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terça-feira, 2 de maio de 2023

Valorizem os professores


    “Conta uma estória que um correligionário procura um amigo deputado federal para pedir um emprego para o seu filho que tinha acabado de completar o supletivo do 1º grau. O deputado oferece uma vaga de assessor para ganhar 15 mil reais. Ele diz ao deputado que é muito. O deputado oferece outro cargo ganhando 10 mil reais. Ele pergunta se não tem um empreguinho que pagasse 3 mil até 5 mil reais. O deputado responde que tem, mas aí é só por concurso e é para quem tem curso superior, pós-graduação ou mestrado, além do mais ele terá que comparecer ao trabalho todos os dias.”

 

     No Brasil é assim, os amigos e apadrinhados dos políticos ganham cargos com altos salários e não precisam trabalhar, enquanto os professores têm que trabalhar bastante planejando aulas, estudando, atualizando-se, ensinando, realizando avaliações, investindo na profissão, mas ganhando pouco e não têm direito a fazer greve para reivindicar melhoria salarial e condições de trabalho em prol da educação. Para os políticos e algumas pessoas da sociedade, os professores devem ser abnegados à profissão, porque já sabem de antemão que vão ganhar mal e por isso não podem reclamar da baixa remuneração e esta cruz terá que ser carregada pelo resto da vida.

 

     Já virou rotina todos os anos, alguns governadores e prefeitos não quererem pagar o piso salarial e os professores entrarem em greve para ter seus direitos assegurados por lei. Os que querem pagar o piso, retiram direitos adquiridos dos educadores conquistados anos atrás e outros só querem pagar o piso aos professores de nível médio, não valorizando os professores graduados.

 

     A Lei do piso salarial profissional nacional do magistério público da educação básica foi sancionada em 2008, pelo Presidente Lula, e já em 2012 o governo do estado não pagou o reajuste de 22,22% anunciado pelo MEC. Em 2021, a assembleia legislativa aprovou uma lei enviada pelo executivo destruindo o plano de carreira e remuneração do magistério público na qual um professor com nível de doutorado, mestrado ou pós-graduado iniciava o vencimento básico igual ao professor com nível do ensino médio. Também incorporou a gratificação de regência de classe ao vencimento básico fazendo com que o professor ganhasse acima do piso, o que era uma mentira, pois o vencimento básico estava abaixo do piso. Em 2022, o governo do estado não pagou o reajuste de 33,24% e ofereceu um abono aos professores, mas os aposentados não tiveram o mesmo direito. Em 2023, mais uma vez, o governo do estado não quer pagar o reajuste do piso, que é de 14,95%, e ofereceu aos professores um percentual de 2,5%, a metade do reajuste oferecido ao funcionalismo estadual. Por estes motivos, o sindicato dos professores convocou uma paralização de 4 dias a fim de pressionar o governo a pagar o piso que é um direito constitucional da classe.

    

     Os professores não desejam fazer greve todos os anos, apenas querem que a lei do piso do magistério seja cumprida como determinou o STF em 2013, quando foi questionado por alguns governadores sobre a inconstitucionalidade do piso. Quando a greve ocorre, é por necessidade de pressionar os governantes a pagar o piso, até porque a luta dos educadores não é só por aumento salarial, mas a favor da educação pública de qualidade.

 

     Não tem nada pior que um empregado mal remunerado, desiludido e desmotivado, e isto vêm acontecendo com os professores há décadas. Com a criação e aprovação do piso salarial do magistério pelo congresso e sancionado pelo Presidente da República, os professores sentiram-se valorizados e ficaram entusiasmados com a possibilidade de melhorar os salários. No entanto, alguns governadores e prefeitos acreditam que os educadores não merecem ganhar um piso de R$ 4.420,55, pouco mais de três salários mínimos, porque deve ser muito dinheiro para quem tem a responsabilidade de formar integralmente crianças e jovens através da educação.

 

     De quatro em quatro anos, os políticos disputam as eleições, sobem aos palanques e prometem que em seu governo a Educação será prioridade e os professores serão valorizados. Depois que assumem, eles esquecem as promessas e tentam iludir a sociedade, principalmente os mais pobres, dizendo que a educação pública tem qualidade. Então, por que eles só colocam seus filhos para estudarem nas melhores escolas particulares? O ex-Senador Cristovam Buarque encaminhou um projeto ao senado obrigando os filhos de políticos a estudarem em escola pública, eles engavetaram o projeto, por que será?

 

     Os políticos não valorizam os professores das escolas públicas porque a maioria deles estudou em escolas particulares e, como alunos, eles não conheceram o descaso dos governantes pela educação pública, pela falta de condições de trabalho, falta de professores nas escolas, prédios deteriorados, falta de quadras esportivas, falta de carteiras, giz e papel e a baixa remuneração dos professores, esta sempre foi a realidade da escola pública. É importante lembrar que todos os profissionais aprenderam e foram formados através dos professores, da Educação Infantil à Universidade e os políticos estão inclusos neste contexto.

 

     O professor é de extrema importância para o presente e o futuro da sociedade, pois tem a capacidade de construir um mundo melhor através da formação integral de seus alunos. Sendo o professor um formador de opinião, é por meio da educação que poderemos formar cidadãos conscientes dos seus direitos e deveres para a construção de uma sociedade mais justa, igualitária e democrática.

 

     Professor, vença todos os percalços que surgirem na sua profissão, defenda seus direitos, valorize-se, lute, seja um guerreiro, porque seus alunos precisam que você seja um exemplo, um espelho para toda a vida. Esperamos que nossos alunos atuais sejam os futuros governantes, menos técnicos e mais humanos, e que valorizem quem os ajudam a se tornarem mulheres e homens sábios, dignos, honestos e cristãos: os PROFESSORES.

 

Por Professor José Costa


"Cuidado com os falsos profetas. Eles vêm a vocês vestidos de peles de ovelhas, mas por dentro são lobos devoradores.” (Mateus 7:15)


domingo, 29 de março de 2020

A importância de estudar:


- Biologia pra entender como o vírus atua no corpo!
- Educação Física para entender o quão é importante à atividade física para a imunidade!
- Matemática pra entender a curva de crescimento da contaminação!
- Sociologia pra entender como os governantes deveriam atuar neste momento!
- Filosofia pra questionar se sua conduta está de acordo com o momento que estamos passando!
- História pra ter noção de como o mundo foi afetado com outras pandemias que já ocorreram!
- Geografia pra entender a rota de contaminação do vírus e a cultura de cada país!
- Língua Portuguesa pra saber interpretar o que é confinamento social!
- Artes pra se entreter durante o confinamento!
- Química pra entender como as substâncias podem ajudar ou atrapalhar o tratamento!
- Física pra entender o funcionamento de um respirador mecânico!
- Use o confinamento para refletir sobre a importância do conhecimento!

Valorize a escola e seus professores!

Autor desconhecido

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

Esta simples atitude de professores aumentou 30% o bom comportamento dos alunos

Segundo um novo estudo da Universidade Brigham Young, Universidade do Kansas e Universidade Vanderbilt, todas nos EUA, quanto mais os professores usam elogios ao invés de punições, mais os alunos se mantêm focados na aula e nas lições.

Essa taxa cresce proporcionalmente – quanto mais elogios, mais foco – e também leva a melhores comportamentos dos alunos em sala de aula.

Elogio versus reprimenda

Os pesquisadores não estão dizendo que os professores nunca devem fazer reprimendas; isso não seria realista. Existem momentos em que a autoridade na sala de aula precisa conter mau comportamento rapidamente.

No entanto, pesquisas anteriores já mostraram consistentemente que o elogio é a melhor estratégia que um professor pode usar tanto para reforçar quanto para reconhecer bom comportamento. Por outro lado, reprimendas costumam prever e até aumentar o mau comportamento.

O problema é que, apesar desses achados, as salas de aula não costumam ser lugar de elogios com frequência. Na verdade, estes tendem a diminuir bastante conforme os alunos ficam mais velhos, com os castigos aumentando.

