terça-feira, 19 de outubro de 2010
Como o cérebro guarda recordações
O armazém das memórias: como o cérebro guarda recordações
O que memorizamos melhor? Por que esquecemos os últimos momentos antes de um acidente? Tudo o que lembramos é real? A resposta a todas essas perguntas está no hipocampo, justo na parte do cérebro onde as vivências permanecem à espera de serem recuperadas.
Como um filme desenhado pela mente onde as coisas importantes sobrevivem ao tempo e as supérfluas se distorcem para desaparecer na exibição. Assim trabalha a memória, influenciada sempre pela emoção que um fato nos desperta e sob o olhar atento do esquecimento, que em ocasiões aparece para molestar e, em outras, para aliviar aquele que sofre. Ambos se encaixam como peças de um quebra-cabeça para configurar a identidade e a história de uma vida, que cada um recupera como quer e pode.
Os especialistas calculam que se conheça apenas 10% do cérebro, o resto praticamente se mantém oculto. Pablo Martínez-Lage, coordenador do Grupo de Estudo de Conduta e Demência da Sociedade Espanhola de Neurologia, assegura que os médicos conheceram por surpresa as partes do cérebro que participavam da memória quando, há 40 anos, operaram um menino que sofria crises graves de epilepsia. “Testaram todo tipo de medicamento e quando viram que não dava resultado, decidiram eliminar o foco epiléptico que se encontrava nos lobos temporais. O paciente H. M. foi curado de sua doença, mas a partir desse momento não conseguiu mais armazenar novas memórias nem recuperar as vivências dos últimos dois anos, embora se recordasse com perfeição do que acontecera antes.”
As melhores memórias
Bhanddanta Vivittabi Vumsa (Myanmar) Demonstrou possuir uma das melhores memórias do mundo quando, em 1974, foi capaz de recitar 16 mil páginas de textos canônicos budistas.
Gon Yangling (China) Recitou mais de 15 mil números de telefone depois de estudar técnicas mnemônicas.
Dominic O'Brien (Inglaterra) Foi oito vezes campeão mundial de memória. Pode lembrar a ordem de cartas de um baralho em 45 segundos e memoriza a ordem exata de 54 maços de cartas em 12 horas.
Akira Haraguchi (Japão) É conhecido por bater o recorde mundial de memorização de dígitos do número pi várias vezes. Sua marca pessoal está em 100 mil dígitos.
Daniel Tammet (Inglaterra) Ostenta o recorde europeu em recitar o número pi e tem uma capacidade assombrosa para o aprendizado de idiomas. Fala 11 línguas e criou uma nova, o mänti, uma mistura de finlandês e estônio.
Carlos Blanco (Espanha) Tem a memória mais prodigiosa da Espanha. Nasceu em Madri em 1986 e começou a falar aos sete meses. Agora domina 14 idiomas, entre eles o egípcio clássico e o hebreu bíblico. É licenciado em Filosofia, Ciências Químicas e Estudos Eclesiásticos.
Isso permitiu saber que a informação que é enviada ao hipocampo se mantém flutuando no circuito da memória até que o cérebro decida armazená-la. Em alguns casos, como demonstrou a história de H. M., isso pode durar até dois anos, o que explica porque ele não conseguia se lembrar de coisas que haviam acontecido nesse tempo.
O cérebro, segundo Martínez-Lage, amadurece durante os primeiros 20 - e até mesmo 30 anos de nossa vida; tudo o que se assimila antes dessa idade é feito sem esforço, nas palavras do neurologista. Mas, a partir dos 40 anos, é mais difícil para o cérebro guardar coisas na memória. A infância é o período da vida em que se retém mais facilmente. As doenças neuronais que afetam a memória por um acidente ou um problema físico muitas vezes transportam os doentes à sua infância, porque as recordações são mais sólidas. Assim, o filme fica preso numa cena que o afetado revive vez ou outra.
Charo Figueres compartilhou com sua mãe o mesmo capítulo todos os dias até o final de seu Alzheimer. Ela acreditava que ainda era criança e perguntava sem cessar por seu irmão. A mãe de Charo se olhava no espelho e falava com “uma senhora mais velha muito simpática” que aparecia no reflexo. Ela lembrava e pedia para sair e confundia sua filha mais velha com sua mãe, “a mãe mais bonita do mundo”, repetia. Suas filhas acham que sua mãe foi feliz, embora tenha vivido todos os dias a mesma história, um conto que para ela era completamente novo e que Charo relata com perfeição, nove anos depois da morte de sua progenitora.
A neuropsicóloga da Associação Nacional de Alzheimer, Virginia Silva, compara esta doença com um vírus que entra no sistema de um computador e arrasa o que encontra, deixando o disco rígido vazio. “O pior de tudo é que o doente perde o que é e o que foi; a memória é identidade e, se é apagada, desaparecemos com ela”, diz Silva.
Outras das regras básicas da Neurologia é que existe uma estreita relação entre as recordações mais permanentes e seus significados emocionais. Assim como um cineasta recorre à música e aos planos curtos para destacar as cenas dramáticas, o cérebro estimula a memória para que armazene aquilo que sentimos com mais força. Martínez-Lage afirma que esta conexão entre o circuito da memória e o emocional se explica também do ponto de vista físico, já que estão ligados anatômica e funcionalmente. “Quem não se lembra do que estava fazendo quando aconteceu o atentado nas Torres Gêmeas?”, pergunta o neurologista. Silva luta contra o esquecimento devastador que acaba pouco a pouco com a identidade de seus pacientes, mas não hesita em agradecer à existência do conhecido “despiste” por seu trabalho de descarga num cérebro “superexplorado”.
