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quinta-feira, 25 de março de 2021

Descoberto como o chá protege contra a pressão alta

Modelo estrutural mostrando o flavonoide epicatequina galato (azul/vermelho) ligado à base do sensor de voltagem (verde) do KCNQ5, um tipo de canal de potássio encontrado nos vasos sanguíneos humanos.


Chá contra hipertensão

 

Compostos presentes tanto no chá verde quanto no chá preto relaxam os vasos sanguíneos, ativando proteínas do canal iônico na parede das veias e artérias.

 

Esta descoberta ajuda a explicar as propriedades anti-hipertensivas do chá e pode levar ao desenvolvimento de novos medicamentos para baixar a pressão arterial.

 

Os resultados da pesquisa revelaram que dois compostos flavonoides do tipo catequina - galato de epicatequina e epigalocatequina-3-galato - encontrados no chá, cada um ativa um tipo específico de proteína de canal iônico chamada KCNQ5, que permite que íons de potássio se difundam para fora das células para reduzir a excitabilidade.

 

Como o KCNQ5 é encontrado no músculo liso que reveste os vasos sanguíneos, sua ativação pelas catequinas do chá também pode relaxar os vasos sanguíneos - uma previsão confirmada por pesquisadores da Universidade de Copenhague (Dinamarca), que participaram da pesquisa.

 

"Descobrimos, usando modelagem por computador e estudos de mutagênese, que catequinas específicas se ligam à base do sensor de voltagem, que é a parte do KCNQ5 que permite que o canal se abra em resposta à excitação celular. Essa ligação permite que o canal se abra mais cedo e com muito mais facilidade no processo de excitação celular," explicou o professor Geoffrey Abbott, da Universidade da Califórnia em Irvine (EUA).

 

Hipertensão

 

Como um terço da população adulta mundial tem hipertensão, e essa condição é considerada o fator de risco modificável número um para doenças cardiovasculares e mortalidade prematura, novas abordagens para o tratamento da hipertensão têm enorme potencial para melhorar a saúde pública global.

 

Estudos anteriores demonstraram que o consumo de chá verde ou preto pode reduzir a pressão arterial em uma quantidade pequena, mas consistente, e as catequinas já eram consideradas como contribuintes para essa propriedade.

 

A identificação do KCNQ5 como um novo alvo para as propriedades hipertensivas das catequinas do chá pode facilitar a otimização da química medicinal, para melhorar a potência ou eficácia do composto.

 

Checagem com artigo científico:

 

Artigo: KCNQ5 Potassium Channel Activation Underlies Vasodilation by Tea

Autores: Kaitlyn E. Redford, Salomé Rognant, Thomas A. Jepps, Geoffrey W. Abbott

Publicação: Cellular Physiology and Biochemistry

DOI: 10.33594/000000337

 

Fonte: https://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=descoberto-como-cha-protege-contra-pressao-alta&id=14639 - Redação do Diário da Saúde - Imagem: Geoff Abbott/UCI School of Medicine

quinta-feira, 23 de abril de 2020

Os benefícios da pimenta para o coração


Além de colorir, perfumar e encher os pratos de sabor, a especiaria mais ardida e popular do planeta nos protege de doenças cardiovasculares

No tabuleiro da baiana tem. Na cozinha mexicana também. E até em centro de pesquisa italiano ela dá o ar de sua picância. Estrela na culinária internacional, a pimenta protagonizou um dos mais badalados estudos recém-publicados no universo da nutrição. Ele foi tocado no Instituto Neurológico Mediterrâneo Neuromed, em Pozzilli, e traz mais motivos para esquentar o cardápio do dia a dia. Depois de esmiuçar dados de mais de 22 mil pessoas por cerca de oito anos, os cientistas notaram uma associação entre a especiaria e a proteção contra males como o infarto.

Segundo a líder do trabalho, Marialaura Bonaccio, o consumo frequente pode reduzir o risco de morte por problema cardiovascular em 34%. Embora dois grandes estudos anteriores — um com a população chinesa e outro realizado com americanos — já tenham apontado a relação protetora, ainda se debate o que o alimento teria de tão especial para o coração.

Grande fã de macarrão apimentado com vegetais, Marialaura argumenta que “mais pesquisas são necessárias para explicar o que está por trás dos benefícios”.

Outra apreciadora, a nutricionista Marina Sallum, expert em vegetarianismo da RG Nutri, na capital paulista, conta que a literatura científica dá pistas vindas de experimentos em células e cobaias. “Há indícios de que a pimenta favorece o equilíbrio dos níveis de colesterol no sangue, a vasodilatação e o controle da pressão arterial”, diz.

A lista de benesses ao peito não ficaria por aí. “O alimento tem ação anti-inflamatória”, destaca a nutricionista Renata Alves, do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, em São Paulo. Daí que, entre outras coisas, resguarda o tapete celular que recobre o interior das artérias. Com isso, elas ficam mais blindadas contra lesões e placas de gordura.

Um mix de antioxidantes torna a especiaria tão poderosa. “Compostos bioativos, como carotenoides e polifenóis, especialmente flavonoides, atuam em sinergia”, conta a nutricionista Gabriela Barbosa, da Universidade Federal de Minas Gerais.

