domingo, 26 de abril de 2009

Jovens: passado, presente e futuro

Sabemos que o comportamento de um adolescente trinta ou quarenta anos atrás não é igual ao do adolescente nos dias atuais, com relação ao namoro, sexo, álcool, droga, fumo e estudo por receberem uma gama maior de informações cada vez mais cedo através da internet, televisão, rádio, jornal e revistas na busca de conhecimentos que os transformem em pessoas cada vez mais independentes.

Algum tempo atrás, para ser iniciado um cortejo, o rapaz teria que pedir a moça em namoro; dar o primeiro beijo na boca demorava até um mês; sexo, só após o casamento; hoje, esses procedimentos são ultrapassados e em alguns casos, no primeiro encontro o motel é o destino, é o “ficar”. Por isto que as adolescentes estão ficando grávidas mais prematuramente e algumas vezes tornam-se mães solteiras, porque o rapaz não está preparado para assumir a paternidade. E o pior é quando a adolescente por falta de diálogo, compreensão e informação da família, se desespera e faz o aborto, um crime contra uma vida que está sendo formada.

Nos dias atuais, o fumo, o álcool e a droga aparecem mais cedo e com mais freqüência na vida dos jovens que no passado, ficando cada vez mais dependentes e tendo como conseqüência a violência. De vez em quando, a imprensa noticia que adolescentes assassinaram pessoas no cinema, professores e colegas na escola, pais e avós em casa; incendiaram mendigos e índios na rua; tudo isto porque o jovem não está sendo educado com valores e princípios para viver em sociedade, mas em ser egoísta e pensar apenas nele, como se ele fosse o centro de tudo.

O esporte sempre foi um excelente meio de socialização do indivíduo, mas que atualmente não é o mais procurado pelos jovens, pois eles preferem passar a maior parte do seu tempo disponível na internet em salas de bate-papo, em lan house e jogando videogame, adquirindo hábitos e atitudes egoístas; ficando sedentários, obesos e propensos a doença.

Uma das maiores diferenças entre os jovens de antigamente e os de hoje é em relação à educação. A grande maioria dos estudantes, pobres ou da classe média, estudavam em escola pública que era de boa qualidade e conseguiam ser aprovados nos melhores cursos das faculdades, pois existiam poucas escolas particulares, que eram para os ricos; com o passar dos anos, sucessivos governos diminuíram os investimentos na educação pública e hoje, seus alunos que na maioria são pobres, não conseguem competir de igual com os alunos das escolas particulares, que investem nos professores, na qualidade de ensino e em estrutura física. Uma dura realidade da educação brasileira é que os pais que tem condições financeiras colocam seus filhos para estudar na escola particular e os pobres na escola pública.

Atualmente alguns pais estão deixando os filhos escolherem a escola particular quer querem estudar, sem procurar saber sobre as propostas educativas da escola na formação integral dos seus filhos, diferente do que acontecia tempos atrás, onde à escola era escolhida pelos pais de acordo com suas condições financeiras e pensando no que era melhor para o filho. Com isto, os pais deixam o filho escolher uma escola que o prepara para o vestibular, e pode ser a escola da vez, da mídia, da moda; mas que não o prepara para todas as provas da vida.

Os pais devem orientar e educar o filho com mais responsabilidade censurando-o, dizendo não, basta ou chega quando necessário, para que ele entenda que não se pode fazer tudo que se quer ou se deseja, principalmente quando se tratar de algo tão importante, como a sua educação. O filho pode e deve opinar sobre o seu futuro, mas não de determinar o que quer e na hora que quiser, porque no futuro, o jovem e a família poderão sofrer com as conseqüências desta atitude. Não se educa sem limites, porque dar limites não é ser autoritário, é querer o melhor para o filho.

Os jovens precisam de valores e princípios que devem ser passados todos os dias, principalmente com exemplos daqueles que estão próximos e são referências para eles como os pais, em casa e os professores, na escola; orientando-os para que sejam independentes, mas com limites; e através da educação recebida, transforme o mundo melhor para todos, com atitudes de responsabilidade, respeito, gratidão, honestidade, justiça e solidariedade ao próximo.

Por José Costa
Professor de Educação Física
CREF 000245-G/SE

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