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quinta-feira, 14 de janeiro de 2021

Perigos que ameaçam sua saúde no verão


Entenda por que combinar álcool e frituras com o calor excessivo pode ser prejudicial

 

Para alguns, não pode faltar uma cerveja gelada. Para outros, o essencial mesmo é uma porção de fritas. E aí é que se encontra o perigo. Segundo o fisiologista do esporte e consultor científico Daniel Portella, da Secretaria de Esportes de São Caetano do Sul, o consumo de bebidas alcoólicas e frituras oferece riscos extras no verão.    

 

"O álcool, por exemplo, acelera o processo de desidratação natural do corpo", explica o profissional. E os perigos não param aí: se você quer aproveitar os dias de calor sem passar por desconfortos, veja as dicas dos especialistas e evite as principais ameaças ao seu bem-estar nesta época.

 

Álcool

Segundo o fisiologista e pesquisador do Centro de Estudos da Medicina da Atividade Física e do Esporte (CEMAFE), Raul Santo de Oliveira, o problema não está no consumo das bebidas alcoólicas, mas nos exageros. "Álcool e bebidas à base de cafeína são altamente diuréticos e aceleram a desidratação natural do corpo, já mais intensa quando está calor". Por isso, ele recomenda alternar as doses de álcool com um copo de água.

 

Frituras

"Com o aumento da perda de líquidos, causada pelo calor excessivo, as gorduras não são bem metabolizadas. Por isso, você pode sentir sensação de mal-estar e desconforto", explica Daniel. Além disso, o consumo de frituras acontece junto à ingestão de bebidas alcoólicas, o problema piora. "O álcool altera o controle de liberação da bile, fluido que auxilia na digestão de gorduras", explica o especialista do CEMAFE.

 

Sal

Uma porção de fritas e sal. Salada e mais sal para temperar - sem contar o sal que já vem embutido nos alimentos. Resultado: pernas e pés inchados. Segundo Raul Santo, isso acontece porque o sódio, presente no sal, favorece a retenção de líquidos no corpo. "Até certa quantidade ele é benéfico, mas grande parte das pessoas exagera e não se lembra que o sal consumido não é somente aquele visivelmente acrescentado aos alimentos", afirma. No calor, a situação complica ainda mais: os vasos ficam dilatados, dificultando o retorno do sangue principalmente dos membros inferiores.

 

Overtraining

"Overtraining é a prática excessiva de exercícios e pode prejudicar até quem está acostumado a treinar regularmente',afirma Raul. Segundo ele, quem se exercita demais pode apresentar problemas como dificuldade para dormir, falta de disposição e irritabilidade. No calor forte, típico do verão, há ainda o perigo de desmaio, devido à queda de pressão; risco de insolação, caso o treino seja feito sob o sol da tarde; desidratação e hipertermia, quando a temperatura corporal fica muito elevada.

 

Superexposição solar

A temperatura corporal interna de uma pessoa deve ser de 37º C, independente do horário do dia. Por isso, ficar exposto ao sol, principalmente entre 10h e 16h, pode causar hipertermia, quando o corpo não consegue mais estabilizar o calor interno. "Nesse estágio, o organismo direciona toda sua energia para tentar dissipar o calor e, assim, algumas células param de funcionar, podendo causar desmaios graves", diz Daniel Portella.

 

Baixa ingestão de líquido

Desidratação, a perda de líquidos pelo organismo, age de forma similar à insolação. "Ela atrapalha o funcionamento de algumas células essenciais para a manutenção da vida, podendo gerar desde um pequeno mal-estar até desmaios", esclarece Daniel. Por isso, ande sempre com uma garrafinha de água e crie o hábito de dar pequenos goles de tempos em tempos. Não espere sentir sede para se hidratar - nesse estágio, o corpo já está sofrendo com a falta de líquidos.

 

Alimentos mal conservados

Se existe algo que pode estragar de vez suas férias, a intoxicação alimentar está na lista. Isso porque o alimento contaminado ou mal conservado que você consumiu precisará ser eliminado por vômito ou diarreia. "Além disso, dependendo do estado do alimento, ele pode conter bactérias bastante perigosas à saúde e até causar a morte nos casos mais graves", afirma Raul. Se você desconfiar de intoxicação, não pense duas vezes: procure imediatamente um pronto-socorro e se hidrate intensivamente. Para prevenção, evite alimentos de origem duvidosa, prefira consumir frutas e sanduíches que você mesmo comprou ou preparou manteve em mochilas térmicas.

 

Fonte: https://revistanovafamilia.com.br/perigos-que-ameacam-sua-saude-no-verao - Redação - Foto: Alex Ferraz/Jornal A Tribuna

sexta-feira, 19 de junho de 2020

Casa à prova de vírus (e outras ameaças)


A pandemia despertou a necessidade de reaprender a arte da faxina. Nosso guia ensina a limpar os ambientes de forma segura — e sem entrar em neura

Pra começar, saiba de uma vez por todas a diferença entre os produtos bem-vindos à limpeza:

Detergente
Possui ativos que quebram moléculas de gordura e tiram manchas. Serve para a louça do dia a dia e pode ser aplicado em pisos, azulejos e no vaso sanitário. A espuma deve ser enxaguada com água corrente.

Desengordurante
Sua fórmula traz ingredientes potentes para tirar crostas maiores de gordura e limo na pia, no fogão, nas janelas, em paredes e no boxe do chuveiro. Há versões para banheiros e outras para cozinhas.

Multiúso
Como seu próprio nome já diz, é superversátil ao ser aplicado nas mais diversas superfícies e objetos — só não é indicado para madeiras. Traz uma mistura de detergentes com solventes.