Capsaicina, o segredo ardido da pimenta
Grande parte de seus talentos, entretanto, recai sobre um ingrediente exclusivo desses vegetais: a capsaicina. A substância é, inclusive, a responsável pelo ardor. Não à toa o nome de batismo, Capsicium, serve para o gênero que contempla malagueta, dedo-de-moça, jalapeño, além das pimentas-de-cheiro e dos pimentões.
Na natureza, o composto já exerce seu papel defensivo. A ardência afasta predadores dos frutos, caso de alguns mamíferos. As aves, por sua vez, são imunes.
“O colorido das pimentas Capsicum silvestres atrai pássaros que, ao comerem os frutos inteiros, contribuem para a dispersão das sementes e a preservação do vegetal”, explica a engenheira-agrônoma Cláudia Ribeiro, da Embrapa Hortaliças, em Brasília. Assim como a passarinhada, o bicho-homem se apaixonou e carregou o alimento para todos os cantos do planeta.
A verdade é que a capsaicina estimula efeitos irritantes e prazerosos quase ao mesmo tempo. Quando entra em contato com as mucosas da boca, do nariz e da garganta, ela desencadeia um sinal de dor. Então, de célula em célula, a mensagem chega ao cérebro, que reage produzindo endorfinas — substâncias relacionadas ao alívio e ao bem-estar.
A quantidade de moléculas capsaicinoides encontradas nos frutos é bem variada. Fatores como a constituição genética da pimenteira e até mesmo as condições de cultivo, a temperatura e a umidade durante o crescimento dessas plantas interferem na concentração, nas sensações provocadas e, inclusive, nos apregoados benefícios à saúde.
Portanto, se a capsaicina é o maior tesouro da pimenta, vale parafrasear o filme estrelado por Marilyn Monroe e Tony Curtis: quanto mais quente, melhor.

Família picante
Relatos apontam a região que inclui a bacia do Lago Titicaca, entre Peru e Bolívia, como centro de origem das pimentas. Os frutos do gênero Capsicum (são cerca de 30 espécies) só foram encontrados por Cristóvão Colombo em sua segunda viagem à América, no século 15, e, a partir daí, conquistaram o mundo.
O grupo exibe vários formatos, tamanhos, cores e graus de picância. Entre as fortes, estão malagueta, fidalga e habanero. Já a biquinho, a murupi e a dedo-de-moça figuram como mais suaves.
Pimentas-do-reino vêm de outra família. Inclusive, não contêm a aclamada capsaicina. Nossa pimenta-rosa também faz parte de um clã diferente.
O antropólogo e historiador Luís da Câmara Cascudo (1898-1986) se desdobra em elogios ao mais pungente dos vegetais: “… a pimentinha, companheira sem rival, transformando o peixe cozido em obra-prima, ressaltando os valores sápidos de todas as iguarias…”.
Nada mais justo. Afinal, malagueta e companhia oferecem uma mistura ímpar de compostos e realçam as preparações como ninguém. Enfeitam qualquer prato. Sem contar que a pimenteira, reza a sabedoria popular, espanta até mau-olhado.
A chef de cozinha baiana Tereza Paim, do restaurante Casa de Tereza, em Salvador, usa desde menina. Ela apanhava os frutos frescos plantados no quintal e amassava na hora das refeições.
Em sua cozinha, as espécies doces e aromáticas têm grande espaço, mas há tipos ardidos também. Fica a gosto do freguês. “Alguns têm maior resistência, outros não. Por isso, os molhos são servidos em potes separados”, relata.

As situações que pedem moderação
Quando o assunto é pimenta, há a turma de paladar menos sensível que pede mais e mais. Por outro lado, muitos fogem — e tem gente que deve mesmo passar longe.
“Não é indicada para indivíduos com alterações gastrointestinais, caso de gastrite, além de pessoas com doenças inflamatórias no intestino e hemorroidas”, avisa a nutricionista Andréa Esquivel, do Cedig — Centro de Medicina Avançada, em São Paulo. Não que a especiaria provoque todos esses males: ela só desencadeia sintomas em indivíduos que já apresentam tais distúrbios.
Para atenuar um pouco a picância, Andréa, que também é professora de culinária, recomenda retirar as sementes e a chamada placenta, aquela parte mais esbranquiçada. Ali se concentra a capsaicina. “O uso de luvas durante o manuseio é fundamental para evitar irritação”, ressalta.
Outro aviso importante para quem quer apimentar a rotina é não abusar. Excesso nunca é bem-vindo — até porque a vermelhinha vai roubar a cena e ofuscar outros ingredientes do cardápio.

Fonte: https://saude.abril.com.br/alimentacao/beneficios-pimenta-coracao/ - Por Regina Célia Pereira - Foto: Cappels/Getty Images

quarta-feira, 8 de janeiro de 2020

Escovar os dentes protege também o coração


Escovar os dentes com frequência está associado a menores riscos de fibrilação atrial e insuficiência cardíaca

Pesquisas anteriores já haviam sugerido que a falta de higiene bucal aumenta a circulação de bactérias no sangue, causando inflamação no organismo.

Como a inflamação no organismo aumenta os riscos de fibrilação atrial (batimento cardíaco irregular) e insuficiência cardíaca (a capacidade do coração de bombear sangue ou relaxar e encher de sangue é prejudicada), Yoonkyung Chang e seus colegas da Universidade Ewha Womans (Coreia do Sul) queriam examinar se haveria uma conexão direta entre a higiene bucal e a ocorrência dessas duas condições.