“O esquecimento em sua forma habitual é benéfico e ajuda a superar alguns traumas”, diz ele. Segundo a neuropsicóloga, o cérebro podem apagar momentos terríveis como os estupros ou agressões, difíceis de assumir para quem os sofre, de tal forma que a pessoa nunca se lembre deles. Trata-se de um recurso físico contra uma dor emocional que não se pode aceitar.
No lado oposto das recordações ligadas às emoçõe, se encontram as mais recentes, caracterizadas por serem mais efêmeras. Elas se perdem se, em meia hora, o cérebro não for capaz de armazená-los como memória a longo prazo. Os instantes anteriores a um acidente de trânsito não se fixam e em sua maioria são irrecuperáveis. Rosa de las Heras, de 70 anos, não consegue continuar um dos capítulos mais trágicos de seu filme. Ela acordou, vestiu-se e apareceu num hospital, e não se lembra de nada que acontece entre uma coisa e outra. Ela e seu marido viajavam de carro quando este saiu da estrada e bateu contra um muro. Ela ficou duas semanas em coma.
Os neurologistas determinaram em seu diagnóstico que ela padecia de uma síndrome confusional. Rosa se recuperou quase por completo, mas ainda não entende como pode falar durante horas em um italiano perfeito. Foi guia turística durante um tempo na Itália, quarenta anos antes do acidente, mas reconhece que não estava consciente de que se lembrava até que apareceu de forma espontânea. “Dizem que eu falava como um papagaio em italiano e inglês, mas nos últimos anos eu só havia praticado o inglês”, assegura. Martínez-Lage afirma que os idiomas são armazenados na parte esquerda do cérebro e não fazem parte do circuito da memória. “Este caso aconteceu porque durante uma lesão cerebral, o órgão coloca em funcionamento os mecanismos para recuperar seu funcionamento o mais rápido possível, de forma que se potencializou esta parte, trazendo à tona os idiomas aprendidos.”
Outra capacidade é a de memorizar elementos que não estão relacionados pelos fios emocionais. Foi comprovado que o primeiro elemento e o último de toda uma série são facilmente retidos, assim como aquilo que é estranho ou novidade, ou o que se repete de uma forma lógica. Os neurologistas afirmam que a memória é uma das capacidades intelectuais mais apreciadas, mas poucos dedicam tempo para utilizá-la. “Colocamos nosso corpo em forma, vamos à academia e queremos chegar à velhice em bom estado de saúde, mas nunca pensamos que a memória necessita do mesmo tempo e dedicação”, diz Silva.
Surgiram muitos cientistas especializados no estudo da memória desde que, em 1870, o psicólogo alemão Hermann Ebbinghaus decidiu abrir o caminho da investigação da memória. Seus herdeiros reconhecem que existem tantas lacunas nas ciências neurológicas como as que existem na operação neurocognitiva, objeto de estudo.
Martínez-Lage define duas linhas de atuação neste momento: a ciência básica tenta conhecer as mudanças que acontecem dentro de um neurônio e entre neurônios, quando uma memória é fixada. A neurociência avança para novas técnicas, como a ressonância magnética funcional, que mede a quantidade de sangue que se desloca para determinadas áreas do cérebro num processo de fixação da memória.
Assim, os especialistas podem saber que áreas se ativam e em que momento. Martínez-Lage faz parte da Funcação Cita Alzheimer, que investiga as vantagens dessas técnicas para conhecer como as áreas cerebrais começam a se alterar quando aparecem os primeiros sintomas da doenças: “Se estudamos as pessoas dez anos antes que apareça o problema, poderemos ver os esforços do órgão para compensar as perdas de memória e assim poderemos estimular este processo de compensação.”
Os filmes que o cérebro humano cria têm omissões voluntárias e forçadas, ficam presos num ponto e às vezes voltam ao início. São fotogramas que, unidos em cadeia, dão forma a uma história inacabada que soma vivências a cada minuto, em troca de renunciar a outras. A memória é um balaio de gatos que espera um sentido que só o dono pode oferecer. Em suas emoções está o poder de decidir que recordações quer conservar à espera de que nenhum vírus entre em seu sistema e arrase com o quem você é e com quem foi.
Isso eu já vivi
Mais de 80% dos seres humanos têm um déjà vu ao longo da vida, especialmente nas idades entre os 15 e 25 anos, segundo as pesquisas sobre este fenômeno. Trata-se de uma desordem que consiste na ilusão de viver algo pela segunda vez e lembrar uma situação que na realidade é nova. As causas dessas paramnésias ainda não estão claras, mas os especialistas tentam explicá-las por diferentes pontos de vista. Para os psicanalistas, é uma filtração do inconsciente.
O déjà vu estaria relacionado com as memórias “encobridoras”, instaladas na memória de forma inconsciente e que escondem sensações negativas. Tereza Muñoz pertencem à Assocaição Nacional de Psicanálise e explica esta desordem como uma operação que escapou do inconsciente e se encontra entre este e o pré-consciente, de forma que se faz presente.