Álcool
Disponível em duas versões. O 46% serve para tirar o pó com a ajuda de panos úmidos. Já o 70% elimina vírus e bactérias. Nunca guarde o frasco perto de fontes de calor. Assim, você evita acidentes com fogo.

Água sanitária
É ótima para o chão de banheiro e quintais. Elimina aquelas manchas de bolor e mofo que aparecem em paredes, no teto e no interior de móveis. Diluída, serve para desinfetar frutas e verduras.

Desinfetante
Acaba com vírus e bactérias, especialmente em cozinhas e banheiros. O produto precisa ficar no ambiente de cinco a dez minutos para ter uma ação completa. Um diferencial é seu cheiro mais agradável.

Produtos com perfume
São fórmulas diluídas em baldes d’água para serem aplicadas no chão da cozinha, dos quartos ou da sala com o auxílio do pano e do rodo. Deixa um aroma gostoso, que dá sensação de casa limpa.

Sabão em barra
Curiosamente, se tornou um dos itens mais vendidos no Brasil nos primeiros meses da pandemia de Covid-19. Serve para lavar tecidos, louças e superfícies da cozinha, da lavanderia e do banheiro.

Receitas caseiras
Certas soluções populares não têm eficácia comprovada. O vinagre, por exemplo, até elimina odores impregnados, mas seu poder de desinfecção é baixo em relação a álcool ou água sanitária.
O mercado de produtos de limpeza vem crescendo em 2020. Álcool, saco de lixo, vassoura, sabão em barra e desinfetante são campeões de vendas



Ao chegar em casa
Para reduzir o risco de transmissão do coronavírus e de outros patógenos, especialistas recomendam alguns cuidados básicos

Vestuário
Tire os sapatos logo na porta de entrada e limpe a sola com álcool 70% ou desinfetante. Coloque toda a roupa com a qual estava na máquina de lavar. Limpe as mãos com bastante atenção ou, de preferência, tome um banho.

Máscaras de tecido
Durante a pandemia, esse acessório precisa ser usado toda vez que você sair para fazer compras ou trabalhar. Na volta, deixe-o de molho num balde com água sanitária diluída. Depois, enxágue e bote pra secar no varal.

Delivery
Ao pedir comida pelo telefone ou por aplicativos, lembre-se sempre de desinfetar o cartão de crédito ou de débito e a embalagem, especialmente na região onde estão os lacres de segurança.

Sacolas
No mercado, dê preferência às ecobags, que podem ser utilizadas várias vezes — o meio ambiente agradece! Após o uso, lave-as com água e sabão. Finalize com um pano embebido em álcool.

Alimentos frescos
Frutas, legumes e verduras devem ser colocados por 15 minutos numa solução com 2 colheres de água sanitária para cada litro de água. Na sequência, enxágue bem e seque antes de guardar.

Alimentos secos
Nesse caso, utilize um pano com álcool para limpar a embalagem de plástico, alumínio ou papelão. Cuidado para não deixar muito úmido, o que estraga a comida antes do prazo de validade.

Eles merecem capricho
Por mais que você saia pouco de casa, é preciso ter precaução com certos objetos e superfícies

Maçanetas e puxadores
O tempo todo tocamos maçanetas de porta, puxadores de gaveta, interruptores, tomadas e corrimões. É sempre bom passar um paninho com um pouco de desinfetante ou água sanitária a cada dois ou três dias.

Móveis
Encostos de cadeira e mesas são locais nos quais mexemos com frequência. Antes de aplicar alguma substância ali, veja de que material a superfície é feita — a água sanitária provoca manchas em tecidos coloridos, por exemplo.

Eletrônicos
Mouse, teclado, celular e controles remotos não saem das nossas mãos. Para evitar avarias após algum tempo de limpeza, dê preferência ao álcool isopropílico, que evapora mais rápido que o comum.
Em 90 minutos de faxina, a gente chega a queimar mil calorias! Para evitar dores nas costas durante as atividades, tome cuidado com a postura

O substituto do velho rodo
Esfregões modernos são uma mão na roda
Se você é daqueles que perdem a paciência com a rotina de varrer e passar pano em todos os cômodos, saiba que já existe uma solução que facilita o dia a dia: a linha de produtos conhecida como mop, termo em inglês traduzido como “esfregão”. Fabricados por diversas empresas, eles são facilmente encontrados na internet e em lojas de departamentos.
Há três modelos principais: o primeiro deles vem com uma borracha cheia de ranhuras horizontais que absorve líquidos e prende a sujeira  acumulada pelo chão. O segundo tem formato retangular e traz um pano de microfibra — alguns contam inclusive com um spray acoplado que libera os produtos diretamente no piso durante a limpeza. O terceiro é redondo e está cheio fios de microfibra mais compridos. Esse tipo costuma vir com um balde especial para que o usuário misture água e desinfetante. 

Ameaças invisíveis
Uma única esponja de lavar louças chega a carregar 1 milhão de bactérias e 400 fungos. Esses micro-organismos encontram tudo de que precisam para viver e se multiplicar em cozinhas ou banheiros: comida farta, bom nível de umidade e temperatura ideal. Muitos desses seres microscópicos podem contaminar alimentos e provocar infecções gastrointestinais. A faxina periódica e a troca dos itens de limpeza ajudam a controlá-los.

Cozinha
Essa parte da casa demanda cuidados diários para não virar um ninho de germes — ainda mais se você deixar a louça suja se acumular

Geladeira
Uma vez por mês, lave prateleiras e gavetas com água e sabão. No exterior, evite esponjas abrasivas ou produtos de limpeza fortes. Deixe os alimentos em potes fechados para prevenir a contaminação cruzada.