Os educadores costumam sugerir uma taxa de 3 ou 4 elogios para cada reprimenda, embora esse número nunca tenha sido testado. O novo estudo resolveu fazer justamente isso.

Metodologia
Os pesquisadores decidiram contar cada elogio ou reprimenda feito pelos professores de 151 classes em 19 escolas americanas nos estados de Missouri, Tennessee e Utah, observando no total 2.536 estudantes entre 5 e 12 anos.

Metade estavam em salas de aula de controle, nas quais os professores podiam dar aula como tipicamente faziam. A outra metade teve que seguir um programa específico que fornece métodos alternativos para os professores liderem com o comportamento de seus alunos.

Neste programa, os professores primeiro ensinam aos alunos habilidades sociais através de repetições, discussões e dramatizações. Em seguida, formam equipes de alunos, elogiando os que seguem esses bons comportamentos sociais. Quando a equipe atinge uma meta predefinida, o professor não somente a elogia, como a recompensa.

No estudo, o elogio foi definido como “uma indicação verbal de aprovação” depois que um aluno se comportava adequadamente, em vez de apenas reconhecer uma resposta correta. Já a repreensão foi definida como uma “desaprovação verbal (incluindo uma ameaça ou uma censura)” a comportamentos inapropriados ou uma instrução de que o comportamento deveria parar.

Resultados
Quando os cientistas analisaram todas as interações, descobriram que não havia uma taxa “certa” de elogio versus reprimenda. De fato, elogiar era melhor sempre – quanto mais elogios, mais cooperação e atenção o professor recebia.

No geral, os professores que elogiavam mais viram um aumento de até 30% no bom comportamento dos estudantes.

“Mesmo que os professores tenham elogiado tanto quanto repreendido, o comportamento dos alunos em tarefas atingiu 60%. No entanto, se os professores pudessem aumentar a proporção entre elogios e repreensões para 2:1 ou mais, veriam ainda mais melhorias na sala de aula”, disse o principal autor da pesquisa, Paul Caldarella, da Universidade Brigham Young.

Converse com o professor de seu filho
Caldarella recomenda aos pais que procurem professores adeptos ao elogio para ensinar seus filhos. Se isso não for possível, uma opção é mostrar os resultados deste estudo para encorajar o professor atual a utilizar mais elogios do que punições em sala de aula.

“O comportamento reforçado tende a aumentar. Portanto, se os professores elogiam os alunos por um bom comportamento – como atender ao professor, pedir ajuda de maneira apropriada etc. – é lógico que esse comportamento aumentará e o aprendizado melhorará”, conclui o pesquisador.

sábado, 15 de junho de 2019

Educação e cidadania

  
      A criança desde os primeiros anos de escolaridade aprende com os professores algumas regras básicas de comportamentos e valores morais que devem norteá-la até a idade adulta como: respeitar o outro, ser justo com o colega, compartilhar tudo com os amigos, não bater nos outros, pedir desculpas quando machucar alguém, não mentir, não pegar as coisas alheias e se pegar, devolvê-las; mas parece que algumas autoridades brasileiras não passaram por esta etapa de aprendizagem na escola, porque o que mais vemos e ouvimos são essas pessoas desrespeitarem o povo a todo o momento com atos de corrupção, falcatruas, mentiras, subornos e fraudes.

     Mesmo com tantas operações da Polícia Federal, investigações da Controladoria Geral da União e do Ministério Público e denúncias através da imprensa, a impunidade no Brasil é gritante e revoltante, transparecendo ao cidadão comum que o errado é o certo; é a inversão dos valores morais e éticos de uma sociedade corrompida.

     Há mais de 500 anos que o Brasil vem sendo lesado. No início, pelos estrangeiros que levaram o nosso ouro e as madeiras de lei; e ao longo dos séculos, por algumas autoridades brasileiras antipatriotas que sugam e roubam o dinheiro suado do trabalhador honesto, que paga seus impostos em dia, para mantê-los no poder contra o próprio povo.

     O país vive uma crise de valores éticos e morais sem precedentes e o povo precisa mudar sua consciência política, exigindo das autoridades atitudes concretas que visem o bem-estar da sociedade e não apenas deles, e que tenham compromisso com o desenvolvimento do seu município, estado e país. Precisamos valorizar os políticos sérios e honestos em detrimento dos desonestos, mentirosos e corruptos, ficando a favor da ética e da decência nos poderes constituídos do Brasil.

     As futuras autoridades estão, neste momento, estudando nas escolas espalhadas por todo o Brasil e cabe aos professores, independentemente da disciplina e do nível de ensino que estão atuando, terem a responsabilidade e até a obrigação de transmitir valores morais e éticos aos alunos, para que eles aprendam a respeitar a dignidade do outro e conheçam seus deveres e direitos civis e políticos. O professor deve ensinar valores fundamentais à sociedade como: a honestidade, decência, justiça, responsabilidade, respeito, gratidão e a generosidade; educando através de palavras, ações e bons exemplos e assim contribuir na formação integral do seu aluno e quem sabe de uma futura autoridade como cidadão.

     Os professores devem refletir sobre a importância de sua profissão para o bem do ser humano, desenvolvendo nos alunos o senso crítico, consciência moral, responsabilidade social e a inteligência, a favor da construção de uma sociedade mais humana, justa e igualitária. Os jovens precisam de modelos, mas se o professor, sendo ele um formador de opinião, ficar alienado as transformações sociais, políticas e econômicas do país e preocupado apenas em informar conteúdos e não formar cidadãos de bem, não merecerá o honroso título de educador, porque não teremos alunos críticos e conscientes de suas responsabilidades na sociedade, e sim, pessoas egoístas e individualistas que buscam o poder, a felicidade e o sucesso profissional em caminhos contaminados de desrespeito para com o próximo.

     É imprescindível a presença, participação, envolvimento e comprometimento dos pais na educação do seu filho em parceria com a escola e os professores, ensinando-o valores e princípios morais em casa, através de exemplos, cobranças e atitudes, com o objetivo de formá-lo um cidadão digno.

     Por ser, a profissão de educador tão magnífica, especial e decisiva para o futuro da humanidade, cabe em parte ao professor, a responsabilidade sobre o que a criança e o adolescente vão ser quando crescer: um homem íntegro ou um parasita da sociedade.

Por Professor José Costa

segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Orgulho de ser professor


Convicto da importância do professor na educação de crianças e jovens, não apenas em 15 de outubro, mas em todos os dias do ano, gostaria de relatar em poucas palavras a minha trajetória como professor de educação física e a missão incansável de educar.

     Em 1976, quando estudava a 8ª série e praticava basquete no Colégio Estadual Murilo Braga, resolvi que iria fazer o vestibular para Educação Física e ser professor.

     Em janeiro de 1980, fiz o vestibular e fui aprovado. Era o início da concretização do sonho de ser professor. No mês de abril do mesmo ano, tive a oportunidade de ingressar no serviço público e, assim, dar aulas de educação física e basquete no Colégio Estadual Murilo Braga. No início da carreira, passei 5 anos estudando na UFS e ao mesmo tempo ensinando.

     Em 1988, insatisfeito com apenas um emprego, resolvi procurar o ex-colega da universidade e vice-diretor do Colégio Graccho, Abelardo Neto. Solicitei a ele um emprego como professor, o qual fui prontamente atendido. Ensinei basquete e no último ano de trabalho na escola lecionei aulas de educação física aos alunos do 2º ao 5º ano do Ensino Fundamental. Dediquei 22 anos de minha vida aos alunos e a instituição, a qual sou eternamente grato pela acolhida.

     Em 1989, recebi o convite para ensinar basquete no Colégio Salesiano pelo coordenador Pedagógico Jairton Guimarães (Cobrinha), que já conhecia o meu trabalho através do CEMB e do Graccho. Também lecionei educação física do 5º ano do Ensino Fundamental a 3ª série do Ensino Médio. Trabalhei 21 anos e aprendi muito como educador através do sistema preventivo de Dom Bosco.