Uma hipótese deste campo de estudo assegura que quando uma pessoa sente uma déjà vu, costuma substituir com rostos e situações desejadas uma realidade que lhe causa angústia. Outra teoria mais tradicional diz que este fenômeno se deve ao fato de que as imagens que o olho envia para o cérebro se superpõem, dando lugar a uma sensação de repetição, mas esta análise foi descartada ao comprovar-se que os cegos experimentam paramnésias através do olfato e do som. Para os neurologistas, é uma falha no cérebro que armazena algo de forma repetida.
Tradução: Eloise De Vylder
Fonte: UOL –
O HOMEM ESTÁ ACABANDO COM A VIDA NA TERRA
O homem está acabando com a vida na Terra, alerta diretor da ONU
Conferência da ONU discute alternativas para reduzir perda de biodiversidade
Na abertura da décima edição da Conferência das Partes sobre Biodiversidade (COP-10), o diretor do programa para meio ambiente das Nações Unidas (ONU), Achim Steiner, foi enfático ao afirmar que o homem está acabando com a vida na Terra.
"Este é o único planeta no universo em que sabemos que existe vida como a nossa e estamos destruindo as bases que a sustentam", alertou.
O encontro começou nesta segunda-feira em Nagoya, no Japão, e termina no dia 29 de outubro. Durante estas próximas duas semanas, representantes de 193 países vão avaliar as metas de preservação ambiental assumidas para este ano e definir quais serão os próximos objetivos até 2020.
O tom pessimista pôde ser observado ainda nos discursos de outras autoridades e especialistas da área ambiental, que chegaram a afirmar que o mundo está caminhando para uma fase de extinção na mesma proporção do período em que os dinossauros desapareceram da Terra.
Para eles, a destruição da natureza tem afetado diretamente a sociedade e a economia. A ONU estima que a perda da biodiversidade custa ao mundo entre US$ 2 trilhões (R$ 3,2 trilhões) e US$ 5 trilhões (R$ 8 trilhões) por ano, principalmente nas partes mais pobres.
"(O monge budista) Teitaro Suzuki disse que 'o problema da natureza é um problema da vida humana'. Hoje, infelizmente, a vida humana é um problema para a natureza", disse o ministro do Meio Ambiente do Japão, Ryo Matsumoto.
"Temos de ter coragem de olhar nos olhos das nossas crianças e admitir que nós falhamos, individualmente e coletivamente, no cumprimento das metas prometidas no encontro de Johanesburgo (em 2002)", completou o ministro.
Matsumoto lembrou ainda que a perda da biodiversidade pode chegar a um ponto irreversível se não for freada a tempo.
"Toda a vida na Terra existe graças aos benefícios da biodiversidade, na forma de terra fértil e água e ar limpos. Mas estamos agora próximos de perder o controle se não fizemos grandes esforços para conservar a biodiversidade", disse.
Sinais de esperança
Jane Smart, chefe do programa de espécies da União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês), disse que, apesar do problema ser grande e complexo, existem alguns sinais de esperança.
"A boa notícia é que quando nós promovemos a conservação, ela realmente funciona; gradativamente estamos descobrindo o que fazer, e quando nós fazemos, as coisas dão muito certo", disse a pesquisadora à BBC News.
"Precisamos fazer muito mais para conservar, como proteger áreas, particularmente o mar. Temos de salvar vastas áreas do oceano e os cardumes de peixes. Isso não significa que devemos parar de comer peixes, mas comer de uma forma sustentável", afirmou Jane.
O Brasil também participa do encontro e vai pressionar os países ricos para obter recursos em torno de US$ 1 bilhão (R$ 1,6 bilhão) por ano para a preservação ambiental, além de exigir metas globais mais específicas contra a perda da biodiversidade.
Outro ponto defendido pela comissão brasileira é a cobrança de royalties pelo uso de recursos vegetais e animais. A ideia é que empresas que utilizam matérias-primas provenientes de nações em desenvolvimento repassem uma parte do dinheiro às comunidades locais.
Fonte: BBC Brasil
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
Partir...Caminhar...
Partir é, antes de tudo, sair de si, romper a crosta de egoísmo que tende a aprisionar-nos no próprio eu.
Partir é não rodar, permanentemente, em torno de si, numa atitude de quem, na prática, se constitui no centro do mundo e da vida.
Partir não é rodar apenas em volta dos problemas das instituições a que se pertence. Por mais importantes que elas sejam, maior é a humanidade, a que nos cabe servir.
Partir, mais do que devorar estradas, cruzar mares ou atingir velocidades supersônicas, é abrir-se aos outros, descobri-los, ir-lhes ao encontro.
Abrir-se às ideias, inclusive contrárias às próprias, demonstra fôlego de bom companheiro.
Feliz de quem entende e vive este pensamento. "Se discordas de mim, tu me enriqueces."
Ter ao próprio lado quem só sabe dizer amém, quem concorda sempre, de antemão e incondicionalmente, não é ter um companheiro, mas, sim, uma sombra de si mesmo. Desde que a discordância não seja sistemática e proposital, que seja fruto de visão diferente, a partir de ângulos novos, importa de fato em enriquecimento.