Fogão
Sabe os respingos de molho de tomate ou o leite que ferveu e transbordou? Limpe quanto antes para não formar crostas duras — só veja se as peças do fogão estão frias para você não se queimar. Um multiúso dá conta do recado. 

Forno
Ao longo do tempo, acumula  manchas de gordura e restos de alimentos. A cada dois ou três meses, dê um trato na grade metálica e nas paredes com multiúso ou desengordurante. Não se esqueça de enxaguar e secar.

Micro-ondas
Para evitar sujeira espalhada, sempre cubra o alimento que você vai aquecer com tampa — mas deixe alguma abertura para evitar o acúmulo de ar dentro do recipiente. Limpe com esponja e sabão a parte interna toda quinzena.

Pia
No dia a dia, após lavar a louça, use o detergente para eliminar a sujeira. Preste atenção no ralo e veja se há restos de comida parados ali. A cada sete dias, passe um pano com álcool ou água sanitária diluída.

Esponja
É uma das campeãs no acúmulo de bactérias e fungos. Após o uso, retire os pedaços de alimento que ficaram presos e mantenha a peça guardada num lugar seco. Se possível, troque por uma nova após sete dias.

Armários
A superfície deles costuma acumular poeira e gordura bem difíceis de tirar. Os desengordurantes ajudam nessa tarefa. Não se esqueça da parte interna: arrumações semestrais ou anuais deixam tudo limpo e organizado.

Piso
Água, sabão e pedaços de alimentos caem com frequência no chão. É bom fazer uma manutenção simples (varrer e passar pano) a cada dois dias e usar produtos desinfetantes durante a faxina semanal.

Área de serviço
Se a lavadora fica sem limpeza, suas roupas começarão a sair manchadas e com cheiro desagradável

Máquina de lavar
A cada 30 ou 60 dias, faça um ciclo completo de lavagem sem nenhuma roupa, só com sabão e um pouco de água sanitária. Isso ajuda a tirar fiapos e sujeiras escondidos nos reservatórios e ductos internos do eletrodoméstico.

Despensa
Alimentos, itens de higiene pessoal e produtos de limpeza requerem um ambiente sem umidade e longe dos raios solares. Confira sempre o prazo de validade nos rótulos e não utilize aqueles que já passaram da data estipulada.
1 540 casos de intoxicação por produtos de limpeza ocorreram no país de janeiro a abril de 2020. O número é 23% maior do que o registrado em 2019

Ferramentas adequadas
Utensílios criativos facilitam a limpeza de lugares específicos da residência
Já pensou no trabalhão que dá tirar o pó acumulado em cada uma das lâminas da persiana? E como deixar o vidro da janela limpinho, sem manchas ou fiapos? É para essas e outras situações que as empresas do setor desenvolvem e disponibilizam uma série de dispositivos inusitados.
O limpador de persianas, por exemplo, possui três hastes revestidas de tecido de microfibra que se encaixam perfeitamente nos vãos onde a sujeira se deposita. Para as janelas, que costumam ser uma pedra no sapato na hora da faxina pesada, é possível encontrar peças que trazem rodo e pano acoplados. Eles lavam os vidros com muita eficácia e rapidez.

O terror dos alérgicos
Saca só este trio: poeira, pelos de animais e ácaros são um verdadeiro tormento para quem tem asma, rinite ou bronquite. Eles estão no ambiente e se acumulam na roupa de cama, no travesseiro, no carpete, nos móveis e nos objetos. Quando aspirados, entram pelo nariz e motivam uma reação alérgica das bravas. Por isso que portadores dessas doenças devem dar uma atenção ainda maior à faxina. Uma dica é aposentar vassouras e espanadores e só utilizar panos úmidos e aspirador para não levantar tanto pó.

Sala de estar
O cantinho da casa onde relaxamos e nos divertimos estoca um monte de poeira e até resíduos de poluição

Móveis
Um pano molhado tira aquela lâmina de sujeira fininha que se forma após alguns dias. Tome cuidado com a umidade para não estragar a madeira. Se curtir o efeito brilhoso, finalize o serviço com um lustra-móveis.

Sofá
Use o aspirador para sugar cabelos, pelos de animais e o pó. Caso você derrube comida ou bebida, tente tirar a mancha com rapidez. Muitas vezes, será inevitável contratar um serviço especializado.

Eletrônicos
Televisão, DVD, videogame, roteador de internet e outros aparelhos não toleram água. Use um pouquinho de álcool isopropílico. Para evitar acidentes com eletricidade, retire-os da tomada antes de passar o pano.

Ar-condicionado
Esse dispositivo merece manutenção extra. De tempos em tempos, passe um pano úmido e lave os filtros com água e sabão neutro. Veja no manual se a troca das peças é realizada a cada semestre ou uma vez ao ano.

Tapete
Na faxina semanal, utilize o aspirador para remover as impurezas. Se estiver sujo demais, você pode apelar para uma vassoura ligeiramente úmida. De 12 em 12 meses, é bom deixá-lo numa lavanderia profissional.

Chão
Tudo depende do material de que ele é feito. Em pisos frios, como o porcelanato, um trapo molhado com um perfume é suficiente. Quando há madeira ou laminados, já é necessário usar alguma substância específica.

Quarto
O local de dormir pode virar o paraíso dos ácaros

Colchão
Após dez anos, essa peça acumula 1 trilhão de ácaros, e cada um deles excreta incríveis 20 bolotas de cocô todos os dias. Uma vez por semana, passe um aspirador. E faça a troca após uma década de serviços prestados.

Travesseiro
Outro que fica apinhado de ácaros — depois de seis anos, 10% do peso dele se deve a esses bichos. Troque a fronha de sete em sete dias e deixe o travesseiro pegar um banho de sol enquanto você faz a faxina do quarto.