     Tenho orgulho de ter trabalhado em dois dos melhores colégios do Estado, Graccho e Salesiano. Em ambos, pedi para ser demitido por motivos pessoais e fica aqui o meu agradecimento pelo respeito ao meu trabalho por mais de duas décadas.

     Em 1993, a Irmã Auxiliadora me fez o convite para lecionar no Colégio Dom Bosco, inicialmente o basquete e depois o voleibol, que continuo até os dias de hoje. Atualmente também ensino educação física aos alunos do 5º ano do Ensino Fundamental e as alunas do Ensino Médio.

     Em 2009, senti a necessidade de criar um blog para divulgar meu trabalho nas escolas com a educação física e o esporte, principalmente com meus alunos e ex-alunos, foi então que surgiu o Blog Professor José Costa. Posteriormente, comecei também a publicar conteúdos pesquisados na internet relacionados à educação, esporte, saúde, cultura e cidadania. O blog já está com quase 5 milhões de acessos, uma demonstração que tenho me dedicado com carinho, compromisso e responsabilidade a ele como a minha carreira de professor.

     Em março de 2010, o diretor do Colégio O Saber, Everton Oliveira, ex-aluno do basquete do CEMB, me convidou para dar aulas de educação física aos alunos do 5º ao 9º ano do Ensino Fundamental e prontamente aceitei este novo desafio na minha vida profissional. Atualmente também leciono aos alunos do ensino médio.

     Tenho orgulho de ter sido campeão por todas as escolas que trabalhei nas diversas competições escolares de voleibol, handebol, futsal e, principalmente, do basquete.

      Em 28 de fevereiro de 2017, foi publicada a portaria no Diário Oficial da minha aposentadoria após 37 anos de trabalho no funcionalismo público estadual como professor de educação física do Colégio Estadual Murilo Braga. Obrigado aos alunos, professores, diretores e funcionários que fizeram parte da minha vida profissional neste período.

     Em 02 de março de 2018, adquiri a concessão do INSS da minha aposentadoria após ter trabalhado como Professor de Educação Física por 30 anos nos Colégios Graccho Cardoso, Salesiano, Dom Bosco e O Saber. Obrigado aos alunos, professores, diretores e funcionários dos colégios em que trabalhei e que fizeram parte da minha vida profissional neste período.

     Que Deus, na sua infinita bondade, me dê muita saúde e disposição para continuar trabalhando e contribuindo na formação integral dos alunos, como faço há mais de 38 anos e continuo lecionando nos Colégios Dom Bosco e O Saber. Trabalho esse realizado com respeito, dedicação e compromisso aos alunos e às instituições de ensino, sempre com Orgulho de ser Professor.

Foto criada no site Você na capa da Revista NOVA ESCOLA

Por Professor José Costa

segunda-feira, 8 de junho de 2015

Valorizem os professores

 “Conta uma estória que um correligionário procura um amigo deputado federal para pedir um emprego para o seu filho que tinha acabado de completar o supletivo do 1º grau. O deputado oferece uma vaga de assessor para ganhar 10 mil reais. Ele diz ao deputado que é muito. O deputado oferece outro cargo ganhando 5 mil reais. Ele pergunta se não tem um empreguinho que pagasse 1 mil até 2 mil reais. O deputado responde que tem, mas aí é só por concurso e é para quem tem curso superior, pós-graduação ou mestrado, além do mais ele terá que comparecer ao trabalho todos os dias.”

     No Brasil é assim, os amigos e apadrinhados dos políticos ganham cargos com altos salários e não precisam trabalhar, enquanto os professores têm que trabalhar bastante planejando aulas, estudando, atualizando-se, ensinando, realizando avaliações, investindo na profissão, mas ganhando pouco e não têm direito a fazer greve para reivindicar melhoria salarial e condições de trabalho em prol da educação. Para os políticos e algumas pessoas da sociedade os professores devem ser abnegados à profissão, porque já sabem de antemão que vão ganhar mal e por isso não podem reclamar da baixa remuneração e esta cruz terá que ser carregada pelo resto da vida.

     Já virou rotina todos os anos, alguns governadores e prefeitos não querem pagar o piso salarial e os professores entram em greve para ter seus direitos assegurados por lei. Os que querem pagar o piso retiram direitos adquiridos dos educadores conquistados anos atrás e outros só querem pagar o piso aos professores de nível médio, não valorizando os professores graduados.

     Os professores não desejam fazer greve todos os anos, apenas querem que a lei do piso do magistério seja cumprida como determinou o STF, quando foi questionado por alguns governadores sobre a inconstitucionalidade do piso. Quando a greve ocorre é por necessidade de pressionar os governantes a pagar o piso, até porque a luta dos educadores não é só por aumento salarial, mas a favor da educação pública de qualidade.

     Não tem nada pior que um empregado mal remunerado, desiludido e desmotivado, e isto vêm acontecendo com os professores há décadas. Com a criação e aprovação do piso salarial do magistério pelo congresso e sancionado pelo Presidente da República, os professores sentiram-se valorizados e ficaram entusiasmados com a possibilidade de melhorar os salários. No entanto, alguns governadores e prefeitos acreditam que os educadores não merecem ganhar um piso de R$ 1.917,78 pouco mais de dois salários mínimos, porque deve ser muito dinheiro para quem tem a responsabilidade de formar integralmente crianças e jovens através da educação.

     De quatro em quatro anos, os políticos disputam as eleições, sobem aos palanques e prometem que em seu governo a Educação será prioridade e os professores serão valorizados. Depois que assumem, eles esquecem as promessas e tentam iludir a sociedade, principalmente os mais pobres, dizendo que a educação pública tem qualidade. Então, por que eles só colocam seus filhos para estudarem nas melhores escolas particulares? O Senador Cristovam Buarque encaminhou um projeto ao senado obrigando os filhos de políticos a estudarem em escola pública, eles engavetaram o projeto, por que será?

     Os políticos não valorizam os professores das escolas públicas porque a maioria deles estudou em escolas particulares e, como alunos, eles não conheceram o descaso dos governantes pela educação pública, pela falta de condições de trabalho, falta de professores nas escolas, prédios deteriorados, falta de quadras esportivas, falta de carteiras, giz e papel e a baixa remuneração dos professores, esta sempre foi a realidade da escola pública. . É importante lembrar que todos os profissionais aprenderam e foram formados através dos professores, da Educação Infantil à Universidade e os políticos estão inclusos neste contexto.

     O professor é de extrema importância para o presente e o futuro da sociedade, pois tem a capacidade de construir um mundo melhor através da formação integral de seus alunos. Sendo o professor um formador de opinião, é através da educação que poderemos formar cidadãos conscientes dos seus direitos e deveres para a construção de uma sociedade mais justa, igualitária e democrática.

     Professor  vença todos os percalços que surgirem na sua profissão, defenda seus direitos, valorize-se, lute, seja um guerreiro, porque seus alunos precisam que você seja um exemplo, um espelho para toda a vida. Esperamos que nossos alunos atuais sejam os futuros governantes, menos técnicos e mais humanos, e que valorizem quem os ajudam a se tornarem mulheres e homens sábios, dignos, honestos e cristãos: os PROFESSORES.

Por Professor José Costa

segunda-feira, 7 de julho de 2014

34 anos de trabalho, cadê a minha aposentadoria?

O maior sonho do trabalhador é se aposentar depois de vários longos anos de trabalho, seja no setor privado ou no público, contribuindo com o engrandecimento da nação. Mas, com o passar dos anos, está ficando cada vez mais difícil o cidadão comum se aposentar, pois o governo está sempre mudando as regras das aposentadorias, alegando o aumento da expectativa de vida do brasileiro, fazendo com que o trabalhador contribua por mais tempo e aumentando a idade da aposentadoria.

     No dia 09 de Abril de 1980, assinei o contrato de trabalho com o Governo de Sergipe através da Secretaria de Estado da Educação e Cultura, que me autorizava a lecionar aulas de Educação Física no Colégio Estadual Murilo Braga. Nesta época, o professor tinha que contribuir por 30 anos para aposentar-se.

