segunda-feira, 16 de maio de 2011

Escolaridade revela conduta na prática de atividades físicas


O comportamento de uma pessoa em relação à prática de atividades físicas está diretamente associado à sua situação socioeconômica. As pessoas com mais anos de estudo são as que mais praticam atividades físicas de lazer. O assunto foi estudado pela professora e educadora física Evelyn Fabiana Costa em seu mestrado intitulado Prática de atividade física e sua relação com escolaridade em adultos de Ermelino Matarazzo, Zona Leste de São Paulo.

Evelyn esclarece que atividade física é qualquer gasto de energia além do gasto energético basal (aquele usado para manter o organismo vivo). Já o exercício físico é estruturado e tem objetivo definido, periodicidade e sequência. Ambos são fatores para prevenção e tratamento de doenças crônicas, com hipertensão, diabetes tipo 2, alguns tipos de câncer, depressão, ansiedade, entre outros.

A pesquisa, realizada entre 2007 e 2009, na Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, estava inserida dentro de uma pesquisa maior que avaliou a prática de atividades físicas em relação ao ambiente. Dela saíram várias pesquisas menores, como avaliação da fluência verbal de idosos, qualidade do sono, entre outras. “Utilizamos um questionário internacional, o IPAQ. Ele estabelece que, para o indivíduo se beneficiar da prática de atividade física, precisa praticar cerca de 30 minutos de atividades moderadas por dia, pelo menos 5 dias por semana, ou 20 minutos de atividades vigorosas, 3 vezes por semana. Se a pessoa pratica esse mínimo de atividades, convenciona-se que ela está, teoricamente, protegida do risco de doenças crônicas”, esclarece Evelyn.

A atividade física foi avaliada de forma fragmentada, utilizando quatro domínios: atividade física no lazer, no trabalho, no ambiente doméstico e de locomoção e deslocamento. O objetivo foi associar cada domínio com o nível sócioeconômico dos entrevistados.

Em estudos anteriores, Evelyn observou que o nível socioeconômico de um grupo era medido de três maneiras: pela ocupação profissional, pela renda, e pela escolaridade. “Escolhemos a escolaridade porque é o mais confiável dos três indicadores. Uma pessoa com escolaridade maior, possivelmente tem uma renda maior, um emprego melhor e, provavelmente, tem mais acesso a informações de cuidados com a saúde”, explica.

Os pesquisadores entrevistaram 385 idosos e 505 adultos no distrito de Ermelino Matarazzo, na Zona Leste de São Paulo, que é uma região de nível sócioeconômico baixo. “As entrevistas duraram cerca de 6 meses, nas quais aplicamos o questionário em postos de saúde e em alguns domicílios. Então avaliamos qual seria o impacto do nível de escolaridade do entrevistado dentro de cada um dos quatro domínios de atividade física”, explica Evelyn.

Resultados já esperados

Os resultados mostraram que a prática de atividade física no ambiente doméstico representou a maior proporção de pessoas fisicamente ativas, com 44,8% dos entrevistados, seguido das atividades realizadas como forma de locomoção e deslocamento, com 37,6%. As pessoas ativas na prática de atividades físicas de lazer, que é onde os governos concentram os esforços com políticas públicas de saúde e prevenção, representaram apenas 16% dos entrevistados.

Nas comparações por gênero, os homens foram mais ativos no lazer e no trabalho. Já as mulheres foram mais ativas nas atividades físicas domésticas.

Conclusões

Evelyn observou algumas associações positivas. Independentemente do sexo, quanto maior a escolaridade, maior a pratica mais atividades físicas de lazer, o que reflete o nível socioeconômico da pessoa. Homens mais escolarizados (acima de 12 anos de estudo) são menos ativos em atividades de locomoção do que os menos escolarizados (0 a 3 anos de estudo). E mulheres mais escolarizadas são menos ativas nas atividades domésticas que as menos escolarizadas.

“Os resultados mostram a necessidade de políticas públicas para incentivar a prática de atividades físicas de lazer na população de menor nível socioeconômico, como a construção de praças, parques, etc., principalmente em regiões menos favorecidas, como é o caso do distrito de Ermelino Matarazzo”, analisa a pesquisadora.

A pesquisa teve o apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

Texto: Paulo Roberto Andrade
Fonte: Agência USP

domingo, 15 de maio de 2011

IV Festival de Música Inglesa do Colégio O Saber


Hi boys and girls, nesta terça-feira, dia 17 de maio de 2011, o Colégio O Saber realizará o IV Festival de Música Inglesa, a partir das 19 horas, na Associação Atlética do Banco do Brasil (AABB).
Muita diversão, conhecimento e diversidade no mundo mágico da Língua Inglesa. Você não pode faltar, não perca! Convide os amigos e familiares para assistir um festival de música empolgante.

