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segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

10 alimentos que os nutricionistas gostariam que você não comesse

Alguns parecem saudáveis, mas podem conter substâncias que fazem mal e causam doenças

Muita gente nem imagina, mas há alimentos que parecem saudáveis ou que estão presentes no dia a dia e que podem ser perigosos para a saúde. Alguns não possuem controle de segurança adequado e, por isso, não são consumidos – e nem indicados – por nutricionistas.

De acordo com estudos realizados no Centro de Controle de Doenças nos Estados Unidos (Center for Disease Control), milhões de pessoas ficam doentes devido a problemas transmitidos pelos alimentos.

Embora seja muito difícil para os pesquisadores encontrarem a causa dessas doenças, já se sabe que alguns alimentos devem ser evitados. Veja quais são:

1. Leite não pasteurizado
O leite “cru” não pasteurizado e seus derivados podem estar contaminados com vírus, parasitas e bactérias. Os alimentos crus são 150 vezes mais propensos a causar doenças do que os produtos lácteos pasteurizados. Por isso, é sempre importante verificar esta informação no rótulo.

2. Molhos enlatados
Os alimentos enlatados são perigosos devido ao revestimento das latas, que pode conter um produto químico tóxico que tem sido associado à problemas cardíacos, diabetes e obesidade. A melhor opção é comer frutas e vegetais frescos, especialmente os ácidos, como o tomate.

3. Brotos de feijão
De acordo com especialistas, os brotos de feijão crus, como é o caso da alfafa ou da soja, podem estar ligados à infecções bacterianas. Mas, quando cozidos, não existe esse risco.

4. Refrigerantes
Eles estão diretamente relacionados à obesidade e, além do aumento de peso, também aumentam a possibilidade de desenvolver problemas cardiovasculares ou diabetes tipo 2. A recomendação da OMS (Organização Mundial de Saúde) é de consumir no máximo 50 gramas de açúcar por dia, mas um refrigerante contém em média 35 gramas.

5. Ostras e moluscos crus
Os moluscos, e em particular as ostras, são a causa de muitos envenenamentos. As ostras coletam tudo o que está na água e, por isso, absorvem muitas bactérias que podem ser passadas para o corpo humano. Os especialistas dizem que não vale a pena o risco.

6. Maçãs
As maçãs costumam ser cultivadas individualmente para que cada variedade mantenha seu sabor característico. Por isso não desenvolvem resistência a pragas e frequentemente recebem pesticidas e toxinas que já estão começando a ser associados a doenças como o Parkinson. É melhor comer maçãs orgânicas. Se não for possível, a recomendação é lavá-las bem com sabão neutro e uma escova ou descascar antes de comer.

7. Ovos crus ou semi-cozidos
Muitos nutricionistas afirmam que o valor nutricional do ovo é alto, mas, por outro lado, é um dos alimentos mais perigosos, já que pode estar infectado com o vírus Salmonella, causador de diversos problemas para a saúde.

8. Batatas não orgânicas
Elas costumam ser tratadas com fungicidas e herbicidas. Por isso a melhor opção é comprar batatas orgânicas, já que, nesse caso, a lavagem não é suficiente para eliminar os produtos químicos que foram absorvidos.

9. Pipoca de micro-ondas
De acordo com um estudo realizado na Universidade da Califórnia em 2009, o revestimento de um saco de pipoca para micro-ondas contém substâncias químicas que podem estar ligadas à infertilidade em seres humanos. Testes mostraram também que essas substâncias danificam o fígado e podem causar problemas testiculares e câncer de pâncreas. Isso pode ser evitado usando grãos de pipoca orgânicos e fazendo sempre em uma panela.

10. Soja
O problema com a soja é que a grande maioria é transgênica, o que pode causar danos ao DNA e aos cromossomos dos mamíferos e também às células humanas. Portanto, não é aconselhável consumi-la, a menos que seja de forma fermentada.