     Com a Constituição Federal de 1988, os professores adquiriam a aposentadoria especial por tempo de serviço após 30 anos para homens e 25 anos para mulheres, independente da idade. Em Abril de 2010, com 30 anos de trabalho, era para eu me aposentar, se lei esta estivesse em vigor, mas continuo até os dias atuais e por quê? Porque de acordo com a Emenda Constitucional 20 de 1998, aprovada no congresso e sancionada pelo Presidente Fernando Henrique do PSDB, o professor do sexo masculino para obter o direito à aposentadoria precisava ter contribuído por 30 anos e a idade de 55 anos, esta lei prorrogou a aposentadoria de milhares de professores por todo o Brasil. A mesma emenda permitia aos professores, através da regra de transição, que estivessem próximos da aposentadoria até 15 de Dezembro de 1998, fossem aposentados com 53 anos de idade e 30 anos de trabalho.

     Em 31 de Dezembro de 2003, o Presidente Lula do PT promulgou a Emenda Constitucional 41 que reduziu ainda mais os direitos previdenciários dos servidores públicos. A Emenda manteve a regra de transição, mas fixou pesado redutor de salário de 3,5% e 5% a cada ano de antecipação, se a aposentadoria fosse antes ou depois de 31 de Dezembro de 2005, respectivamente, para o sexo masculino e feminino. Esta lei obrigou os professores do sexo masculino não optarem pela aposentadoria antes dos 55 anos, a idade mínima.

     Em 5 de Julho de 2005, ainda no Governo de Lula do PT, foi promulgada a Emenda Constitucional 47 que, para diminuir o impacto da EC 41 para os servidores públicos, determinava que a cada ano trabalhado além da idade para aposentar-se haveria a redução de um ano na idade, mas infelizmente esta lei não se aplica aos professores, apesar se sermos servidores públicos.

     Já era para eu estar aposentado em uma das três situações: se a Constituição Federal de 1988 estivesse em vigor, teria me aposentado em 09 de Abril de 2010, com 30 anos de contribuição; em  07 de Julho de 2013, se a Emenda Constitucional 47 valesse para os professores, pois após ter trabalhado de 09 de Abril de 2010 a 09 de Abril de 2013, teria diminuído 2 anos na idade mínima  e me aposentado com 53 anos e em 07 de Julho de 2014, se a Emenda Constitucional 41 estivesse valendo até hoje, já que nesta data completei 53 anos, a idade mínima que requeria esta lei.

     As leis mudaram as aposentadorias dos servidores públicos, e em especial, aos dos professores, mas menos a dos políticos, que continuam especiais.

O que mais me deixa indignado e revoltado é saber que Deputados Estaduais e Federais se aposentam com salário integral após 3 legislaturas, ou seja 12 anos de “trabalho” e os Senadores após um mandato de 8 anos, e foram eles que aprovaram as mudanças nas leis. Os Governadores e o Presidente que promulgam as leis se aposentam após um mandato, ou seja, com 4 anos de “trabalho”, recebendo o salário igual ao Desembargador Estadual se for Governador e igual ao Ministro do Supremo Federal se for Presidente. Eles mudaram a Lei da aposentadoria dos professores e dos servidores públicos, mas a deles não, deve ser porque eles trabalham muito, ganham pouco e a expectativa de vida deles é baixa. Como diz o ditado popular: “Farinha pouca, meu pirão primeiro”.

     Este ano com as eleições para Deputado, Senador, Governador e Presidente fica difícil em quem votar, é bem capaz, independente de quem sejam os eleitos, que criem uma lei aumentando ainda mais a aposentadoria do trabalhador, enquanto a deles não seja modificada. A maioria dos Políticos e Partidos são “farinha do mesmo saco”, tanto faz PT, PSDB, PMDB e todos os outros P, pois eles não têm compromisso com a população e sim, com os próprios umbigos, familiares e apadrinhados.

     Em respeito aos meus alunos, ao Colégio Estadual “Murilo Braga”, a minha profissão e ao zelo do meu nome, continuarei trabalhando com respeito, responsabilidade, seriedade, compromisso e dedicação como quando iniciei há 34 anos e sabendo que terei a esperar mais dois anos para me aposentar, e somados serão 36 anos, 2 meses e 29 dias de contribuição e com 55 anos de idade, se os políticos não mudarem a lei até lá.

     Cadê a minha aposentadoria? O gato comeu, ou foram os políticos do PSDB, PT, PMDB... que a comeram?

Por Professor José Costa

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Professores da rede estadual de Sergipe entrarão em greve por tempo indeterminado

Magistério da rede estadual em greve a partir do dia 03 de junho

Os professores da rede estadual decidiram em assembleia realizada nesta quarta-feira, dia 29, que a partir da segunda, dia 03, entram em greve por tempo indeterminado.

O magistério perdeu a paciência com a falta de resposta do governo sobre o reajuste do piso dos anos de 2012 e 2013 e não tiveram outra saída a não ser paralisar as atividades.

Na segunda, a partir das 15h acontece assembleia no Instituto Histórico e Geográfico para avaliar o primeiro dia de greve, logo após os educadores ocupam as galerias da Assembleia Legislativa.

Na terça, dia 04, a partir das 8h o magistério da rede estadual se reúne em ato público em frente a Secretaria da Fazenda.

Após a assembleia os professores saíram em caminhada pelas ruas do centro comercial de Aracaju comunicando a sociedade sergipana dos motivos da greve.

“Se há um culpado pela deflagração dessa greve é o Governo do Estado que se recusou a receber os professores para negociar. O magistério está na luta pelo cumprimento de uma lei, a lei do piso, que assegura reajustes anuais e não vai aceitar que o gestor de plantão descumpra uma lei que foi conseguida através de muito suor, lágrimas e até sangue de milhares de educadores”, disse da Ângela Melo, presidenta do SINTESE. 

Fonte: Sintese

domingo, 10 de março de 2013

A importância dos professores e pais na educação

Há algum tempo, a imprensa nacional apresentou uma mãe revoltada com a professora que obrigou seu filho a pintar uma parede por ele pinchada e de tê-lo constrangido perante os colegas e por isto, não estava querendo ir mais à escola. A escola tinha sido pintada por um mutirão de pais, professores e alunos durante um final de semana e a professora ao ver o que o aluno tinha feito, tomou a decisão correta de mandar o aluno pintar; decisão esta, que foi errada na opinião da mãe e de 2% dos internautas que responderam a enquete no site da Rede Globo; a maioria usou o bom senso e concordou com a professora.

Esta mãe deveria era agradecer a professora por ter ensinando ao seu filho respeito e responsabilidade com o patrimônio público e impondo-lhe regras e limites, o que ele provavelmente não recebe em casa. Alguns pais não educam seus filhos em casa, onde deve ser a base para a educação, e quando o professor tenta fazer o que eles não fazem, é criticado, agredido e até processado. Este é um dos milhares de casos que ocorrem diariamente nas escolas de todo o país e que a maioria do povo não fica sabendo. Professores, alunos e pais se confrontam dentro e fora das salas de aula pelas inversões de valores que a sociedade impõe a todos, como se fossem normais. Professores são xingados, ameaçados e agredidos física e moralmente por alguns alunos e pais que não compreendem o verdadeiro papel dos mesmos na escola. O professor não é apenas um transmissor de conteúdos, mas que também contribui na formação integral do aluno, ensinando-o valores morais e sociais, que muitas vezes não são ensinados em casa. Esses valores fazem com que o cidadão seja consciente de seus deveres e direitos perante a sociedade. O que esta acontecendo na escola é um reflexo de casa, os filhos não respeitam os pais e automaticamente não respeitam os professores na escola.

