É o ato mais importante de sobrevivência da nossa espécie, e
você até acharia que ele é simples, mas a verdade é que, para algo que é
praticado desde sempre, sabemos muito pouco sobre sexo. Mas estamos aprendendo,
e agora você vai saber um pouco mais do que já descobrimos em nossos
laboratórios. Confira:
10. Excitação e nojo
Sexo é algo bastante… nojento. Se não fosse o prazer,
provavelmente jamais faríamos sexo. Talvez seja por isto que quando estamos
excitados, é mais difícil sentir nojo.
Em um estudo recente, 90 mulheres foram divididas em três
grupos, “excitadas”, “não excitadas” e “neutras”, e receberam 16 diferentes
tarefas, indo de “nojentas” a “muito nojentas” — coisas como limpar as mãos em
lenços usados, pegar um balde cheio de camisinhas usadas e beber água em um
copo com um inseto boiando na água.
O inseto era falso e as camisinhas não tinham sido realmente
usadas, mas as participantes não sabiam disso. As mulheres que estavam
excitadas estavam mais dispostas a fazer as tarefas que os outros grupos,
especialmente se a tarefa “nojenta” tinha alguma coisa sexual, como o balde de
camisinhas.
Parece que inibir a sensação de nojo é uma parte importante
para as pessoas quererem fazer sexo.
9. Amnésia Global Transiente
Este é um fenômeno extremamente raro, afeta talvez 3 pessoas
a cada 100.000 por ano, e foi relatado pela primeira vez em 1956. Basicamente,
o indivíduo fica com amnésia por alguns momentos. Isso acontece de forma
súbita, e em poucas horas se vai, mas neste período o indivíduo só lembra das
coisas até certo ponto. E a vítima também esquece praticamente tudo que faz
durante este período.
Mas o que isto tem a ver com sexo? Bom, na maioria dos
casos, a pessoa estava fazendo sexo um pouco antes da memória ir para o quarto
ao lado e deixá-la se perguntando “onde eu estou?”.
A amnésia global transiente parece não ter outro efeito colateral além da perda de
memória, e nos casos em que as pessoas não estavam fazendo sexo durante o
ataque, a condição que o disparou foi algo similar, como uma atividade extenuante
de algum tipo, ou uma mudança súbita na temperatura do corpo.
8. Mulheres atraentes e saúde
O hormônio cortisol é a primeira resposta a situações estressantes, que
envolvem respostas do tipo “lutar ou fugir”, como saltar de paraquedas. O que
você provavelmente não sabia era que colocar uma mulher bonita em uma sala com
um homem faz com que os níveis de cortisol no seu sangue aumentem
consideravelmente.
Se o homem considerar a mulher extremamente atraente, em cinco minutos seus níveis de cortisol estão
próximos dos níveis de um ataque cardíaco. E quanto mais atraente a
mulher, maiores os níveis de cortisol.
A pesquisa feita por cientistas espanhóis testou os níveis
de hormônio na saliva de homens, e descobriu que o interesse sexual é visto a
nível hormonal como um desafio a ser vencido. Quanto mais perigoso (atraente)
for o predador (a mulher), mais preparado o homem precisa estar para sobreviver
(copular). Mas tem um porém: as mulheres perdem o interesse quando percebem que os níveis de
estresse do homem estão muito altos.
7. Exercício orgásmico
Para a maioria de nós, ir para a academia é trocar uma coisa
boa (no caso, tudo menos academia) pela academia. Mas para cerca de 5% das
mulheres, há uma nova razão para se exercitar: orgasmos induzidos pelo exercício.
Em um estudo mais recente, ou melhor dizendo, em um
questionário on-line, 15% das mulheres relataram ter experimentado o fenômeno e
o dobro deste número relatou algum tipo de prazer sexual. Para as mulheres que
estão curiosas, parece que o orgasmo acontece nos exercícios abdominais. Para
os homens que estão querendo experimentar, lamento informar, mas aparentemente
só funciona com elas.
6. Sexo em gravidade zero
Por enquanto, segundo os relatórios da Nasa, ninguém tentou
fazer sexo em ambiente de microgravidade, e isso é bastante compreensível,
dadas as dificuldades: não há tração, e você fica batendo contra as paredes.
Além dos problemas com a lei — de ação e reação -, há ainda o problema
biológico: como o esperma irá se comportar em microgravidade?
