domingo, 13 de março de 2011

Dicas para cultivar emoções positivas e manter a saúde


Se os sentimentos negativos podem deflagrar problemas de saúde, as pesquisas também mostram que emoções positivas, como felicidade e otimismo, além do desenvolvimento da espiritualidade, podem ser um antídoto contra doenças.

Um dos maiores pesquisadores desta área, Harold Koenig, da Duke University, Estados Unidos, cita evidências científicas em seu livro “Spirituality in patient care - Why, How, When, and What” ("Espiritualidade no cuidado com o paciente - por que, como, quando e o quê", em tradução livre) que relacionam os sentimentos e a saúde. Entre as descobertas está a de que as emoções positivas e o apoio social são associados a um melhor funcionamento do sistema imunológico e a uma saúde cardiovascular mais robusta.

Ainda segundo o livro, muitos estudos relatam que indivíduos religiosos têm propensão a pressão arterial e mortalidades mais baixas, possuem menor probabilidade em desenvolver depressão e se recuperam de doenças mais rapidamente.

O mesmo ocorre em relação à felicidade: “uma pesquisa americana envolvendo milhares de pessoas de diferentes países concluiu que as nações consideradas mais felizes relatam menos problemas de pressão arterial em suas estatísticas. O resultado sugere que leituras de pressão arterial façam parte de um índice nacional de bem-estar”, de acordo com o livro “Coração...É Emoção”.

Dicas
Adotar uma postura mais positiva em relação à vida, buscando qualidade de vida, bem-estar e espiritualidade, faz bem à saúde, segundo os médicos.

Veja algumas dicas para cultivar emoções saudáveis:

Pratique exercícios regularmente, o que vale principalmente para pessoas muito ansiosas, pois o exercício diminui a descarga de adrenalina e atua na liberação de endorfina (o hormônio do bem-estar).

Desenvolva a espiritualidade (aproxime-se da natureza e cultive uma crença). Segundo estudo do médico e pesquisador Barak Y., da Universidade de Tel-Aviv, em Israel, a espiritualidade leva a pessoa a um estado mental que induz ao equilíbrio neurofisiológico e dos hormônios, além de atuar favoravelmente na imunidade. A fé também é uma potente fonte contra adversidades.

Dedique-se a hobbies, passatempos, leve uma vida mais tranquila, com menos ambições. Incluir momentos agradáveis em um dia de trabalho comum, por exemplo, pode tornar os indicadores fisiológicos do estresse – como secreção do cortisol e a frequência cardíaca – iguais aos de um dia de lazer, segundo o livro “Coração...É Emoção”.

Fique atento ao seu ritmo de vida. Se for muito competitivo, viver brigando ou se frustrar muito na vida, saiba que essas emoções podem ser prejudiciais à saúde. A mesma coisa vale para a desmotivação, a desesperança.

Alimente-se melhor, durma mais e cuide da saúde de forma geral. A saúde física está ligada a emocional e vice-versa.

Caso não consiga superar e lidar com as adversidades da vida e a ansiedade, não hesite em procurar ajuda, como um grupo de apoio, técnicas de meditação, relaxamento, oração, psicoterapia. Falar abertamente sobre o sofrimento e ser compreendido permite que essa dor psíquica seja elaborada no nível simbólico (das palavras, ideias e emoções) e não tenha que se expressar pela via corporal.

Mantenha uma rede de apoio social. Segundo uma pesquisa americana, um amigo íntimo que more em um raio de 1,5 km aumenta a chance de que uma pessoa esteja feliz em 25%.

Ao identificar uma dor emocional, procure um médico. Da mesma forma que costumamos checar colesterol, triglicérides, pressão arterial é preciso dar atenção especial às emoções que causam sofrimento por tempo prolongado e de forma intensa. É sempre possível fazer modificações.

Fonte: UOL - Por Carla Prates

sábado, 12 de março de 2011

Mensagem dos professores aos pais na secretária eletrônica

Infelizmente, há pais que querem que seus filhos sejam aprovados, mesmo com muitas faltas sem motivos e sem fazer os trabalhos escolares. Insatisfeitos com a situação, os professores de uma escola na Califórnia-EUA, decidiram gravar na secretária eletrônica a seguinte mensagem:

– “Olá! Para que possamos ajudá-lo, por favor, ouça todas as opções:

– Para mentir sobre o motivo das faltas do seu filho – tecle 1.

– Para dar uma desculpa por seu filho não ter feito o trabalho de casa – tecle 2.

– Para se queixar sobre o que nós fazemos – tecle 3.

– Para insultar os professores – tecle 4.

– Para saber por que não foi informado sobre o que consta no boletim do seu filho ou em diversos documentos que lhe enviamos – tecle 5.

– Se quiser que criemos o seu filho – tecle 6.

– Se quiser agarrar, esbofetear ou agredir alguém – tecle 7.

– Para pedir um professor novo pela terceira vez este ano – tecle 8.

– Para se queixar do transporte escolar – tecle 9.

– Para se queixar da alimentação fornecida pela escola – tecle 0.

– Mas se você já compreendeu que este é um mundo real e que seu filho deve ser responsabilizado pelo próprio comportamento, pelo seu trabalho na aula, pelas tarefas de casa, e que a culpa da falta de esforço do seu filho não é culpa do professor, desligue e tenha um bom dia!”

sexta-feira, 11 de março de 2011

Quando a mentirinha do seu filho passa a ser preocupante?

A mentira faz parte da infância, mas é preciso observar atentamente o comportamento das crianças

“Mamãe, hoje eu não tenho aula”. A mentirinha, vinda de uma criança que não quer ir à escola, pode parecer inocente. Mas, quando os filhos descobrem essa artimanha, todo cuidado é pouco.“Todos nós mentimos, o tempo todo. As pequenas mentiras são necessárias para que possamos viver em um meio social”, reconhece Blenda Marcelletti, terapeuta especializada em família. “Você não fala a verdade sobre tudo e para todos, pois magoaria as pessoas".