O estudo de coorte retrospectivo envolveu 161.286 participantes do Sistema Nacional de Seguro de Saúde da Coreia do Sul, com idades entre 40 e 79 anos, sem histórico de fibrilação atrial ou insuficiência cardíaca.

Os participantes foram submetidos a um exame médico de rotina entre 2003 e 2004, quando foram coletadas informações sobre altura, peso, exames laboratoriais, doenças, estilo de vida, saúde bucal e comportamentos de higiene bucal.

Durante um seguimento médio de 10,5 anos, 4.911 (3,0%) participantes desenvolveram fibrilação atrial e 7.971 (4,9%) desenvolveram insuficiência cardíaca.

Escovar os dentes três ou mais vezes ao dia foi associado a um risco 10% menor de fibrilação atrial e a um risco 12% menor de insuficiência cardíaca durante esses 10,5 anos de acompanhamento. Os resultados foram independentes de vários fatores, incluindo idade, sexo, status socioeconômico, exercício físico regular, consumo de álcool, índice de massa corporal e comorbidades, como hipertensão.

Embora o estudo não tenha investigado os mecanismos envolvidos, uma possibilidade é que a escovação frequente reduza as bactérias no biofilme subgengival (bactérias que vivem nas bolsas entre os dentes e as gengivas), impedindo assim a translocação para a corrente sanguínea, sugerem os pesquisadores.


sábado, 23 de fevereiro de 2019

Levantar pesos protege contra infarto e AVC


E não adianta exagerar: Gastar mais de uma hora na sala de musculação com os mesmos exercícios não gerou nenhum benefício adicional.

Supino

Levantar pesos por menos de uma hora por semana pode reduzir o risco de ataque cardíaco ou de um derrame (AVC) entre 40 e 70%.

E não adianta exagerar: Gastar mais de uma hora na sala de musculação com os mesmos exercícios não gerou nenhum benefício adicional.

Os resultados mostram que os benefícios do treinamento de força são independentes da corrida, caminhada ou outras atividades aeróbicas, de acordo com o professor Duck-chul Lee, da Universidade do Estado de Iowa.

"As pessoas podem pensar que precisam gastar muito tempo levantando pesos, mas apenas dois conjuntos de supino que levam menos de 5 minutos podem ser eficazes," disse ele.

Lee e seus colegas analisaram dados de quase 13.000 adultos no Estudo Longitudinal do Centro de Aeróbica.

Eles mediram três desfechos de saúde: eventos cardiovasculares, como ataque cardíaco e acidente vascular cerebral que não resultaram em morte, todos os eventos cardiovasculares, incluindo morte, e qualquer tipo de morte.

O exercício de treinamento de força reduziu o risco para os três desfechos.

Os resultados mostram que os benefícios são obtidos quer a pessoa realize ou não atividades aeróbicas associadas.

Em outras palavras, você não precisa cumprir as diretrizes recomendadas para atividades físicas aeróbicas para diminuir seu risco - o treinamento com pesos é suficiente, garante a equipe em seu artigo, publicado na revista Medicine and Science in Sports and Exercise.

Fonte: https://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=levantar-pesos-protege-contra-infarto-avc&id=13273&nl=nlds - Redação do Diário da Saúde- Imagem: Universidade do Estado de Iowa

quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Exercício físico protege contra o glaucoma

Novo estudo revela que as atividades reduzem pra valer o risco de desenvolver uma das doenças que mais causa perda de visão no Brasil

Cientistas da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, avaliaram mais de 11 mil pessoas a partir dos 40 anos e descobriram que, entre os mais ativos fisicamente, a incidência de glaucoma era significativamente menor. Sim, exercício faz bem até para os olhos.

Para ter ideia, a cada dez minutos a mais de práticas entre moderadas e intensas por semana, o perigo de sofrer com esse problema caía 25%. O achado é interessante principalmente porque, até pouco tempo atrás, não se acreditava que o estilo de vida exercia qualquer influência positiva contra o avanço dessa condição.

Mais: o glaucoma atinge até 1 milhão de brasileiros, não tem cura e é uma das principais causas de cegueira no mundo. E detectá-lo cedo é um desafio, uma vez que ele não manifesta muitos sintomas.

“A doença vai aos poucos prejudicando a visão periférica até que chega ao centro. Mas essa perda gradual é difícil de ser notada antes de atingir um estágio avançado”, comenta Lisia Aoki, oftalmologista do Hospital das Clínicas de São Paulo.

É malhar para ver

O elo entre exercício físico e uma boa visão é novidade e ainda carece de mais estudado. Mas já se suspeita de alguns mecanismos por trás dele.

“Sabemos que um dos fatores importantes para desenvolver o glaucoma é o fluxo de sangue que o nervo óptico recebe”, explica Lisia. “A partir daí, concluímos que quadros que alterem a circulação nessa região, como pressão alta ou diabetes, podem aumentar o risco de a doença aparecer”, conclui a médica.

As passadas constantes, por sua vez, combatem males crônicos como esses. Ou seja, ela afastaria os problemas por trás do glaucoma.

Para derrotar o glaucoma

Além de ficar de olho no condicionamento físico, o ideal é fazer exames preventivos regularmente a partir dos 40 anos. “Quem tem casos na família deve ficar mais atento”, orienta Lisia. Os testes medem a pressão intraocular – é quando ela está elevada que há um aumento no risco de lesão do nervo óptico – e avaliam o estado do nervo em si.