Guarda-roupa
Deixe as portas abertas de vez em quando para o ar circular e as peças não ficarem com aquele aroma peculiar de lugar fechado. Arrumações semestrais são uma ótima ideia pra doar aquilo que não serve ou você não veste mais.
Existem 940 mil playlists com o tema “faxina” no aplicativo de músicas Spotify. A procura por essas listas de canções aumentou 40% em abril de 2020
19% das faxinas nos lares brasileiros costumam ocorrer às sextas-feiras. Na sequência, os dias preferidos são as quartas, as quintas e os sábados

O futuro já começou
Tecnologia cada vez mais acessível acaba com a poeira da casa
Robô aspirador parece coisa de filme de ficção científica. Mas já é possível encontrar modelos vendidos no Brasil a partir de 400 reais. Eles são ótimos para tirar a sujeira leve, como pó, cabelos e pelos de animais. Basta deixá-los num ambiente por 20 minutos que eles fazem todo o trabalho por você. Os mais modernos até se ligam de volta na tomada quando a bateria acaba.

Química perigosa
Todos os produtos de limpeza vendidos no Brasil passam por análise e aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Por mais seguros que sejam, o uso inadequado está relacionado a problemas na pele, nos olhos, nos pulmões e no intestino. Em caso de acidentes, a primeira medida é ligar para o Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox) da sua região. O número está escrito nas embalagens.

Banheiro
Umidade, calor e boa oferta de matéria orgânica fazem desse cômodo um dos lugares preferidos dos micro-organismos

Pisos e azulejos
Com o passar do tempo, surgem gordura e limo nos revestimentos. Esfregue com detergente ou multiúso e enxágue bem. Na sequência, aplique desinfetante ou água sanitária e deixe agir pelo tempo indicado no rótulo.

Boxe
ode reparar: com o passar dos dias, o vidro começa a ficar borrado, com camadas foscas de sujeira. Utilize a parte macia da esponja para retirar essa meleca — desengordurante, multiúso ou detergente dão conta do recado. 

Privada
Recorra ao detergente comum ou ao multiúso na hora de arrancar a sujeira mais grossa. Só depois jogue o desinfetante ou a água sanitária para acabar com as bactérias que formaram colônias ali ao longo dos dias.

Pia
Os produtos de limpeza comum são ótimos para o mármore e a cuba. Para deixar o metal das torneiras brilhante, é possível utilizar cremes saponáceos. Dê um capricho no suporte onde você deixa a escova de dentes. 

Espelho
Ao longo do tempo, fica cheio de respingos e manchas de pasta de dente. Aplique o multiúso e enxague. Para dar o toque final de perfeição, passe um pano seco que não solta muitos fiapos, como uma daquelas flanelas laranja.

Armário
Acumula muito bolor. Passe um pano com água sanitária de vez em quando. Aproveite o momento para organizar os itens de higiene e beleza estocados. Lembre-se de jogar fora aqueles que passaram da data de vencimento.

Áreas externas
Varandas e quintais são o ponto de contato da nossa casa com o mundo exterior e estão mais expostos a pragas

Quintal
Lave com água e sabão a cada semana ou quinzena — caso possua animais de estimação que fazem xixi e cocô nesses locais, a periodicidade será menor. Tente não estocar lixo ou restos de materiais de construção desprotegidos.

Ralos
Ratos, formigas e baratas transitam pelo encanamento e podem desembarcar na sua casa. Instale telas que bloqueiam a passagem desses animais. Vale também jogar um pouco de água sanitária ali vez ou outra.

Fossas
Algumas residências sem acesso a rede de esgoto têm reservatórios de dejetos. O acesso a esses tanques deve ser restrito, pois há milhões de bactérias e vírus. É essencial contratar empresas para manutenções periódicas.

Tralhas
Sabe aquele quartinho da bagunça? Quando está sujo, ele vira criadouro de aranhas e ratos. Aproveite a quarentena para  fazer uma limpa e doar ou jogar fora tudo que não tem mais serventia à família.

Calha
Com o passar do tempo, é essencial retirar lodo, folhas de árvores e outros componentes que provocam entupimentos. A água parada ali vira criadouro do Aedes aegypti, que transmite os vírus de dengue, zika e chikungunya.

Caixa-d’água
Necessita estar com tampa ou tela o tempo todo para não servir de ninho para o Aedes. A limpeza pesada de seu interior ocorre, no mínimo, a cada 12 meses. Assim, dá pra garantir uma boa qualidade da água.
Se houver alguém com o coronavírus dentro de casa, o ideal é reservar um ambiente e banheiro para ele e reforçar as medidas de higiene

Bichos por todos os lados
No final de maio, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) soltou um alerta: em razão da pandemia, os ratos estão se comportando de maneira mais agressiva. Mas calma que tem explicação: com restaurantes fechados e menos pessoas circulando pelas ruas, os roedores perderam sua principal fonte de alimentação. Com isso, precisam se arriscar e buscar novos territórios para garantir a própria sobrevivência. Quer evitar que eles ou outras pragas apareçam na sua casa? Guarde bem qualquer fonte de comida e descarte o lixo a cada dois dias.

Xô, neurose!
Dá pra fazer a faxina periódica sem ficar obsessivo com a limpeza da casa

Rotina
Crie uma agenda de tarefas ao longo da semana e do mês. Compartilhe os afazeres com os moradores do lar — desse jeito todo mundo participa e não fica difícil pra ninguém.

Parte pesada
Há lugares e móveis que não carecem de limpeza com grande frequência, como o fundo dos armários no quarto. Organize essas grandes arrumações ao longo de um ano.