A especialista explica que, aos quatro ou cinco anos, as crianças descobrem a mentira, que serve como exercício para a evolução cognitiva e intelectual delas. Na infância, é comum imaginar histórias que se misturam à realidade. “Fantasiar faz parte do universo infantil. Isso auxilia no desenvolvimento, na capacidade de comunicação e percepção do mundo”. Mas os pais devem estar alertas, avisa a Blenda, que aconselha a acompanhar de perto a rotina dos filhos e observar se há sinais de que a mentira está passando dos limites.

Para Maurício de Souza Lima, médico hebiatra (especialidade que trata de jovens) da unidade de adolescentes do Hospital das Clínicas da USP, existe uma fase em que as crianças percebem que podem tirar proveito da mentira, que é facilmente detectável. “Elas não sabem mentir, por isso, se entregam. São ingênuas e, geralmente, se contradizem. Mas, quando adolescentes, podem tirar mais vantagem e manipular os pais.”
A mentira pode ser uma maneira de esconder alguma fragilidade
Não existe uma fórmula que defina quando a mentira passa dos limites. Mas é fato que a influência dos pais é crucial. Maurício avisa que o hábito de mentir pode ter sido alimentado, sem intenção, em casa.

“O filho tem os pais como modelo. Se a referência é falha, não dá para cobrar um comportamento adequado”. Maurício usa como exemplo o comum hábito dos pais que pedem aos filhos que digam que eles não estão, quando não querem atender a um telefonema. “Isso é o suficiente para que a criança aprenda errado”, afirma Maurício.

Existem, ainda, os casos extremos: os das pessoas que mentem compulsivamente. Esse tipo de comportamento pode denunciar um transtorno psiquiátrico, a mitomania, que exige acompanhamento especializado -outra prova de que é importante observar as atitudes dos filhos.
Mauricio diz, também, que a mentira pode surgir como forma de autoafirmação: “Quando ela existe sem finalidade, sem um benefício, ela pode estar escondendo uma espécie de fragilidade, como se a criança quisesse mostrar o tempo todo aquilo que não é, como uma autodefesa inconsciente.”

Lá em casa...

Paulo Baptista, empresário, diz que sua tática para que o filho Marcelo não minta é simples: acompanhar a rotina dele de perto. “Para mim, ele não conta mentiras, porque a única vez que tentou [sobre ter terminado a lição de casa], tomou uma bronca tão grande, que aprendeu. Ele sabe que, quando eu pergunto, geralmente, já sei a resposta ou vou verificar depois”, conta.

A terapeuta Blenda não concorda com a estratégia. “Dar bronca pode ter o efeito contrário: alimentar a ideia errada de que é melhor mentir. O ideal é tentar conversar e, se o processo não for interrompido, é necessário procurar ajuda profissional”, encerra.

Fonte: UOL

quinta-feira, 10 de março de 2011

Calcule sua verdadeira idade

As células de alguns de nossos órgãos não param nunca de se renovar. Conheça alguns hábitos que podem acelerar ou retardar esse envelhecimento

Nascer, crescer, envelhecer e morrer. Este é o ciclo da vida, desde que o mundo é mundo. Mas, todos os dias, médicos e pesquisadores de vários países trabalham, incansavelmente, na esperança de prolongar a saúde e o bem-estar do ser humano. O anestesiologista norte-americano Michael Fredric Roizen é um desses médicos. Aos 64 anos de idade, ele jura que ainda tem "apenas" 42. A afirmação de Roizen pode ser explicada por um conceito que ele próprio formulou: o da "idade verdadeira".

Segundo Roizen, que já lançou alguns livros sobre o assunto no Brasil, como Idade verdadeira - como ficar emocional e fisicamente mais jovem (Campus/Elsevier), a "idade verdadeira" (ou biológica) de um indivíduo nem sempre é compatível com os anos vividos. Tudo depende dos bons (e maus!) hábitos que cada pessoa adota para si ao longo da vida.

"Existem maneiras muito simples e eficazes de manter os órgãos que compõem o nosso corpo jovem por muito mais tempo. Praticar atividade física, controlar o nível de estresse e fazer bons amigos são apenas alguns dos 141 fatores que afetam o ritmo do nosso envelhecimento. Quem começa a se cuidar muito cedo pode chegar a ter 20 anos a menos do que no calendário", afirma Roizen, que admite nem sempre seguir os próprios conselhos: "Às vezes, não durmo o suficiente, sofro um pouco com o estresse e saio da dieta", brinca o médico.

Renovação de cada célula

Por aqui, o tema já é estudado há muito tempo pelas pesquisadoras Eliana Guimarães Pyhn e Maria Lúcia dos Santos. Autoras do livro Idade biológica - comportamento humano e renovação celular (Senac), elas explicam que o corpo humano é formado por cerca de 100 trilhões de células, que se dividem continuamente, permitindo que células velhas sejam substituídas por outras, mais novas. E, graças a esse processo, é que órgãos como coração, fígado e pulmão podem desempenhar adequadamente as suas funções por muito mais tempo.

"A ciência mostrou que as células dividem-se por um determinado número de vezes. A partir de um dado momento, essas divisões vão se tornando mais lentas, até cessarem de vez. É aí que tem início o envelhecimento do órgão", afirma Eliana Pyhn, pesquisadora de Nutrição Funcional e Nanotecnologia. "Nossas pesquisas revelaram que, embora haja um limite para a divisão celular, isso não é absolutamente rígido. Pelo contrário. Esse processo pode ser antecipado ou retardado, e isso está diretamente ligado a atitudes individuais", completa Maria Lúcia, especialista em Oxidologia.

Por exemplo: há alimentos que desempenham papel rejuvenescedor, como vegetais, ricos em antioxidantes, e outros, função degenerativa, como os industrializados. "Os aditivos químicos deles encurtam o tempo de vida das células", alerta Eliana.