Algumas décadas atrás, o professor era considerado um segundo pai. Na escola, era uma autoridade, tinha o respeito dos alunos e da sociedade. Alguns pais chegavam a autorizar ao professor de ser rígido com seu filho quando o mesmo não se comportasse, faltasse com o respeito ou não quisesse estudar. Atualmente, estamos vendo o contrário: o professor não pode repreender o aluno na frente dos demais; se falar em cidadania, é “chato”; quando disciplina, é “autoritário”; se não enrola nas aulas, explica todo o conteúdo é, “certinho demais”; se não falta, não chega atrasado ou não termina a aula antes do horário é, “Caxias”; se não deixa o aluno gazear a aula, é “moralista”, se não permite as conversas paralelas em sala de aula, é “enjoado”, ou seja, o professor que ensina e tem compromisso com a educação é para alguns alunos um professor ruim, é a inversão dos valores; ainda bem que a maioria quer alguma coisa, mas os que não querem atrapalham e prejudicam o bom andamento de uma aula.

Alguns pais querem passar a responsabilidade de educar seu filho á escola, porque eles não têm tempo de educá-lo em casa, estão sempre muito ocupados ou trabalhando e ficam ausentes da educação dele. Em casa, dão tudo que o filho pede, não sabem dizer não no momento certo e por isto, não impõe limites. Quando o filho chega à escola, o professor faz tudo ao contrário dos pais: aplica regras, faz cobranças, impõe limites e ai, há o confronto de valores. É quando alguns alunos se rebelam contra o professor e a escola se transforma em campo de batalha, eles se tornam indisciplinados e até agressivos. É lamentável que alguns pais apoiem os filhos e fiquem contra os professores, mesmo sabendo que eles estão errados. Como afirmou Coelho Neto: “É na educação dos filhos que se revelam as virtudes dos pais”.

Durante o ano letivo, todos os pais são convidados a participarem das reuniões de pais e mestres para serem informados sobre a vida escolar de seus filhos, mas alguns nunca comparecem. Quando o filho é reprovado, eles procuram a direção, coordenação ou o professor para questionar, reclamar e culpá-los pelo fato.

Alguns professores estão sendo desestimulados a continuar na profissão pela falta de interesse dos alunos pelo estudo, pela pouca valorização da sociedade, por ter a menor remuneração entre os profissionais com formação equivalente e pela falta de compromisso dos políticos com a educação, mesmo com a campanha do MEC mostrando a importância do professor no desenvolvimento de um país.

Os pais precisam refletir melhor sobre a importância deles na educação do seu filho, acompanhando-o na escola, participando das reuniões para saber sobre o seu desempenho e comportamento nos estudos; conversando com os professores, coordenadores e direção para saber se ele está assistindo às aulas, se gosta de estudar, se é bem comportado. As respostas logo aparecerão e os problemas com a indisciplina poderão ser solucionados a tempo. Os professores querem que seus alunos sejam bem educados e tenham sucesso na vida, porque apesar dos percalços da profissão, a sua formação é de educador.  Dessa forma, a educação das crianças deve ser conduzida pelas duas maiores instituições da sociedade: família e escola. Como afirmou Pitágoras: “Eduquem as crianças e não será necessário castigar os homens”.

José Costa
Professor de Educação física
CREF 000245-G/SE

domingo, 22 de abril de 2012

Valorize os professores

“Conta uma estória que um correligionário procura um amigo deputado federal para pedir um emprego para o seu filho que tinha acabado de completar o supletivo do 1º grau. O deputado oferece uma vaga de assessor para ganhar 10 mil reais. Ele diz ao deputado que é muito. O deputado oferece outro cargo ganhando 5 mil reais. Ele pergunta se não tem um empreguinho que pagasse 1mil até 2 mil reais. O deputado responde que tem, mas aí é só por concurso e é para quem tem curso superior, pós-graduação ou mestrado, além do mais ele terá que comparecer ao trabalho todos os dias.”

No Brasil é assim, os amigos e apadrinhados dos políticos ganham cargos com altos salários e não precisam trabalhar, enquanto os professores têm que trabalhar bastante planejando aulas, estudando, atualizando-se, ensinando, realizando avaliações, investindo na profissão, mas ganhando pouco e não têm direito a fazer greve para reivindicar melhoria salarial e condições de trabalho em prol da educação. Para os políticos e algumas pessoas da sociedade os professores devem ser abnegados à profissão, porque já sabem de antemão que vão ganhar mal e por isso não podem reclamar da baixa remuneração e esta cruz terá que ser carregada pelo resto da vida.

Já virou rotina todos os anos, alguns governadores e prefeitos não querem pagar o piso salarial e os professores entram em greve para ter seus direitos assegurados por lei. Os que querem pagar o piso retiram direitos adquiridos dos educadores conquistados anos atrás e outros só querem pagar o piso aos professores de nível médio, não valorizando os professores graduados.

Os professores não desejam fazer greve todos os anos, apenas querem que a lei do piso do magistério seja cumprida como determinou o STF, quando foi questionado por alguns governadores sobre a inconstitucionalidade do piso. Quando a greve ocorre é por necessidade de pressionar os governantes a pagar o piso, até porque a luta dos educadores não é só por aumento salarial, mas a favor da educação pública de qualidade.

Não tem nada pior que um empregado mal remunerado, desiludido e desmotivado, e isto vêm acontecendo com os professores há décadas. Com a criação e aprovação do piso salarial do magistério pelo congresso e sancionado pelo Presidente da República, os professores sentiram-se valorizados e ficaram entusiasmados com a possibilidade de melhorar os salários. No entanto, alguns governadores e prefeitos acreditam que os educadores não merecem ganhar um piso de R$ 1.451.00, pouco mais de dois salários mínimos, porque deve ser muito dinheiro para quem tem a responsabilidade de formar integralmente crianças e jovens através da educação.

De quatro em quatro anos, os políticos disputam as eleições, sobem aos palanques e prometem que em seu governo a Educação será prioridade e os professores serão valorizados. Depois que assumem, eles esquecem as promessas e tentam iludir a sociedade, principalmente os mais pobres, dizendo que a educação pública tem qualidade. Então, por que eles só colocam seus filhos para estudarem nas melhores escolas particulares? O Senador Cristovam Buarque encaminhou um projeto ao senado obrigando os filhos de políticos a estudarem em escola pública, eles engavetaram o projeto, por que será?

Os políticos não valorizam os professores das escolas públicas porque a maioria deles estudou em escolas particulares e, como alunos, eles não conheceram o descaso dos governantes pela educação pública, pela falta de condições de trabalho, falta de professores nas escolas, prédios deteriorados, falta de quadras esportivas, falta de carteiras, giz e papel e a baixa remuneração dos professores, esta sempre foi a realidade da escola pública. . É importante lembrar que todos os profissionais aprenderam e foram formados através dos professores, da Educação Infantil à Universidade e os políticos estão inclusos neste contexto.

O professor é de extrema importância para o presente e o futuro da sociedade, pois tem a capacidade de construir um mundo melhor através da formação integral de seus alunos. Sendo o professor um formador de opinião, é através da educação que poderemos formar cidadãos conscientes dos seus direitos e deveres para a construção de uma sociedade mais justa, igualitária e democrática.

Professor, vença todos os percalços que surgirem na sua profissão, defenda seus direitos, valorize-se, lute, seja um guerreiro, porque seus alunos precisam que você seja um exemplo, um espelho para toda a vida. Esperamos que nossos alunos atuais sejam os futuros governantes, menos técnicos e mais humanos, e que valorizem quem os ajudam a se tornarem mulheres e homens sábios, dignos, honestos e cristãos: os PROFESSORES.

José Costa
Professor de Educação física

domingo, 15 de abril de 2012

Professores da rede estadual em greve a partir do dia 16


Os professores da rede estadual estão em greve por tempo indeterminado a partir da próxima segunda-feira, dia 16. E no primeiro de greve os professores acampam em frente a Assembleia Legislativa - ALESE a partir das 8h, pois às 9h a presidenta do SINTESE, Ângela Maria de Melo participa de audiência pública na Comissão de Educação da ALESE, que também contará com a presença do secretário de Educação, Belivaldo Chagas.

