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terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

O carnaval brasileiro e seus ritmos

A diversidade cultural do Brasil é enorme e isso pode ser notado, com mais intensidade, nas festas populares, como é o caso do carnaval. Mesmo sendo unanimidade nacional, o carnaval é comemorado de diversas formas e é por esta razão que se pode afirmar que esta festa é multicultural, pois agrega vários ritmos, danças e tradições. Entretanto, isto não foi sempre assim pois, de acordo com historiadores, durante a época do império não havia um tipo específico de música para o carnaval, ou seja, as músicas cantadas durante este período eram trechos de operetas, polcas, lundus e valsas.

Já no começo do século XX predominavam nas ruas, as cantigas de cordões e ranchos e durante os bailes, os chorinhos, polcas, marchas, fados, toadas e canções. Alguns anos depois, com a ajuda dos teatros de revista apareceram marchinhas, maxixes, marchas-chulas, cateretês e batucadas. Apareceu também o samba que, entre 1930 e 1960, apesar de ser absoluto nos salões e na rua, dividiu a fama com a marchinha.

Segundo os historiadores, o frevo e o samba surgiram quase ao mesmo tempo, também no começo do século XX, sendo ambos uma produção musical característica de um país mestiço, com influências europeias e africanas e uma boa pitada de ritmos latino-americanos. Mas o carnaval não está restrito a estes dois tipos de música. Vamos conhecer um pouco mais os ritmos carnavalescos?

O afoxé: De origem iorubá, afoxé significa a fala que faz , sendo ainda considerado uma forma diversa do maracatu. É um folguedo típico baiano que acontece geralmente na época do carnaval.. Seus integrantes se reúnem nos terreiros de candomblé e depois de evocarem os orixás nos rituais religiosos, saem pelas ruas cantando músicas em línguas africanas tocando vários instrumentos musicais para marcar o ritmo, sendo que três instrumentos são básicos: o afoxé (ou agbê), uma cabaça coberta por uma rede formada de sementes ou contas, os atabaques e o agogô, formado por duas campânulas de metal. O grupo mais popular é o Filhos de Gandhi, cujos integrantes costumam vestir roupas nas cores azul e branca e usar um turbante na cabeça.

O axé: É um ritmo genuinamente brasileiro, onde uma mistura de frevo, forró, maracatu, reggae e outros gêneros tornou-se a marca registrada do carnaval baiano. A palavra axé na língua iorubá, significa poder, energia, força presentes em todo universo e dentro ou fora do contexto religioso, é uma saudação utilizada para desejar votos de felicidade e boas energias. Surgiu como ritmo musical em Salvador por volta dos anos 1980, sendo que, junto com as músicas sempre há uma coreografia, em geral muito agitadae que requer bastante pique de quem a pratica, o que garante mais ritmo, agilidade, flexibilidade e coordenação motora. O axé conquistou o Brasil e consagrou grandes nomes no panorama musical brasileiro como Daniela Mercury, Ivete Sangalo, Margareth Menezes e outros.

O samba: O mais famoso dos ritmos brasileiros é originário de diversos ritmos africanos, sendo que ao longo dos anos passou por varias evoluções , ganhando várias formas e gêneros. É tão grande sua importância que é considerado uma das principais manifestações culturais populares brasileiras, e se transformou em símbolo de identidade nacional. Os movimentos executados nessa dança bem rápida e ritmada, com passos bem marcados e muito rebolado, trabalha todo corpo. Um dos gêneros do samba, o samba enredo é com certeza a maior expressão do ritmo que ocorre durante o carnaval, com as apresentações das escolas de samba paulistas e cariocas. Surgiu na cidade do Rio de Janeiro no ano de 1930 como uma vertente do samba para dar mais vida ao desfile das escolas de samba e na mesma década já se popularizou nas quadras das agremiações . Como o próprio termo sugere, é aquele que narra a história que a escola de samba vai apresentar na avenida, sendo que geralmente aborda temas sociais, históricos e culturais. Hoje, esse estilo musical é uma peça fundamental de qualquer desfile e caiu no gosto de todos.