Ossos

Idade verdadeira: 10 anos Função: Material duro e resistente que contém cálcio e forma o esqueleto do corpo humano. Dão proteção aos frágeis órgãos internos do crânio e do tórax, e flexibilidade aos membros superiores e inferiores.
Curiosidades: O esqueleto de um adulto tem 206 ossos! O menor deles é o estribo, que mede entre 2,5 e 3,4 milímetros, e o maior, o fêmur, em torno de 50 centímetros.
Como mantê-los mais jovens: "É possível retardar o envelhecimento dos ossos com a ingestão de cálcio e vitamina D", recomenda Salo Buksman, do Instituto Brasileiro de Ortopedia e Traumatologia. "A prática de atividades físicas, principalmente as que oferecem algum tipo de impacto no solo, também estimulam a formação óssea."

Coração

Idade verdadeira: 20 anos Função: garante a todas as células vivas do organismo a chegada de sangue rico em oxigênio e nutrientes.
Curiosidades: O coração de um adulto tem cerca de 12 cm de comprimento por 8 ou 9 cm de largura.
Como mantê-lo mais jovem: Pratique esportes, adote uma dieta saudável e não fume. "Quando a pessoa consegue parar de fumar, em um ano 50% dos malefícios causados pelo cigarro são interrompidos", avisa Marcelo Assad, do Instituto Nacional de Cardiologia.

Olhos

Idade verdadeira: Igual à cronológica Função: Transforma raios de luz em um padrão de impulsos nervosos que são transmitidos ao cérebro e interpretados.
Curiosidades: O músculo que mais trabalha no corpo é o ocular, responsável pelo movimento dos olhos. Eles se mexem mais de 100 mil vezes por dia!
Como mantê-los mais jovens: "Da mesma forma que você protege a pele com protetor solar, você precisa proteger os olhos com óculos escuros.", alerta Luiz Carlos Portes, da Sociedade Brasileira de Oftalmologia. "O ressecamento favorece o envelhecimento das células dos olhos."

Cada órgão com sua idade

Coordenador do Serviço de Geriatria do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF), Bernardo Hermont Loures Valle ressalta que o processo de renovação celular varia de órgão para órgão. "Os tecidos do nosso corpo não são todos iguais. Portanto, não são todos que necessitam de renovação celular para terem êxito em suas metas", observa Valle, citando o exemplo do tecido muscular, responsável pela contração muscular, preservação da postura e produção de calor, entre outras. As células desse tecido não se renovam nunca.

"Já os tecidos da pele, da córnea e o de tantos outros que revestem a superfície de órgãos, como estômago, intestino e pulmão, por exemplo, necessitam de alta renovação celular para funcionarem", complementa. Segundo o médico, as células do intestino estão entre as que se renovam mais rapidamente. "Num prazo de 2 a 5 dias, são substituídas por células novas", afirma.

A idade verdadeira de um indivíduo depende da renovação celular de cada órgão

O que acelera esse processo
Por outro lado, ressalva Álvaro Piazzetta Pinto, diretor da Sociedade Brasileira de Citopatologia, algumas células se renovam com menos frequência, como é o caso das células dos rins, enquanto outras nunca se renovam, como acontece com os neurônios. "Todos os órgãos envelhecem gradativamente à medida que o nosso relógio biológico funciona. Eventualmente, alguns órgãos ou tecidos podem sofrer agressões e ter o seu processo de envelhecimento acelerado. O sol e o álcool são exemplos de agentes agressores, que podem acelerar o envelhecimento das células da pele e do fígado", salienta.

Mas por que as células do corpo humano envelhecem e morrem? Quem explica é Maria Lúcia dos Santos. "Do ponto de vista genômico, a ciência já demonstrou que os cromossomos têm uma porção terminal chamada telômero. A cada divisão celular, o telômero perde uma pequena porção de sua extremidade e vai encurtando. Quando ele atinge determinado tamanho, cessa a divisão da célula e o envelhecimento começa."

Programação genética

Permanecer jovem por mais ou menos tempo depende da fisiologia de cada órgão e do tempo de vida médio de suas células. "O bom funcionamento de todos os órgãos do corpo depende de sua programação genética, que é intrínseca a cada indivíduo. Apesar de alguns órgãos apresentarem altas taxas de renovação celular, é importante dizer que o processo vai diminuindo, e se tornando mais lento e difícil", pondera Luiz Eurico Nasciutti, professor do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Entre tantos órgãos, Bernardo Valle afirma que, se fosse possível escolher de qual deles deveríamos cuidar melhor, certamente os premiados seriam o coração e os pulmões: "Não que os outros órgãos sejam menos importantes. Mas por um simples dado estatístico. As três principais causas de mortalidade no mundo atual e nos próximos 20 anos são decorrentes do comprometimento desses dois órgãos: as doenças cardiovasculares, como o infarto agudo do miocárdio; as neoplasias (cânceres), o de pulmão é apontado como a primeira causa de mortalidade em homens e mulheres, e a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC)".

Cérebro

Idade verdadeira: Idêntica à cronológica Função: Recebe, seleciona, interpreta e armazena sensações dos nervos que se estendem a todo o corpo.
Curiosidades: O cérebro humano pesa em torno de 1,4 kg e contém cerca de 500 bilhões de neurônios.
Como mantê-lo mais jovem: "Evite fatores de risco que aceleram o envelhecimento dos neurônios, como colesterol, fumo, sedentarismo e álcool", enumera Ivan Okamoto, da Associação Brasileira de Neurologia.

Pulmão

Idade verdadeira: 2 a 3 semanas Função: Permite a entrada e a absorção de oxigênio e a eliminação de dióxido de carbono (CO2) pelo corpo.
Curiosidades: Os pulmões comportam cerca de 5 litros de ar, mas apenas meio litro é renovado a cada respiração.
Como mantê-lo mais jovem: "O pulmão tem um processo de envelhecimento que pode ser acelerado pela exposição prolongada a fatores de risco, como poluição, tabagismo e doenças crônicas", diz Roberto Stirbulov, da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia.

