro. O último time de botão que eu fiz, foi do Grêmio, com acrílico azul e grosso por baixo e tirinhas de preto, branco e azul por cima, e o vendi ao amigo Carlos Alberto.

 

     Hoje, tenho guardado dois times de fábrica que comprei na loja, mas não substituem os botões feitos manualmente por mim. Saudades dos tempos da minha adolescência e dos jogos de botões, tempo que não voltará mais.

 

Por José Costa

quinta-feira, 20 de maio de 2021

Professor José Costa: ensinando a 3ª geração de uma família itabaianense


Já faz alguns anos que ao chegar o início do ano letivo os alunos falam para mim que seu pai, mãe, tio, tia, irmão foram meus alunos de educação física há algum tempo e, a cada ano que iniciava, eu ficava ansioso e esperançoso para que um aluno novato afirmasse que sua avó ou avô foi meu aluno. Para minha surpresa e alegria, esta semana, quando estava dando aula online pelo Colégio O Saber, o aluno do 7º ano Kauã Fellipe Mota Santos me disse que seu pai Marcelo Carvalho Santos foi meu aluno de educação física em meados dos anos 2000 quando estudava no Ensino Médio do Colégio Estadual Murilo Braga e sua avó Maria José de Carvalho tinha sido minha aluna de basquete quando estudou a 6ª série no Colégio Estadual Murilo Braga, nos anos iniciais da década de 80. Inclusive a avó Maria José fez questão de confirmar e de me cumprimentar durante a aula online desta semana.

 

Ao completar 41 anos de trabalho como Professor de Educação Física, é com enorme satisfação e prazer em ensinar a 3ª geração de uma família. Com gratidão e fé em Deus, espero que Ele me dê saúde e disposição para continuar contribuindo na formação integral de crianças e jovens por muitos e muitos anos, e quem sabe, chegar a ensinar a 4ª geração dessa e outras famílias itabaianenses.

 

Professor José Costa

quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

O basquete de Itabaiana tem história

  



Itabaiana foi o maior celeiro de atletas do basquete sergipano, eram mais de 300 alunos praticantes por ano. Esta história começa em 1976, quando o professor Romilto Mendonça iniciou o basquete com os alunos do Colégio Estadual Murilo Braga, e continuada com o professor José Antônio, em 1978. Em 1980, comecei a dar aulas de basquete no CEMB e em 1981 ganhamos o primeiro título em nossa carreira, na categoria A feminino dos jogos da primavera. Foi o início de um projeto maior com a juventude itabaianense, que através do esporte conseguimos educar milhares de crianças e adolescentes afastando-os do álcool, droga, más amizades, da violência e incentivando-os a estudar para ter um futuro melhor.

 

     Em 1984, tivemos a ideia de criar a Associação Itabaianense de Basquetebol com os alunos e ex-alunos que praticavam o esporte, tendo como objetivos estimular a prática do basquete, organizar e realizar competições no município. Ao longo desses anos, realizamos Campeonatos de basquete em várias categorias, Festivais de Arremessos, Exposições de fotografias do basquete nas escolas, Gincanas Esportivas, Caça ao Tesouro, Concursos de Pesquisas sobre basquete, Calourada, Forró dos basqueteiros e Festa de Confraternização de fim de ano.

 

     Em 1987, fundamos o Jornal do Basquete para divulgar as notícias do nosso basquete e de todo o mundo. O Jornal tinha quatro páginas e além de falar do basquete tinha curiosidades, passatempo, mensagens. Foi impresso até 1989.

 

     Nesses trinta anos do basquete no Murilo Braga, participamos dos Jogos Infantis, Jogos da Primavera, Campeonato escolar, Jogos Escolares da Rede Pública, Jogos Estudantis, Seletiva dos Jebs e Campeonatos Sergipanos em todas as categorias e ambos os sexos, onde conseguimos ganhar 63 troféus, 23 medalhas de ouro, 24 de prata e 16 de bronze. Mais do que troféus e medalhas, ganhamos o respeito e agradecimento dos alunos, pais e da comunidade por ter contribuído na formação integral de milhares de alunos com responsabilidade, dedicação, entusiasmo e abnegação.

 

     Vários alunos nossos defenderam o Estado em competições nacionais pelas seleções estaduais de basquete.

 

     Desde 1976, realizávamos o Campeonato Serrano de basquete com os alunos, ex-alunos e até com equipes convidadas de Aracaju. Foram 27 campeonatos e milhares de atletas participantes, quando em 2003 realizamos o último, porque desde 1996 com a implantação da LDB nº 9396, os alunos deixaram de escolher o esporte como prática na aula de educação física; as turmas foram sendo formadas pelas mesmas da sala de aula, no mesmo turno e mistas; as aulas foram reduzidas de três para duas dando ênfase a teoria; os professores passaram dar mais aulas de educação física e menos de treinamento esportivo, com isso, o número de atletas foi reduzido drasticamente em todos os esportes; o resultado, todos nós conhecemos, as escolas públicas que eram fortes no esporte estudantil como o Atheneu, Castelo Branco, Tobias Barreto, Costa e Silva, Murilo Braga e tantas outras, hoje são meras coadjuvantes das escolas particulares em qualquer competição, salvo poucas exceções.

