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domingo, 17 de setembro de 2017

5 dicas para sua garrafa d’água não ficar cheia de bactérias

Sabe o recipiente que muita gente leva por aí para matar a sede? Se alguns cuidados não forem tomados, ele pode virar um prato cheio para os micróbios

O alerta soou com uma investigação do instituto americano Treadmillreviews.net, especializado em dados sobre esteiras ergométricas, que analisou a presença de bactérias em garrafas usadas por 12 praticantes de atividade física durante uma semana sem passar por lavagem.

O resultado foi assustador: em alguns casos foram encontrados mais germes do que em vasilhas para alimentar cachorros! A primeira colocada no ranking da contaminação foi a garrafinha conhecida como slide top, aquela em que a tampa precisa ser deslizada para que o usuário tenha acesso ao líquido. Logo depois ficaram as do tipo squeeze (que esguicham a água direto na boca), seguidas pelos modelos com tampa de atarraxar.

Na avaliação, os recipientes que têm um canudo embutido interno foram os que apresentaram o menor número de bactérias. Segundo os autores do inquérito, isso acontece porque as gotas ficam acumuladas na base do canudo, em vez de se concentrarem na superfície exposta, local mais atraente para os micróbios se instalarem.

As constatações do pequeno experimento não são motivo para jogar o recipiente no lixo. “A maior parte desses micro-organismos vem da nossa boca e normalmente não provoca doenças”, esclarece o clínico e infectologista Paulo Olzon, da Universidade Federal de São Paulo. Os achados reforçam, porém, a importância de higienizar (ou trocar) o acessório pensando em alguns contextos.

“Embora a presença desses agentes não ofereça riscos por si só, fatores como feridas na boca ou imunidade debilitada facilitam sua chegada à corrente sanguínea, o que pode desencadear mal-estar, diarreia…”, observa a infectologista Raquel Muarrek, do Hospital São Luiz Morumbi, na capital paulista.

Lavar o acessório com água e detergente com regularidade é suficiente para barrar ameaças do tipo. “Muita gente negligencia esse hábito pelo fato de a garrafa ser de uso particular”, conta o biomédico Roberto Figueiredo, conhecido como Dr. Bactéria. Não caia nessa e respeite alguns cuidados (veja os conselhos logo abaixo). Assim sua garrafinha não há de virar um ninho de germes.

1. Melhor escolha
Prefira as que têm canudo interno e formato mais fácil de ser higienizado. Optar pelo inox é uma boa, pois ele dificulta a instalação das bactérias.

2. Se for de plástico
Fuja de embalagens com símbolo de reciclagem com números 3 ou 7. Eles indicam presença de bisfenol A. Evite usar a mesma garrafa de água mineral todo dia.

3. Quando trocar
Apesar de não haver prazo certo para isso, é prudente substituir a garrafa se houver ranhuras e desbotamento da cor, sinais de que já está velha demais.

4. Higienização
Lave toda vez que ela for usada, dando atenção aos locais de difícil acesso, como a rosca da tampa e as bordas do canudo. Uma escova de mamadeira ajuda.

5. Transporte
Proteja o biquinho, evite quedas ou batidas e não deixe a garrafa por muito tempo em locais abafados, como o carro, algo que favorece os micróbios.


domingo, 5 de março de 2017

As 12 superbactérias que apresentam maior risco à saúde

OMS divulga a lista de micro-organismos que mais preocupam o mundo — a resistência bacteriana mata mais de 700 mil pessoas no mundo, todos os anos

A Organização Mundial de Saúde (OMS) liberou recentemente uma lista com os 12 micróbios resistentes a antibióticos mais perigosos para a saúde humana. O relatório é dividido em três categorias, de acordo com a urgência da demanda por novos antibióticos: crítico, alto e médio.

No topo, aparece a Acinetobacter baumannii, que é muito comum em solos e pode entrar no corpo através de feridas abertas, principalmente em pessoas com sistema imunológico fragilizado. Apesar disso, o maior risco de contaminação está presente no ambiente hospitalar. Para ter noção, esse micro-organismo resiliente aguenta até os antibióticos à base de carbapenema, usados como último recurso quando todos os outros tratamentos falham.

“Essa lista é uma nova ferramenta para assegurar que as pesquisas e desenvolvimento respondam às necessidades urgentes de saúde pública. A resistência aos antibióticos está crescendo, e estamos ficando rapidamente sem opções de tratamento. Se deixarmos as forças do mercado sozinhas, as novas drogas que precisamos com urgência não serão desenvolvidas a tempo “.

Só tenha em mente que a resistência bacteriana também é culpa de cada um de nós. Ao tomar antibióticos sem prescrição — ou não seguir exatamente a prescrição do doutor, você ajuda a fortalecer esses micróbios!