O frevo: A palavra frevo vem de ferver, que passou a designar efervescência, agitação, confusão ou rebuliço. O frevo surgiu em Recife no final do século 19 e é um ritmo derivado da marcha, do maxixe e da capoeira. Dizem que durante o carnaval, eram comuns os conflitos entre os blocos de frevos, onde os capoeiristas saíam à frente dos seus blocos para por medo nos blocos rivais e proteger seu estandarte. Da união da capoeira (espécie de luta marcial brasileira) com o ritmo do frevo nasceu o passo, a dança do frevo. Além do mais, as sombrinhas coloridas tão comuns nas mãos dos passistas de frevo seriam uma estilização das armas utilizadas pelos capoeiristas de antigamente. Os instrumentos mais usados no frevo são os típicos de orquestra de metais (trombones, trompetes, tubas, flautas, entre outros) e de percussão, mas outros instrumentos podem ser utilizados, principalmente nos grupos mais atuais de frevo com guitarras, teclados, etc. Para saber mais sobre o frevo, clique aqui!

O maracatu: É um ritmo com forte tradição africana, caracterizado principalmente pela batida forte, que teve origem nas congadas ,cerimônias de coroação dos reis e rainhas da nação negra. Existem dois tipos de maracatu, o de Baque Virado, também conhecido como Maracatu Nação, e o de Baque Solto, também chamado de Maracatu Rural. O de Baque Virado tem o ritmo marcado por instrumentos de percussão e a dança se desenvolve num cortejo que conta com rei, rainha e toda uma corte simbólica; esta manifestação tem relação com o candomblé (religião de matriz africana) e com a coroação de escravos negros, antiga estratégia de dominação desse povo pelos colonizadores. O de Baque Solto tem como personagens principais os caboclos de lança, representados por trabalhadores rurais que com as mesmas mãos que cortam cana, lavram a terra e carregam peso, bordam suas fantasias e tocam o ritmo acelerado da música. Ele não tem vínculo religioso e se associa ao folclore pernambucano.


terça-feira, 4 de setembro de 2012

7 tradições do casamento que nunca saem de moda


Vale a pena investir em velhos costumes para garantir o casamento dos sonhos

Quando se trata de casamento, o mercado está sempre em busca de novidades para agradar a noivos e convidados, e tornar a data inesquecível.

Se a ideia original da cerimônia de casamento era unicamente oficializar o compromisso dos noivos um com o outro perante a sociedade (e a igreja), atualmente há uma infinidade de empresas especializadas em transformar o matrimônio em um evento grandioso e personalizado, com diversos detalhes à disposição de quem possa estar interessado. Com isso, criou-se uma verdadeira indústria de personalização de casamentos. Cada um escolhe de acordo com o que lhe agrada – e o orçamento permite.

Há, então, uma série de novos costumes que se tornaram febre entre os casais. Essas novidades tornam a cerimônia moderna e divertida, mas ainda vale a pena investir também naquelas velhas tradições, herdadas de nossas avós, para garantir o casamento dos sonhos.

Confira cinco costumes que não saem de moda, na hora de trocar as alianças.

1 – Vestido branco
A tradição teve início com a rainha Vitória, no século XIX. Até então as noivas vestiam trajes coloridos no dia do casamento. A rainha lançou moda e, embora estejam novamente em voga vestidos ou acessórios coloridos, o vestido branco ainda é o preferido por transmitir a ideia de pureza e inocência de sentimentos.

2 – Jogar o buquê
O buquê de flores é, tradicionalmente, uma maneira de garantir ao casal uma vida harmoniosa e perfumada para o casal. Na simbologia do casamento, jogar o buquê é como dividir a felicidade que os noivos estão sentindo. Reza a lenda que a convidada que pegar o buquê será a próxima a se casar.

3 – Flor na lapela
Normalmente um cravo, a flor colocada na lapela do noivo, dos pais e dos padrinhos simboliza o carinho e afeto da noiva com relação a essas pessoas.

