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sábado, 6 de setembro de 2014

Aprenda dez lições importantes sobre sexo que talvez você não saiba

O sexo nem sempre acontece como nos filmes românticos e nas novelas, o que pode causar frustração em quem compara sua vida sexual às dos casais da ficção. Quando se trata de sexo, muitas questões ainda são consideradas tabu e acabam sendo omitidas. Por isso, especialistas desmistificam alguns temas delicados a seguir.

PERDER A EREÇÃO É NORMAL: não conseguir ter uma ereção ou, ainda, perdê-la durante o sexo pode acontecer em várias fases da vida do homem, de acordo com o urologista Augusto Barbosa Reis, professor da faculdade de medicina da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). No início da vida sexual, o vilão é a ansiedade, que pode interromper o processo ainda que o desejo seja intenso. Após os 50 anos, até 50% dos homens podem apresentar algum grau de disfunção erétil. "À medida que o homem envelhece, a disfunção erétil torna-se mais comum", diz Reis. As causas podem estar relacionadas a doenças ou alterações do organismo, ao medo e à insegurança. Mas a disfunção só se torna um problema quando persiste. Neste caso, é preciso procurar um médico.

O ORGASMO PODE ACONTECER APENAS EM UMA POSIÇÃO: ainda que o Kama Sutra esteja aí para mostrar a infinidade de movimentos que podem ser feitos durante o sexo, muitas pessoas só conseguem chegar ao orgasmo em uma única posição. De acordo com o psicólogo Oswaldo Rodrigues Jr., diretor do Inpasex (Instituto Paulista de Sexualidade), é o medo de não conseguir ter a sensação novamente que faz com que muitos repitam o roteiro que deu certo e não arrisquem novas posições. Mulheres, por exemplo, costumam ter mais facilidade para chegar ao orgasmo quando o clitóris é estimulado durante a penetração. Já os homens podem gostar mais das posições que proporcionam uma boa visão do corpo do par. O que os especialistas explicam é que, ao aumentar a frequência sexual, é possível descobrir novas possibilidades. "O orgasmo exige contrações musculares ao redor dos genitais. E há diversas posições que favorecem essas contrações. A diferença é que, em algumas delas, provavelmente o orgasmo será mais rápido", diz o psicólogo.

A PRIMEIRA VEZ PODE SER RUIM: muitos jovens são levados a acreditar que a primeira transa será a mais especial de todas. "No entanto, pessoas que vão para a primeira atividade sexual com muita expectativa, ansiedade ou medo poderão ter seu desempenho prejudicado", explica o psicólogo Diego Henrique Viviani, pesquisador do Inpasex (Instituto Paulista de Sexualidade). Com as emoções à flor da pele, o homem pode não conseguir manter uma ereção e a mulher estará mais vulnerável a sentir dores durante a penetração. Os especialistas explicam, ainda, que o corpo precisa ser treinado a perceber algumas sensações e, quando não há vivência sexual, fica difícil chegar ao fim do sexo plenamente satisfeito. Por isso, mesmo quando a primeira vez não é tão boa, é preciso persistir para descobrir o que lhe dá prazer e também o que agrada o par.

HOMEM TAMBÉM PERDE O TESÃO: a história de que é a mulher que foge do sexo, enquanto o homem está sempre pronto para transar, não passa de clichê. Os homens também têm falta de desejo sexual ocasionalmente. "As causas mais comuns são alterações hormonais, relacionadas à diminuição da produção de testosterona, o que pode levar à redução do desejo sexual", explica o urologista Augusto Barbosa Reis, professor da faculdade de medicina da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). O cansaço e o estresse também afetam a libido masculina, assim como problemas na relação a dois e a falta de interesse pelo par. Diante de um cenário desses, a melhor saída é procurar um médico para checar a saúde e investir em um diálogo franco com o par. 

TRANSAR SÓBRIO É MELHOR DO QUE ALCOOLIZADO: uma bebidinha é bom para se soltar mais durante o sexo? Não exatamente. "Qualquer substância que altere a consciência e a percepção diminui a capacidade de sentir prazer", explica o psicólogo Oswaldo Rodrigues Jr., diretor do Inpasex (Instituto Paulista de Sexualidade). Sem contar que a bebida não resolve o problema da timidez, apenas atenua. Por isso, se a incapacidade de relaxar ou o excesso de vergonha começar a incomodar, o melhor é procurar outras maneiras de lidar com isso, como conversar com o parceiro ou procurar a ajuda de um especialista.