Coordenadora Rosângela

sábado, 14 de maio de 2011

Receita ideal de suco com 7 frutas protege o coração


Suco ideal

Uma pesquisa francesa indica que uma receita que mistura o suco de sete frutas pode diminuir o risco de ataque cardíaco e derrame.

Os cientistas testaram diferentes "vitaminas" com 13 frutas diferentes e descobriram - em testes de laboratório com porcos - que algumas misturas eram mais efetivas em fazer com que as paredes das artérias relaxassem.

A receita ideal, segundo os pesquisadores, inclui frutas fáceis de encontrar no Brasil, como maçã, uva, morango e acerola.

Mas encontrar os demais ingredientes - mirtilo, lingonberry (amora-alpina ou arando-vermelho) e chokeberry (conhecida nos Estados Unidos como aronia)- pode ser uma tarefa complicada.

Polifenóis

Estudos anteriores revelaram que compostos encontrados nas frutas, os polifenóis, protegem o coração e impedem o entupimento das artérias.

Os cientistas franceses decidiram então testar o efeito antioxidante de diferentes misturas de sucos de frutas.

Segundo os pesquisadores da Universidade de Estraburgo, o coquetel de sete frutas mais efetivo testado por eles aumentaria o fluxo de sangue para o coração, garantindo um melhor equilíbrio entre nutrientes e oxigênio.

O estudo, publicado no periódico Food and Function, também descobriu que alguns polifenóis são mais potentes que outros e que sua capacidade de eliminar radicais livres que podem danificar células e DNA é mais importante que a quantidade de polifenóis encontrada em cada fruta.

Frutas e legumes para o coração

Tracy Parker, da organização British Heart Foundation, diz que a pesquisa confirma a evidência de que o consumo de frutas e legumes reduz o risco de doenças cardíacas, mas faz uma ressalva.

"Nós ainda não entendemos por que, ou se, algumas frutas e legumes são melhores que outros. Mesmo este estudo admite que os cientistas não conseguiram estabelecer nenhuma ligação", diz ela.

"O que sabemos é que devemos comer uma boa variedade de frutas e legumes como parte de uma dieta balanceada, e suco de fruta é uma maneira prática e gostosa de fazer isso. Mas precisamos lembrar que sucos contêm menos fibras e mais açúcar que a fruta original."

Fonte: Diário da Saúde

Alterações do sono têm forte impacto no desempenho cognitivo


Sono e envelhecimento

Alterações do sono que ocorrem durante um período de cinco anos na idade adulta afetam fortemente a função cognitiva na terceira idade.

Homens e mulheres que tiveram variações no seu tempo de sono, passando a dormir menos do que 6 e mais do que 8 horas por noite, estão sujeitos a um declínio cognitivo acelerado.

Os efeitos verificados são equivalentes a um período de 4 a 7 anos de envelhecimento.

Dormir mais e dormir menos

As pessoas que passaram a dormir um adicional de 7 a 8 horas por semana tiveram menor pontuação em cinco de seis testes de função cognitiva, com a única exceção sendo o teste de memória verbal de curto prazo.

As pessoas que tiveram uma redução de 6 a 8 horas de sono por semana tiveram uma menor pontuação em três dos seis testes cognitivos - raciocínio, vocabulário e estado cognitivo global.

"O principal resultado do nosso estudo é que mudanças adversas na duração do sono parecem estar associadas com uma piora na função cognitiva em idade mais avançada," afirma a Dra. Jane Ferrie, da Universidade College London, no Reino Unido.

Sono de homens e mulheres

Os pesquisadores também descobriram que, nas mulheres, um sono de 7 horas de duração por noite esteve associado com a maior pontuação para cada teste cognitivo, seguido de perto por seis horas de sono noturno.

Entre os homens, a função cognitiva foi igual para aqueles que relataram dormir 6, 7 ou 8 horas por noite - somente durações menores do que 6 horas ou maiores do que 8 horas parecem estar associadas com menores notas nos testes cognitivos.
Embora os participantes em sua maioria fossem trabalhadores de escritório, o grupo de estudo abrangeu um amplo leque socioeconômico, com uma diferença de 10 vezes no salário.

Os pesquisadores ajustaram os efeitos da educação e da posição ocupacional devido à sua conhecida associação com o desempenho cognitivo.