4 – Chuva de arroz
Podendo ser substituído por pétalas de rosa, achuva de arroz jogada pelos convidados nos noivos ao final da cerimônia é uma maneira de homenageá-los. Para os chineses e hindus, o arroz é símbolo de prosperidade, saúde, fertilidade, felicidade e riqueza – daí a preferência por este grão.

5 – Carregar a noiva
Diz a tradição que o noivo deve carregar a noiva no colo para entrar no novo lar. Isso porque, segundo a lenda, ela atrai azar se acabar entrando com o pé esquerdo. A despeito de ser ou não um fato comprovado, melhor não arriscar.

6 – Daminhas
Ter crianças participando da cerimônia a torna mais graciosa, além de integrar sobrinhas ou primas queridas ao contexto do evento. Elas podem preparar a entrada da noiva, jogando pétalas no caminho até o altar, ou carregar as alianças da entrada da igreja até o momento em que serão usadas.

7 – Bem-casados e amêndoas
Os docinhos estão longe de serem simples guloseimas ou lembrancinhas. A tradição é que os noivos ofereçam exatamente cinco amêndoas a cada convidado; elas simbolizam fertilidade, longevidade, felicidade, saúde e riqueza. Já os bem-casados representam a união eterna do casal. Feitos em geral com massa de pão-de-ló e recheios variados, quase conseguem provar, de fato, que o amor é doce e eterno.

Fonte: http://www.dicasdemulher.com.br/7-tradicoes-do-casamento-que-nunca-saem-de-moda/?utm_source=dicas-newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=Looks_com_camisa_para_o_ver%C3%A3o_-_Dicas_de_Mulher - Por Carolina Werneck - Foto: Thinkstock

terça-feira, 21 de junho de 2011

Festas juninas no Nordeste: Olha a chuva! Choveu! Passou!

As Festas Juninas no Nordeste são embaladas por muito forró, xaxado, xote e baião. Músicas contagiantes, que tem em sua essência a sanfona, o triangula e a zabumba. É nesse ritmo que crianças, jovens e adultos dançam, soltam fogos, saboreiam receitas de milho e fazem simpatias.

É também no ritmo da sanfona que as pessoas dançam quadrilha, uma das principais manifestações dos festejos juninas. Muito popular em todo o Brasil, ela ganha denominações diferente dependendo do Estado. No Nordeste, onde a tradição é muito forte, ela é conhecida como Quadrilha ou Quadrilha Matuta. Em São Paulo ela tem o nome de Quadrilha Caipira, nos Estados localizados no centro do país, ela é chamada de Saruê, já no Rio de Janeiro, a denominação dada é Mana-Chica.

Em todas as regiões a quadrilha é uma dança que encena um casamento na roça, com noivos, padres e convidados. Ela é formada por vários casais, que encenam uma coreografia que é comandada pelo marcador. O marcador é quem comanda os passos que serão realizados. Entre os mais famosos estão o “Balancê”, “Alavantú”, “Anarriê”, “Olha a chuva! Choveu! Passou!” e “Preparar para o passeio na roça”.

Qual a origem da quadrilha? A dança foi inventada por volta dos séculos 13 e 14, na Inglaterra. Entre os ingleses, a quadrilha era um costume popular. No entanto, a França importou a dança e transformou-a numa coisa nobre, praticada apenas dentro dos muros dos palácios. Logo, ela tornou-se um costume de toda a nobreza européia. E foram os nobres portugueses que trouxeram a quadrilha para o Brasil. Aqui, ela acabou voltando às suas origens populares.

E quando falamos sobre São João, e de suas tradições, não podemos deixar de passar em branco um dos maiores artistas que levou as tradições nordestinas para todo Brasil: Luiz Gonzaga. A música do Rei do Baião é, até hoje, a principal trilha sonora das festas juninas. Então, que tal dançar um forrozinho ao som de Luiz Gonzaga? Aumente o som e vamos dançar!

Fonte: Varejão do Estudante