A decisão de paralisar as atividades por tempo indeterminado foi tomada na assembleia da categoria realizada no último dia 10. “Não vamos aceitar que a nossa carreira por qual batalhamos através de décadas de luta seja destruída”, afirmou a presidenta Ângela Maria de Melo.

Não pagará piso

Na última audiência com o secretário de Planejamento, Orçamento e Gestão, Oliveira Júnior o governo apresentou a sua versão de pagamento do piso.

Para o governo de Sergipe somente os professores em início de carreira com formação em nível médio têm direito ao reajuste de 22,22%. Os professores com formação em nível médio, independente do tempo de serviço, terão como vencimento R$1.451. Da forma apresentada pelo secretário, o professor de nível médio que tiver 3 ou 30 anos de magistério terá o mesmo vencimento. Isso não é pagar piso.

Para os professores com formação em nível superior a revisão da tabela de vencimentos para os professores dos demais níveis (II, III, IV e V) não seguirá a Lei do Piso e será baseada no IPCA – Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo que está na faixa dos 6,5%.

Perdas entre 18% e 25%

Na assembleia a direção do SINTESE apresentou os primeiros cálculos do impacto do não cumprimento da lei do piso pelo governo do Estado. Além de um reajuste menor, os professores também têm um impacto negativo na progressão vertical.

Atualmente um professor com nível superior recebe no salário inicial 40% a mais que um educador com nível médio. Com essa forma de revisão salarial apontada pelo governo do Estado essa diferença cairia para 21,97%. As perdas para os educadores com doutorado chegam a 25,75%.

“Esses cálculos já demonstram as perdas levando em conta somente o vencimento inicial, ao calcularmos as demais componentes do salário do professor esse prejuízo será muito maior”, apontou Roberto Silva dos Santos, diretor do Departamento de Base Estadual do SINTESE.

Fonte: http://www.sintese.org.br/index.php?/Rede-Estadual/professores-da-rede-estadual-em-greve-a-partir-do-dia-16

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

"Governo incoerente leva professores às lágrimas", diz Iran Barbosa


Professores se exaltam e sessão precisa ser suspensa. Mas projeto que contraia magistério é aprovado

Quando viu que estava sendo fotografada, a professora, que aparece de óculos na foto que ilustra essa matéria, levantou o cartaz que segurava para tentar cobrir as lágrimas que molhavam seu rosto. A cena caracterizou a indignação dos professores da rede pública de Sergipe que assistiram na manhã de hoje, dia 15, a Assembleia Legislativa aprovar o Projeto Complementar do Executivo (nº 20) que divide a categoria, limitando o reajuste do Piso Salarial apenas para os cerca de 300 professores do nível médio. Os demais níveis, mais de 11 mil, ficam de fora do benefício.

"Há muita incoerência. A lógica do Governo Déda é múltipla. De um conjunto de partidos de interesses diversos que expressa a contradição do governo, principalmente, com os projetos que são encaminhados por ele, para sua bancada aprovar. É simplesmente um desrespeito com a categoria dos professores", comentou o ex-deputado Iran Barbosa (PT), que chegou este ano a renunciar o cargo de secretário do Governo do Estado quando outro projeto do Executivo que contrariava os professores estava sendo aprovado na Assembleia.

Sessão tensa
Na sessão tensa desta quinta-feira, não só ele, mas os jornalistas e deputados presenciaram a indignação dos professores nas galerias, que esquentou o clima na Casa. Por diversas vezes a presidente deputada Angélica Guimarães (PSC) precisou ameaçar a retirada dos manifestantes e até convidar, nominalmente, alguns a se retirarem. A sessão chegou a ser suspensa. Eram vaias. Professores dando indireta em deputado: "levanta pastor (Antônio) , defenda o professor". Populares reclamando de sindicalista: "se Gualberto (deputado líder do Governo) é traidor, Ana Lúcia também é porque é do mesmo Governo". Presidente de Sintese levantando a voz. Professora deputada pedindo calma. E professores chorando.

Fora os cartazes: "Que vergonha! A reposta vem em 2014"; "Estávamos mentindo? Nossas convicções não se vendem"; "Os filhos do MST, de escola pública, não merecem traição"; "Fala de Gualberto em 06/2011: se alterar a carreira dos professores eu voto contra".

Com argumentos, provas documentais, e até emenda, a deputada Ana Lúcia (PT) tentou derrubar o projeto. Mas apenas seis deputados a seguiram: Zé Franco (PDT), Maria Mendonça (PSC) Capitão Samuel, e a oposição com Venâncio Fonseca, Gorete Reis e Arnaldo Bispo. Augusto Bezerra faltou. E até o secretário de Estado da Indústria, deputado Zeca da Silva (PSC), reassumiu o mandato por dois dias para participar da votação. Foi um placar de 13 X 7 a favor do projeto.

Sem lógica
"Se vamos aprovar um orçamento de 2012 onde apresenta um reajuste de 18,6% para o professor, porque antes disso aprovar um projeto que impede a maioria de receber? Qual é lógica disso", questionou Ana Lúcia com os cálculos dos orçamento detalhado em mãos. "Esse projeto só corta o coração e traz tristeza, porque vemos nossa luta de 30 anos ser retardada agora por nosso governo, que acompanhou toda nossa batalha", lamentou a professora Ana Lúcia.

Já o líder do governo, deputado Francisco Gualberto (PT), defendeu que nenhum Estado pagou o piso dos professores como fez Sergipe. Então isso mostra que é preciso se organizar os Estados para as condições necessárias suprir a despesa com o piso. O Estado declarou que não tem como pagar R$ 150 milhões a mais da folha, então esse projeto vem amenizar até um debate que deve chegar até o Supremo Tribunal Federal, porque nenhum Estado está conseguindo cumprir a Lei do Piso.

Sem estimulo
De acordo com o professor Iran Barbosa, essa política de extinção dos professores de ensino médio acaba por achatar a carreira do magistério, onde nenhum professor terá mais estimulo para se tornar do nível superior, já que não existirá mais diferença salarial. "Inclusive ficamos com a perspectiva de ganharmos menos que o professor de ensino médio. Então a derrota não é só do magistério, mas sim da educação que, infelizmente, pode ser atingida quando o professor não é estimulado. Lutamos por uma conquista nacional, mas o Governo de Sergipe, através de uma manobra, aprova um projeto que o livra de cumprir o Piso Salarial. Apesar de petista, eu não apoio a posição do Governo Déda que fere os direitos dos trabalhadores. E por isso até cobramos que os parlamentares que seguem esse conceito, que é um desrespeito com seu próprio mandato que apresentem suas justificativas para tanta incoerência", criticou Iran.

Fonte: Da redação Universo Político.com - Por Raissa Cruz

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Valorize os professores

“Conta uma estória, que um correligionário procura um amigo deputado federal para pedir um emprego para o seu filho que tinha acabado de completar o supletivo do 1º grau. O deputado oferece uma vaga de assessor para ganhar 10 mil reais. Ele diz ao deputado que é muito. O deputado oferece outro cargo ganhando 5 mil reais. Ele pergunta se não tem um empreguinho que pagasse 1mil até 2 mil reais. O deputado responde que tem, mas aí é só por concurso e é para quem tem curso superior, pós-graduação ou mestrado, além do mais ele terá que comparecer ao trabalho todos os dias.”

No Brasil é assim, os amigos e apadrinhados dos políticos ganham cargos com altos salários e não precisam trabalhar, enquanto os professores têm que trabalhar bastante planejando aulas, estudando, atualizando-se, ensinando, atualizando diários, realizando avaliações, investindo na profissão, mas ganhando pouco e não têm direito a fazer greve para reivindicar melhoria salarial e condições de trabalho em prol da educação. Para os políticos e algumas pessoas da sociedade os professores devem ser abnegados à profissão, porque já sabem de antemão que vão ganhar mal e por isso não podem reclamar da baixa remuneração, e esta cruz terá que ser carregada pelo resto da vida.