É possível caminhar sozinho. Mas o bom viajor sabe que a grande caminhada é a vida e esta supõe companheiros. Companheiro, etimologicamente, é quem come o mesmo pão.
Feliz de quem se sente em perene caminhada e de quem vê no próximo um eventual e desejável companheiro.
O bom companheiro preocupa-se com os companheiros desencorajados, sem ânimo, sem esperança...Adivinha o instante em que se acham a um palmo do desespero. Apanha-os onde se encontram. Deixa que desabafem e, com inteligência, com habilidade, sobretudo, com amor, leva-os a recobrar ânimo e voltar a ter gosto pela caminhada.
Marchar por marchar não é ainda verdadeiramente caminhar.
Caminhar é ir em busca de metas, é prever um fim, uma chegada, um desembarque.
Mas há caminhada e caminhada.
Para as Minorias Abraâmicas, partir, caminhar, significa mover-se e ajudar muitos outros a moverem-se no sentido de tudo fazer por um mundo mais justo e mais humano.
D. HÉLDER CÂMARA, O DESERTO É FÉRTIL
Banhos de sol podem ajudar a prevenir a doença de parkinson
Estudo sugere que banhos de sol podem ajudar a prevenir doença de Parkinson
Tomar banhos de sol regulares - em horários adequados, é claro - pode ajudar as pessoas na prevenção à doença de Parkinson - condição degenerativa marcada por tremores e espasmos musculares. Esse é uma das possíveis conclusões de um estudo publicado na edição de julho da revista científica Archives of Neurology, que sugere que pessoas com maiores níveis de vitamina D - produzida pelo organismo quando somos expostos ao sol - parecem ter menores riscos de desenvolver a doença.
Acompanhando, por quase 30 anos, mais de 3 mil finlandeses com idades entre 50 e 79 anos e que, inicialmente, não tinham doença de Parkinson, os pesquisadores descobriram que os participantes com maiores níveis de vitamina D no sangue tinham 67% menos chances de desenvolver a doença, comparados àqueles com as piores concentrações do nutriente no organismo. E foi observada uma relação dose-resposta entre a vitamina e a doença, ou seja, quanto maiores os níveis do nutriente, menores os riscos.
Segundo os autores, a vitamina D cumpre importante papel na saúde óssea, e é associada, por muitas pesquisas, ao risco de câncer, doença cardíaca e diabetes tipo 2. Porém, seus mecanismos contra a doença de Parkinson ainda são desconhecidos, embora se especule que o nutriente tenha propriedades antioxidantes no cérebro, regula os níveis de cálcio e ajuda na modulação do sistema imunológico, além de melhorar a condução elétrica entre os neurônios. “De acordo com o mecanismo biológico sugerido, a doença de Parkinson pode ser causada pelo contínuo nível inadequado de vitamina D, levando à perda crônica de neurônios dopaminérgicos no cérebro”, explicaram.
Entretanto, mais estudos são necessários para confirmação e para verificar se a suplementação da vitamina pode ajudar a reduzir os riscos da doença.
Fonte: Revista Saúde
domingo, 17 de outubro de 2010
SAÚDE E SEUS PORQUÊS
SAÚDE E SEUS PORQUÊS
A prática de exercícios físicos em exagero prejudica a fertilidade?
O excesso de exercícios, no homem, pode gerar problemas relacionados à diminuição da produção de espermatozoides e, na mulher, afetar seriamente a ovulação. Os pesos e as barras livres são normalmente recomendados para quem já tem familiaridade com musculação, porque exigem mais coordenação entre os músculos trabalhados. Os iniciantes devem tomar cuidado com os exageros no início de seus treinos, logo, é aconselhável que nas duas primeiras semanas executem-se atividades três vezes, evoluindo para quatro, cinco e seis vezes por semana. As recomendações aplicam-se a ambos os sexos. O praticante deve procurar orientação e respeitar seus limites para evitar lesões e complicações posteriores.
Quem responde: Márcio Coslovsky, diretor do Huntington, Centro de Medicina Reprodutiva
A falta de sono afeta o crescimento de uma criança?
Sim, pois dormir não é apenas uma pausa para o descanso. Uma boa noite de sono interfere direta e positivamente tanto no crescimento quanto no aprendizado e nas funções cognitivas da criança. O organismo produz alguns hormônios durante o sono, sendo o principal deles o GH - da sigla em inglês Growth Hormone. Ele é extremamente importante, pois atua diretamente no aumento dos ossos e músculos. Até o fi nal da adolescência, o corpo ainda está se desenvolvendo e se benefi ciando ao máximo dessas funções. Por isso, dormir bem é fundamental.
Quem responde: Sylvio Renan, pediatra da MBA Pediatria
O que são os pontos brancos nas unhas?
Os pontos brancos nas unhas podem ter diversas causas, sendo a mais frequente os traumas. Um exemplo é quando se retira a cutícula com o alicate e acaba traumatizando a lâmina ungueal muito próxima da matriz. Conforme a unha vai crescendo, os pontos brancos vão aparecendo. Outra causa são as carências nutricionais, especialmente da vitamina B12. Dentre as doenças dermatológicas, que podem causar pontos brancos, estão psoríase e líquen. O ideal seria procurar um dermatologista, para fazer o diagnóstico correto e optar pelo melhor tratamento.