 

     Os nossos campeonatos sempre tiveram o apoio da imprensa sergipana através de vários jornalistas, verdadeiros incentivadores do esporte, que homenageamos com a medalha “Amigo do Basquete”, a qual criamos alguns anos atrás como reconhecimento a estes profissionais, entre eles: Geraldão, Jurandir Santos, Paulo Roberto, Barroso, George, Rosalvo Nogueira, Wellington Elias, Carlos Magalhães, Roberto Silva, Rivando Góis, Roberto Carioca, Genário Santos, Ronaldo Lima, Alexandre Santos, Gilmar Carvalho, Eugênio Santana através do Jornal da Cidade, Cinform, Diário de Aracaju, Semanário Sportivo, Jornal de Sergipe, Jornal da Manhã, Gazeta de Sergipe e Correio de Sergipe; da Radio Capital do Agreste, Princesa da Serra, Itabaiana FM e Educadora; da TV Sergipe e TV Atalaia. O patrocínio do comércio de Itabaiana foi importante para desenvolvermos todos os projetos ligados ao basquete.

 

     Nesses trinta anos ensinaram basquete no Murilo Braga os professores: Romilto Mendonça, José Antônio, José Costa e Benjamim Alves que iniciavam e treinavam as equipes para disputar os diversos campeonatos; e os professores Aelson Góis, Leila Camerina e Maria Aparecida que davam a iniciação esportiva. Foi um trabalho árduo, mas gratificante, porque conseguimos educar três gerações de estudantes, ensinando-os valores como: respeito, disciplina, honestidade, responsabilidade, amizade, justiça, solidariedade e cidadania através do basquete.

 

Professor José Costa

quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

E se todos os dias do ano fossem Natal?


A maior festa dos cristãos em todo o mundo é comemorada no dia 25 de Dezembro, o nascimento de Jesus Cristo, o Natal. Durante o mês de dezembro, as pessoas começam a se preparar para este grande dia montando árvores, enfeites e presépios; enviando cartões de natal e mensagens natalinas por telefone, email, facebook, instagram ou whatsapp; declarações de Feliz Natal com abraços e apertos de mãos e troca de presentes. O espírito natalino contagia a todos e em toda parte, porque o Natal é celebração, comemoração, magia, alegria e festa.

 

Nesta época, as pessoas desejam amor, paz e saúde a familiares, amigos, vizinhos, colegas de trabalho e até aos desconhecidos. As atitudes de solidariedade, boa vizinhança, caridade, bondade, cumprimentos são bem atenuantes neste período mais do que em qualquer outro. Ficamos mais humanos, felizes, solidários, unidos, amigos e mudamos a nossa maneira de ser do restante do ano.

 

Alguns dias após o Natal vêm o início de um ano novo e as esperanças florescem em todos com a perspectiva de dias melhores com saúde, paz, amor e dinheiro no bolso. Passado as festas, tudo volta ao normal, à correria do dia a dia, o trabalho estafante, o estudo puxado, as discussões normais, o estresse e, aos poucos, o espírito natalino vai sendo esquecido e voltamos a ser os humanos normais.

 

Agora, imagine se em todos os dias do ano as pessoas vivessem o espírito natalino, como o mundo seria diferente. Teríamos mais paz, solidariedade, amor, esperança e assim poderíamos afirmar que Jesus vive em nossos corações todos os dias e não apenas no Natal.

 

Sei que é um sonho, mas se este sonho for compartilhado por muitos, estaremos dando um grande passo para transformar a humanidade para melhor, menos individualista, egocêntrica e hipócrita.

 

Que o espírito de Natal esteja sempre conosco em todos os dias do próximo ano e com certeza, a nossa passagem por este mundo será mais agradável, feliz e harmoniosa.

 

Feliz Natal em todos os dias do ano vindouro para você e sua família!

 

Professor José Costa

segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

Lembranças das festas de Natal em Itabaiana


     A época natalina me traz boas lembranças das festas de natal e ano novo que fizeram parte da minha infância e juventude, e provavelmente da maioria dos itabaianenses e circunvizinhos que nasceram há 30, 40, 50 anos. As festas eram realizadas na Praça João Pessoa, antiga Santa Cruz, a partir da década de 60 e na Praça Etelvino Mendonça, a partir da década de 70.