Fígado

Idade verdadeira: 5 meses Função: Produz proteínas para o plasma do sangue, armazena glicose e regula os níveis de aminoácidos. Em conjunto com os rins, limpa os resíduos metabólicos do sangue.
Curiosidades: "Depois da pele, o fígado é um dos órgãos com maior capacidade de renovação. Pode-se dividir o fígado de um doador e transplantá-lo em dois receptores", afirma Mário Guimarães Pessoa, da Sociedade Brasileira de Hepatologia.
Como mantê-lo mais jovem: Evitando o consumo de álcool.

Fonte: Revista Viva Saúde - Por André Bernardo

quarta-feira, 9 de março de 2011

Conheça a diferença entre ser árabe, muçulmano e islâmico


Se você está atento às notícias na TV, nos jornais ou na internet, principalmente nos assuntos ligados aos conflitos Árabe-Israelenses ou à Guerra do Iraque, entre muitos outros, com certeza já se deparou com termos como árabe, muçulmano ou islâmico. No entanto, o que esses termos significam? Existem diferenças entre eles? Se sim, quais? É justamente essas questões que vamos tentar resolver aqui.

Vamos começar pelo termo islâmico. Esse termo se refere aos seguidores do Islamismo, que é uma religião monoteísta criada no século VII d.c. por Maomé e que hoje conta com seguidores no mundo todo. Portanto, islâmico é todo seguidor da religião Islâmica, assim como os seguidores do Cristianismo são chamados de cristãos e os adeptos do Judaísmo de judeus.

Muçulmano é apenas um sinônimo de islâmico, não havendo nenhuma diferença entre os termos. Portanto, se você ouvir alguém dizer que é muçulmano, isso significa que essa pessoa é islâmica, ou seja, seguidora do Islamismo.

O termo árabe se refere a uma etnia, ou seja, à etnia árabe, que é caracterizada pela língua árabe. Assim, todos os povos que têm a língua árabe como oficial podem ser chamados de árabes. Como exemplo, podemos citar os iraquianos, os egípcios, os marroquinos, os palestinos, os sauditas, entre muitos outros.

Nós devemos, portanto, ter em mente que islâmico e muçulmano são referentes a uma religião, enquanto árabe é referente a uma etnia. Essa confusão se dá porque a religião islâmica foi criada pelo povo árabe, e entre esse povo o islamismo ganhou muitos adeptos. No entanto, devemos lembrar que nem todo muçulmano (ou islâmico) é árabe. Os turcos, os iranianos e os afegãos são povos muçulmanos, mas não árabes. Isso porque não falam a língua árabe. O país que possui a maior população muçulmana do mundo é a Indonésia, que também não é árabe. Devemos ainda lembrar que na Europa, há diversos povos muçulmanos, como é o caso dos Albaneses, dos Bósnios, dos Chechenos. Além disso, há muitos imigrantes muçulmanos em países como França, Alemanha e Inglaterra.

Agora sabemos que nem todo muçulmano é árabe. No entanto, todo árabe é muçulmano? A resposta para essa pergunta é não. Apesar de a maioria dos povos árabes professarem o islamismo, há o caso do Líbano e da Síria, que apesar de serem países árabes – já que têm o árabe como língua oficial – e terem a maior parte de suas populações seguidoras do Islamismo, os dois países possuem uma expressiva parcela de sua população que é adepta do Cristianismo. Ou seja, nesses países existem muitos árabes que não são muçulmanos, já que não seguem o Islamismo.

Você já sabe, então, que islâmico e muçulmano são palavras sinônimas, mas que, apesar de estarem associadas ao termo árabe, não têm o mesmo significado. Caso você tenha alguma dúvida se determinado povo é ou não árabe, confira em um Atlas Geográfico a língua que eles falam e você terá a resposta.

Vale lembrar ainda que no Brasil, há o costume de referir-se aos imigrantes árabes em geral como turcos, no entanto, isso é um equívoco, uma vez que, como já dissemos, os turcos são muçulmanos mas não são árabes, uma vez que não falam a língua árabe. Esse equívoco se deu porque quando os primeiros imigrantes vindos da Síria e do Líbano, países árabes, chegaram ao Brasil, esses países estavam sob o domínio do Império Turco-Otomano e, portanto, esses imigrantes entravam no Brasil registrados como turcos, por isso então criou-se o costume de referir-se a todos esses imigrantes como turcos. No entanto, hoje esses países são independentes, e devemos desfazer esse equívoco, lembrando que um libanês não deve ser chamado de turco, por tratar-se de povos distintos.

Fonte: UOL

terça-feira, 8 de março de 2011

O Tempo da Quaresma


O que quer dizer Quaresma?

A palavra Quaresma vem do latim quadragésima e é utilizada para designar o período de quarenta dias que antecedem a festa ápice do cristianismo: a ressurreição de Jesus Cristo, comemorada no famoso Domingo de Páscoa. Esta prática data desde o século IV.

Na quaresma, que começa na quarta-feira de cinzas e termina na quinta-feira (até a Missa da Ceia do Senhor, exclusive - Diretório da Liturgia - CNBB) da Semana Santa, os católicos realizam a preparação para a Páscoa. O período é reservado para a reflexão, a conversão espiritual. Ou seja, o católico deve se aproximar de Deus visando o crescimento espiritual. Os fiéis são convidados a fazerem uma comparação entre suas vidas e a mensagem cristã expressa nos Evangelhos. Esta comparação significa um recomeço, um renascimento para as questões espirituais e de crescimento pessoal. O cristão deve intensificar a prática dos princípios essenciais de sua fé com o objetivo de ser uma pessoa melhor e proporcionar o bem para os demais.
Essencialmente, o período é um retiro espiritual voltado à reflexão, onde os cristãos se recolhem em oração e penitência para preparar o espírito para a acolhida do Cristo Vivo, Ressuscitado no Domingo de Páscoa. Assim, retomando questões espirituais, simbolicamente o cristão está renascendo, como Cristo. Todas as religiões têm períodos voltados à reflexão, eles fazem parte da disciplina religiosa. Cada doutrina religiosa tem seu calendário específico para seguir. A cor litúrgica deste tempo é o roxo, que significa luto e penitência.
Cerca de duzentos anos após o nascimento de Cristo, os cristãos começaram a preparar a festa da Páscoa com três dias de oração, meditação e jejum. Por volta do ano 350 d. C., a Igreja aumentou o tempo de preparação para quarenta dias. Assim surgiu a Quaresma.

