A revista Vivasaúde ouviu médicos de oito diferentes
especialidades e descobriu as patologias de maior prevalência em 2020. Comece a
se prevenir desde já!
Aids
A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, mais
conhecida pela sigla Aids, é descrita pela primeira vez. Já no ano seguinte,
são confirmados os primeiros casos no Brasil. 2009. O número de pacientes
contaminados pelo vírus do HIV, que infecta e destrói os linfócitos
(células responsáveis pela defesa do organismo), chega a 35 milhões no mundo.
“Infelizmente, os problemas de hoje ainda não estarão solucionados em 2020. E o
HIV é um deles”, analisa Marcelo Ferreira. “Diagnosticamos novos casos da
doença todos os dias”, afirma. Quase 30 anos depois, a Aids continua a ser uma
doença incurável. Mas a administração de remédios, como o AZT, dificulta a
multiplicação do vírus, preserva as células do sistema imunológico, adia o
início dos sintomas e, principalmente, aumenta a sobrevida dos pacientes. Outro
forte aliado no combate ao HIV é o uso de preservativo.
Artrose
A Artrose é daquelas doenças que não podem ser
erradicadas. Quem explica o motivo é Nasson Cavanellas, coordenador da Unidade
Hospitalar do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO). “A
artrose é um processo degenerativo natural, que vem com a idade. O que
pode ser feito é controla-la. Para tanto, devemos diminuir a dor e melhorar a
função articular”, afirma. A artrose inicia-se, em geral, a partir dos 40
ou 45 anos. Mas há, também, outros fatores de risco, além do envelhecimento. O
sobrepeso e o sedentarismo são os mais preocupantes.
Asma
Doença inflamatória crônica, a asma é um mal que, segundo a Organização Mundial da
Saúde, já atinge 150 milhões de pessoas em todo o mundo. E este número só tende
a crescer. “A população das grandes cidades respira um ar altamente poluído e,
infelizmente, não há qualquer perspectiva de melhora neste sentido”, avalia
Bernardo Henrique Ferraz Maranhão, presidente da Sociedade de Pneumologia e
Tisiologia do Rio de Janeiro. Ao contrário de outras doenças, não há como fugir
da asma. Mas pode-se mantê-la sob controle com o uso contínuo dos
broncodilatadores.
Câncer
Nenhuma outra doença é mais temida do que o câncer.
E com razão. Por ano, ele mata 8 milhões de pessoas em todo o mundo, o que
representa 13% do total de óbitos. Existem mais de 100 tipos de câncer, sendo
90% curáveis, desde que diagnosticados e tratados precocemente. “A expectativa
é que, até 2020, o número de casos no Brasil deva subir. Afinal, a população
brasileira está envelhecendo e o câncer é uma doença atrelada ao
envelhecimento”, avalia Daniel Herchenhorn. “Entre as mulheres, o câncer de mamacontinuará a liderar o ranking. Já entre os
homens, o de próstata deve superar o de pulmão, pela redução do tabagismo”,
analisa Herchenhorn.
Depressão
Ela já compromete o estado físico e emocional de
121 milhões de pessoas e promete ser a doença psiquiátrica de maior prevalência
em 2020. Segundo especialistas, fatores genéticos, psicossociais e
neuroquímicos contribuem para desencadear o quadro. Mas eventos estressantes,
como a morte de parentes, também podem causar depressão. “A depressão tem no
estresse um de seus principais gatilhos”, afirma Marco Antonio Brasil,
psiquiatra do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho. Hoje, o
tratamento para depressão inclui psicoterapia e remédios
antidepressivos. A melhora ocorre em 70% dos pacientes.
Estateose hepática
Das doenças que deverão tirar o sono da humanidade
no futuro a menos conhecida é a esteatose hepática. Segundo José Augusto
Messias, presidente da Sociedade de Gastroenterologia do Rio de Janeiro,
trata-se do acúmulo anormal de gordura no fígado. “O mundo enfrenta uma verdadeira epidemia de
obesidade decorrente de hábitos alimentares equivocados e altas taxas de
sedentarismo”, resume Messias. Quanto maior e mais prolongado for o acúmulo de
gordura no fígado, maiores serão os riscos de lesão hepática. Se não for
tratada a tempo, a esteatose hepática pode evoluir para cirrose hepática.
Doença de Alzheimer
Primeiro, a pessoa sofre perda de memória. Depois, passa a sentir
dificuldade para realizar tarefas banais do dia a dia. Por fim, tende a não
reconhecer nem mesmo parentes e amigos mais chegados. Doença que cresce com o
aumento da estimativa de vida da população, o Alzheimer atinge com
mais frequência quem já passou dos 60 anos. Ainda não há consenso sobre suas
causas, mas já se sabe que há fatores hormonais e genéticos envolvidos.
“Evitar o estresse, não fumar, beber moderadamente, dormir bem e manter o peso
sob controle são medidas preventivas”, afirma Rubens Gagliardi, vicepresidente
da Academia Brasileira de Neurologia.
Obesidade
“Consumimos muito fast-food.” O alerta é de Ruth
Clapauch, vice presidente do departamento de Endocrinologia Feminina e
Andrologia da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM). São
vários os riscos que a obesidade pode trazer à saúde. Os principais estão
relacionados a infarto,diabetes e hipertensão. De acordo com estimativas
de Márcio Mancini, presidente do departamento de Obesidade da SBEM, 15% dos
brasileiros são obesos. “Devemos começar a enxergar o paciente obeso como
portador de uma doença crônica e não como alguém sem força de vontade”,
enfatiza Mancini.
Fonte: http://revistavivasaude.uol.com.br/clinica-geral/descubra-quais-sao-as-doencas-do-futuro/891/
- Texto: André Bernardo/ Foto:Shutterstock/ Adaptação: Letícia Maciel
Interessante esse artigo!
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