 

     As melhores lembranças das festas e que não saem da minha memória são das diversões, comidas, jogos, músicas e das apresentações da Chegança Santa Cruz de Zé de Binel. Pelo lado religioso, a principal comemoração do nascimento do Menino Jesus era a Missa do Galo na Igreja Matriz de Santo Antônio e Almas na véspera do Natal. As festas começavam à tarde e se estendiam até a madrugada.

     


As diversões eram simples, mas divertiam as pessoas como as barcas, especialmente as de meu pai, Josias Costa, Tio Joãozinho e Pedro funileiro; os carrinhos para as crianças menores de Pedro Guerra; o trivoli de Zé de Cuta; os balanços de Otávio e Samuel e principalmente a onda, que pertenceu a Zé Costa, Pelé e Zé de Bernardo, ponto de paquera entre os jovens. Em 1977, meu primo Zé Costa (in memoriam) comprou e armou uma roda gigante na praça, no ano seguinte ele adquiriu outras diversões e formou o parque São José, o primeiro de Itabaiana, atualmente Miami Park Center.

 

     Para animar as festas, existia um serviço de som que tocava as músicas de sucesso da época oferecidas às pessoas presentes e também servia para mandar recadinhos de paqueras ou fazer brincadeiras com os amigos. O serviço de som foi realizado ao longo dos anos por João de Deus, Bicudinho, Zé de Álvaro e Xavier, todos bastante conhecidos pelos itabaianenses.

 

     Nas festas, existiam comidas para todos os gostos. Geralmente, os adultos e jovens dirigiam-se para os bares armados ao longo da praça e ingeriam bebidas alcoólicas e refrigerantes, arroz com galinha, além de comer caranguejos e outros petiscos. As crianças se deliciavam com algodão doce no palito, pipoca, rolete de cana na taboca, pirulito no tabuleiro, arroz doce, sorvete de ki-suco feito na hora, espetinho de carne com salada, pastel e coscorrão com o acompanhamento do gostoso ki-suco na garrafa de refrigerante, servido à temperatura ambiente.

 

     Muitas pessoas só iam para a festa com o objetivo de jogar, principalmente os homens, pois enquanto as mulheres colocavam os filhos para se divertirem nos brinquedos, eles tentavam ganhar dinheiro ou brindes nos jogos, entre eles: as rifas de goiabada, cigarro ou sardinha; lançar argolas para acertar nas notas de dinheiro colocadas em tábuas pequenas ou caixas de fósforos; roleta de números para tentar ganhar dinheiro; tabuleiro colorido onde a pessoa que acertasse a bola de igual cor ganharia um brinde; jogo do coelho; pescaria de brindes e o bingo Peixoto, que originou o parque do mesmo nome.

 

     A tradição de ganhar presentes não era como nos dias atuais, ganhar um sapato novo e roupas novas era o maior desejo das crianças e adolescentes, e saiba que a maioria das roupas não era feitas em fábrica e sim por costureiras, como minha mãe, Dona Graça (in memoriam), uma das melhores de Itabaiana. A praça se tornava uma passarela para o desfile de figurinos, principalmente pelas mulheres, mas logo uma nuvem de poeira, que era feita pelo caminhar das pessoas encobria todas, e quando voltavam para suas casas as roupas já não mais pareciam novas.

 

      A ornamentação da praça era simples, geralmente com uma enorme árvore de natal colocada no centro. Cada dono dos brinquedos ornamentava com lâmpadas coloridas ao redor deles, dando um belo visual à festa.

 

     Em meados da década de 90, com a construção do espaço para eventos na Praça Etelvino Mendonça, as diversões mais antigas, principalmente as barcas, foram montadas na lateral do Estádio Presidente Médici e o parque ocupou a parte central. A partir desta data, as minhas lembranças já são como pai, pois levava meus filhos às festas sem a presença de alguns brinquedos antigos.

 

     Nos últimos anos, as festas de Natal e fim de ano são realizadas em casa com a reunião de familiares e amigos para a ceia, troca de presentes e comemoração da entrada do ano novo. Um número bem menor de famílias leva seus filhos para se divertirem no parque, mas, infelizmente, não com as diversões, simplicidade e as comidas das festas de Natal dos tempos passados.

 

     Este ano, especialmente, por causa da pandemia, as comemorações terão que ser realizadas com os familiares em casa para evitar a propagação da Covid-19, e ao mesmo tempo, agradecer a Deus por mais um ano de vida, principalmente, com saúde.

 

Por Professor José Costa

terça-feira, 20 de outubro de 2020

Superando desafios


     Desde que nascemos, superamos desafios todos os dias de nossas vidas, os quais podem ser fáceis ou difíceis, importantes ou não, colocados a nós de acordo com a situação que estamos vivendo no momento.