O nível socioeconômico não responde por todas as associações observadas, indicando ou uma associação direta entre as alterações no sono e a função cognitiva, ou a uma associação mediada ou confundida por outros fatores além da educação e da posição ocupacional.

Importância do sono

Segundo os autores, um sono adequado e de boa qualidade é fundamental para a fisiologia humana e o bem-estar.

A privação do sono e a sonolência têm efeitos adversos sobre o desempenho, os tempos de reação, e problemas de atenção e concentração.

Além disso, a duração do sono está associada com uma vasta gama de medidas de qualidade de vida, tais como o relacionamento social, a saúde mental e física, e a morte precoce.

Fonte: Diário da Saúde

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Quem definiu o tamanho das horas e dos minutos?


Os babilônios, povo que viveu entre 1950 a.C. e 539 a.C., na Mesopotâmia, foram os primeiros a marcar a passagem do tempo. Ao construir o relógio de sol, dividiram o dia em 12 partes e depois em 24, que são as horas que usamos até hoje. “Como usavam os sistemas numéricos duodecimal (baseado no número 12) e sexagesimal (baseado em 60), os babilônios dividiram a hora em 60 partes, ‘inventando’ o minuto”, explica o metrologista (especialista em sistemas de medida) Pedro Luiz Montini, do Instituto de Pesos e Medidas (Ipem-SP). “Dividindo o minuto em 60 partes, eles chegaram à definição do segundo, embora só tenha sido possível detectá-lo com precisão séculos depois”, completa.

UMA BREVE HISTÓRIA DO TEMPO

Grandes civilizações dividiram o tempo em unidades que usamos até hoje.

ANO

Em 46 a.C., o general romano Júlio César adaptou o calendário egípcio – de 3000 a.C. O modelo juliano dividiu o ano em 365 dias – equivalente ao ciclo solar conhecido à época – e 12 meses. Em 1582, o papa Gregório XIII corrigiu imprecisões e estabeleceu o modelo atual, o gregoriano.

MÊS

Babilônios, egípcios e antigos chineses dividiam o ano em dez períodos, nomeados de acordo com seus deuses. Os romanos foram os primeiros a dividir o ano em 12 partes. Os nomes do sétimo e do oitavo mês, porém, eram quinctillis e sextillis – julho e agosto surgiram depois, em homenagem a Júlio César e ao imperador César Augusto.

Em 8 d.C., o senado romano jogou um dia de fevereiro para agosto. É que o mês de César Augusto tinha um dia a menos do que o de Júlio César (julho).

SEMANA

A definição do ciclo de sete dias tem origem dupla. De um lado, os astrólogos de Alexandria, capital do Egito por volta de 300 a.C., organizaram os dias em grupos de sete para seguir a ordem dos sete planetas até então conhecidos. De outro lado, a tradição hebraica do Shabbath, que estabelece um dia de culto a cada sete, no qual os judeus descansavam.

Os sumérios já observavam o ciclo de sete dias – relacionado às fases da Lua – antes de egípcios e hebreus, porém sem formalizar o sistema.

DIA

Os babilônios precisavam medir o tempo em frações menores que o dia e a noite. Para isso, inventaram o primeiro relógio da humanidade, o relógio de sol. Ainda não dava para marcar as horas com precisão, mas a trajetória da sombra separava o dia em 12 partes. Com o mesmo raciocínio, dividiram a noite também.

HORA

A definição de horas, minutos e segundos era conhecida desde os babilônios, mas demorou até alguém medir o tempo com precisão. O relógio mecânico só surgiu no século 14 e atrasava 15 minutos por dia – um dia a cada três meses! Em 1656, com o relógio de pêndulo, o atraso diminuiu para um minuto por semana.

O segundo equivalia a 1/60 do minuto até 1967, quando o Sistema Internacional de Unidades definiu sua duração baseado na radiação do átomo de césio 133.

OUTRAS MEDIDAS

Com o avanço tecnológico, surgiu a necessidade de medir intervalos de tempo menores. É o caso do microssegundo (milionésima parte de um segundo), do femtossegundo (1 quatrilhão de vezes menor que um segundo) e do attossegundo (mil quatrilhão de vezes menor que um segundo), o menor tempo já medido por cientistas.

Membros da Revolução Francesa tentaram emplacar um sistema decimal para medir o tempo – a fim de uniformizá-lo com as medidas de distância.

CONTA OUTRA

Países orientais mantêm calendários bem diferentes do que os usados no Ocidente.