Os professores não desejam fazer greve, apenas querem que a lei do piso do magistério seja cumprida como determinou o STF, quando foi questionado por alguns governadores sobre a inconstitucionalidade do piso. Se a greve ocorrer, a maioria da população apoiará, principalmente os pais e os alunos, porque sabem que ela é legitima e conhecem a luta dos educadores a favor da educação pública.

Não tem nada pior que um empregado mal remunerado, desiludido e desmotivado, e isto vêm acontecendo com os professores há décadas. Com a criação e aprovação do piso salarial do magistério pelo congresso e sancionado pelo Presidente da República, os professores sentiram-se valorizados e ficaram entusiasmados com a possibilidade de melhorar os salários. No entanto, alguns governadores e prefeitos acreditam que os educadores não merecem ganhar um piso de R$ 1.187,08, porque deve ser muito dinheiro para quem tem a responsabilidade de formar integralmente crianças e jovens através da educação.

De quatro em quatro anos, os políticos disputam as eleições, sobem aos palanques e prometem que em seu governo a Educação será prioridade e os professores serão valorizados. Depois que assumem, eles esquecem as promessas e tentam iludir a sociedade, principalmente os mais pobres, dizendo que a educação pública tem qualidade. Então, por que eles só colocam seus filhos para estudarem nas melhores escolas particulares? O Senador Cristovam Buarque encaminhou um projeto ao senado obrigando os filhos de políticos a estudarem em escola pública, eles engavetaram o projeto. Sabe por que os políticos não valorizam os professores das escolas públicas? Porque a maioria deles estudou em escolas particulares e como alunos, eles não conheceram o descaso dos governantes anteriores pela educação pública, pela falta de condições de trabalho, falta de professores nas escolas, prédios deteriorados, falta de quadras esportivas, falta de carteiras, giz e papel e a baixa remuneração dos professores, esta sempre foi a realidade da escola pública. É importante lembrar que todos os profissionais aprenderam e foram formados através dos professores, da Educação Infantil à Universidade e os políticos são incluídos neste contexto.

O professor é de extrema importância para o presente e o futuro da sociedade, pois tem a capacidade de construir um mundo melhor através da formação integral de seus alunos. Sendo o professor um formador de opinião, é através da educação que poderemos formar cidadãos conscientes dos seus direitos e deveres para a construção de uma sociedade mais justa, igualitária e democrática.

Professor vença todos os percalços que surgirem na sua profissão, defenda seus direitos, valorize-se, lute, seja um guerreiro, porque seus alunos precisam que você seja um exemplo, um espelho para toda a vida. Esperamos que nossos alunos atuais sejam os futuros governantes, menos técnicos e mais humanos, e que valorizem quem os ajudam a se tornarem mulheres e homens sábios, dignos, honestos e cristãos, os PROFESSORES.

José Costa
Professor de Educação física
CREF 000245-G/SE

sábado, 12 de março de 2011

Mensagem dos professores aos pais na secretária eletrônica

Infelizmente, há pais que querem que seus filhos sejam aprovados, mesmo com muitas faltas sem motivos e sem fazer os trabalhos escolares. Insatisfeitos com a situação, os professores de uma escola na Califórnia-EUA, decidiram gravar na secretária eletrônica a seguinte mensagem:

– “Olá! Para que possamos ajudá-lo, por favor, ouça todas as opções:

– Para mentir sobre o motivo das faltas do seu filho – tecle 1.

– Para dar uma desculpa por seu filho não ter feito o trabalho de casa – tecle 2.

– Para se queixar sobre o que nós fazemos – tecle 3.

– Para insultar os professores – tecle 4.

– Para saber por que não foi informado sobre o que consta no boletim do seu filho ou em diversos documentos que lhe enviamos – tecle 5.

– Se quiser que criemos o seu filho – tecle 6.

– Se quiser agarrar, esbofetear ou agredir alguém – tecle 7.

– Para pedir um professor novo pela terceira vez este ano – tecle 8.

– Para se queixar do transporte escolar – tecle 9.

– Para se queixar da alimentação fornecida pela escola – tecle 0.

– Mas se você já compreendeu que este é um mundo real e que seu filho deve ser responsabilizado pelo próprio comportamento, pelo seu trabalho na aula, pelas tarefas de casa, e que a culpa da falta de esforço do seu filho não é culpa do professor, desligue e tenha um bom dia!”

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Piso Nacional: Professores podem ter o mesmo reajuste salarial dos senadores!



Piso Nacional: Professores podem ter o mesmo reajuste salarial dos senadores!

Os senadores Cristovam Buarque-DF e Pedro Simon-RS apresentaram em 16/12/2010 projeto de lei estendendo o mesmo reajuste salarial concedido aos senadores para o Piso Salarial Profissional Nacional para os professores da educação básica das escolas públicas brasileiras. Com o reajuste de 61,78% do aumento dos senadores, o piso salarial dos professores passará de 1.024,00 para R$ 1.656,62, valor inferior ao valor pago aos parlamentares a cada mês: R$ 26.723,13. Para o senador Cristovam Buarque, a desigualdade salarial é substancial, talvez a maior em todo o mundo, com consequências desastrosas para o futuro do Brasil. Na opinião do senador, a aprovação do reajuste de 61,78% para os professores da educação básica permitirá, ao Senado, uma demonstração mínima de interesse com a educação das nossas crianças e a própria credibilidade da Casa. Pelo exposto solicito que apoie o Abaixo-assinado que está disponível em: www.peticaopublica.com.br/?pi=P2010N4645 , e não deixe de divulgar. Qualquer um pode assinar, não precisa ser professor. Ajude a educação de nosso país. Por favor, leiam com atenção, assinem e divulguem para o máximo de professores que conseguirem.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

O segredo da longevidade dos professores


De onde vem a longevidade dos professores....

O SEGREDO...

Um médico saiu a caminhar e viu uma velhinha sentada no banco de uma praça.

Aproximou-se e perguntou:

"Nota-se que está bem, qual é seu segredo?

Ela então respondeu:

"Sou PROFESSORA, durmo às 4 da manhã elaborando provas, me levanto às 6. Nos fins de semana não pratico esportes, não me divirto. Trabalho corrigindo avaliações, organizando as aulas, preenchendo diários de classe, fazendo planejamentos, procurando músicas para passar para os alunos, procurando vídeos na internet para não deixar as aulas monótonas, não tenho tempo para os meus filhos, só para os filhos dos outros, todo final de semana estou sempre com algo para elaborar ou corrigir, inclusive nos feriados, como hoje 1º de maio, dia do trabalhador. Não tomo café da manhã, não almoço e nem janto porque não dá tempo.

O doutor então exclamou:

- "Mas isso é extraordinário". A senhora tem quantos anos?

- 37, respondeu-lhe a velhinha....

Autor desconhecido

domingo, 11 de outubro de 2009

A importância dos professores e dos pais na educação

Recentemente a imprensa nacional apresentou uma mãe revoltada com a professora que obrigou seu filho a pintar uma parede por ele pinchada e de tê-lo constrangido perante os colegas, e por isto não estava querendo ir mais à escola. A escola tinha sido pintada por um mutirão de pais, professores e alunos durante um final de semana e a professora ao ver o que o aluno tinha feito, tomou a decisão correta de mandar o aluno pintar; decisão esta, que foi errada na opinião da mãe e de 2% dos internautas que responderam a enquete no site da Rede Globo; a maioria usou o bom senso e concordou com a professora.

Esta mãe deveria era agradecer a professora por ter ensinando ao seu “filhinho” respeito e responsabilidade com o patrimônio público e impondo-lhe regras e limites, o que ele provavelmente não recebe em casa. Alguns pais não educam seus filhos em casa, onde deve ser a base para a educação, e quando o professor tenta fazer o que eles não fazem, é criticado, agredido e até processado. Este é um dos milhares de casos que ocorrem diariamente nas escolas de todo o país e que a maioria do povo não fica sabendo. Professores, alunos e pais se confrontam dentro e fora das salas de aula pelas inversões de valores que a sociedade impõe a todos, como se fossem normais. Professores são xingados, ameaçados e agredidos física e moralmente por alguns alunos e pais que não compreendem o verdadeiro papel do mesmo na escola, que não é apenas um transmissor de conteúdos, mas que também contribui na formação integral do aluno, ensinando-o valores morais e sociais, que muitas vezes não são ensinados em casa. Esses valores fazem com que o cidadão seja consciente de seus deveres e direitos perante a sociedade. O que esta acontecendo na escola é um reflexo de casa, os filhos não respeitam os pais e automaticamente não respeitam os professores na escola.