Desapegue
Não tem jeito: o pó sempre aparece e a louça nunca acaba. Tente concentrar o serviço do dia a dia em um horário para você conseguir descansar e realizar outras atividades sem ficar obcecado pela limpeza. 

Fonte: https://saude.abril.com.br/familia/casa-a-prova-de-virus-e-outras-ameacas/ - Por André Biernath - Ilustrações: Jonatan Sarmento/SAÚDE é Vital

quinta-feira, 1 de agosto de 2019

17 ameaças ocultas para o coração


Muito além de pressão e colesterol altos, há um monte de perigos ao sistema cardiovascular escondidos por aí. Hora de desvendá-los

1. Bullying no trabalho
O European Heart Journal, uma das publicações de cardiologia mais influentes do mundo, acaba de dedicar uma edição especial a fatores e comportamentos inusitados que comprometem a saúde do coração. Um deles envolve o ambiente de trabalho.
“Vítimas de bullying nas empresas estão sujeitos a constantes maus-tratos, o que está relacionado a emoções negativas”, explica a epidemiologista Tianwei Xu, da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, autora de um estudo que mostrou como essas agressões impactam pra valer o coração.
Tem solução?
O primeiro passo está em identificar essa violência e seus autores. “É importante que as pessoas saibam sobre esses comportamentos e busquem ajuda”, sugere Tianwei. Os departamentos de RH das companhias precisam ficar atentos para lidar com essas questões.

2. Poluição sonora
Buzinas, fábricas, sirenes, aviões… São tantos barulhos na cidade que nem prestamos mais atenção neles. O dilema é que essa sinfonia desajustada cobra seu preço. ]
Um levantamento do Instituto Suíço de Saúde Pública e Tropical analisou dados de 4,4 milhões de adultos e descobriu que o som de rodovias, ferrovias e aeroportos está ligado a uma maior mortalidade por infarto. “Existe uma relação entre a poluição sonora e o estresse crônico, que, por sua vez, aumenta a pressão arterial”, diz o epidemiologista Martin Röösli, que assina a pesquisa.
Tem solução?
O poder público precisa planejar o município de modo a reduzir os danos aos cidadãos. Aeroportos, por exemplo, devem ficar afastados dos bairros residenciais. Se você mora em regiões barulhentas, o jeito é investir em janelas e portas que limitam o ruído externo.

3. Sujeira pelo ar
Pelo jeito, viver nas metrópoles não é bom negócio para o coração. “Sabemos que mais de 40% das mortes por doença cardiovascular têm como uma de suas origens o ar que respiramos”, calcula a médica Evangelina Vormitagg, diretora do Instituto Saúde e Sustentabilidade, em São Paulo.

Já se sabe que partículas tóxicas muito finas entram pela respiração e caem na circulação sanguínea, onde provocam um estrago danado. Líderes e especialistas no tema são convocados a todo momento pela Organização Mundial da Saúde para elaborar saídas para esse problema global.

Tem solução?
Cobrar das autoridades políticas públicas mais sustentáveis e o cumprimento de leis já aprovadas é dever de todos nós. Do ponto de vista individual, dá pra apostar na bicicleta ou no transporte público (ônibus, metrô, trem…) e evitar o uso de combustíveis fósseis, especialmente o diesel.

4. Desastres naturais
Muito além do choque momentâneo, esses acidentes de larga escala comprometem o sistema cardiovascular dos sobreviventes. O exemplo mais recente ocorreu há poucos meses na cidade de Brumadinho, Minas Gerais, com o rompimento da barragem de minérios que vitimou 224 pessoas.
“Sabemos que o contato com metais pesados como níquel, chumbo e cádmio provoca lesões nos vasos sanguíneos e induz à hipertensão e ao aumento do colesterol”, conta o fisiologista Vitor Valenti, da Universidade Estadual Paulista, que acaba de conduzir uma revisão a respeito.
Tem solução?
O ideal mesmo é que esse tipo de desastre fosse evitado com estratégias preventivas. Em situações como a de Brumadinho, bombeiros e sobreviventes necessitam de cuidados redobrados. O acompanhamento deles com um cardiologista será mais frequente e cuidadoso.

5. Mudança no clima
“Uma redução de 3 graus na temperatura aumenta em até 30% as internações por insuficiência cardíaca ou infarto”, calcula o cardiologista Eduardo Pesaro, do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. O especialista chegou a esse número após tabular dados de 130 mil hospitalizações que ocorreram na capital paulista na transição do verão para o outono.
Períodos muito quentes também são danosos aos vasos sanguíneos. “Nos meses de calor, sobe o risco de desidratação e há uma tendência de a pressão arterial cair demais”, esclarece Pesaro.
E cabe destacar que o aquecimento global contribui tanto para dias muito quentes como para invernos rigorosos e desastres naturais.
Tem solução?
No inverno, agasalhe-se bem e isole as frestas por onde o vento gelado passa. Se você integrar um dos públicos-alvo das campanhas (idosos, crianças, gestantes…), tome a vacina contra a gripe. No calor, capriche na hidratação e converse com o cardiologista para fazer ajustes na dose dos anti-hipertensivos.