 

     Os desafios são provas e obstáculos que surgem no decorrer de nossas vidas. Eles nos ensinam a crescer, a superar limites e a conquistar o nosso espaço na sociedade. Eles acontecem no trabalho, no casamento, na família, nos estudos, nos esportes, nos relacionamentos e com a saúde; através da superação de perda do emprego e conquista de outro; de deixar a vida de solteiro, se casar e construir uma nova família; da luta pela cura de uma doença; da perda de um ente querido, da passagem da fase de adolescente para a adulta; do término dos estudos no ensino médio e a aprovação no vestibular e principalmente, do desafio de aprender a conviver e respeitar o outro como ser humano.

 

     Durante a minha vida profissional, sempre apareceram desafios, que foram e continuam sendo um aprendizado a cada dia, mas alguns se destacaram pelas circunstâncias e períodos que ocorreram, foram e continuam sendo um aprendizado diariamente.

 

     Durante 16 anos de trabalho no Colégio Estadual Murilo Braga, apenas ensinei o basquete nas aulas de educação física, mas com a implantação da LDB em 1996, elas foram modificadas com a inclusão de conteúdos teóricos, outros esportes e temas transversais. Foi difícil me adaptar, mas a minha determinação de acompanhar as novas tendências da educação fez com que me aprimorasse, superasse limites e atualizasse os conhecimentos participando de cursos específicos, lendo e conversando com outros professores sobre os diversos assuntos. Fiquei realizado em dar esse tipo de aula na escola pública em substituição ao esporte competitivo.

 

     Em 1993, fui convidado a dar aulas de basquete no Colégio Dom Bosco, mas no ano seguinte, os alunos optaram em praticar o voleibol e tive que optar em perder o emprego ou ensinar este esporte. E foi o que decidi: “arregacei as mangas”, comprei livros, fiz vários cursos e pesquisei bastante, dois anos depois ganhei o primeiro título escolar dos quatros conquistados em Sergipe, chegando a representar o Estado nos JEB’s, em Brasília, com as meninas do Dom Bosco. Em 2008, aceitei o desafio de ensinar handebol a nível competitivo e o Dom Bosco sagrou-se campeão masculino da seletiva do interior dos Jogos da Primavera, em Lagarto. Continua sendo uma experiência realizadora trabalhar com esportes que não sejam o basquete, o qual ensinei por 30 anos nos Colégios Murilo Braga, Graccho Cardoso e Salesiano.

 

     No Salesiano, sempre ensinei basquete e educação física do ensino fundamental ao médio. Em 2004, aceitei o desafio de ensinar pela primeira vez, em minha vida, a quarta série, hoje 5º ano. Superei os obstáculos e dificuldades por nunca ter trabalhado com alunos na faixa etária de 9 a 10 anos, mas foi gratificante porque aprendi a ter mais paciência e aceitar a ser “tio”.

 

     Em 2009, para minha surpresa e satisfação, fui convidado pelo Colégio Graccho, ao maior desafio de minha vida profissional, depois de 20 anos de dedicação a esta instituição, de educar através da educação física escolar, alunos do 2º ao 5º ano do ensino fundamental, antigo primário. Este desafio foi difícil por causa da idade dos alunos que ia de 6 a 10 anos, pois precisavam de mais atenção, carinho e respeito; exigindo de mim ser “tio”, psicólogo, enfermeiro, segundo pai e principalmente, um educador com a responsabilidade de contribuir na formação integral destas crianças. Eu não era apenas o professor de basquete, mas também de voleibol, handebol, futsal e educação física escolar.

 

     Em 2010, recebi o convite do Colégio O saber para ensinar educação física aos alunos do 6º ao 9º Ano e como a escola não tinha uma quadra esportiva, uma das duas aulas semanais era dada no Ginásio do SESI e a outra na sala de aula, um novo desafio, já que durante 30 anos de vida profissional as minhas aulas eram praticamente na quadra. Implantei as aulas teóricas com conteúdos sobre os esportes esportivos e também ensinei aos alunos a jogar xadrez e dama. Atualmente, a escola já possui sua quadra esportiva e as aulas são práticas, abrangendo basquete, futsal, handebol e voleibol.

 

     Em julho de 2020, o Blog Professor José Costa atingiu a marca histórica de 7 milhões de acessos, um sonho que foi concretizado após muito trabalho diário, este realizado com perseverança, responsabilidade e determinação de passar informações com qualidade aos leitores. Tudo começou em 2009, quando o amigo Jackson Macedo me aconselhou a criar um blog para divulgar o meu trabalho nas escolas onde ensinava. Ele me ensinou os primeiros passos e depois disso, comecei a montar o blog do meu jeito, inicialmente, com muitas dificuldades, já que não tinha o conhecimento apropriado para esse novo desafio e a da minha limitação em usar o computador e a internet. Aos poucos, fui aprendendo e, hoje, o blog tornou-se para mim uma ferramenta de trabalho onde procuro passar aos leitores informações atualizadas sobre educação, esporte, saúde, cultura e cidadania. Se depender da minha perseverança e determinação, o blog alcançará em breve a marca de 8 milhões de acessos, aguardemos.