A Índia segue um calendário baseado no ciclo lunar, com o ano zero equivalente a 79 d.C. Para os chineses, o ano tem 354 dias e a medição do tempo é lunissolar, ou seja, considera o movimento da Terra em relação ao Sol e à Lua. Para não perder a sincronia com o ciclo solar, a cada oito anos mais 90 dias entram no calendário. O calendário dos judeus também é lunissolar. Os meses têm 29 ou 30 dias e, para compensar os dias perdidos em relação ao ciclo solar, acrescenta-se um 13º mês em alguns anos.

Fonte: Revista Mundo Estranho - por Sheyla Miranda

Como se forma o chulé?


O chulé - ou bromidrose - é uma espécie de pum emitido por bactérias que se alojam nos nossos pés. Depois de se alimentarem de pedacinhos de pele morta e do suor acumulados no pé, as bactérias eliminam compostos químicos como ácido isovalérico e metanotiol, que causam o fedor característico. O cheirinho dequeijo do chulé não é mera coincidência: bactérias que atacam alguns tipos de queijos também liberam o gás metanotiol. "O ambiente quente, úmido e escuro que envolve os pés de quem usa calçado fechado é ideal para a ação e proliferação de microorganismos nocivos, como fungos e bactérias. E isso vale para a maioria das doenças que se manifestam nos pés", diz a podóloga Lilia Cordeiro, da Associação Brasileira de Podólogos. Portanto, para prevenir o chulé, os melhores meios são: secar bem os pés depois do banho, revezar o uso de tênis e sapatos, calçar meias de algodão, manter o interior dos calçados limpos e andar com os pés ventilados. Além de evitar o chulé esses cuidados podem evitar outras enfermidades nojentas.

Pé na cova
Além das bactérias do chulé, outros microorganismos atacam nossos pés

BICHO GEOGRÁFICO

1. Parasitas como o Ancylostoma brasiliense desenvolvem-se dentro de cães e gatos. Os ovos do verme pegam carona nas fezes dos bichinhos para chegar ao solo e entrar em contato com o ser humano.

2. A larva perfura a camada mais superficial da pele, mas não consegue penetrar mais fundo para colocar seus ovos. Por isso, circula desordenadamente, deixando rastro e causando coceira.

3. Para acabar com o rolê, é preciso aplicar pomadas à base de tiabendazol, que envenenam a larva até a morte.

FRIEIRA

1. Fungos dermatófitos - que se alimentam de pele - como os do gênero Tricophyton e Epidermaphyton adoram ambientes úmidos, como saunas, piscinas e vestiários.

2. Os fungos caem de boca na queratina - substância que forma a pele - provocando rachaduras, descamação, coceira, amolecimento da pele e outras feridas que servem como porta de entrada para infecções bacterianas.

3. Para atacar os fungos, há antifúngicos em creme, pó e spray. Esses medicamentos enfraquecem as membranas das células do fungo, que acabam explodindo.

MICOSE DE UNHA

1. A contaminação é parecida com a da frieira. Mas, além dos dermatófitos presentes em saunas e piscinas, a contaminação pode acontecer em salões de beleza, por fungos alojados em alicates e tesouras mal higienizados.

2. A abundância de alimento - queratina - estimula os fungos a instalar-se por baixo da unha que, enfraquecida, descama, muda de cor e pode até cair.

3. Quando a ferida é inacessível a pomadas e cremes, o jeito é apelar para remédios antifúngicos de uso oral e tentar matar o fungo "por dentro".

OLHO-DE-PEIXE

1. O HPV, vírus causador do olho-de-peixe, entra no organismo através de feridas na pele. A transmissão pode ser indireta, por objetos infectados, ou por contato direto.

2. O vírus faz crescer uma verruga interna (da sola para dentro da pele). Isso é o olho-de-peixe. Vasinhos de sangue dentro da verruga alimentam o vírus e o "olho" cresce.

3. Para exterminar o HPV, a saída é cauterizar (queimar) a pele com produtos químicos ou raio laser, tostando o vírus junto com o tecido.

BICHO-DE-PÉ

1. O "bicho" é, na verdade, uma pulga que vive no solo de pastos e chiqueiros e, de tempos em tempos, procura um hospedeiro para colocar seus ovos.

2. A pulguinha grávida penetra a pele da vítima e alimenta-se de sangue enquanto desova. Ela passa cerca de dez dias por ali. Nesse período, põe de 150 a 200 ovos.

3. Depois de desovar, a pulga mãe morre. Para evitar infecções, o ideal é que ela seja retirada por completo com uma agulha esterilizada, antes de morrer.

Fonte: Revista Mundo Estranho - por Tiago Jokura