6. Problemas na gravidez
O período da gestação tem suas particularidades para o coração.
Nos nove meses que separam a concepção do parto, a saúde da mulher e do bebê é monitorada constantemente. Uma das maiores preocupações nesse período é a pré-eclâmpsia, caracterizada pelo aumento da pressão arterial materna.
Ainda bem que existem remédios que fazem o controle e evitam maiores danos, como o aborto espontâneo. Porém, uma pesquisa da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, aponta que a mãe deve ficar atenta à hipertensão mesmo após o nascimento de seu filho. Não raro, o quadro se perpetua pelo resto da vida.
Tem solução?
“A chave está no diagnóstico precoce da pré-eclâmpsia para iniciar o tratamento que minimiza seus desdobramentos”, conta Fernando da Costa, da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp). Cortar o sal durante a gravidez é outra orientação dos médicos.
5% das mulheres com pré-eclâmpsia durante a gestação sofreram infarto ou AVC nos oito anos seguintes

7. Nascer prematuro
Quando a criança precisa vir ao mundo antes de completar 37 semanas na barriga da mamãe, seu coração carece de um acompanhamento mais criterioso – e não só na infância! Um trabalho da americana Universidade do Arkansas revela que a taxa de problemas cardíacos é mais alta nesses indivíduos quando comparados àqueles que nasceram no tempo ideal.
“Esses recém-nascidos ganham peso rapidamente nas primeiras semanas, o que abre alas para o descontrole de colesterol e diabetes”, completa o cardiologista Jawahar Mehta, líder da investigação.
Tem solução?
Experts defendem que os bebês prematuros sejam monitorados para evitar o excesso de peso logo cedo. “O limite no consumo de calorias, principalmente de açúcares, será mais rígido para eles”, vislumbra Mehta. O pediatra indicará exames para flagrar eventuais desajustes.

8. Má higiene bucal
Não é de hoje que se fala da conexão entre a saúde da boca e a do coração. E uma pesquisa da Universidade Nacional de Seul, na Coreia do Sul, acaba de descobrir que escovar os dentes uma vez ao dia já ajuda a baixar o risco de infarto e AVC em 9%, enquanto fazer uma consulta com o dentista a cada 12 meses está associado a uma redução de 14% na propensão a esses piripaques.
“Inflamações na gengiva e o acúmulo de bactérias na boca repercutem no corpo inteiro”, ressalta o periodontista Claudio Pannuti, da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (USP).
Tem solução?
Não dá pra escapar: escova, creme e fio dental são itens obrigatórios após as refeições, antes de dormir e ao acordar. Além disso, visitar o dentista a cada seis meses permite fazer aquela limpeza profissional e detectar cáries ou gengivite logo no início.

9. Descongestionante nasal
Sabe esses remédios que prometem desobstruir o nariz a jato? Eles até fazem isso, só que o efeito é temporário e a passagem do ar fica bloqueada novamente após alguns minutos.
Para piorar, alguns produtos desse grupo carregam determinadas substâncias que contraem os vasos sanguíneos (pelo corpo todo). É aí que mora o perigo.
“O princípio ativo não se limita às vias aéreas: ele é absorvido e, em grandes quantidades, provoca espasmos nas artérias”, alerta o médico Luiz Antonio Machado, da Sociedade Brasileira de Cardiologia.
Tem solução?
Não caia na pegadinha dos descongestionantes nasais. Para início de conversa, eles são diferentes daqueles produtos parecidos com soro fisiológico e concebidos para lavar o nariz – esses não trazem riscos. Só faça uso de um fármaco desses com o aval do médico.

10. Microbiota intestinal desbalanceada
As bactérias que habitam no nosso intestino interferem até no coração!
A população de bactérias que vivem em nosso aparelho digestivo é decisiva para o aproveitamento dos nutrientes que ingerimos nas refeições. Mas a influência dessa turma microscópica não para por aí: alguns micro-organismos, por exemplo, estão ligados à redução e outros ao aumento do colesterol circulante.
“Em 2018, foram publicadas 101 pesquisas sobre a relação entre a microbiota e o coração. Só até abril de 2019, já saíram outros 45 artigos”, dá uma ideia desse campo o médico Dan Waitzberg, do Ganep Nutrição Humana.
Tem solução?
Para manter a flora intestinal equilibrada, o mais indicado é ter uma dieta saudável e variada. Ingerir boas fontes de fibras presentes em frutas, verduras e legumes é outra sacada. Produtos probióticos, como alguns leites fermentados, iogurtes e queijos, dão uma mãozinha.

11. HPV e companhia
O papilomavírus humano, ou simplesmente HPV, sempre esteve relacionado a tumores de colo de útero, pênis, ânus e boca. Agora, um estudo pioneiro da Universidade Sungkyunkwan, na Coreia do Sul, descobriu que as mulheres infectadas por ele também estão mais sujeitas a doenças cardiovasculares.
O risco de infarto ou AVC era 22% maior naquelas que tiveram contato com esse vilão. E não é só ele: já se sabe há anos que o influenza, o agente por trás da gripe, é capaz de propiciar uma terrível descompensação cardíaca.
Tem solução?
Vacina neles! O imunizante contra o HPV está na rede pública para adolescentes e adultos jovens. “E pacientes com doenças cardiovasculares estão nos grupos que devem tomar a dose contra a gripe”, lembra a médica Cristiane Lamas, da Sociedade Brasileira de Infectologia.

12. Dormir mal
É natural a gente ficar pilhado e não conseguir pregar os olhos uma noite ou outra. Na contramão, a insônia é uma coisa bem mais séria.
“Trata-se da dificuldade para iniciar e manter o sono ou despertar antes do desejado por três vezes na semana durante três meses”, define o biomédico Gabriel Pires, da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.
O ponto é que a falta de descanso anda de mãos dadas com o estresse e a ansiedade. Esses dois fatores, na sequência, induzem danos aos vasos e ao músculo cardíaco, até o ponto em que o sistema inteiro começa a pifar.
Tem solução?
Procure um médico se o encontro com o colchão e o travesseiro anda turbulento demais. Se o distúrbio for diagnosticado, há uma série de opções de tratamento. Só não vá se medicar por conta própria. Errar no tipo de remédio ou na dose traz sérias consequências, como o efeito rebote.
Pessoas que dormem menos de cinco horas por noite têm um risco de desenvolver hipertensão 520% maior!