 

     Em 2020, concretizei um sonho antigo, dar aulas às turmas do 4º ano no Colégio Dom Bosco, mas infelizmente por causa da pandemia, acabei lecionando presencialmente apenas até março, e o restante das aulas, até 18 de outubro, pela internet, quando encerrei meu ciclo de trabalho na escola, após 27 anos e 7 meses. Continuo lecionando educação física no Colégio O Saber.


     Por causa da pandemia, de abril de 2020 até os dias atuais, venho dando aulas de educação física online aos alunos do Colégio O Saber. Eu, que durante 40 anos de profissão, ensinei educação física e esportes com aulas práticas, tive que me reinventar e aprender a pesquisar conteúdos esportivos na internet para poder passar aos alunos. Está sendo uma aprendizagem para mim, pois junto aos meus alunos, aprendo esportes que só via pela televisão ou já tinha ouvido falar. Com fé em Deus e Nossa Senhora, espero que a pandemia acabe o mais rápido possível e que eu possa voltar a dar minhas aulas práticas. 

 

     Em 40 anos de trabalho, já ganhei mais de duzentas medalhas com meus alunos dos Colégios Murilo Braga, Graccho, Salesiano, Dom Bosco e O Saber. Todas tiveram um significado especial na minha carreira profissional, como a primeira medalha em cada colégio onde ensinei ou em cada competição que disputei. Algumas marcaram mais que outras, principalmente, a primeira em cada esporte como: em 1981, a medalha de Ouro no Basquete dos Jogos da Primavera com a categoria A feminino do Colégio Estadual Murilo Braga; em 1999, a medalha de Bronze no Voleibol dos Jogos das Crianças de Sergipe com a categoria mirim feminino do Colégio Dom Bosco; em 2008, a medalha de Ouro no Handebol da Seletiva dos Jogos da Primavera-Olimpíadas Escolares, com a categoria A masculino do Colégio Dom Bosco; em 2011, o título de campeão do Campeonato mirim masculino de futsal de Itabaiana, promovido pelo SESI, que foi disputado por 16 equipes das escolas das redes municipal, estadual e particular de ensino.

 

     Ao longo dos anos, o que vem me motivando a continuar trabalhando como quando iniciei em 1980, é a disposição de superar desafios em cada escola onde trabalhei ou em cada esporte que ensinei, seja no basquete, voleibol, handebol ou futsal. É através do esporte, na educação física, que espero estar contribuindo na formação integral dos meus alunos, inspirado na frase de Dom Bosco de “formar bons cristãos e honestos cidadãos”.

 

     Relato estes desafios da minha profissão e vida não para me enaltecer, mas para que sirvam de lições, motivações e exemplos a outras pessoas. Se aparecer desafios no percurso de sua vida, faça como eu: aceite-os, enfrente-os, não se intimide, não se desespere, não se acomode, tenha fé, encontre novos caminhos e soluções, recomece, aproveite as oportunidades, faça o melhor possível e compartilhe todas as experiências adquiridas.

 

     Em todos os desafios são encontradas dificuldades, problemas, incompreensões e obstáculos, mas nada que não possa ser resolvido ou superado com determinação, dedicação e força de vontade. Peça a Deus que ilumine e guie seus passos no caminho certo para superá-los quando forem surgindo na sua vida e Ele lhe atenderá, como faz comigo.

 

Professor José Costa

quinta-feira, 15 de outubro de 2020

Orgulho de ser professor

 


     Convicto da importância do professor na educação de crianças e jovens, não apenas em 15 de outubro, mas em todos os dias do ano, gostaria de relatar em poucas palavras a minha trajetória como professor de educação física e a missão incansável de educar.

 

     Em 1976, quando estudava a 8ª série e praticava basquete no Colégio Estadual Murilo Braga, resolvi que iria fazer o vestibular para Educação Física e ser professor.

 

     Em janeiro de 1980, fiz o vestibular e fui aprovado. Era o início da concretização do sonho de ser professor. No mês de abril do mesmo ano, tive a oportunidade de ingressar no serviço público e, assim, dar aulas de educação física e basquete no Colégio Estadual Murilo Braga. No início da carreira, passei 5 anos estudando na UFS e ao mesmo tempo ensinando.

 

     Em 1988, insatisfeito com apenas um emprego, resolvi procurar o ex-colega da universidade e vice-diretor do Colégio Graccho, Abelardo Neto. Solicitei a ele um emprego como professor, e fui prontamente atendido. Ensinei basquete e no último ano de trabalho na escola lecionei aulas de educação física aos alunos do 2º ao 5º ano do Ensino Fundamental. Dediquei 22 anos de minha vida aos alunos e à instituição, a qual sou eternamente grato pela acolhida.