 A lista da OMS

Algumas velhas conhecidas estão no ranking, como a bactéria da gonorreia e a salmonela, uma inimiga do sistema digestivo. Veja a seguir a lista completa com os principais efeitos causados por cada uma.

Prioridade 1: CRÍTICO
Acinetobacter baumannii – infecções hospitalares em geral
Pseudomonas aeruginosa – infecções hospitalares em geral
Enterobacteriaceae – infecções hospitalares em geral

Prioridade 2: ALTO
Enterococcus faecium – infecções hospitalares em geral
Staphylococcus aureus – infecções cutâneas e sanguíneas, pneumonia
Helicobacter pylori – úlceras no estômago e câncer
Campylobacter spp. – diarreia
Salmonellae – diarreia
Neisseria gonorrhoeae – gonorreia

Prioridade 3: MÉDIO
Streptococcus pneumoniae – pneumonia
Haemophilus influenzae – meningite, pneumonia em crianças, infecções sanguíneas
Shigella spp. – diarreia


Fonte: http://saude.abril.com.br/medicina/as-12-superbacterias-que-apresentam-maior-risco-a-saude/ - Por Ana Luísa Moraes – foto Crédito: Erika Onodera

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Quantas bactérias vivem no seu corpo? Apenas 40 trilhões, segundo estudo

Existem muitas bactérias dentro e fora dos nossos corpos -- isso é o que chamamos de nosso microbioma. Calcular exatamente quantos micróbios cada pessoa carrega não é uma tarefa fácil e o número mais citado tanto na literatura científica quanto na popular muito provavelmente está errado.

Em 1972, Thomas D. Luckey publicou um artigo na revista científica The American Journal of Clinical Nutrition, no qual escreveu que um homem adulto carrega cerca de 100 trilhões de bactérias no sistema digestivo, além de mais um trilhão sobre a pele. O texto não explicava como havia chegado a esses números.

Outro cientista, D.C. Savage, citou Luckey em uma revisão escrita em 1977, afirmando que "o organismo humano normal é composto por mais de 1014 células, das quais apenas 10 por cento são células animais". Então ele utilizou o número de Luckey, 100 trilhões, para o total de bactérias, e acrescentou que um décimo desse total -- ou 10 trilhões -- seriam de fato células humanas.

Esse valor arredondado ganhou força e a frase "10 vezes mais células microbianas do que células humanas" passou a ser muito repetida, como pode ser visto no site do Projeto do Microbiota Humano dos Institutos Nacionais de Saúde, onde presumivelmente eles entendem alguma coisa sobre o microbioma.

Uma estimativa recente calcula que o total de células humanas seja de 37,2 trilhões, mas ainda assim a proporção proposta por Savage sobreviveu. Utilizando a fórmula do 10 para 1, o número estimado de bactérias seria de 372 trilhões, e foi aí que a história parou.

Mas um novo grupo de cientistas israelenses concluiu que 372 trilhões não pode estar certo. A nova análise foi publicada na edição de 28 de janeiro a revista Cell, com mais detalhes e cálculos disponíveis online.

Utilizando um micrômetro cúbico como o volume de uma única bactéria, eles fizeram sua estimativa com base nos órgãos que contêm os micróbios, bem como na provável concentração de bactérias em cada lugar. Os pesquisadores estimam que no intestino grosso, onde vive a maior parte do nosso microbioma, existam 39 trilhões de células bacterianas. Outros lugares – a pele, a boca, o intestino delgado e o estômago -- contêm poucas bactérias, que correspondem a uma parte bem pequena do total.

Por que esse conhecimento é relevante? "Às vezes não se pode responder a essa pergunta, mas é importante se habituar a usar os números mais precisos. Se podemos fazer uma estimativa melhor hoje do que há 10 anos, esse esforço vale a pena", afirmou Shai Fuchs, um dos autores.

Fuchs e os coautores do trabalho, Ron Milo e Ron Sender, escreveram a análise quando ele cursava o doutorado no Instituto Weizmann de Ciências em Israel.

Naturalmente, isso ainda é apenas uma estimativa, levando-se em conta o corpo de um homem de 20 a 30 anos, 70 quilos e 1,70 metro. O tamanho do microbioma varia com a idade, o sexo, a altura e o peso da pessoa, além de mudanças de uma hora do dia para a outra: a cada vez que uma pessoa defeca ela libera cerca de um terço das bactérias presentes no cólon.

Contudo, concluíram os pesquisadores, a estimativa realista da quantidade de micróbios que vive no corpo humano é de cerca de 40 trilhões -- um número similar ao de células humanas.

Fonte: http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/the-new-york-times/2016/02/21/quantas-bacterias-vivem-no-seu-corpo-apenas-40-trilhoes-segundo-estudo.htm - por Nicholas Bakalar – iStock -