Quem não gostaria de turbinar um pouco o cérebro? Algumas
pessoas por necessidade, outras por vaidade, outras ainda para aprimorar a si
mesmas.
As razões para tentar ficar mais esperto e inteligente são
as mais diversas, mas, geralmente, todos têm uma coisa em comum: tentam usar
jogos de treinamento cerebral para isso.
Para estas pessoas, as notícias não são tão boas. Novos
estudos sugerem que os jogos para o cérebro não melhoram os processos mentais
ou o QI dos jogadores, apenas os deixam melhores naqueles mesmos jogos.
Os estudos céticos surgem uma década década depois de outras
pesquisas sugerirem que jogos para o cérebro funcionavam, o que havia sido
acompanhado pela criação de companhias como Cogmed, Lumosity, Jungle Memory e
CogniFit, que vendem jogos para crianças, velhos e adultos.
E a nova informação já criou um impasse. Executivos destas
empresas insistem que a nova descoberta tem falhas, enquanto os pesquisadores
afirmam que é antiético vender um software que não funciona, especialmente a
públicos vulneráveis como crianças com problemas de aprendizado ou idosos
preocupados com o declínio cognitivo.
Um estudo comparou os efeitos de
jogos de treinamento dual n-back, um tipo de programa de treinamento
popular no Vale do Silício, com um jogo placebo e com nenhum jogo. Os
pesquisadores de três diferentes universidades americanas chegaram à conclusão
que o jogo melhorava a capacidade dos jogadores nos jogos, mas não em testes
independentes de inteligência fluida, inteligência cristalizada,
multitarefas e outras capacidades.
Outro estudo tentou repetir os resultados de pesquisas anteriores que
mostravam que certos exercícios melhoravam a inteligência fluida, importante
para o aprendizado e associada ao sucesso profissional. O novo estudo não conseguiu repetir tais conclusões.
Por fim, uma revisão analisou 23
estudos anteriores sobre jogos para o cérebro, ponderando as pesquisas
pelo rigor de sua execução e pelo número de participantes incluídos. De forma
semelhante aos outros estudos, a meta análise descobriu que as pessoas apenas
ficavam melhores nos jogos que praticavam, mas estas habilidades não eram
transferidas para outras áreas, como habilidades verbais e não verbais,
aritmética ou atenção.
Entretanto, estas análises não compararam os resultados dos
jogos em crianças saudáveis em comparação com crianças com problemas de
aprendizado, ou entre adultos normais e adultos diagnosticados com declínio
cognitivo. O primeiro e o segundo estudos trabalharam com jovens saudáveis, e a
meta análise examinou estudos sobre jogos que envolveram todo tipo de pessoas.
A conclusão é que, pelo menos para pessoas normais, estudar
e jogar xadrez, apesar de ser divertido, só vai te deixar melhor em jogar
xadrez. Se você quiser melhorar a memória, terá que fazer
caminhadas, dormir
bem e praticar técnicas de memorização. [Popsci, The New Yorker]
essas pesquisas são uma merda, quem faz essas pesquisas são uns inúteis...
ResponderExcluirAcredito no impacto do jogo, mas não isoladamente, e não constante, acho q a hora de abandonar o jogo é quando começams a ficar bons neles, o segredo é forçar o cérebro a aprender aquela atividade. Pois a longevidade cerebral tem a ver com o ato de aprender. Coisas novas e de certa forma com algum prazer... Mas não adianta se matar em testes de raciocínio lógico ou matemáticos se a gente não dorme e se alimenta bem, ou não fazemos atividades físicas, pois todos esses fatores influenciam na plasticidade e melhora cerebral. Aprender coisas diferentes e novas já foi estudado como uma forma de manter o cérebro jovem, isso traduz muita coisa pra mim... Afinal o ser humano foi feito. Para evoluir! Em outta s palavras aprender até morrer :D
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