 

     Em 1989, recebi o convite para ensinar basquete no Colégio Salesiano pelo coordenador Pedagógico Jairton Guimarães (Cobrinha), que já conhecia o meu trabalho através do CEMB e do Graccho. Também lecionei educação física do 5º ano do Ensino Fundamental a 3ª série do Ensino Médio. Trabalhei 21 anos e aprendi muito como educador através do sistema preventivo de Dom Bosco.

 

     Tenho orgulho de ter trabalhado em dois dos melhores colégios do Estado, Graccho e Salesiano. Em ambos, pedi para ser demitido por motivos pessoais e fica aqui o meu agradecimento pelo respeito ao meu trabalho por mais de duas décadas.

 

     Em 1993, a Irmã Auxiliadora me fez o convite para lecionar no Colégio Dom Bosco, inicialmente o basquete e depois o voleibol. Em 2020, ensinei educação física aos alunos do 4º e 5º ano do Ensino Fundamental e da 2ª série do Ensino Médio, No dia 18 de outubro, encerra o meu ciclo de trabalho no Dom Bosco, após 27 anos, 7 meses e 18 dias. Estou feliz por ter contribuído com a educação de milhares de crianças e jovens de Itabaiana e cidades circunvizinhas. Minha eterna gratidão a Irmã Auxiliadora (in memoriam) por ter me proporcionado trabalho em uma das maiores instituições de ensino de Itabaiana e de Sergipe.

 

     Em 2009, senti a necessidade de criar um blog para divulgar meu trabalho nas escolas relacionado à educação física e ao esporte, envolvendo com meus alunos e ex-alunos. Posteriormente, comecei também a publicar conteúdos pesquisados na internet sobre educação, esporte, saúde, cultura e cidadania. O blog já está com 7 milhões de acessos, uma demonstração de dedicação, compromisso e responsabilidade para com minha carreira de professor e com as pessoas que confiam em mim.

 

     Em 01 de março de 2010, o diretor do Colégio O Saber, Everton Oliveira, ex-aluno do basquete do CEMB, convidou-me para dar aulas de educação física aos alunos do 6º ao 9º ano do ensino fundamental. Atualmente, também leciono aos alunos do ensino médio.

 

     Tenho orgulho de ter sido campeão por todas as escolas que trabalhei nas diversas competições escolares de voleibol, handebol, futsal e, principalmente, do basquete.

 

      Em 28 de fevereiro de 2017, foi publicada a portaria no Diário Oficial da minha aposentadoria após 37 anos de trabalho no funcionalismo público estadual como professor de educação física do Colégio Estadual Murilo Braga. Obrigado aos alunos, professores, diretores e funcionários que fizeram parte da minha vida profissional neste período.

 

     Em 02 de março de 2018, adquiri a concessão do INSS da minha aposentadoria após ter trabalhado como Professor de Educação Física por 30 anos nos Colégios Graccho Cardoso, Salesiano, Dom Bosco e O Saber. Obrigado aos alunos, professores, diretores e funcionários dos colégios onde trabalhei e que fizeram parte da minha vida profissional neste período.

 

     Que Deus, na sua infinita bondade, dê-me muita saúde e disposição para continuar trabalhando e contribuindo na formação integral dos alunos, como faço há mais de 40 anos. Trabalho esse realizado com respeito, dedicação e compromisso aos alunos e às instituições de ensino, sempre com Orgulho de ser Professor.

 

Foto criada no site Você na capa da Revista NOVA ESCOLA

 

Por Professor José Costa

quinta-feira, 9 de abril de 2020

Professor José Costa: 40 anos de trabalho como Professor de Educação Física


Hoje, 09 de abril de 2020, completo 40 anos de magistério.  O sonho de ser Professor começou em 1976, quando estudava a 8ª série e praticava basquete com o Professor Romilto Mendonça no Colégio Estadual Murilo Braga. Após a conclusão do 3º ano cientifico, atual ensino médio, em 1979, fiz o vestibular para o curso de licenciatura plena em educação física da UFS e fui aprovado.

Em 09 de abril de 1980, um mês após ter iniciado os estudos na UFS, assinei o contrato de trabalho na Secretaria da Administração como Professor de educação física do Colégio Estadual Murilo Braga, já que naquela época o universitário poderia ser contratado pelo Governo do Estado. Em agosto de 1985, fui diplomado pela UFS, mais um sonho realizado com muito esforço e dedicação, pois no período de 1980 a 1985, eu estudava na universidade e trabalhava no CEMB.