Qual o significado destes 40 dias?

Na Bíblia, o número quatro simboliza o universo material. Os zeros que o seguem significam o tempo de nossa vida na terra, suas provações e dificuldades. Portanto, a duração da Quaresma está baseada no símbolo deste número na Bíblia. Nela, é relatada as passagens dos quarenta dias do dilúvio, dos quarenta anos de peregrinação do povo judeu pelo deserto, dos quarenta dias de Moisés e de Elias na montanha, dos quarenta dias que Jesus passou no deserto antes de começar sua vida pública, dos 400 anos que durou a estada dos judeus no Egito, entre outras. Esses períodos vêm sempre antes de fatos importantes e se relacionam com a necessidade de ir criando um clima adequado e dirigindo o coração para algo que vai acontecer.

O que os cristãos devem fazer no tempo de Quaresma?

A Igreja católica propõe, por meio do Evangelho proclamado na quarta-feira de cinzas, três grandes linhas de ação: a oração, a penitência e a caridade. Não somente durante a Quaresma, mas em todos os dias de sua vida, o cristão deve buscar o Reino de Deus, ou seja, lutar para que exista justiça, a paz e o amor em toda a humanidade. Os cristãos devem então recolher-se para a reflexão para se aproximar de Deus. Esta busca inclui a oração, a penitência e a caridade, esta última como uma conseqüência da penitência.

Ainda é costume jejuar durante este tempo?

Sim, ainda é costume jejuar na Quaresma, ainda que ele seja válido em qualquer época do ano. A igreja propõe o jejum principalmente como forma de sacrifício, mas também como uma maneira de educar-se, de ir percebendo que, o que o ser humano mais necessita é de Deus. Desta forma se justifica as demais abstinências, elas têm a mesma função.
Oficialmente, o jejum deve ser feito pelos cristãos batizados, na quarta-feira de cinzas e na sexta-feira santa. Pela lei da igreja, o jejum é obrigatório nesses dois dias para pessoas entre 18 e 60 anos. Porém, podem ser substituídos por outros dias na medida da necessidade individual de cada fiel, e também praticados por crianças e idosos de acordo com suas disponibilidades.
O jejum, assim como todas as penitências, é visto pela igreja como uma forma de educação no sentido de se privar de algo e reverte-lo em serviços de amor, em práticas de caridade. Os sacrifícios, que podem ser escolhidos livremente, por exemplo: um jovem deixa de mascar chicletes por um mês, e o valor que gastaria nos doces é usado para o bem de alguém necessitado.

O que é a Campanha da Fraternidade?

O percurso da Quaresma é acompanhado pela realização da Campanha da Fraternidade – a maior campanha da solidariedade do mundo cristão. Cada ano é contemplado um tema urgente e necessário.
A Campanha da Fraternidade é uma atividade ampla de evangelização que ajuda os cristãos e as pessoas de boa vontade a concretizarem, na prática, a transformação da sociedade a partir de um problema específico, que exige a participação de todos na sua solução. Ela tornou-se tão especial por provocar a renovação da vida da igreja e ao mesmo tempo resolver problemas reais.
Seus objetivos permanentes são: despertar o espírito comunitário e cristão no povo de Deus, comprometendo, em particular, os cristãos na busca do bem comum; educar para a vida em fraternidade, a partir da justiça e do amor: exigência central do Evangelho. Renovar a consciência da responsabilidade de todos na promoção humana, em vista de uma sociedade justa e solidária.
Os temas escolhidos são sempre aspectos da realidade sócio-econômico-política do país, marcada pela injustiça, pela exclusão, por índices sempre mais altos de miséria. Os problemas que a Campanha visa ajudar a resolver, se encontram com a fraternidade ferida, e a fé, tem o compromisso de restabelecê-la. A partir do início dos encontros nacionais sobre a CF, em 1971, a escolha de seus temas vem tendo sempre mais ampla participação dos 16 Regionais da CNBB que recolhem sugestões das Dioceses e estas das paróquias e comunidades.

Como começou a Campanha da Fraternidade?

Em 1961, três padres responsáveis pela Cáritas Brasileira idealizaram uma campanha para arrecadar fundos para as atividades assistenciais e promocionais da instituição e torná-la autônoma financeiramente. A atividade foi chamada Campanha da Fraternidade e realizada pela primeira vez na quaresma de 1962, em Natal-RN, com adesão de outras três Dioceses e apoio financeiro dos Bispos norte-americanos. No ano seguinte, 16 Dioceses do Nordeste realizaram a campanha. Não teve êxito financeiro, mas foi o embrião de um projeto anual dos Organismos Nacionais da CNBB e das Igrejas Particulares no Brasil, realizado à luz e na perspectiva das Diretrizes Gerais da Ação Pastoral (Evangelizadora) da Igreja em nosso País.
Este projeto se tornou nacional no dia 26 de dezembro de 1963, com uma resolução do Concílio Vaticano II, a maior e mais importante reunião da igreja católica. O projeto realizou-se pela primeira vez na quaresma de 1964. Ao longo de quatro anos seguidos, por um período extenso em cada um, os Bispos ficaram hospedados na mesma casa, em Roma, participando das sessões do Concílio e de diversos momentos de reunião, estudo, troca de experiências. Nesse contexto, nasceu e cresceu a Campanha da Fraternidade.

Qual é a relação entre Campanha da Fraternidade e a Quaresma?