HOMEM NÃO PRECISA EJACULAR PARA SENTIR ORGASMO: ainda que aconteçam simultaneamente, a ejaculação e o orgasmo são fenômenos diferentes. Por isso, o homem pode chegar ao ápice do sexo, mas não ejacular. "A ejaculação é um fenômeno físico que se caracteriza pela emissão do esperma durante a atividade sexual. Já o orgasmo é sensitivo e acontece no clímax da atividade sexual", explica o médico João Afif Abdo, mestre em urologia pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). Alguns homens poderão se sentir plenamente satisfeitos com o sexo, porém, sem ejacular. É o caso dos que possuem a chamada agenesia bilateral dos ductos deferentes, que é a falta das estruturas responsáveis pela produção de 70% a 80% do volume seminal, o esperma. Homens que retiraram cirurgicamente a próstata e as vesículas seminais também terão o chamado orgasmo seco, assim como aqueles que sofreram algum trauma na coluna vertebral.

GOZAR JUNTO COM O PAR NÃO É FÁCIL, MUITO MENOS NECESSÁRIO: casais que atingem o orgasmo juntos são exceções e não a regra. Conseguir sincronicidade o tempo todo também é praticamente impossível. Isso porque a mulher tem um tempo de excitação e orgasmo diferente do homem e, muitas vezes, precisa ser mais estimulada para chegar "lá". "O orgasmo sincronizado pode acontecer, porém, precisamos lembrar que a percepção de prazer é individual", diz o psicólogo Diego Henrique Viviani, do Inpasex (Instituto Paulista de Sexualidade). Por isso, se você e o par conseguem gozar, ainda que não ao mesmo tempo, não há com o que se preocupar.

MUITAS MULHERES NÃO CHEGAM AO ORGASMO: há muitas mulheres que nunca chegaram nem perto de sentir o ápice do prazer. "Pesquisas realizadas desde a metade do século 20 mostram que apenas 40% a 50% das mulheres conseguem chegar ao orgasmo", diz o psicólogo Oswaldo Rodrigues Jr., diretor do Inpasex (Instituto Paulista de Sexualidade). A razão, de acordo com ele, costuma ser a falta de dedicação ao sexo. "A melhor maneira de chegar 'lá' sempre será fazer mais sexo, pensar mais em sexo e conhecer-se melhor sexualmente", diz. Os laços afetivos com o par também podem ajudar. Uma pesquisa com 600 estudantes feita pela Universidade de Indiana, nos Estados Unidos, mostrou que a mulher tem o dobro de chances de chegar ao orgasmo, seja por penetração ou durante o sexo oral, numa relação estável, em comparação com o sexo casual.

TRANSAR EM LUGARES INUSITADOS NEM SEMPRE É BOM: "Transar em um lugar incomum pode ser prazeroso para algumas pessoas e uma grande fonte de ansiedade para outras", declara o psicólogo Diego Henrique Viviani, pesquisador do Inpasex (Instituto Paulista de Sexualidade). Ele explica que, para ter prazer numa relação, é preciso estar se sentindo bem física e psicologicamente, o que muitas vezes depende da capacidade de se perceber seguro em um determinado ambiente, o que varia de uma pessoa para outra. A adrenalina do sexo em locais inusitados pode estimular o tesão, mas também aumentar os problemas de desempenho sexual. Assim, tão importante quanto realizar fantasias é cuidar para que essas experiências aconteçam em situações e ambientes em que as duas pessoas se sintam à vontade.

A PENETRAÇÃO NÃO É A ÚNICA FORMA DE PRAZER PARA A MULHER: de acordo com o psicólogo Oswaldo Rodrigues Jr., diretor do Inpasex (Instituto Paulista de Sexualidade), só 30% das mulheres que chegam ao orgasmo o fazem por meio da penetração. Por isso, é fundamental explorar outras formas de prazer, como a estimulação manual do genital, que começa com a masturbação individual, mas também pode ser ensinada ao par. "As mulheres também podem aprender a obter orgasmos com penetração, desde que se dediquem ao desenvolvimento do prazer a dois", diz o psicólogo.

