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quarta-feira, 7 de março de 2012

Adolescente saudável é adolescente feliz


Se beber, fumar e comer porcaria for só uma fase passageira para o adolescente revoltado, melhor. Um novo estudo diz que adolescentes que tem esse comportamento são significativamente mais infelizes do que os mais saudáveis.

A pesquisa mostra também que a idade de 12 a 13 anos é crucial, quando os jovens se afastam dos hábitos saudáveis e começam a se envolver em comportamentos de risco.

A pesquisa, que utilizou informações de um estudo de longo prazo em 40.000 lares britânicos, analisou as respostas de 5.000 jovens entre as idades de 10 a 15 anos quanto aos seus comportamentos relacionados à saúde e níveis de felicidade.

12% dos adolescentes com 13 a 15 anos declararam que fumavam em comparação com 2% dos de 10 a 12 anos de idade. Os números de consumo de álcool foram ainda mais impressionantes, com 8% dos adolescentes de 10 a 12 anos relatando ter bebido algo alcoólico no último mês, subindo para 41% entre os de 13 a 15 anos de idade.

A pesquisa mostrou também que entre as idades de 13 e 15, quando os jovens têm mais autonomia sobre suas escolhas de estilo de vida, o consumo de alimentos torna-se menos saudável e sua participação em exercícios físicos reduz.

Apenas 11% dos que tinham 13 a 15 anos relataram o consumo de 5 ou mais porções de frutas e legumes por dia, e mesmo entre os de 10 a 12 anos, menos de um quinto relatou comer frutas e legumes 5 ou mais vezes por dia.

Os resultados mostram que:
• Os jovens que nunca beberam qualquer bebida alcoólica tinham entre quatro e seis vezes mais chances de ter níveis mais elevados de felicidade do que aqueles que relataram algum consumo de álcool.
• Jovens que fumavam eram cerca de cinco vezes menos propensos a ter pontuações altas felicidade em comparação com aqueles que nunca fumaram.
• Maior consumo de frutas e vegetais e menor consumo de batatas fritas, doces e refrigerantes foram ambos associados com alta felicidade.
• Quanto mais horas de esporte os adolescentes participavam por semana, mais felizes eram.

Os pesquisadores acreditam que comportamentos pouco saudáveis como fumar, beber álcool e não fazer exercício estão intimamente ligados com a felicidade (substancialmente mais baixa) entre os adolescentes, mesmo quando fatores sócio-demográficos, tais como sexo, idade,renda familiar e escolaridade dos pais são levados em conta.

“O que esta pesquisa nos mostra é que os jovens de todo o espectro social não estão comendo alimentos saudáveis e estão começando a consumir álcool em tenra idade. Isso leva a problemas mais tarde, consequências de longo prazo para a saúde e bem-estar na idade adulta. Ajudar os jovens a reduzir escolhas prejudiciais à saúde pode reduzir o número de adultos em risco de doença crônica por causa de seu baixo bem-estar”, disse Cara Booker, uma das coautoras da pesquisa.[ScienceDaily]

Fonte: http://hypescience.com/adolescente-saudavel-e-adolescente-feliz/ - Por Natasha Romanzoti

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Ser competitivo é bom ou ruim para a saúde mental do adolescente?


A resposta é: ambos. Mas depende de como se faz isso. Competir para vencer se mostrou ruim para as relações sociais das meninas e também está ligado ao aumento dos níveis de sentimentos depressivos, mas em níveis menores daqueles vistos nos meninos. Já competir para se superar mostrou benefícios para ambos os sexos.

O estudo, conduzido por David Hibbard, da Universidade Estadual da Califórnia, e Duane Buhmester, da Universidade do Texas, ambas nos EUA, mostrou a influência da competitividade no bem-estar psicológico e nas interações sociais em adolescentes. Os resultados foram publicados no periódico Sex Roles.
A competitividade se mostrou tanto uma virtude quanto um vício. A vitória de uma pessoa pode ser a perda de outro alguém. Quando levada muito a sério, o sentimento que prevalece é de egoísmo (se achar melhor que os outros). Consequentemente, a competitividade pode levar a sérios problemas de sociabilidade ou emocionais, com consequências diferentes em meninos e meninas.
Mas as implicações da competitividade, tanto para homens quanto para mulheres, na adolescência – uma época de formação da própria identidade – envolve diversos níveis de ambição e competição com os pares e ainda não foram muito estudadas. E é bom lembrar que paralelamente a tudo isso há o desenvolvimento dos círculos de amizade com maior nível de comprometimento e o início dos relacionamentos afetivos.
Dominar e se isolar?
Hibbard e Buhmester analisaram os efeitos desses dois tipos de competitividade no desenvolvimento psicológico e social dos adolescentes: a competição para vencer, ou seja, dominar ou ser melhor que os outros, e a competição para se superar, onde há metas pessoais a serem alcançadas.
Para o estudo os pesquisadores entrevistaram mais de cem adolescentes cursando os últimos anos do ensino médio, assim como seus pais e amigos. Além disso, foram observados fatores como autoestima, sintomas depressivos, solidão, nível de agressividade, qualidade dos relacionamentos interpessoais e desempenho acadêmico.
O que eles observaram foi que as meninas que competiam para vencer tinham maiores níveis de depressão e sentimento de solidão, assim como círculos de amizades menores. Competir para se superar, em compensação, se mostrou ser positivo para a autoestima e para diminuir os níveis de depressão em ambos os sexos.
Os pesquisadores concluem que o sentimento de competição é algo que pode ser ambivalente: de um lado ter objetivos pessoais e procurar superá-los é extremamente positivo; de outro, a competição vista como modo de se destacar em detrimento de outros indivíduos parece ter grande impacto socioemocional, especialmente para as meninas, aumentando o isolamento e os riscos para o desenvolvimento de transtornos depressivos.