Todas essas orientações são importantes porque, embora alguns desses alimentos sejam conhecidos por serem saudáveis, eles podem, também, desencadear problemas sérios. Portanto, é preciso cautela.


Fonte: https://www.dicasdemulher.com.br/o-que-nao-comer/ - Escrito por Mariana Bueno - FOTO: ISTOCK

sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

6 hábitos que são tão prejudiciais à saúde quanto fumar

Ficar longe do cigarro é o primeiro passo para ter uma boa saúde, mas isso não é o suficiente

Fumar é um hábito que oferece prejuízos a praticamente todos os nossos órgãos e, como você bem sabe, aumenta o risco do surgimento de várias doenças, desde hipertensão até enfisema pulmonar e diversos tipos de câncer.

Não é à toa que o cigarro reduz a vida das mulheres em 11 anos e a dos homens em 12 – afinal, estima-se que 1 em cada 2 fumantes acaba morrendo por causas relacionadas a esse hábito. Contudo, ele não é o único a prejudicar severamente a nossa saúde. Confira outros seis comportamentos tão perigosos quanto o fumo, mesmo que alguns deles pareçam inofensivos:

1. Tomar refrigerante em excesso
Os refrigerantes contêm altas doses de açúcar, o principal culpado pelo aumento dos casos de obesidade, diabetes, problemas cardíacos e outras doenças crônicas. Estima-se que o consumo de uma latinha por dia possa resultar em um aumento de 7 kg ao fim de um ano.
Mesmo os refrigerantes light oferecem riscos, pois todas as bebidas industrializadas contêm aditivos como corantes, aromatizantes e conservantes, que sobrecarregam o fígado.

2. Dormir menos que 6 ou mais que 10 horas por dia
Tanto o excesso quanto a falta de horas de sono aumentam os riscos de doenças como depressão, obesidade, diabetes e problemas cardíacos. Por isso, o ideal é dormir entre 7 a 9 horas todos os dias, conforme a sua necessidade pessoal.
Além disso, recomenda-se evitar a popular função “soneca”, pois os períodos de sono interrompidos nos deixam ainda mais cansadas do que se nos levantarmos assim que o primeiro alerta tocar.

3. Passar muito tempo sentada
De acordo com uma pesquisa australiana, adultos que passam mais de 11 horas sentados por dia têm um risco 40% maior de morrer nos próximos 3 anos do que pessoas que permanecem nessa posição por menos de 4 horas.
Ainda, esse hábito aumenta os riscos de doenças cardíacas, diabetes e câncer, mesmo que você pratique exercícios com frequência. Por isso, é essencial se levantar a cada hora para se movimentar.

4. Tomar muito café
Tomar café é uma excelente forma de se sentir mais disposta pela manhã. Contudo, segundo uma pesquisa feita nos EUA, consumir mais do que 4 xícaras de café por dia pode aumentar o risco de morte em pessoas com menos de 55 anos.
As hipóteses que explicam esse efeito estão relacionadas ao fato de a cafeína estimular a liberação de adrenalina, reduzir a ação da insulina e aumentar a pressão arterial. Além disso, parece haver um fator genético envolvido nesse mecanismo, aumentando a mortalidade principalmente entre os homens.

5. Cruzar as pernas
Esse pode parecer um hábito inofensivo; entretanto, permanecer muito tempo com as pernas cruzadas pode ter complicações como o surgimento de veias varicosas, aumento da pressão arterial, tensão nos quadris, problemas posturais e até mesmo trombose.

6. Ter uma alimentação inadequada
Não adianta achar que você tem um estilo de vida saudável porque você não fuma se a sua dieta não é lá muito equilibrada. Uma alimentação rica em fast food e alimentos industrializados pode oferecer tantos conservantes e outros aditivos químicos quanto o consumo de tabaco e bebidas alcoólicas.
E você já conhece bem as consequências de uma dieta inadequada: anemia, obesidade, hipertensão, diabetes tipo 2, aterosclerose e vários tipos de câncer, entre outras doenças.
Isso tudo quer dizer que o cigarro não é tão ruim assim? É claro que não! O tabagismo continua sendo um hábito muito perigoso, mas é essencial ter em mente que apenas ficar longe do cigarro não é suficiente. Para realmente conservar a nossa saúde, é necessário seguir uma rotina global de cuidados, procurando fazer boas escolhas também em relação à alimentação, ao descanso e à atividade física.