Quem responde: Fernanda Casagrande, dermatologista
Por que aparecem queloides na pele?
Queloide é uma cicatriz grossa, vermelha, endurecida, dolorosa e pruriginosa que surge por uma resposta exagerada das células formadoras de colágeno. Ocorre, principalmente, em negros, orientais e mestiços. São frequentes na orelha, face, ombros e tronco superior. É impossível ao médico prever o problema. Contudo, o profi ssional pode ter condutas que reduzam essa possibilidade. Por isso, é fundamental informar ao médico caso haja histórico familiar do problema antes de uma cirurgia. Exemplos de causas são espinhas, piercings, cicatriz de cirurgia, cistos ou pintas, pelo encravado e foliculite queloidiana da nuca.
Quem responde: Aldo Toschi, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia
A prática de exercícios físicos em exagero prejudica a fertilidade?
O excesso de exercícios, no homem, pode gerar problemas relacionados à diminuição da produção de espermatozoides e, na mulher, afetar seriamente a ovulação. Os pesos e as barras livres são normalmente recomendados para quem já tem familiaridade com musculação, porque exigem mais coordenação entre os músculos trabalhados. Os iniciantes devem tomar cuidado com os exageros no início de seus treinos, logo, é aconselhável que nas duas primeiras semanas executem-se atividades três vezes, evoluindo para quatro, cinco e seis vezes por semana. As recomendações aplicam-se a ambos os sexos. O praticante deve procurar orientação e respeitar seus limites para evitar lesões e complicações posteriores.
Quem responde: Márcio Coslovsky, diretor do Huntington, Centro de Medicina Reprodutiva
A falta de sono afeta o crescimento de uma criança?
Sim, pois dormir não é apenas uma pausa para o descanso. Uma boa noite de sono interfere direta e positivamente tanto no crescimento quanto no aprendizado e nas funções cognitivas da criança. O organismo produz alguns hormônios durante o sono, sendo o principal deles o GH - da sigla em inglês Growth Hormone. Ele é extremamente importante, pois atua diretamente no aumento dos ossos e músculos. Até o fi nal da adolescência, o corpo ainda está se desenvolvendo e se benefi ciando ao máximo dessas funções. Por isso, dormir bem é fundamental.
Quem responde: Sylvio Renan, pediatra da MBA Pediatria
O que são os pontos brancos nas unhas?
Os pontos brancos nas unhas podem ter diversas causas, sendo a mais frequente os traumas. Um exemplo é quando se retira a cutícula com o alicate e acaba traumatizando a lâmina ungueal muito próxima da matriz. Conforme a unha vai crescendo, os pontos brancos vão aparecendo. Outra causa são as carências nutricionais, especialmente da vitamina B12. Dentre as doenças dermatológicas, que podem causar pontos brancos, estão psoríase e líquen. O ideal seria procurar um dermatologista, para fazer o diagnóstico correto e optar pelo melhor tratamento.
Quem responde: Fernanda Casagrande, dermatologista
Por que aparecem queloides na pele?
Queloide é uma cicatriz grossa, vermelha, endurecida, dolorosa e pruriginosa que surge por uma resposta exagerada das células formadoras de colágeno. Ocorre, principalmente, em negros, orientais e mestiços. São frequentes na orelha, face, ombros e tronco superior. É impossível ao médico prever o problema. Contudo, o profi ssional pode ter condutas que reduzam essa possibilidade. Por isso, é fundamental informar ao médico caso haja histórico familiar do problema antes de uma cirurgia. Exemplos de causas são espinhas, piercings, cicatriz de cirurgia, cistos ou pintas, pelo encravado e foliculite queloidiana da nuca.
Quem responde: Aldo Toschi, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia
sábado, 16 de outubro de 2010
Como ficar livre do ronco
13 respostas para ficar livre do ronco
Se você ronca ou conhece alguém que não deixa ninguém dormir direito por causa do barulho, procure um especialista. O sintoma precisa ser tratado, pois pode desencadear um grave problema de saúde
Ninguém se preocupa com o ronco como deveria. Todos os especialistas ouvidos pela VivaSaúde são categóricos ao afirmar que o ronco é banalizado pela população. Claro, o ruído incomoda quem vive com o roncador e, às vezes, até acorda a pessoa que tem, mas as pessoas não encaram esse transtorno como uma doença. Se antigamente o ronco era sinal de sono profundo, agora ganhou status de alerta. Pode até parecer exagero, mas não é. Como você vai ver nas próximas páginas, o ronco poder ser sinal de um problema mais grave, como a apneia do sono, causar problemas de formação da mandíbula e até provocar distúrbios do sono no companheiro da pessoa que tem o problema.
Os médicos estimam que pelo menos 50% da população brasileira ronque eventualmente, e 20% tornam-se roncadores habituais após os 40 anos de idade. Muitos especialistas dizem que é um problema de saúde pública. “Não é uma doença nova e não é encarada com a seriedade necessária. Ela se mantém por muito tempo e, quando não tratada, leva a outras doenças piores. Toda pessoa que ronca precisa se consultar com um médico”, afirma José Antonio Pinto, otorrinolaringologista do departamento de Medicina do Sono da Sociedade Brasileira de Otorrinolaringologia e chefe dessa área no Hospital São Camilo (SP). Se você conhece alguém nessas condições ou se é você quem ronca, não perca mais tempo, marque uma consulta já. Aproveite para saber o que o ronco pode provocar e como se livrar dele, pelo bem da sua saúde e da do seu companheiro também.