Nos últimos anos, outras condições foram associadas à doença, como apneia do sono, hipertensão arterial noturna e o uso indiscriminado de colírios.


Fonte: https://saude.abril.com.br/fitness/exercicio-fisico-protege-contra-o-glaucoma/ - Por Chloé Pinheiro - Ilustração: Cassio Bittencourt/SAÚDE é Vital

sábado, 9 de setembro de 2017

Exercício físico protege o coração - mesmo o coração doente

Sempre bom

Há poucos anos, ter uma doença cardíaca era virtualmente uma "condenação" a um repouso absoluto, fugindo de qualquer esforço físico que pudesse representar uma carga adicional para o coração.

Hoje, ao contrário, a prática regular de atividade física tem-se firmado como uma importante forma de tratamento para a insuficiência cardíaca - doença caracterizada pela incapacidade do coração de bombear sangue adequadamente.

Os benefícios vão desde prevenir a caquexia - perda severa de peso e massa muscular - até o controle da pressão arterial, a melhora da função cardíaca e o retardo do processo degenerativo que causa a morte progressiva das células do coração e leva à morte 70% dos afetados pela doença nos primeiros cinco anos.

Pesquisadores a Universidade de São Paulo (USP) descobriram agora uma parte dos mecanismos fisiológicos pelos quais o exercício aeróbico protege o coração doente.

"Basicamente, o que descobrimos é que o treinamento aeróbico facilita a remoção de mitocôndrias disfuncionais nas células cardíacas," contou Júlio César Ferreira, professor do Instituto de Ciências Biomédicas que está orientando o trabalho da pesquisadora Juliane Cruz Campos.

As mitocôndrias são as organelas responsáveis por produzir energia para as células. "A remoção dessas organelas promove um aumento na oferta de ATP [adenosina trifosfato, molécula que armazena energia para a célula] e reduz a produção de moléculas tóxicas, como os radicais livres de oxigênio e os aldeídos reativos, que em excesso danificam as estruturas celulares", acrescentou.

Atividade física moderada é segura para pacientes cardíacos

Dois mecanismos de limpeza

Em uma pesquisa anterior, a equipe já havia mostrado por meio de experimentos com cobaias que o treinamento aeróbico combate a insuficiência cardíaca reativando um complexo intracelular conhecido como proteassoma - principal responsável pela degradação de proteínas danificadas.

Os resultados mostraram ainda que, no coração de portadores de insuficiência cardíaca, a atividade desse sistema de limpeza diminui mais de 50% e, consequentemente, proteínas altamente reativas começam a se acumular no citoplasma, interagindo com outras estruturas e causando a morte das células cardíacas.

Agora, eles descobriram que a atividade física também regula a atividade de outro mecanismo de limpeza celular conhecido como sistema de autofagia - cuja descoberta rendeu o Nobel de Medicina ao cientista japonês Yoshinori Ohsumi, em 2016.

"Em vez de degradar proteínas isoladas, esse sistema cria uma vesícula [autofagossomo] em volta de organelas disfuncionais e transporta todo esse material de uma só vez até uma espécie de incinerador, o lisossomo. Lá dentro, existem enzimas que destroem o lixo celular. No entanto, observamos que no coração de ratos com insuficiência cardíaca esse fluxo autofágico está interrompido, o que faz com que mitocôndrias disfuncionais comecem a se aglomerar", explicou Júlio César.

De acordo com o pesquisador, a mitocôndria chega a se dividir, isolando a parte danificada para facilitar sua remoção. Isso foi possível constatar ao analisar a atividade de proteínas relacionadas com o processo de divisão mitocondrial. Porém, o sistema que deveria transportar o material rejeitado até o lisossomo não consegue completar a tarefa.

Trocar exercício por remédio?

Segundo o pesquisador, o objetivo da pesquisa no longo prazo é identificar alvos intracelulares que possam ser modulados por meio de fármacos para promover pelo menos parte dos benefícios cardíacos obtidos com a atividade física.

"Claro que não queremos criar a pílula do exercício, isso seria impossível, pois ele atua em muitos níveis e em todo o organismo. Mas talvez seja viável, por meio de um medicamento, mimetizar ou maximizar o efeito positivo da atividade física no coração.

"Nossos resultados mostram que a atividade física não só previne, como também reverte os danos causados pela insuficiência cardíaca. Nossa hipótese é que o treinamento físico module a expressão e/ou atividade de uma ou mais proteínas-chave envolvidas no processo denominado 'mitofagia', a autofagia mitocondrial, restaurando então sua atividade. É o que agora estamos tentando descobrir," comentou Júlio César.

De acordo com o pesquisador, quando identificados, esses genes e as proteínas por eles codificadas poderiam ser testados como alvos terapêuticos.


segunda-feira, 27 de março de 2017

Higiene íntima masculina protege contra doenças e melhora vida sexual

Confira os principais cuidados, desde o banheiro até escolha da cueca

Tem muito homem que acha a preocupação com a higiene um exagero, que basta tomar banho todos os dias para estar livre de qualquer problema - mas isso está longe de ser verdade. Imagine a situação: você está naquele momento de intimidade com seu parceiro ou parceira e, ao tirar as roupas, emana aquele cheiro forte da cueca e o pênis está cheio de sebo. Quem merece essa situação? A falta de higiene íntima, tanto para o homem quanto para mulher, pode acarretar em inflamações e irritações na área genital, que vão desde uma coceira chata até infecções graves por fungos, como a candidíase no homem. Mas não pense que é muito complicado manter as partes baixas sempre limpinhas, basta seguir as dicas dos especialistas:

Lavar as mãos
Pode parecer óbvio, mas muita gente se esquece de lavar as mãos depois de usar o banheiro - e no caso dos homens, tão importante quanto a higiene após é a higiene antes de urinar. "Lavar as mãos antes de tocar o pênis é fundamental para evitar o risco de levar bactérias e fungos para região genital", afirma o urologista Ravendra Muniz, do Núcleo de Urologia do Hospital Samaritano de São Paulo. Ao tocar o pênis com a mão suja, o homem está contaminando a mucosa e pele da região com todos os germes acumulados, podendo contrair várias formas de doenças.