13. Apneia do sono
De nada adianta passar a madrugada toda apagado se o repouso não é reparador. A apneia do sono, marcada por roncos e paradas na respiração ao longo da noite, abala pra valer o bem-estar do coração.
“A interrupção no fluxo respiratório chega a durar entre dez e 90 segundos e está associada a quedas na quantidade de oxigênio no sangue”, diz o fisiologista Ali Azarbazin, do Brigham and Women’s Hospital, nos Estados Unidos.
Além do sobe e desce na oxigenação, a doença leva a microdespertares, que não deixam o sono ficar profundo. Vários pontos negativos para o músculo cardíaco.
Tem solução?
A melhor saída contra a apneia é um dispositivo chamado CPAP. Por meio de uma máscara, ele joga um jato de ar na garganta, impedindo que ela se feche. Outras opções são o uso de aparelhos bucais, estimuladores elétricos e cirurgias para ajustes na posição da mandíbula.

14. Doenças autoimunes
Condições em que a imunidade se rebela e passa a atacar órgãos e tecidos têm sido cada vez mais diagnosticadas. Entre as representantes do grupo, estão artrite reumatoide, lúpus, hipotireoidismo, retocolite ulcerativa, e por aí vai.
E o que esse monte de encrencas tem a ver com o coração? “Elas estão relacionadas a um aumento da inflamação, que também vai lesar as paredes dos vasos sanguíneos e contribuir para a formação de trombos e coágulos”, aponta a médica Emília Inoue Sato, da Sociedade Brasileira de Reumatologia.
Tem solução?
Manter a enfermidade sob controle é a regra número 1. Ora, quando o quadro fica estável, a inflamação acalma por tabela. Outro ponto é não abusar dos corticoides. Essa classe farmacêutica é ótima para aliviar as crises, mas seu uso constante não faz nenhum bem à saúde.

15. Pré-diabetes
O diabetes tipo 1 ou 2 é um dos protagonistas dos perrengues cardiovasculares. Mas o que dizer daquela zona cinzenta entre o normal e o patológico, em que o açúcar no sangue fica na casa dos 100 aos 125 miligramas por decilitro ou a hemoglobina glicada varia de 5,7 a 6,5%?
Má notícia: já existem evidências de que esse tímido descontrole da glicemia eleva o risco de infarto ou AVC. “Em geral, são pacientes que, além do pré-diabetes, trazem outros fatores de risco em conjunto, como excesso de peso, gordura abdominal e hipertensão”, descreve o quadro o cardiologista Fernando da Costa.
Tem solução?
Mudanças no estilo de vida, na alimentação e na prática de exercícios físicos já vão contribuir para uma queda no resultado dos exames. Alguns especialistas apostam que é necessário lançar mão de remédios nessa fase para cortar o mal pela raiz. Outros são mais reticentes a essa ideia.

16. Depressão
A depressão provoca alterações dentro do corpo que favorecem problemas cardíacos.

Marcada por um desequilíbrio na química cerebral, a depressão não se limita à cabeça. “Ela aumenta fatores inflamatórios, mexe com a microbiota intestinal e está relacionada com menos cuidados e hábitos nada saudáveis, como o consumo de alimentos ruins e o uso de álcool e outras drogas”, lista o cardiologista Mauricio Wajngarten, da Faculdade de Medicina da USP.
Vários estudos demonstraram que o paciente deprimido apresenta níveis mais elevados de cortisol, o hormônio do estresse. Em excesso, ele também machuca os tubos sanguíneos.
Tem solução?
Buscar um psicólogo ou um psiquiatra é primordial para fazer uma análise aprofundada da situação. Na sequência, o contra-ataque terapêutico pode envolver psicoterapia, prescrição de antidepressivos e a própria atividade física, que ajuda no resgate do bem-estar.
Num estudo brasileiro, 20% dos pacientes que precisavam fazer uma cirurgia cardíaca tinham depressão

17. Solidão
Os sambistas Paulinho da Viola e Marisa Monte já cantavam: “Solidão é lava, que cobre tudo”. De forma poética, eles retrataram um dos grandes incômodos de nossa era: ficar só virou preocupação de saúde pública mundo afora.
“Permanecer fechado em casa, sem contatos e sem relacionamentos, é um sinal de que algo não vai bem”, observa o psiquiatra Kalil Duailibi, da Universidade de Santo Amaro, na capital paulista. A falta de contatos reais com outros seres humanos propicia ansiedade, depressão, distúrbios do sono e uma série de outros perigos.
Tem solução?
As redes sociais podem aproximar, mas, ao mesmo tempo, são um fator de isolamento. Procure grupos de apoio, faça cursos e trabalhe com coisas que lhe agradem. Na medida do possível, fique próximo daqueles familiares e amigos que o fazem se sentir bem e com o coração quentinho.

As ameaças de sempre
Hipertensão: números superiores a 120 por 80 milímetros de mercúrio (ou 12 por 8) são mau negócio.

Colesterol alto: fique esperto com o LDL, o colesterol ruim, e o HDL, a fração benéfica.

Diabetes: muito açúcar na circulação é sinônimo de lesão nos vasos sanguíneos.

Obesidade: os quilos extras trazem um extenso pacote de maldades ao coração.

Tabagismo: o cigarro é um gatilho para a inflamação em tudo que é órgão.

Sedentarismo: ficar sentado o dia inteiro é um perigo. Procure uma atividade que traga prazer.

Dieta ruim: sal, gordura e açúcar são os ingredientes mais prejudiciais. Seja bastante moderado.