E, se houver concepção, existe um outro probleminha: o
que a radiação vai causar ao feto? Não sabemos os efeitos
causados pela radiação solar em um adulto, em uma viagem de 500 dias ou mais à Marte, quem dirá em um feto em
desenvolvimento.
5. Melhora no sistema imunológico
Em uma pesquisa feita em 1999, descobriu-se que estudantes
universitários que faziam sexo pelo menos duas vezes por semana tinham altos níveis de igA no corpo. O igA é um
anticorpo encontrado no muco e é um bom indicador da saúde do sistema
imunológico.
A explicação para os níveis elevados de igA era que, ao se
expor regularmente aos germes que outras pessoas têm em seus corpos, estes
estudantes estavam adquirindo imunidade a um espectro maior de vírus e
bactérias.
Por outro lado, estudantes abstinentes tinham menos defesas
biológicas. E agora, a pegadinha: estudantes que faziam muito sexo (três ou
mais vezes por semana) apresentavam uma queda no igA, chegando aos mesmos
níveis dos abstinentes.
4. Risco de câncer de próstata reduzido
Fazer sexo frequentemente pode não ajudar o sistema
imunológico, mas vai reduzir o risco de desenvolver câncer de próstata. Um
estudo que acompanhou durante oito anos um grupo de 30.000 homens descobriu que
uma frequência de sexo de pelo menos 21 vezes por mês diminui em um terço a probabilidade de desenvolver
esta doença.
Ainda não se sabe por que a ejaculação frequente tem este
efeito no câncer de próstata. Uma das hipóteses é de que ela evita acúmulo de tecidos e fluídos que poderiam se
infectar ou inflamar.
3. Genética sexual
O estudo da genética humana já revelou que temos alguns traços de genes neandertais, o que faz
com que a gente pense no grande bacanal que não eram aqueles dias, mas o estudo
do sexo em períodos arcaicos também dá pistas de outras coisas, como o
movimento das populações humanas.
As similaridades
genéticas entre neandertais, denisovanos, e ancestrais recentes estão
servindo para mostrar que a teoria atual, que afirma que o Homo
sapiens surgiu na África e de lá se espalhou, é um pouco simplista.
O estudo do genoma neandertal publicado em 2010, além do
teste genético de pessoas vivendo em várias regiões da África, Ásia e Europa,
está apontando uma história um pouco diferente: os primeiros humanos teriam
saído da África, miscigenado com os neandertais, retornado para a África com
estes traços neandertais, e daí espalhando-se e substituindo os genes nativos.
2. Vozes agudas
Um dos traços que tanto homens quanto mulheres associam à masculinidade é a voz
grossa, a ponto de ser um traço que as mulheres inconscientemente procuram
neles. A voz grossa está ligada a altos níveis de testosterona, que por sua vez
estão conectados à capacidade de produzir bebês saudáveis.
Entretanto, uma pesquisa publicada em 2011 aponta que homens
com voz mais grossa têm menor concentração de esperma que os homens com voz
mais fina. Provavelmente trata-se de um compromisso evolucionário: homens mais
masculinos têm mais chances de reproduzir, por isto não precisam concentração
maior de esperma. Os homens que têm voz fina não tem tantas chances, então tem
que aproveitar melhor as chances que aparecerem.
1. Espinhos penianos humanos
É um fato, a maioria dos mamíferos tem espinhos nos pênis,
geralmente usados para induzir a ovulação depois do sexo ou para fazer com que
as fêmeas tenham menos vontade de fazer sexo depois do encontro com eles. E o
homem tem o código genético para a criação dos espinhos penianos, só que ele
nunca é ativado.
Basicamente, o que acontece é que os genes podem fazer duas
atividades diferentes, sendo uma delas a codificação de proteínas, e a outra a
ativação e desativação de trechos de código genético em momentos específicos.
Nos seres humanos, a fábrica proteica dos espinhos penianos
existe, mas o código genético que a ativa desapareceu. Por quê? O melhor
palpite que temos vem do fato que mamíferos que têm muitos parceiros sexuais
têm espinhos mais proeminentes, enquanto os mamíferos que se unem em casais têm
espinhos recessivos.
Por exemplo, os espinhos penianos dos chipanzés se parecem
mais com carocinhos. Em algum momento, se tornou mais vantajoso aos humanos
formar casais estáveis, e alguma mutação que eliminou a chave que ativa os
espinhos acabou se tornando popular. [Listverse]
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