A Campanha da Fraternidade é um instrumento para desenvolver o espírito quaresmal de conversão e renovação interior a partir da realização da ação comunitária, que para os católicos, é a verdadeira penitência que Deus quer em preparação da Páscoa. Ela ajuda na tarefa de colocar em prática a caridade e ajuda ao próximo. É um modo criativo de concretizar o exercício pastoral de conjunto, visando a transformação das injustiças sociais.
Desta forma, a Campanha da Fraternidade é maneira que a Igreja no Brasil celebra a quaresma em preparação à Páscoa. Ela dá ao tempo quaresmal uma dimensão histórica, humana, encarnada e principalmente comprometida com as questões específicas de nosso povo, como atividade essencial ligada à Páscoa do Senhor.

Quais são os rituais e tradições associados com este tempo?

As celebrações têm início no Domingo de Ramos, ele significa a entrada triunfal de Jesus, o começo da Semana Santa. Os ramos simbolizam a vida do Senhor, ou seja, Domingo de Ramos é entrar na Semana Santa para relembrar aquele momento.
Depois, celebra-se a Ceia do Senhor, realizada na quinta-feira santa, conhecida também como o lava pés. Ela celebra Jesus criando a eucaristia, a entrega de Jesus e portanto, o resgate dos pecadores.
Depois, vem a celebração da Sexta-feira da Paixão, também conhecida como sexta-feira santa, que celebra a morte do Senhor, às 15 horas. Na sexta à noite geralmente é feita uma procissão ou ainda a Via Sacra, que seria a repetição das 14 passagens da vida de Jesus.
No sábado à noite, o Sábado de Aleluia, é celebrada a Vigília Pascal, também conhecida como a Missa do Fogo. Nela o Círio Pascal é acesso, resultando as cinzas. O significado das cinzas é que do pó viemos e para o pó voltaremos, sinal de conversão e de que nada somos sem Deus. Um símbolo da renovação de um ciclo. Os rituais se encerram no domingo, data da ressurreição de Cristo, com a Missa da Páscoa, que celebra o Cristo vivo.

Fonte: CNBB - Conferência Nacional dos Bispos do Brasil

Campanha da Fraternidade 2011


Tema: “Fraternidade e a vida no planeta”
Lema: “A criação geme como em dores de parto”.

“A Campanha da Fraternidade de 2011, reflete a questão ecológica, com foco, sobretudo, no problema das mudanças climáticas. Ela se coloca em sintonia com uma cultura que está se expandindo cada vez mais, em todo o mundo, de respeito pelo meio ambiente e do lugar em que Deus nos coloca, não só para vivermos e convivermos, mas também para fazer deste o paraíso com o qual tanto sonhamos”, disse Dom Dimas.

A Campanha da Fraternidade terá início na Quarta-feira de Cinzas, 9 de março de 2011, e se estende por toda a Quaresma.
Questionado se a escolha do lema “A criação geme como em dores de parto” foi feita em virtude das discussões acerca do aborto que ocorre neste período eleitoral, o presidente da CNBB disse que não e explicou o processo de definição dos temas da Campanha da Fraternidade.

“Essa escolha (do tema da CF-2011) não se fez agora, no contexto das discussões do momento atual. A escolha do tema de 2012, inclusive, já foi definida. Esse processo acontece com dois anos de antecedência”, disse. “O tema Fraternidade e vida no planeta inclui a questão do aborto, mas não se esgota nisso”, acrescentou o arcebispo.

O secretário Executivo da Campanha da Fraternidade, padre Luiz Carlos Dias, presenteou os jornalistas com um texto-base da Campanha, documento que aprofundada o tema proposto. “O objetivo da campanha é de contribuir para a conscientização das comunidades cristãs e pessoas de boa vontade sobre a gravidade do aquecimento global e das mudanças climáticas, e motivá-las a participarem dos debates e ações que visam enfrentar o problema e preservar as condições de vida no planeta”, declarou o padre.

Fonte: CNBB

segunda-feira, 7 de março de 2011

Homenagem ao Dia da Mulher


Mulheres

Elas sorriem quando querem gritar.
Elas cantam quando querem chorar.
Elas choram quando estão felizes.
E riem quando estão nervosas.


Elas brigam por aquilo que acreditam.
Elas levantam-se para injustiça.
Elas não levam "não" como resposta quando
acreditam que existe melhor solução.

Elas andam sem novos sapatos para
suas crianças poder tê-los.
Elas vão ao medico com uma amiga assustada.
Elas amam incondicionalmente.

Elas choram quando suas crianças adoecem
e se alegram quando suas crianças ganham prêmios.
Elas ficam contentes quando ouvem sobre
um aniversario ou um novo casamento.

Pablo Neruda

As mulheres mais poderosas da história


No mês em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, uma seleção com aquelas que governaram com mãos de ferro - e fizeram muito macho tremer


10. Maria Stuart
País que governou - Escócia
Período - 1542-1567
Essa teve de brigar muito para se manter no poder. Entronada com apenas uma semana de idade, casou-se com Francisco II e reinou na França ao seu lado. Quando ele morreu, ela levou a culpa e fugiu para a Escócia. Assumiu o país e passou a lutar contra a prima, Elizabeth I, rainha da Inglaterra. Casou-se mais duas vezes (a segunda, com o suposto assassino do marido anterior). Perseguida pela nobreza, foi presa e fugiu de novo - para a Inglaterra, onde foi condenada à morte

9. Margaret Thatcher
País que governou - Inglaterra
Período - 1979-1990
Foi a única a se tornar primeira-ministra no país. Apelidada de "Dama de Ferro" e adepta de medidas drásticas, tentou combater a inflação com menos intervenção do Estado na economia - mas, quanto mais ela endurecia, maior ficava a crise. Em três anos de governo, o desemprego triplicou e bancos quebraram. Suportou ainda a Guerra das Malvinas, em 1982, e um ataque terrorista em 1984

8. Cleópatra
País que governou - Egito
Período - 51 a.C.-30 a.C.
Sua suposta beleza é pura invenção (veja na pág. 18), mas a capacidade de seduzir, não. A rainha do Nilo aprendeu cedo a dividir a cama (e o trono) com quem lhe garantisse poder - inclusive o próprio irmão. Chegou a se mudar para Roma para viver com Júlio César e, depois que ele foi assassinado, envolveu-se com Marco Antônio, outro líder romano. Matou-se com uma picada de víbora aos 39 anos, quando percebeu que não seria capaz de seduzir Otávio, o próximo que poderia lhe ajudar a defender o Egito do total controle romano