Fonte: UOL - com informações do Springer’s Sex Roles

domingo, 26 de abril de 2009

Jovens: passado, presente e futuro

Sabemos que o comportamento de um adolescente trinta ou quarenta anos atrás não é igual ao do adolescente nos dias atuais, com relação ao namoro, sexo, álcool, droga, fumo e estudo por receberem uma gama maior de informações cada vez mais cedo através da internet, televisão, rádio, jornal e revistas na busca de conhecimentos que os transformem em pessoas cada vez mais independentes.

Algum tempo atrás, para ser iniciado um cortejo, o rapaz teria que pedir a moça em namoro; dar o primeiro beijo na boca demorava até um mês; sexo, só após o casamento; hoje, esses procedimentos são ultrapassados e em alguns casos, no primeiro encontro o motel é o destino, é o “ficar”. Por isto que as adolescentes estão ficando grávidas mais prematuramente e algumas vezes tornam-se mães solteiras, porque o rapaz não está preparado para assumir a paternidade. E o pior é quando a adolescente por falta de diálogo, compreensão e informação da família, se desespera e faz o aborto, um crime contra uma vida que está sendo formada.

Nos dias atuais, o fumo, o álcool e a droga aparecem mais cedo e com mais freqüência na vida dos jovens que no passado, ficando cada vez mais dependentes e tendo como conseqüência a violência. De vez em quando, a imprensa noticia que adolescentes assassinaram pessoas no cinema, professores e colegas na escola, pais e avós em casa; incendiaram mendigos e índios na rua; tudo isto porque o jovem não está sendo educado com valores e princípios para viver em sociedade, mas em ser egoísta e pensar apenas nele, como se ele fosse o centro de tudo.

O esporte sempre foi um excelente meio de socialização do indivíduo, mas que atualmente não é o mais procurado pelos jovens, pois eles preferem passar a maior parte do seu tempo disponível na internet em salas de bate-papo, em lan house e jogando videogame, adquirindo hábitos e atitudes egoístas; ficando sedentários, obesos e propensos a doença.

Uma das maiores diferenças entre os jovens de antigamente e os de hoje é em relação à educação. A grande maioria dos estudantes, pobres ou da classe média, estudavam em escola pública que era de boa qualidade e conseguiam ser aprovados nos melhores cursos das faculdades, pois existiam poucas escolas particulares, que eram para os ricos; com o passar dos anos, sucessivos governos diminuíram os investimentos na educação pública e hoje, seus alunos que na maioria são pobres, não conseguem competir de igual com os alunos das escolas particulares, que investem nos professores, na qualidade de ensino e em estrutura física. Uma dura realidade da educação brasileira é que os pais que tem condições financeiras colocam seus filhos para estudar na escola particular e os pobres na escola pública.

Atualmente alguns pais estão deixando os filhos escolherem a escola particular quer querem estudar, sem procurar saber sobre as propostas educativas da escola na formação integral dos seus filhos, diferente do que acontecia tempos atrás, onde à escola era escolhida pelos pais de acordo com suas condições financeiras e pensando no que era melhor para o filho. Com isto, os pais deixam o filho escolher uma escola que o prepara para o vestibular, e pode ser a escola da vez, da mídia, da moda; mas que não o prepara para todas as provas da vida.

Os pais devem orientar e educar o filho com mais responsabilidade censurando-o, dizendo não, basta ou chega quando necessário, para que ele entenda que não se pode fazer tudo que se quer ou se deseja, principalmente quando se tratar de algo tão importante, como a sua educação. O filho pode e deve opinar sobre o seu futuro, mas não de determinar o que quer e na hora que quiser, porque no futuro, o jovem e a família poderão sofrer com as conseqüências desta atitude. Não se educa sem limites, porque dar limites não é ser autoritário, é querer o melhor para o filho.

Os jovens precisam de valores e princípios que devem ser passados todos os dias, principalmente com exemplos daqueles que estão próximos e são referências para eles como os pais, em casa e os professores, na escola; orientando-os para que sejam independentes, mas com limites; e através da educação recebida, transforme o mundo melhor para todos, com atitudes de responsabilidade, respeito, gratidão, honestidade, justiça e solidariedade ao próximo.

Por José Costa
Professor de Educação Física
CREF 000245-G/SE