1 Por que algumas pessoas roncam?
É um sinal de que existe uma dificuldade na passagem do ar pelas vias aéreas. Os motivos são vários, como flacidez na musculatura do nariz à garganta, malformação congênita (como queixo para trás), idade avançada (é mais comum a partir dos 40 anos), desvio do septo nasal, rinites, hipotireoidismo (aumenta o volume da língua e, assim, reduz o espaço da passagem do ar), etc. Acontece mais durante a inspiração do que na expiração. Quando há obstrução, os músculos da região torácica relaxam, e aí abrimos a boca para respirar. Ali o ar tem muita dificuldade para passar — ele tem pela frente a língua, a úvula e as amídalas. E aí há vibração e... o ronco. O grau de estreitamento da passagem do ar influencia a musculatura da região. Quanto mais flácida, mais alto pode ficar.
2 Pode causar problemas de sono?
Em geral, quem ronca regularmente não tem um bom sono. A pessoa sofre de mau humor matinal, sente cansaço o dia todo e aquela tremenda vontade de descansar. Pode afetar também o rendimento no trabalho. Você já não ouviu falar de alguém que parece estar sempre esgotado? Essa pessoa pode sofrer com o problema. Se você sente esses sintomas e mora sozinho (e nunca acordou com o próprio ronco) procure um otorrinolaringologista para fazer uma avaliação mais detalhada.
3 Qual a melhor posição na hora de dormir?
De lado, exceto os bebês, que, segundo as orientações da Sociedade Brasileira de Pediatria, devem dormir de barriga para cima. Para os adultos a regra é outra. Quando descansamos de barriga para cima, nossa língua relaxa, cede para baixo e obstrui parcialmente a passagem do ar, e aí o ronco aparece. Uma solução é colocar a cabeceira da cama para cima, literalmente, e não apenas usando mais um travesseiro ou uma almofada antirronco, vendida em lojas especializadas.
4 Crianças podem ter o problema?
Podem sim, mas não é tão comum como em adultos. A via aérea dos pequenos pode ser mais estreita porque os tecidos da garganta aumentam muito de volume. Quando ela está com uma infecção, como gripe, esses tecidos ficam maiores para proteger o organismo. Nesses casos, é indicado tratar com descongestionantes. Outro diagnóstico comum é adenoide e amídalas grandes. Às vezes a solução é a cirurgia, um procedimento simples. A criança fica apenas algumas horas no hospital e volta para casa no mesmo dia. “Quando não tratada, há alterações no crescimento da face, o que favorece o aparecimento da apneia”, afirma Fernando Tochine, otorrinolaringologista responsável por esse setor no Hospital São Luiz (SP).
5 O ronco pode provocar uma doença grave?
Pode sim. A mais conhecida é a Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (Saos). É uma doença crônica, em que a pessoa para de respirar por alguns instantes e, depois, acorda, como se estivesse assustada. Essa reação é causada pelo nosso cérebro, que alerta para a falta de oxigênio. A apneia está relacionada a outras complicações, como hipertensão, infarto, alterações cardiovasculares, déficit de atenção e até perda de libido. “Ela reduz o tempo de vida das pessoas”, diz Pedro Luiz Mangabeira Albernaz, otorrinolaringologista do Hospital Albert Einstein (SP) e professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Se a parada respiratória for maior de 10 segundos, pode trazer consequências graves. Em alguns casos elas alcançam ou ultrapassam 60 segundos, e aí pode ser fatal. Nem todos que roncam vão ter apneia. Acontece com mais frequência em obesos e pessoas de meia-idade.
6 Com qual médico devo me tratar?
Assim que a suspeita aparecer, procure um otorrinolaringologista — encare esse problema como se fosse um machucado muito grave ou uma doença que precisa ser tratada com urgência. A dona de casa Aparecida Alvez Tecchini, 62 anos, não via o ronco como algo grave, até o médico dizer que ela poderia sofrer de parada respiratória. Aí ela não perdeu mais tempo. “Toda a família sabia quando estava dormindo. Tinha trauma de dormir na causa de alguém por medo de roncar e acordar todo mundo. Hoje estou bem melhor, mais disposta”, diz. Na consulta, o médico vai avaliar suas vias respiratórias e preencher um questionário, o Epworth, para levantar dados sobre seus hábitos e verificar se há evidências de que você tenha algum distúrbio do sono. Você vai ouvir perguntas como: “Acorda cansado?”, “Dorme no cinema?”, “Já cochilou enquanto dirigia?”. Cada questão tem um determinado valor numérico. Se a soma total dos pontos for superior a dez, há uma suspeita muito forte de que você tenha dificuldades para dormir e relaxar durante o sono. Aí podem ser pedidos exames mais específicos.