Enxugue o pênis
Apesar de não ser habitual, enxugar o pênis após urinar com papel higiênico evita ou reduz a possibilidade que restos de urina fiquem na cueca. "Quando em contato com a pele, esses resíduos favorecem uma inflamação local ou mesmo as infecções fúngicas", diz o urologista Ravendra. O urologista José de Ribamar Rodrigues Calixto, diretor da Sociedade Brasileira de Urologia, afirma que a urina é um meio de cultura para germes, pois é rica em amônia. "Além disso, essas gotas na cueca podem causar um cheiro forte, levando ao incômodo social."

Durante o banho
Lavar o pênis após a relação sexual também ajuda a remover resíduos de sêmen e excesso de lubrificante do preservativo
Assim como no banheiro, muitos homens acreditam que estão fazendo a higiene adequada do pênis durante o banho - mas podem estar se esquecendo de alguns passos muito simples. "A limpeza do pênis no banho envolve puxar o prepúcio (pele que recobre a glande ou cabeça do pênis) até o aparecimento total da glande, passar água com espuma de sabão ou sabonete sobre a superfície da mucosa e/ou pele suavemente, até sair toda a camada de gordura acumulada", explica o urologista José. O especialista Ravendra explica que essa gordura se chama esmegma, e é uma secreção branca composta de células descamadas da pele e óleos produzidos por glândulas penianas, que se acumula entre a glande e o prepúcio. "Após a limpeza cuidadosa da glande, deve-se higienizar toda região genital e anal de forma habitual", completa o urologista Ravendra.

Sem frescuras com o sabonete
"O fundamental na realização da higiene do pênis não é o sabonete, mas o cuidado na maneira de limpar a glande", declara o urologista Ravendrea. A maioria dos homens pode usar sabonete comum de pH 7, que é o neutro, para fazer a limpeza do pênis sem problemas. "No entanto, alguns homens com a pele sensível ou propensão a alergias se beneficiam do uso de um sabonete íntimo masculino de pH fisiológico (pH 5-6)." O urologista José completa dizendo que, caso o homem tenha algum ferimento, pode optar também pelo sabonete antisséptico, associado ao medicamento prescrito pelo urologista.

Higienize após a relação sexual
Não precisar se desesperar e sair correndo para o banheiro após o sexo - entretanto, higienizar o pênis depois do ato sexual ajuda a evitar principalmente infeções causadas por fungos, como a candidíase. "Lavar o pênis após a relação sexual também ajuda a remover resíduos de sêmen e excesso de lubrificante do preservativo", afirma o urologista José. Caso o homem não tenha usado preservativo, a higiene também serve para retirar o muco da lubrificação natural da mulher junto com resíduo de secreção espermática após a ejaculação - ambos ricos em substâncias que servem como meio de cultura para bactérias e fungos.

Depilação é necessário?
Não é necessário depilar completamente os pelos pubianos. "A depilação total aumenta a chance de inflamação e infecção cutânea, podendo cursar com foliculites e abscessos de pele", alerta o urologista Ravendra. Ele explica que o cabelo em si é um meio de proteção do organismo, logo tem a mesma função quando se trata da região genital. No entanto, faz parte de uma boa higiene não dar margem para excesso, sendo recomendado aparar os pelos da área genital. "Na base do pelo há glândulas que produzem suor e gorduras para lubrificar e resfriar a pele, e essas podem causar um cheiro desagradável ou servir de alimento para germes, predispondo ao aparecimento de doenças de pele", completa o urologista José. Dessa forma, é importante manter os pelos pubianos aparados e a região sempre limpa, para não dar margem ao acúmulo de fungos e bactérias nocivas.

Cuecas sem aperto!
O uso de roupas íntimas muito apertadas diariamente pode influir na qualidade do sêmen. "Os testículos quando muito próximos do abdômen ficam expostos a uma temperatura corpórea maior, que pode levar a dano temporário da qualidade e quantidade de espermatozoides produzidos", diz o urologista Ravendra. Segundo o especialista, os melhores modelos são as cuecas samba-canção ou boxer, que são mais folgadas, permitem o posicionamento anatômico do escroto e a maior circulação de ar, evitando umidade local. "No entanto, não há comprovação científica de que o uso de cuecas aperta cause algum tipo de doença', declara José de Ribamar.