7. Catarina de Médici
País que governou - Florença, na Itália, e França
Período - 1547-1559
Filha do duque Lorenzo de Médici e sobrinha do papa Clemente VI, casou-se com Henrique II, que levou o trono francês após a morte do irmão.Até falecer, em 1589, Catarina regeu à sombra dos filhos, enquanto eles não completavam a maioridade. Foi tempo suficiente para causar vários conflitos religiosos - entre eles, o histórico massacre da noite de São Bartolomeu, em 1572

6. Wu Zetian
País que governou - China
Período - 625-705
A única mulher a se tornar imperatriz na China nasceu em berço aristocrático, mas teve de se virar para chegar ao topo. Aos 13 anos, tornou-se concubina do imperador Taizong e, depois, envolveu-se com o filho dele, Gaozong. Há quem diga que, após a morte de Gaozong, ela teria matado os próprios filhos, herdeiros legítimos do trono, para chegar ao poder. Uma vez no comando, as intrigas foram trocadas por uma política de abertura: escolheu intelectuais como conselheiros, incentivou a agricultura, reduziu taxas e diminuiu o exército

5. Ana Bolena
País que governou - Inglaterra
Período - 1533-1536
A amante do rei Henrique VIII teve uma passagem curta pela monarquia inglesa, mas balançou as estruturas. Disposto a tudo para ficar com ela, com uma canetada só Henrique "inventou" uma nova igreja (a anglicana, que permitia o divórcio) e causou a cisão definitiva entre a Inglaterra, o papa e o resto da Europa. Ana reinaria por apenas mil dias e terminaria presa na Torre de Londres, acusada de traição e adultério

4. Catarina, a Grande
País que governou - Rússia
Período - 1762-1796
Encantado com a Prússia (hoje Alemanha), o czar Pedro III foi passar uma temporada por lá, meros seis meses após ser coroado. Bobeou: acabou sofrendo um "golpe sem sangue" que o derrubou e colocou sua esposa, de origem alemã, no controle. Culta, amiga de pensadores como Voltaire e Diderot, Catarina confabulou para se manter no trono até seu filho atingir a maioridade. Mas, nesse período, a sociedade russa viu suas desigualdades sociais se aprofundarem bastante

3. Maria Teresa
País que governou - Áustria
Período - 1740-1780
Integrante da família Habsburgo, assumiu o vasto Sacro Império Romano-Germânico após a morte do pai, Carlos VI. Mas segurou um rojão: Inglaterra, Espanha e França não reconheciam uma mulher no poder e lançaram guerras contra ela. Maria Teresa foi tolerante com os católicos ortodoxos, reforçou o exército e, sobretudo, fez os filhos se casarem com o que havia de melhor na nobreza europeia

2. Elizabeth I
País que governou - Inglaterra
Período - 1558-1603
Filha de Henrique VIII e Ana Bolena, foi a última integrante da dinastia Tudor no comando do país. E encarou com firmeza dois grandes rivais: o rei Felipe II, da Espanha, que abriu guerra à Inglaterra com sua lendária esquadra marinha, a Invencível Armada, e sua prima, Maria Stuart, rainha da Escócia, que queria derrubá-la. Considerada um símbolo nacional de pureza e visão política, Elizabeth foi também foi uma grande patrocinadora das artes. Fez florescer o chamado "teatro elisabetano" - cujo maior nome foi William Shakespeare

1. Vitória
Países que governou - Inglaterra, Irlanda e Índia
Período - 1837-1901
Nunca houve um nome mais apropriado. Vitória teve o maior reinado que a Inglaterra já viu, num dos melhores períodos do país, e, no final do século 19, tornou-se, por expansão colonialista, também imperatriz da Índia. Subiu ao trono aos 18 anos por ser a única herdeira da família e, pouco depois, casou-se com o primo, o príncipe Albert. Entre seus grandes feitos, liderou a corrida às colônias africanas e asiáticas, forçou a abertura dos portos nas Américas (para vender produtos industrializados ingleses) e apoiou o fim da escravidão. Em seu reinado, a Inglaterra tomou o lugar da França como símbolo máximo de modernidade e de elegância


• O critério para montar o ranking foi a influência e o poder dos países governados na época em que elas estavam no comando


Fonte: Mundo Estranho - por Bárbara Ragov

domingo, 6 de março de 2011

Misturar álcool com energético é um perigo para o coração, alertam cardiologistas


O energético pode potencializar os efeitos da bebida alcoólica e fazer com que o usuário tenha um julgamento errado sobre seu estado de embriaguez.

O relato de pais e médicos e pesquisas sobretudo americanas chamam a atenção para um hábito comum no Carnaval, mas arriscado: tomar bebida alcoólica com energético. Segundo o cardiologista Luciano Vacanti, a mistura potencializa o risco de arritmias, pois as duas substâncias “irritam” o músculo do coração (o miocárdio). Ele afirma, ainda, que há casos descritos nos Estados Unidos de adolescentes que, após ingerirem energéticos, desenvolveram taquicardias que precisaram ser revertidas nos hospitais.

O médico Anthony Wong, chefe do Ceatox (Centro de Assistência Toxicológica) do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas (SP), relata que este é um hábito que está virando uma epidemia mundial. “Pior que quanto mais jovem é a pessoa menos controle ela tem sobre as bebidas alcoólicas. É necessário tomar uma atitude de controle por parte das autoridades com o crescente abuso dessa associação”, opina.

Há vários motivos apontados pelos consumidores para se misturar as bebidas. Entre eles, disfarçar o gosto do álcool (principalmente no caso de destilados), além de esticar a balada. Por ser estimulante, o energético carrega o mito de anular os efeitos depressivos do álcool, o que é verdade em parte porque a bebida reduz a sensação de sonolência, mas os reflexos continuam mais lentos sob o efeito do álcool.