Fonte: http://mulher.uol.com.br/comportamento/album/2014/09/06/no-dia-do-sexo-aprenda-dez-licoes-importantes-que-talvez-voce-nao-saiba.htm - Por Marina Oliveira e Thaís Macena, do UOL, em São Paulo Leticia Vilela/UOL

domingo, 20 de julho de 2014

Amor ou tesão? Como descobrir pelo olhar

Será que existe um “biomarcador” que pode diferenciar um caso de uma noite de uma potencial alma gêmea? Psicólogos da Universidade de Chicago, nos EUA, dizem que, se isso for verdade, a diferença entre amor e tesão pode estar nos olhos – especificamente, o local onde o seu parceiro ou parceira olha para você pode indicar se é o amor ou o desejo que está em jogo.

O trabalho constatou algo que, quando se para pra pensar, parece bastante óbvio: se os padrões do olhar se concentram no rosto de um estranho, o espectador vê essa pessoa como um potencial parceiro no amor romântico, mas se o espectador olha mais para o corpo da outra pessoa, ele ou ela está sentindo desejo sexual. Só que esse julgamento automático pode ocorrer em menos de meio segundo, produzindo diferentes padrões de olhares.

 “Apesar do pouco que se sabe sobre a ciência do amor à primeira vista ou como as pessoas se apaixonam, esses padrões de resposta fornecem as primeiras pistas sobre a forma como os processos de atenção automáticos, como o olhar, podem diferenciar os sentimentos de amor a partir de sentimentos de desejo direcionados a estranhos”, observa a autora Stephanie Cacioppo, diretora do Laboratório de Neuroimagem Elétrica de Alta-Performance da Universidade de Chicago.

Pesquisas anteriores da cientista descobriram que diferentes redes de regiões do cérebro são ativadas pelo amor e pelo desejo sexual. Neste estudo, a equipe realizou dois experimentos para testar padrões visuais em um esforço para avaliar dois estados emocionais e cognitivos diferentes, que muitas vezes são difíceis de distinguir um do outro: o amor romântico e o desejo sexual.

Estudantes do sexo masculino e feminino da Universidade de Genebra, na Suíça, foram instruídos a ver uma série de fotografias em preto-e-branco de pessoas que nunca haviam encontrado na vida. Na primeira parte do estudo, os participantes viram fotos de casais heterossexuais jovens, adultos, que estavam olhando ou interagindo uns com os outros. Na segunda parte, os participantes observaram fotos de pessoas atraentes do sexo oposto que estavam olhando diretamente para a câmera/espectador. Nenhuma das fotos continha nudez ou imagens eróticas.

Em ambos os experimentos, os participantes foram colocados diante de um computador e foi pedido que olhassem para diferentes blocos de fotografias e decidissem o mais rápido e precisamente possível se eles consideravam que as fotografias – ou as pessoas nas fotografias – estavam provocando sentimentos de desejo sexual ou de amor romântico. O estudo não encontrou nenhuma diferença significativa no tempo que os jovens levaram para identificar escolhas de amor romântico contra as do desejo sexual, o que – os pesquisadores acreditam – mostra o quão rapidamente o cérebro pode processar ambas as emoções.

Mas as análises dos dados de rastreamento ocular dos dois estudos revelaram diferenças marcantes nos padrões de movimento dos olhos, dependendo se os indivíduos relataram sentir desejo sexual ou amor romântico. As pessoas tendem a se fixar visualmente no rosto, especialmente quando disseram que uma imagem provocou um sentimento de amor romântico. No entanto, com as imagens que evocam o desejo sexual, os olhos dos sujeitos movem-se a partir da face para se fixarem no resto do corpo. O efeito foi encontrado tanto em participantes do sexo masculino quanto do sexo feminino.

“Ao identificar padrões de olhar que são estímulos relacionados especificamente ao amor, o estudo pode contribuir para o desenvolvimento de um biomarcador que diferencia os sentimentos de amor romântico dos de desejo sexual”, supõe o coautor do estudo John Cacioppo, diretor do Centro de Neurociência Cognitiva e Social dos EUA. “Um paradigma de rastreamento ocular pode eventualmente oferecer um novo caminho de diagnóstico na prática diária dos médicos ou para exames clínicos de rotina em psiquiatria e/ou terapia de casal”, prevê. [Science 20]