Em quase 37 anos que trabalhei no CEMB, ensinei educação física do 6º ano do ensino fundamental à 3ª série do ensino médio, mas principalmente treinei milhares de alunos através do basquete que representaram o colégio em diversas competições oficiais no Estado. Também criei a Associação Itabaianense de Basquete para organizar, desenvolver e incentivar a prática do esporte em Itabaiana, fundei o Jornal do Basquete, para informar e divulgar as notícias do basquete de Itabaiana para todo o Estado e criei o Campeonato Serrano de basquete, um dos melhores de Sergipe.

Em 1984 e até meados de 1985, fui coordenador de educação física do CEMB e ao mesmo tempo ensinei basquete. Em 1985, através de minha sugestão, a Prefeitura de Itabaiana implantou o Projeto Rua de lazer, e nele trabalharam os professores Valtênio, Benjamim, Wilson, Jair, Josiel e eu.

Em março de 1988, comecei a dar aulas de basquete no Grêmio Escolar Graccho Cardoso. Lecionei também educação física aos alunos do 2º ano do ensino fundamental a 3ª série do ensino médio. Tive a honra e o orgulho de trabalhar por 22 anos com a família Graccho.

Em março de 1989, fui contratado pelo Colégio Salesiano para ensinar basquete. Também lecionei educação física do 4º ano do ensino fundamental à 3ª série do ensino médio. Trabalhei por 21 anos nessa grandiosa instituição de ensino.

Em março de 1993, fui contratado para lecionar basquete no Colégio Dom Bosco, posteriormente, comecei a dar aulas de voleibol, handebol e educação física do 4º ano do ensino fundamental à 3ª série do ensino médio. Continuo até os dias atuais. Em 2020, concretizei um sonho antigo, dar aulas às turmas do 4º ano no Dom Bosco, e algo especial ocorreu na minha profissão, estou ensinando a um aluno cuja avó foi minha aluna de basquete quando estudou a 5ª série no Colégio Estadual Murilo Braga, em 1983.

Já faz algum tempo que trabalho no Colégio O Saber, lecionando Educação Física do 6º ano do ensino fundamental à 3ª série do ensino médio.

Tenho orgulho de ter sido campeão por todas as escolas que trabalhei nas diversas competições escolares de voleibol, handebol, futsal e, principalmente, do basquete ganhando com meus alunos mais de 200 medalhas. Mas, o maior orgulho que tenho como professor é de ter contribuído na formação integral de milhares de alunos nos 5 colégios em que trabalhei nestes 40 anos.

Em julho de 2010, concluí a Pós-Graduação em Gestão Ambiental: Recursos naturais e estratégias de sustentabilidade pela Faculdade Educacional Araucária - FACEAR e do Instituto Superior de Educação Avançada – MASTERIDEIA.

Em 28 de fevereiro de 2017, foi publicada a portaria no Diário Oficial da minha aposentadoria no serviço público após 37 anos de serviços prestados à educação do Estado de Sergipe.

Em 02 de março de 2018, adquiri a concessão do INSS da minha aposentadoria após ter trabalhado como Professor de Educação Física por 30 anos nos Colégios Graccho Cardoso, Salesiano, Dom Bosco e O Saber.

Pelo reconhecimento ao meu trabalho nesses 40 anos recebi algumas homenagens que me fizeram muito feliz, com placas e troféus por várias entidades, entre elas destaco: da Secretaria de Estado da Educação pelos relevantes serviços prestados à educação física no Estado; do Conselho Regional de Desportos do Estado de Sergipe, voto de louvor pelos serviços prestados ao basquete de Itabaiana; do Sindicato dos Profissionais de Educação Física- SINPEFES e o Conselho Regional de Educação Física- CREF/13 pelo trabalho dedicado à modalidade esportiva basquetebol no Estado de Sergipe; da Associação Basquete Coletivo pelos 35 anos dedicados ao basquete sergipano como técnico, mestre e amigo do esporte; do Colégio Estadual Murilo Braga pelos serviços prestados por 35 anos à instituição como professor de educação física; do Guia Comercial e Cultural de Itabaiana por apoiar a cultura em Itabaiana, da Associação Itabaianense de Basquete pela dedicação ao esporte por 34 anos; da CDL de Itabaiana pelos relevantes serviços prestados a classe lojista.

Que Deus, na sua infinita bondade, dê-me muita saúde e disposição para continuar trabalhando e contribuindo na formação integral dos alunos, como faço há 40 anos e continuo lecionando nos Colégios Dom Bosco e O Saber. Trabalho esse realizado com respeito, dedicação e compromisso aos alunos e às instituições de ensino, sempre com orgulho de ser Professor.

Obrigado aos alunos, professores, diretores e funcionários dos colégios onde trabalhei e que fizeram parte da minha vida profissional nestes 40 anos.