Percepção alterada

Pesquisas vêm comprovando que o consumo de álcool com energéticos pode estimular o alcoolismo, dar mais disposição para beber (a pessoa fica mais tempo em uma balada ou bar bebendo, por exemplo) e tornar o indivíduo mais suscetível aos problemas relativos ao consumo de álcool (machucam-se mais ou sofrem mais acidentes, necessitam de ajuda médica ou enfrentam problemas sexuais).

Alexandre Clemente Chame, de 36 anos, percebeu alguns desses sintomas após abusar na dose de energéticos em uma casa noturna. “Não costumo beber destilado, mas como meus amigos tinham comprado uma garrafa, resolvi tomar a bebida com energético para acompanhar. Percebi principalmente que fiquei até mais tarde na balada, costumo ir embora mais cedo, e acabei esticando até umas cinco da manhã. Daí bebi bem mais que de costume. No dia seguinte, a ressaca foi pior. Na hora até pensei: ‘esse negócio’ ajuda a não bater o carro na volta porque eu parecia estar mais desperto, mas depois percebi que poderia ter sido até pior, pois eu achava que estava normal para dirigir”.

Um dos maiores riscos dessa combinação é realmente o de mascarar os sintomas. De acordo com a psicoterapeuta Ilana Pinsky, professora do Departamento de Psiquiatria da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), não sentir os efeitos do álcool pode parecer bom, mas não é. É uma maneira de tapear o que o corpo está sentindo. “A pessoa não fica tão bem quanto pode pensar, pode dirigir de maneira arriscada, e os órgãos do corpo são afetados da mesma maneira, ela sentindo ou não”.

Advertências

Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, a venda de energéticos é autorizada no Brasil desde 1998, após a avaliação da agência sobre a segurança dos produtos. “Não existe nenhuma proibição quanto a comercialização dessas bebidas por parte da Comunidade Europeia e as mesmas estão dispensadas de registro na Anvisa”.

O que diz o fabricante

O fabricante de um dos energéticos mais populares do mercado, o Red Bull, diz que, “em relação ao uso associado ao álcool, não há nenhum indício de que o Red Bull® Energy Drink tenha qualquer efeito (positivo ou negativo) associado ao seu consumo. Isto foi confirmado pela Autoridade Europeia de Segurança Alimentar (EFSA, na sigla em inglês), em comunicado de 2009, que concluiu não haver interação entre a taurina, a glucoronolactona, a cafeína e o álcool, mesmo durante atividade física”.

A empresa também alega que um consumo moderado de cafeína (menos de 400 mg por dia, o que equivalente a 5 latinhas do energético) não afeta negativamente a saúde cardiovascular. E completa: “o Red Bull® Energy Drink é vendido em mais de 160 países porque autoridades de saúde do mundo todo concluíram que o mesmo é de consumo seguro”.

No entanto, há requisitos específicos de composição: taurina: máximo 400 mg/100 ml; cafeína: máximo 35 mg/100 ml; álcool etílico: máximo 0,5 ml/100 ml; inositol: máximo 20 mg/100 ml; clucoronolactona: máximo 250 mg/100 ml.
Além disso, as embalagens devem conter obrigatoriamente as seguintes advertências, em destaque e em negrito: "Crianças, gestantes, nutrizes, idosos e portadores de enfermidades: consultar o médico antes de consumir o produto" e "Não é recomendado o consumo com bebida alcoólica".

Segundo a Anvisa, os primeiros alertas se devem ao fato de o produto ter uma “elevada quantidade de cafeína em sua formulação”. Já a restrição à associação com álcool é feita, pois “pode potencializar os efeitos da bebida alcoólica e fazer com que o usuário tenha um julgamento errado sobre seu estado de embriaguez (tem a percepção de que não está bêbado, mas os efeitos deletérios do consumo de álcool sobre a coordenação motora continuam)”.

Mais vulneráveis

O cardiologista e médico do esporte Nabil Ghorayeb fecha a questão dizendo que o problema está no uso indiscriminado dos energéticos sem que se saiba dos riscos. “As pessoas não costumam ler os rótulos e, se não tivesse qualquer tipo de perigo, não teriam advertências nas embalagens dos produtos. O risco maior está na dose, principalmente para quem tem sensibilidade à cafeína ou predisposição às arritmias ou faz parte do grupo citado nas embalagens (crianças, idosos, nutrizes, grávidas, com problemas de saúde)”.

Ghorayeb alerta para as pessoas ficarem atentas a sinais de maior sensibilidade, como palidez, aceleração do coração, aumento da pressão, etc.. “A intoxicação por cafeína é manifestada pela presença de ansiedade, insônia, desconforto no estômago, tremores, taquicardia, agitação e até raros casos de morte foram descritos na Austrália, Irlanda e Suécia”, acrescenta Vacanti.

"Enganar" o sono

Para os pais, Ilana Pinsky recomenda que a informação é a maior arma contra o problema. “É essencial conhecer o que é energético, suas propriedades, o que é considerado um excesso de consumo. E conversar com os filhos sobre isso, informar-se primeiro para depois informar o filho”, aconselha a psicoterapeuta.

Ilana completa explicando que faz parte da característica da nossa sociedade tentar burlar o que estamos sentindo e se faz isso de uma maneira excessiva, o tempo todo, e não só na questão do álcool. Talvez esta também possa ser a explicação para o consumo crescente de energéticos, uma busca por “enganar” o sono, a timidez (no caso da associação com o álcool) e o corpo, prolongando a sensação de diversão na balada ou a malhação na academia.

Mas é preciso lembrar que o preço pode ser caro demais. Recentemente, pediatras americanos anunciaram que, nos últimos anos, já foram registrados mais de 2,5 mil casos de internações e atendimentos por intoxicação por cafeína em menores de 19 anos. E já que essa associação é prática comum e permitida, por enquanto não há outro jeito: quem deve ficar alerta e moderar na dose é o consumidor!

Fonte: UOL - Por Carla Prates