7 Quais tipos de exames são pedidos?
Vai depender de cada caso. Não há uma regra. O especialista pode pedir uma endoscopia das vias aéreas superiores para verificar a existência de alguma obstrução. Outro teste pedido é a polissonografia, aquele exame em que você dorme no laboratório por um dia. É feita uma espécie de mapeamento do seu sono. Ela mede, dentre outras coisas, a atividade respiratória, se há ou não paradas enquanto você dorme (a chamada apneia) e a intensidade do ronco para fazer o diagnóstico final. Eletrodos colocados na sua cabeça passam essas informações para um computador, onde os dados são avaliados. Em alguns casos, pode ser indicada uma cirurgia. Mas fique tranquilo, pois os tratamentos cirúrgicos evoluíram muito e o paciente volta para casa rapidinho.
8 Dormir de boca aberta é um sinal ruim?
Sim, pois o ronco pode aparecer. Além disso, ficar de boca aberta durante o sono prejudica a formação da mandíbula e o lábio inferior fica caído. A face fica mais alongada e muda a dinâmica da respiração. É preciso investigar o porquê da condição — que pode ser desde uma rinite alérgica até o desvio de septo — e tratar o quanto antes. Ter um acompanhamento com um fonoaudiólogo ajuda a mudar o hábito. O profissional pode indicar exercícios com a língua, dentre outros.
9 Obesidade atrapalha?
Você deve saber de cor pelo menos cinco malefícios provocados pelo excesso de peso. Agora vai conhecer mais um. A obesidade pode causar ronco — e 50% da população brasileira, divulgou recentemente o Ministério da Saúde, sofre com os quilos a mais. A deposição de gordura na região da garganta favorece o seu estreitamento. Nos homens é mais comum que nas mulheres. Como o ronco interfere na qualidade do sono, e a pessoa se sente naturalmente mais indisposta, ela não tem vontade (nem ânimo) de praticar alguma atividade física. E aí o ciclo se mantém.
10 Qual é a influência da idade?
A partir dos 40 anos a musculatura da garganta fica mais flácida e o problema aparece. A aposentada Danunzia Victoria, 84 anos, procurou um especialista muito tarde, depois dos 65, porque não acreditava que roncava. Ela tem uma obstrução nas vias superiores, mas, devido à idade avançada, a cirurgia foi descartada. Como o ronco é muito alto, toda vez que viaja com a família precisa ficar em um quarto só para ela. Outro problema comum que afeta as mulheres é a chegada da menopausa. Não, ela não provoca ronco. Mas quando a mulher entra nessa fase, deixa de produzir estrogênio na mesma quantidade que não permitia que a musculatura cedesse.
11 É capaz de atrapalhar as relações sociais?
Em alguns casos, dizem os especialistas, há casais que contam que já não dividem o mesmo quarto. “O ideal é que o companheiro do paciente seja entrevistado também durante a consulta. Ele sabe tudo, até se a pessoa tem apneia ou não”, diz Carlos Alberto de Barros, chefe do serviço de Pneumologia da Casa de Saúde São José (RJ). O ronco atrapalha o sono do companheiro e pode até provocar distúrbios do sono na outra pessoa, já que ela não consegue descansar.
12 Bebidas alcoólicas e fumo provocam ronco?
Acredite: isso acontece, sim. O álcool sabidamente é capaz de relaxar o corpo, e o mesmo efeito se estende para a musculatura da garganta. O resultado você conhece... Com o fumo a história é bem parecida. Uma pesquisa australiana de 2008 com 110 pessoas, homens e mulheres de 45 a 80 anos, que eram fumantes e tinham colesterol alterado, mostrou que o estreitamento arterial era maior nos que roncavam mais intensamente. Apesar de ser um estudo inicial, os pesquisadores disseram que há um indício forte de que esse grupo teria mais chances de sofrer um acidente vascular cerebral (AVC).
13 Existe algum aparelho que reduza o ruído?
Sim. Os mais simples são os ortodônticos. São placas usadas na boca durante o sono. Elas são reguladas para que a parte da frente empurre a mandíbula e, assim, amplia a passagem da via aérea. Outro se chama CPAP e é um modelo eletrônico. Ele não permite que o pulmão esvazie por completo, o que acontece quando dormimos, e assim evita o ronco. Você pode comprar ou alugar, desde que haja indicação médica. Geralmente é indicado para roncadores extremos. São vários os modelos — quanto menor, em geral, mais caro é. Para quem viaja bastante, por exemplo, o pequeno é o indicado.
Fonte: Revista Viva Saúde - Thais Siqueira
Oi, Jesus, Eu Sou o Zé
Cada dia, ao meio dia, um pobre velho entrava na igreja e, poucos minutos depois, saía. Um dia, o sacristão lhe perguntou o que fazia, pois havia objetos de valor na igreja.
Venho rezar, respondeu o velho.
Mas é estranho, disse o sacristão, que você consiga rezar tão depressa.
Bem, retrucou o velho, eu não sei rezar aquelas orações compridas. Mas todo dia, ao meio dia, eu entro na igreja e falo: "Oi, Jesus, eu sou o Zé, vim Lhe visitar".
Num minuto, já estou de saída. É só uma oraçãozinha, mas tenho certeza que Ele me ouve.
Alguns dias depois, Zé sofreu um acidente e foi internado num hospital. Na enfermaria, passou a exercer grande influência sobre todos.
Os doentes mais tristes tornaram-se alegres e, naquele ambiente onde antes só se ouviam lamentos, agora muitos risos passaram a ser ouvidos.
Um dia, a freira responsável pela enfermaria aproximou-se do Zé e comentou: os outros doentes dizem que você está sempre tão alegre, Zé...