Aposte no tecido de algodão
A cueca de algodão tem uma série de vantagens. "Esses tecidos absorvem melhor a transpiração que os sintéticos", afirma o urologista Ribamar. Elas também são mais confortáveis por conta de sua superfície macia, que não irrita a maioria das peles. É um tecido natural e é hipoalergênico. ?Ao contrário de nylon e outros materiais sintéticos comumente utilizados para fazer roupas íntimas, cuja incapacidade de absorção e consequente retenção de umidade podem tornar a cueca um habitat para fungos?, explica o urologista Ravendra. Atualmente, além do algodão, existem novos tecidos tecnológicos que buscam a redução da umidade e facilidade de circulação do ar, como os tecidos de fibra de bambu.

Cueca não pode acumular no cesto de roupa suja. Isso porque os resíduos e secreções que eventualmente se acumulam na peça podem se proliferar, dificultando a higienização e inclusive arriscando contaminar outras roupas. "A melhor forma de higienizar as cuecas é lavando-as diariamente após o uso e trocando a peça no mínimo diariamente", diz o urologista José.


sexta-feira, 3 de março de 2017

A ciência comprova: a musculação protege a saúde das mulheres

O treino de força previne uma série de doenças na ala feminina, como o diabetes tipo 2

É fácil se render aos encantos da corrida ou de uma aula de zumba. Os exercícios aeróbicos são os favoritos quando o assunto é atingir a meta diária de atividade física recomendada pelos profissionais. Acontece que a predileção por esse tipo de exercício – que aumenta a circulação sanguínea e a capacidade respiratória – acaba, consequentemente, implicando na falta de interesse pelas sessões de musculação, especialmente entre as mulheres.

O equívoco desse cenário: os treinos de força estão longe de ser apenas uma atividade indicada para quem quer ver os músculos crescerem. Cientistas americanos, após analisarem os dados de mais de 36 mil mulheres, concluíram que puxar peso previne em até 30% o diabetes tipo 2 e em 17% as doenças cardiovasculares, a exemplo do ataque cardíaco e do derrame.

Além disso, as participantes que marcaram o ponto na academia também apresentaram um índice de massa corporal menor, maior chance de se alimentar de forma saudável e baixa probabilidade de serem fumantes quando comparadas às que passavam longe dos halteres.

Não estamos dizendo que você deve trocar um tipo de exercício pelo outro, pelo contrário. A ideia é combiná-los, já que, juntos, seus benefícios se intensificam – o estudo descobriu que mulheres que faziam musculação juntamente com 120 minutos de exercícios aeróbicos por semana tinham um risco 65% menor de desenvolver diabetes.

Os pesquisadores afirmam que uma análise mais profunda precisa ser feita para chegarem a um consenso de quanto tempo de musculação deve ser recomendado oficialmente, mas até lá, eles garantem: puxar peso, nem que seja uma vez na semana, já ajuda a manter a saúde.


Fonte: http://boaforma.abril.com.br/fitness/a-ciencia-comprova-a-musculacao-protege-a-saude-das-mulheres/ - Por Caroline Randmer - jacoblund/Thinkstock/Getty Images

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Atividade física protege o coração dos estressados

Pesquisa europeia indica que quem está sempre à beira de um ataque de nervos tem um motivo a mais para suar a camisa

Confirmando achados anteriores, um levantamento com 200 voluntários na Universidade da Basileia, na Suíça, comprovou que gente estressada apresenta piores taxas de pressão, colesterol e mais alguns fatores de risco para doenças cardiovasculares.

Contudo, o diferencial do estudo foi avaliar o papel da atividade física nesse contexto. Segundo os resultados, os participantes nervosos com bom condicionamento físico exibiam menores índices de perrengues ao peito quando comparados aos irritados e sem fôlego.

“Por ser uma forma de estresse controlado, o exercício adaptaria o cérebro ao desgaste mental”, explica Markus Gerber, educador físico responsável pelo projeto. “Com isso, a tensão repercutiria menos no organismo”, arremata.


terça-feira, 8 de novembro de 2016

Andar de bicicleta protege o coração

Ir de bike para o trabalho, ou usá-la como lazer, diminui os riscos de desenvolver doenças cardiovasculares

Um estudo com 45 mil dinamarqueses entre de 50 a 65 anos que foi publicado periódico Circulation, da Associação Americana do Coração, descobriu que as pessoas que usam a bicicleta para se deslocar de casa para o trabalho, ou por pura recreação, tem um risco de 11% a 18% menor de sofrer ataques cardíacos. E veja: apenas meia hora de pedaladas por semana já resguardam o coração.

“Encontrar tempo para o exercício pode ser um desafio para muitas pessoas. Por isso, os médicos devem tentar promover o ciclismo como um meio de transporte“, comentou, em comunicado, Anders Grøntved, um dos autores do estudo. Durante os 20 anos de duração da pesquisa, estima-se que cerca de 7% dos infartos poderiam ter sido evitados com o uso regular da magrela.

Embora os cientistas sejam cautelosos e afirmem que não dá para cravar com certeza esse benefício do ciclismo urbano, outros levantamentos seguem a mesma direção. Por exemplo: em um artigo que também foi divulgado em um periódico da Associação Americana do Coração, 20 mil suecos de 40 a 60 anos foram acompanhados durante uma década. Resultado: os ciclistas possuíam uma probabilidade 15% menor de serem obesos, 13% menor de sofrerem com pressão alta, 15% menor de apresentar colesterol alto e 12% menor de desenvolver diabete. Motivos de sobra para não ficar parado no sofá.


sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Malhar o corpo protege a memória e o raciocínio

Pesquisa indica que a musculação ajuda a melhorar habilidades mentais

Não é de hoje que trazemos notícias sobre os benefícios dos exercícios para o cérebro. Mas, vira e mexe, surgem novas pesquisas sobre o tema — e olhe que não estamos falando de palavras cruzadas, mas de exercício físico mesmo. Desta vez, os dados vêm da Austrália, onde pesquisadores da Universidade de Sydney acabam de publicar resultados surpreendentes no periódico acadêmico Journal of the American Geriatrics Society.