Professor José Costa

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

Professor José Costa: ensinando a 3ª geração de uma família itabainense


Já faz alguns anos que ao chegar o início do ano letivo, os alunos falam para mim que seu pai, mãe, tio, tia, irmão ou irmão já foram meus alunos de educação física algum tempo atrás, e a cada ano que iniciava, eu ficava ansioso e esperançoso para que um aluno novato afirmasse que sua avó ou avô foi meu aluno. E para minha surpresa e alegria na primeira semana de aula no Colégio Dom Bosco, o aluno do 4º aluno Francisco Anthony dos Santos me disse que sua avó Lindinalva dos Santos tinha sido minha aluna de basquete quando estudou a 5ª série no Colégio Estadual Murilo Braga, em 1983. A avó Lindinalva foi ao Dom Bosco e confirmou o que seu neto tinha dito.

Ao completar 40 anos de trabalho como professor de educação física é com enorme satisfação e prazer em ensinar a 3ª geração de uma família. Com gratidão e fé em Deus, espero que Ele me dê saúde e disposição para continuar contribuindo na formação integral de crianças e jovens por muitos e muitos anos, e quem sabe, chegar a ensinar a 4ª geração dessa e outras famílias itabaianenses.

Professor José Costa

quarta-feira, 1 de janeiro de 2020

2019: ano especial em minha vida!

Todos os meus 58 anos foram especiais em minha vida, mas nada comparado a 2019, com momentos inesquecíveis e importantes que vou compartilhar com os meus amigos: em janeiro, reiniciei meu trabalho como Professor de Educação Física nos Colégios Dom Bosco e O Saber; em abril, fiz uma viagem inesquecível a Curitiba para participar do Retiro nacional “Evangelizar é preciso” do Padre Reginaldo Manzotti com minha esposa Madileide, as minhas irmãs Cida e Lourdes, meu irmão Tonho, minha cunhada Deise e meus sobrinhos Matheus e Felipe; em julho, comemorei 58 anos de vida junto aos meus familiares; em setembro, lancei o Livro Minhas Memórias na Bienal do Livro de Itabaiana; em outubro, viajei a São Paulo com minha esposa Madileide, minhas irmãs Cida e Lourdes, meu irmão Tonho, minha cunhada Deise e meus sobrinhos Matheus e Felipe para as comemorações da Novena e Festa em homenagem a Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida do Norte; visitamos a Catedral de Frei Galvão em Guaratinguetá e a Canção Nova em Cachoeira Paulista. Também passearmos na capital paulista acompanhados da minha irmã Dete e meu cunhado Adovaldo; em novembro, viajei pela primeira vez a Gramado/RS para participar do Natal Luz com minha esposa Madileide, minha irmã Cida e meus sobrinhos Matheus e Felipe. Ainda em novembro, participei do 9º Encontro dos colegas da Turma de 1979 do Colégio Estadual Murilo Braga; em dezembro, participei das confraternizações de Natal e de fim de ano das famílias Costa e Carvalho com esposa, filhos, irmãos, sobrinhos, cunhados, noras, primas; durante o ano letivo tive o orgulho e satisfação de lecionar e conviver com centenas de alunos dos colégios Dom Bosco e O Saber; este ano passei mais tempo brincando com a minha netinha Laisa. Foram momentos inesquecíveis em 2019.

Agradeço a Deus pelos 365 dias de bênçãos divinas, paz, saúde e prosperidade em minha vida, de minha esposa Madileide, dos meus filhos Júnior, Lucas e Thiago e de minha netinha Laisa.

Com as graças e bênçãos de Deus espero que 2020 seja um ano melhor que foi 2019 e possa concretizar mais sonhos e projetos ao lado dos meus familiares, amigos e alunos.

José Costa

domingo, 1 de dezembro de 2019

Parabéns ao Colégio Estadual Murilo Braga pelo 70º aniversário


     O Colégio Estadual Murilo Braga estará um ano mais velho nesta sexta-feira, 29 de novembro de 2019, completando 70 anos de existência e oferecendo educação de qualidade aos estudantes de Itabaiana e da região do agreste. CEMB, uma história de compromisso, tradição e referência na educação de Sergipe. Uma história vitoriosa no esporte, na música e nas aprovações de vestibulares.

     Que esta grandiosa instituição de ensino continue contribuindo na formação integral de milhares de crianças e jovens de Itabaiana e do agreste sergipano como faz há 70 anos, com a competência e dedicação de seus professores, funcionários e equipe diretiva.

     Parabéns ao Colégio Estadual Murilo Braga, orgulho de todos os itabaianenses, por mais um aniversário, e também aos alunos, professores e funcionários que estudaram ou trabalharam nos seus 70 anos de existência.

     Tenho orgulho de afirmar que destes 70 anos de existência do Murilo Braga, fiz parte desta história por 44 anos: 7 como aluno, do 6º ano do ensino fundamental a 3ª série do ensino médio, e 37 anos como professor de educação física, contribuindo na formação integral de milhares de alunos.

Professor José Costa