O conhecimento e a atitude rápida podem ser oportunidades de salvar a vida de pessoas
Emergências podem acontecer a qualquer momento e em
qualquer lugar, desde quedas e engasgos até paradas cardíacas e acidentes
domésticos. Saber como agir corretamente é fundamental para salvar vidas e
minimizar sequelas. José Andys, coordenador do curso de Enfermagem da Faculdade
Anhanguera, destaca que o conhecimento básico de primeiros socorros pode ser a
diferença entre a vida e a morte.
"De acordo com dados da Organização Mundial da
Saúde (OMS), as lesões acidentais e emergências médicas são uma das principais
causas de morte e incapacitação no mundo, especialmente em ambientes domésticos
e urbanos. No Brasil, o Ministério da Saúde (MS) alerta que acidentes
domésticos causam milhares de internações anuais, muitas delas evitáveis com
ações rápidas e corretas", alerta.
Segundo o especialista, o medo e a falta de preparo
fazem com que muitas pessoas se paralisem ou tomem atitudes erradas diante de
uma emergência. "Por isso, a educação em primeiros socorros é vital.
Muitas vezes, o primeiro socorrista é um familiar, amigo ou até um
desconhecido. Saber como agir de forma correta e segura pode fazer toda a
diferença", reforça.
Emergências que exigem intervenção rápida
Entre as situações que mais exigem ação imediata, o
professor cita a parada cardiorrespiratória, que requer a realização da RCP
(ressuscitação cardiopulmonar), o engasgo, que pode ser parcial ou total e
demanda manobras específicas como a de Heimlich, além de quedas, traumas,
queimaduras e convulsões. "Esses episódios assustam, mas, com orientação
adequada, podem ser manejados até a chegada do socorro especializado",
explica José Andys.
Cuidados antes de prestar socorro
Em emergências, primeiramente, é importante garantir a
segurança do socorrista antes de qualquer intervenção. "É preciso avaliar
o local e eliminar riscos como fogo, eletricidade ou trânsito intenso",
orienta o profissional.
Também é fundamental evitar ações que podem colocar em
risco a saúde da pessoa que sofreu o acidente. " É essencial evitar
atitudes que podem agravar o quadro, como mover vítimas de trauma sem
orientação, oferecer alimentos líquidos a pessoas inconscientes ou engasgadas,
ou realizar procedimentos invasivos sem treinamento, como colocar objetos na
boca de alguém durante uma convulsão. E nunca se deve hesitar em chamar o
serviço de emergência, mesmo que a situação pareça controlada", lista José
Andys.
O papel de cada cidadão nos primeiros socorros
Além do conhecimento técnico, José Andys defende que a
população precisa ser incentivada a buscar cursos e treinamentos de primeiros
socorros, oferecidos por instituições de saúde, escolas, faculdades e
organizações comunitárias.
"Ações preventivas também são fundamentais.
Manter a casa segura, usar equipamentos de proteção e redobrar a atenção com
crianças e idosos são medidas que reduzem significativamente a ocorrência de
acidentes", completa.
Para ele, cada pessoa preparada é um elo a mais na
rede de suporte em saúde. "O conhecimento e a atitude rápida podem
transformar uma emergência em uma oportunidade real de salvar vidas. Cada
cidadão capacitado é uma extensão do sistema de saúde e uma esperança a mais
para quem precisa de ajuda", pontua.
Como prestar os primeiros socorros
Abaixo, confira algumas dicas práticas para agir em
uma emergência até a chegada do socorro:
Mantenha a calma e avalie o ambiente para garantir sua
segurança e da vítima;
Verifique o nível de consciência e respiração da
pessoa;
Acione imediatamente o serviço de emergência pelo
telefone 192 (SAMU) ou 193 (bombeiros);
Se treinado, realize a ressuscitação cardiopulmonar em
caso de parada cardíaca;
Para engasgo, utilize a manobra de Heimlich quando
indicada;
Não ofereça alimentos ou líquidos e não movimente
vítimas de trauma sem orientação;
Fique com a vítima, monitorando seu estado até a chegada
do socorro.
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