Fonte: https://saude.abril.com.br/especiais/17-ameacas-ocultas-para-o-coracao/ - Por André Biernath - Ilustração: Otávio Silveira/SAÚDE é Vital

sábado, 19 de janeiro de 2019

10 grandes ameaças à saúde em 2019, segundo a OMS


A Organização Mundial da Saúde divulgou uma lista de problemas que podem causar muitas vítimas neste ano – de gripe à dengue

O ano de 2019 marca a divulgação do novo plano estratégico da Organização Mundial da Saúde (OMS) para ampliar o acesso a saúde de qualidade ao redor do mundo. E, como parte do projeto, a instituição listou grandes problemas que precisam ser contra-atacados desde já para evitarmos mortes desnecessárias e quedas drásticas no bem-estar da população.

Vamos a eles?

1) Poluição do ar e mudança climática
Segundo a OMS, nove a cada pessoas no mundo respiram ar poluído todo dia. O resultado: 7 milhões de mortes por doenças relacionadas à poluição no mundo. E 90% desses óbitos vêm de países de baixa ou média renda.

2) Doenças crônicas não contagiosas
Diabetes, hipertensão, câncer, DPOC… A incidência dessa e de outras enfermidades crônicas é altíssima. Essas encrencas, juntas, são responsáveis por 70% de todas as mortes no mundo. São 41 milhões de vítimas.
Sedentarismo, alimentação inadequado, tabagismo – e até a poluição – têm a ver com essa epidemia de doenças crônicas. Para destacarmos uma, SAÚDE recentemente destacou as causas e o tratamento da pressão alta.

3) Pandemia global de gripe
“O mundo vai enfrentar outra pandemia do vírus influenza. Só não sabemos quando ou quão severa ela será”, diz o comunicado da OMS. Todo ano, a entidade avalia os casos existentes e, a partir daí, recomenda adaptações anuais na vacina contra a gripe.
Nesse sentido, nós abordamos a criação de um imunizante contra esse vírus especificamente para idosos. Confira suas vantagens aqui.

4) Locais em crise ou com fragilidade social
A Organização Mundial de Saúde afirma que 1,6 bilhão de indivíduos moram em locais com pouquíssima infraestrutura. E isso é um drama do ponto de vista humanitário.
Enquanto outras regiões dispõem de hospitais de última geração, que atendem casos complexos, nesses lugares abalados por crises, as grandes causas de mortes costumam ser diarreia, infecções preveníveis – além da violência, é claro.

5) Resistência bacteriana
O uso excessivo de antibióticos, tanto em seres humanos como em animais de corte (gado, porco, frango…) cria, no longo prazo, superbactérias que não respondem aos tratamentos convencionais. Só em 2017, 600 mil casos de tuberculose eram resistentes ao principal remédio usado contra essa infecção. E esse é só um exemplo.
Uma colunista do site da SAÚDE explicou esse tema mais fundo. Clique aqui para ler – e faça sua parte!

6) Ebola e outros agentes infecciosos letais
Estamos falando de vírus, bactérias e outros patógenos de alta periculosidade. A bem da verdade, eles costumam ficar restritos a um ou outro país – como os surtos de ebola, que afligiram especialmente o Congo.
No entanto, uma falha nos mecanismos de saúde pública poderia causar uma epidemia com potencial destruidor na sociedade. O desenvolvimento de nações mais pobres e o fortalecimento da infraestrutura de controle dessas infecções ajudaria bastante nesse sentido.

7) Atendimento primário de saúde deficiente
Esse é o primeiro contato da pessoa com o setor de saúde. Com um atendimento eficaz, é possível afastar uma série de doenças e, de quebra, identificar tantas outras que podem estar escondidas – de novo, podemos citar diabetes, câncer e pressão alta.
Entretanto, a OMS declara que muitos países dão pouca atenção para essas consultas mais preventivas. Uma pena.

8) Medo de vacina
Está aí uma das histórias mais bizarras da saúde moderna. Embora salve de 2 a 3 milhões de vidas por ano, a vacinação virou alvo de alguns grupos que alegam, sem qualquer base científica, malefícios dessa estratégia. Uma colunista do site da SAÚDE fez um artigo interessantíssimo sobre o assunto, batizado de Por que o movimento antivacina não tem um pingo de sentido.
Além disso, os imunizantes são vítimas do próprio sucesso. Como as doenças contra as quais eles foram criados somem do mapa com um bom programa de vacinação, as pessoas hoje em dia minimizam a gravidades dessas encrencas e pensam que as injeções não trarão benefícios. Ledo engano – e o aumento nose casos de sarampo e febre amarela no Brasil deixam isso bem claro.

9) Dengue
Essa é uma velha conhecida nossa. A OMS pretende, até 2020, diminuir 50% das mortes por causa dessa infecção.
Mas o fato é: sem um trabalho comunitário árduo e sem a participação de cada um de nós, essa doença vai continuar provocando estragos em larga escala. Quer saber como se proteger de verdade desse problema? Clique aqui.

10) HIV
Um clássico engano, com repercussões trágicas, é imaginar que a aids está sob controle. Não está, como ficou claro neste artigo que Richard Parker, diretor-presidente da Associação Brasileira Interdisciplinar de Aids, escreveu para a SAÚDE.
Hoje em dia, mais ou menos 37 milhões de pessoas vivem com o vírus HIV. É necessário encarar esse problema de frente, sem preconceito, para de fato controlarmos a epidemia. Caso tenha interesse, produzimos um material com tudo o que você precisa saber sobre a aids.

Fonte: https://saude.abril.com.br/medicina/10-grandes-ameacas-a-saude-em-2019-segundo-a-oms/ - Por Da Redação - Foto: Tomás Arthuzzi/SAÚDE é Vital