Em resumo, eles mostraram que a musculação é capaz de preservar as funções cognitivas — atributo que antes estava mais associado às atividades aeróbicas, como caminhada e ciclismo. “Percebemos que, quanto mais fortes as pessoas se tornavam, maior o benefício para o cérebro”, explica o fisiologista Yorgi Mavros, um dos autores da investigação.

Para chegar a essa conclusão, eles observaram o desempenho de 100 idosos que viviam com comprometimento cognitivo leve — ou seja, com déficits perceptíveis, mas que não interferiam muito em sua rotina diária — durante algumas atividades específicas. Os participantes foram divididos em quatro grupos: dois receberam tratamentos placebo e os outros dois de fato passaram por uma intervenção efetiva, sendo que um participou de treinamento cognitivo em computadores e o outro realizou uma série de exercícios de resistência.

Como você já sabe, ao final do experimento a turma que levantou peso foi a que exibiu melhores resultados em avaliações de memória, raciocínio e outras habilidades mentais. “A chave, no entanto, é se certificar de que isso seja feito pelo menos duas vezes por semana e em alta intensidade. Assim, os ganhos de força serão maximizados e os benefícios para o cérebro também”, esclarece Mavros. O que ainda não está claro é como a malhação é capaz de promover benefícios à massa cinzenta.


Fonte: http://saude.abril.com.br/fitness/malhar-o-corpo-protege-a-memoria-e-o-raciocinio/ - Por Theo Ruprecht - Foto: Luiz Carlos Lhacer

sábado, 14 de maio de 2011

Receita ideal de suco com 7 frutas protege o coração


Suco ideal

Uma pesquisa francesa indica que uma receita que mistura o suco de sete frutas pode diminuir o risco de ataque cardíaco e derrame.

Os cientistas testaram diferentes "vitaminas" com 13 frutas diferentes e descobriram - em testes de laboratório com porcos - que algumas misturas eram mais efetivas em fazer com que as paredes das artérias relaxassem.

A receita ideal, segundo os pesquisadores, inclui frutas fáceis de encontrar no Brasil, como maçã, uva, morango e acerola.

Mas encontrar os demais ingredientes - mirtilo, lingonberry (amora-alpina ou arando-vermelho) e chokeberry (conhecida nos Estados Unidos como aronia)- pode ser uma tarefa complicada.

Polifenóis

Estudos anteriores revelaram que compostos encontrados nas frutas, os polifenóis, protegem o coração e impedem o entupimento das artérias.

Os cientistas franceses decidiram então testar o efeito antioxidante de diferentes misturas de sucos de frutas.

Segundo os pesquisadores da Universidade de Estraburgo, o coquetel de sete frutas mais efetivo testado por eles aumentaria o fluxo de sangue para o coração, garantindo um melhor equilíbrio entre nutrientes e oxigênio.

O estudo, publicado no periódico Food and Function, também descobriu que alguns polifenóis são mais potentes que outros e que sua capacidade de eliminar radicais livres que podem danificar células e DNA é mais importante que a quantidade de polifenóis encontrada em cada fruta.

Frutas e legumes para o coração

Tracy Parker, da organização British Heart Foundation, diz que a pesquisa confirma a evidência de que o consumo de frutas e legumes reduz o risco de doenças cardíacas, mas faz uma ressalva.

"Nós ainda não entendemos por que, ou se, algumas frutas e legumes são melhores que outros. Mesmo este estudo admite que os cientistas não conseguiram estabelecer nenhuma ligação", diz ela.

"O que sabemos é que devemos comer uma boa variedade de frutas e legumes como parte de uma dieta balanceada, e suco de fruta é uma maneira prática e gostosa de fazer isso. Mas precisamos lembrar que sucos contêm menos fibras e mais açúcar que a fruta original."

Fonte: Diário da Saúde

terça-feira, 26 de abril de 2011

Jovem que estuda música protege cérebro em idade avançada


As muitas horas dedicadas ao aprendizado de música trazem benefícios a longo prazo, mostra um estudo publicado na versão on-line do jornal "Neuropsychology", da Associação Americana de Psicologia.

A pesquisa indica que aqueles que tocaram instrumentos musicais por muitos anos parecem formar uma proteção natural contra perdas cognitivas que costumam ocorrer durante a terceira idade.

Mesmo que essas pessoas tenham largado o instrumento em algum momento das suas vidas, a mente ainda se mostra afiada na idade avançada, se comparada àqueles que nunca aprenderam música.

Um grupo formado por 70 musicistas com idade entre 60 e 83 anos se submeteu a variados testes de memória e habilidade para captar informações novas, entre outras situações.

O resultado é que se saíram melhor nas provas quem tocou música durante nove e dez anos. O que sugere que quanto mais as pessoas tocam, mais benefícios terão no futuro.

O piano ficou como o instrumento mais popular entre os músicos, seguido dos instrumentos de sopro. Todos eram amadores e tinham em comum terem iniciado aulas de música por volta dos dez anos.