Algumas décadas atrás, o professor era considerado um segundo pai. Na escola, era uma autoridade, tinha o respeito dos alunos e da sociedade. Alguns pais chegavam a autorizar ao professor de ser rígido com seu filho quando o mesmo não se comportasse, faltasse com o respeito ou não quisesse estudar. Atualmente, estamos vendo o contrário: o professor não pode repreender o aluno na frente dos demais; se falar em cidadania, é “chato”; quando disciplina, é “autoritário”; se não enrola nas aulas, explica todo o conteúdo é, “certinho demais”; se não falta, não chega atrasado ou não termina a aula antes do horário é, “Caxias”; se não deixa o aluno gazear a aula, é “moralista”, se não permite as conversas paralelas em sala de aula, é “enjoado”, ou seja, o professor que ensina e tem compromisso com a educação é para alguns alunos um professor ruim, é a inversão dos valores; ainda bem que a maioria quer alguma coisa, mas os que não querem atrapalham e prejudicam o bom andamento de uma aula.

Alguns pais querem que a escola eduque seu filho sozinha porque eles não têm tempo de educá-los em casa, estão sempre muito ocupados, trabalhando e ficam ausentes da educação dele; dão tudo o que ele pede, não sabem dizer não no momento certo e por isto não impõe limites. Quando o filho chega à escola, o professor faz tudo ao contrário dos pais: aplica regras, faz cobranças, impõe limites e ai, há o confronto de valores. É quando alguns alunos se rebelam contra o professor e a escola se transforma em campo de batalha, eles se tornam indisciplinados e até agressivos. É lamentável que alguns pais apóiem os filhos e fiquem contra os professores, mesmo sabendo que eles estão errados. Como afirmou Coelho Neto: “É na educação dos filhos que se revelam as virtudes dos pais.”
Durante o ano letivo, todos os pais são convidados a participarem das reuniões de pais e mestres para serem informados sobre a vida escolar de seus filhos, mas alguns nunca comparecem. Quando o filho é reprovado, eles procuram à direção, coordenação ou o professor para questionar, reclamar e culpá-los pelo fato.

Alguns professores estão sendo desestimulados a continuar na profissão pela falta de interesse dos alunos pelo estudo, pela pouca valorização da sociedade, por ter a menor remuneração entre os profissionais com formação equivalente e pela falta de compromisso dos políticos com a educação, mesmo com a campanha do MEC mostrando a importância do professor no desenvolvimento de um país.

Os pais precisam refletir melhor sobre a importância deles na educação do seu filho, acompanhando-o na escola, participando das reuniões para saber sobre o seu desempenho e comportamento nos estudos; conversando com os professores, coordenadores e direção para saber se ele está assistindo as aulas, se gosta de estudar, se é bem comportado. As respostas logo aparecerão e os problemas com a indisciplina poderão ser solucionados a tempo. Os professores querem que seus alunos sejam bem educados e tenham sucesso na vida, porque apesar dos percalços da profissão, a sua formação é de educador. Como afirmou Pitágoras: “Eduquem as crianças e não será necessário castigar os homens.”

Por Professor José Costa

Valorizem os professores

“Conta uma estória, que um correligionário procura um amigo deputado federal para pedir um emprego para o seu filho que tinha acabado de completar o supletivo do 1º grau. O deputado oferece uma vaga de assessor para ganhar 10 mil reais. Ele diz ao deputado que é muito. O deputado oferece outro cargo ganhando 5 mil reais. Ele pergunta se não tem um empreguinho que pagasse 1mil até 2 mil reais. O deputado responde que tem, mas aí é só por concurso e é para quem tem curso superior, pós-graduação ou mestrado, além do mais ele terá que comparecer ao trabalho todos os dias.”

No Brasil é assim, os amigos e apadrinhados dos políticos ganham cargos com altos salários e não precisam trabalhar, enquanto os professores têm que trabalhar bastante planejando aulas, estudando, atualizando-se, ensinando, encerrando diários, realizando avaliações, investindo na profissão, mas ganhando pouco e não têm direito a fazer greve para reivindicar melhoria salarial e condições de trabalho em prol da educação. Para os políticos e algumas pessoas da sociedade os professores devem ser abnegados à profissão, porque já sabem de antemão que vão ganhar mal e por isso não podem reclamar da baixa remuneração, e esta cruz terá que ser carregada pelo resto da vida.

Quando o fisco, os médicos, a polícia fazem greve o governo imediatamente negocia o seu fim porque a sociedade sente de imediato as suas consequências, porém quando a greve é dos professores o governo protela o máximo possível, porque na educação as consequências só serão sentidas pelos estudantes a longo prazo. Como em todas as classes profissionais existem professores que não têm compromisso com o trabalho, alguns têm um comportamento na escola pública e outro diferente na particular; outros são preguiçosos; alguns são irresponsáveis, mas isso não tira o direito da classe de fazer uma greve justa para melhorar o salário, pois a grande maioria tem compromisso com a educação pública. Não tem nada pior que um empregado mal remunerado, desiludido, descrente e desmotivado e isto vêm acontecendo com os professores há décadas. Com a criação e aprovação do piso salarial do magistério pelo governo federal, os professores foram valorizados ao contrário do que aconteceu nos governos anteriores com a retirada da gratificação de sala de aula e duas medidas que diminuía o salário com o Funaserp e o redutor salarial resgatado através de decisões judiciais.

É importante lembrar que todos os profissionais aprenderam e foram formados através dos professores, da Educação Infantil à Universidade, sem esquecer que eles sistematizam o conhecimento para facilitar o aprendizado de todos. Você deve conhecer políticos, médicos, advogados ou engenheiros ricos, mas professores, não.

De quatro em quatro anos, os políticos disputam as eleições, sobem aos palanques e prometem que em seu governo a Educação será prioridade e os professores serão valorizados. Depois que assumem, eles esquecem as promessas e tentam iludir a sociedade, principalmente aos mais pobres, dizendo que a educação pública tem qualidade. Então, por que eles só colocam seus filhos para estudarem nas melhores escolas particulares? Para que seus filhos sejam aprovados nos melhores cursos das universidades e depois de formados consigam os melhores cargos e salários perpetuando suas famílias no poder. Sabe por que os políticos não valorizam os professores das escolas públicas? Porque a maioria deles estudaram em escolas particulares e como alunos, eles não conheceram o descaso dos governantes anteriores pela educação pública, pela falta de condições de trabalho, falta de professores nas escolas, prédios deteriorados, falta de quadras esportivas, falta de carteiras, giz e papel e a baixa remuneração dos professores, esta sempre foi a realidade da escola pública.

O professor é de extrema importância para o presente e o futuro da sociedade, pois tem a capacidade de construir um mundo melhor através da formação integral de seus alunos. Sendo o professor um formador de opinião, é através da educação que poderemos formar cidadãos conscientes dos seus direitos e deveres para a construção de uma sociedade mais justa, igualitária e democrática.

Professor vença todos os percalços que surgirem na sua profissão, defenda seus direitos, valorize-se, lute, seja um guerreiro, porque seus alunos precisam que você seja um exemplo, um guia, um espelho para toda a vida. Esperamos que nossos alunos atuais sejam os futuros governantes, menos técnicos e mais humanos e que valorizem quem os ajudaram a se tornarem mulheres e homens dignos, honestos e cristãos, os PROFESSORES.

Por José Costa
Professor de Educação física
CREF 000245-G/SE