O pobre enfermo respondeu prontamente: é verdade, irmã. Estou sempre muito alegre! E digo-lhe que é por causa daquela visita que recebo todos os dias. Ela me faz imensamente feliz.
A irmã ficou intrigada. Já tinha notado que a cadeira encostada na cama do Zé estava sempre vazia. Aquele velho era um solitário, sem ninguém.
Quem o visita? E a que horas? Perguntou-lhe.
Bem, irmã, todos os dias, ao meio dia, ele vem ficar ao pé da cama por alguns minutos, talvez segundos... Quando olho para Ele, Ele sorri e me diz: "Oi, Zé, eu sou Jesus, vim te visitar".
Autor: José Tralha
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
Orgulho de ser professor
Convicto da importância do professor na educação de crianças e jovens, não apenas em 15 de outubro, mas em todos os dias do ano, gostaria de relatar em poucas palavras a minha trajetória como professor de educação física, do início aos dias atuais e a missão incansável de educar.
Em 1976, quando estudava a 8ª série e praticava basquete no Colégio Estadual Murilo Braga, resolvi que iria fazer o vestibular para Educação Física e ser professor.
Em janeiro de 1980, fiz o vestibular e fui aprovado. Era o início da concretização do sonho de ser professor. No mês de abril do mesmo ano, tive a oportunidade de ingressar no serviço público e, assim, dar aulas de Educação Física no CEMB. Já são 30 anos e 6 meses de ensino, período este no qual abracei o basquete em particular.
Em 1988, insastifeito com apenas um emprego, resolvi procurar o ex-colega da universidade e Vice-diretor do Colégio Graccho, Neto. Solicitei a ele um emprego como professor de basquete, o qual fui prontamente atendido. Dediquei 22 anos de minha vida aos alunos e a instituição, a qual sou eternamente grato pela acolhida.
Em 1989, recebi o convite para trabalhar no Colégio Salesiano, pelo coordenador Pedagógico Jairton (Cobrinha), que conhecia o meu trabalho através do CEMB e do Graccho. Trabalhei 21 anos e aprendi muito como educador com o sistema preventivo de Dom Bosco.
Tenho orgulho de ter trabalhado em dois dos melhores colégios do Estado, Graccho e Salesiano. Em ambos pedi para ser demitido por motivos pessoais e fica aqui o meu agradecimento pelo respeito ao meu trabalho por mais de duas décadas.
Em 1993, a Irmã Auxiliadora me fez o convite para lecionar no Colégio Dom Bosco. Inicialmente o basquete, e depois o voleibol, que continuo até os dias atuais.
Com a minha saída do Graccho e do Salesiano, fiquei com alguns horários disponíveis. Foi quando em março deste ano o Diretor do Colégio O Saber, Everton, ex-aluno do basquete do CEMB, me convidou para dar aulas de educação física e prontamente aceitei este novo desafio na minha vida profissional.
Que Deus, na sua infinita bondade, me dê muita saúde e disposição para continuar trabalhando e contribuindo na formação integral dos alunos, como estou fazendo a mais de 30 anos. Trabalho esse realizado com respeito, dedicação e compromisso a eles e às instituições de ensino, sempre com orgulho de ser professor.
Por Professor José Costa
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
EU PRECISO DE VOCÊ
Bom dia... Boa tarde... Boa noite...
EU PRECISO DE VOCÊ
Quando você se levantou, pela manhã, eu já havia preparado o sol para aquecer o seu dia e o alimento para sua nutrição. Sim, eu providenciei tudo isto enquanto vigiava e guardava seu sono, a sua família e a sua casa. Esperei pelo seu "Bom Dia", mas você se esqueceu... Bem, você parecia ter tanta pressa que perdoei.
O sol apareceu, as flores deram seu perfume, a brisa da manhã o acompanhou, e você nem pensou que eu havia preparado tudo para você. Seus familiares sorriram, seus colegas o saudaram, você trabalhou, viajou, realizou negócios, alcançou vitórias, mas você não percebeu que eu estava cooperando com você, e mais, teria ajudado se você tivesse me dado uma chance. Eu sei, você corre tanto... Eu perdoei.
Você leu bastante, ouviu muita coisa, viu mais ainda e não teve tempo de ler e ouvir minha palavra. Eu quis falar, mas você não parou para me ouvir. Eu quis até lhe aconselhar, mas você nem pensou nesta possibilidade. Seus olhos, seus pensamentos, seus lábios seriam melhores. O mal seria menor e o bem seria muito maior em sua vida.
A chuva que caiu a tarde foram minhas lágrimas por sua ingratidão, mas foi também, a minha bênção sobre a terra, para que não lhe falte o pão e a água. Você trabalhou, ganhou dinheiro, que não foi mais porque você não me deixou ajudar. Mais uma vez você se esqueceu, que eu desejo sua participação no meu reino com sua vida, seu tempo e seus talentos. Findou o seu dia. Você voltou para a casa. Mandei a lua e as estrelas tornarem a noite mais bonita para lembrar-lhe o meu amor por você. “Certamente, agora, você vai dizer um “Obrigado” e uma Boa Noite”. Psiu... Está me ouvindo? Já dormiu! Que pena! Boa Noite... Durma bem... Eu fico velando por você...
JESUS
Autor desconhecido
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