O estudo também considerou o preparo físico e o nível educacional dos participantes. E, o que chamou a atenção, é que havia igualmente a relação entre a capacidade cognitiva e os anos de atividade musical se os voluntários estavam ou não envolvidos com música atualmente.

A descoberta mostra que o funcionamento cerebral pode ser alterado e a música pode ser um assunto para considerações futuras porque envolve uma combinação de capacidades motoras, leitura, audição e ações repetitivas.

Fonte: UOL Ciência

sábado, 23 de abril de 2011

Chocolate protege o cérebro contra derrame, estresse e depressão


Substâncias presentes no alimento ajudam a melhorar o humor e a preservar células neurais

Para alegria de quem é adepto dos prazeres do chocolate as neurociências têm oferecido boas notícias. Pesquisas realizadas nos últimos anos mostraram que o alimento ajuda a combater o estresse e a depressão. Agora, um estudo mais recente indica que a guloseima pode proteger o cérebro também contra lesões causadas por derrame. Pesquisadores da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, descobriram que uma substância presente apenas no chocolate amargo (não na versão tradicional ou branca) estimula um tipo de atividade celular que resguarda os neurônios dos danos causados por acidente vascular cerebral (AVC).

No estudo realizado em camundongos e publicado no Journal of Cerebral Blood Flow and Metabolism, 90 minutos depois de administrarem uma pequena dose de epicatequina – nutriente encontrado no cacau –, os cientistas induziram um derrame isquêmico por meio da interrupção da irrigação sanguínea no cérebro dos animais. O resultado foi um número significativamente menor de lesões do tecido cerebral em comparação às dos roedores que passaram pelo mesmo procedimento mas sem ter recebido a dose do composto.

O interesse científico pela epicatequina surgiu com pesquisas feitas entre os índios kuna, que vivem em ilhas na costa do Panamá. A incidência de acidentes vasculares nessa população é muito baixa, o que é atribuído ao alto consumo de uma bebida escura e amarga feita à base de cacau. Posteriormente, estudos in vitro mostraram que a epicatequina não protege diretamente as células contra lesões, mas seus metabólitos parecem ativar vias bioquímicas que fazem com que as células aumentem suas próprias defesas. O que tem surpreendido os pesquisadores é o fato de esse efeito ocorrer em resposta a doses muito baixas da substância.

Os autores alertam, porém, que os dados obtidos até agora não autorizam o consumo exagerado de chocolate amargo, que, aliás, é rico em gordura saturada. Segundo eles, as evidências abrem boas perspectivas para o desenvolvimento de uma nova droga potencialmente útil para combater doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e outros tipos de demência.

Fonte: Revista Mente e Cérebro

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Atividade física melhora a autoestima das crianças e protege contra depressão

Um estudo americano mostrou que 20 a 40 minutos de exercícios diários podem contribuir para a diminuição das chances de desenvolver depressão e aumentar consideravelmente a autoestima.
Um estudo que acompanhou mais de 200 crianças com sobrepeso e sedentárias, com idades entre 7 e 11 anos, mostrou que 20 a 40 minutos de exercícios diários podem contribuir para a diminuição das chances de desenvolver depressão e aumentar consideravelmente a autoestima.

Os pesquisadores da Universidade de Ciências da Saúde da Geórgia, EUA, afirmam que o estudo – que acompanhou essas crianças durante 13 semanas consecutivas – é o primeiro a demonstrar os benefícios que uma dose mínima de exercícios traz para combater os sintomas da depressão e desenvolvimento de uma autoavaliação positiva de crianças. Mas os pesquisadores enfatizam: quanto mais tempo de exercício diário, melhor.

“Simplesmente levantar-se e fazer alguma atividade aeróbica mudou a relação que essas crianças sentiam sobre si mesmas”, diz Karen Petty, principal autora do estudo. “E o mais impressionante é que as crianças envolvidas no estudo chegaram às mesmas percepções.”

Jogos, brincadeiras e esportes coletivos

A pesquisa focou atividades que fossem divertidas e que aumentassem a frequência cardíaca, como jogos envolvendo corrida, pular corda, basquete e futebol, e que normalmente combinam pequenos momentos de alta intensidade de exercício e períodos de leve descanso, sem interromper totalmente a atividade.

Os participantes avaliavam positivamente seus sentimentos sobre si próprios após cada sessão de exercícios. “Se você se sente melhor sobre você mesmo, é provável que isso se reflita no rendimento escolar e talvez essas crianças possam até mesmo prestar mais atenção na aula”, diz Petty que, com sua equipe, analisou os dados.

Catherine Davis, outra pesquisadora envolvida no estudo, também comprovou que as atividades físicas não só melhoram o condicionamento físico e diminuem a gordura no corpo, mas também reduzem o risco de diabetes dessas crianças, melhoram a cognição e as deixam menos agressivas. “Nosso bem-estar mental e físico estão interligados”, diz Davis. “O estudo mostra os benefícios de exercícios em qualquer idade.”

Os pesquisadores agora acompanham outro grupo de crianças, que deverão ser observadas por, no mínimo, oito meses. Eles procuram confirmar os dados da primeira pesquisa e controlar fatores que corroborem que foi o exercício, e não a atenção extra durante as sessões, que fez a diferença. Uma hipótese provável é que a combinação de ambos os fatores, além da interação social, são importantes para uma melhor imagem que essas crianças têm de si próprias.

Fonte: O que eu tenho?