Fonte: https://www.dicasdemulher.com.br/habitos-tao-prejudiciais-quanto-fumar/ - Escrito por Raquel Praconi Pinzon - FOTO: ISTOCK

domingo, 5 de março de 2017

As 12 superbactérias que apresentam maior risco à saúde

OMS divulga a lista de micro-organismos que mais preocupam o mundo — a resistência bacteriana mata mais de 700 mil pessoas no mundo, todos os anos

A Organização Mundial de Saúde (OMS) liberou recentemente uma lista com os 12 micróbios resistentes a antibióticos mais perigosos para a saúde humana. O relatório é dividido em três categorias, de acordo com a urgência da demanda por novos antibióticos: crítico, alto e médio.

No topo, aparece a Acinetobacter baumannii, que é muito comum em solos e pode entrar no corpo através de feridas abertas, principalmente em pessoas com sistema imunológico fragilizado. Apesar disso, o maior risco de contaminação está presente no ambiente hospitalar. Para ter noção, esse micro-organismo resiliente aguenta até os antibióticos à base de carbapenema, usados como último recurso quando todos os outros tratamentos falham.

“Essa lista é uma nova ferramenta para assegurar que as pesquisas e desenvolvimento respondam às necessidades urgentes de saúde pública. A resistência aos antibióticos está crescendo, e estamos ficando rapidamente sem opções de tratamento. Se deixarmos as forças do mercado sozinhas, as novas drogas que precisamos com urgência não serão desenvolvidas a tempo “.

Só tenha em mente que a resistência bacteriana também é culpa de cada um de nós. Ao tomar antibióticos sem prescrição — ou não seguir exatamente a prescrição do doutor, você ajuda a fortalecer esses micróbios!

 A lista da OMS

Algumas velhas conhecidas estão no ranking, como a bactéria da gonorreia e a salmonela, uma inimiga do sistema digestivo. Veja a seguir a lista completa com os principais efeitos causados por cada uma.

Prioridade 1: CRÍTICO
Acinetobacter baumannii – infecções hospitalares em geral
Pseudomonas aeruginosa – infecções hospitalares em geral
Enterobacteriaceae – infecções hospitalares em geral

Prioridade 2: ALTO
Enterococcus faecium – infecções hospitalares em geral
Staphylococcus aureus – infecções cutâneas e sanguíneas, pneumonia
Helicobacter pylori – úlceras no estômago e câncer
Campylobacter spp. – diarreia
Salmonellae – diarreia
Neisseria gonorrhoeae – gonorreia

Prioridade 3: MÉDIO
Streptococcus pneumoniae – pneumonia
Haemophilus influenzae – meningite, pneumonia em crianças, infecções sanguíneas
Shigella spp. – diarreia


Fonte: http://saude.abril.com.br/medicina/as-12-superbacterias-que-apresentam-maior-risco-a-saude/ - Por Ana Luísa Moraes – foto Crédito: Erika Onodera

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

10 produtos químicos absurdamente perigosos

Todas as substâncias químicas podem ser perigosas em situações especiais, mas os compostos desta lista são especialmente perigosos em todas as situações. Confira:

10. Brometo de etídio
  Este é o corante ideal para colorir pequenos fragmentos de DNA, que sem ele ficam invisíveis nas concentrações normalmente usadas em análises. Sua beleza fluorescente gruda no DNA e é muito útil nos laboratórios, mas ele tem um probleminha: ele causa câncer.
O agente acaba causando quebras no DNA, que se tornam mais suscetíveis a quebras. As quebras causam mutação, que podem acabar fazendo as células se dividirem desenfreadamente. Além disso, para visualizar o corante, é necessário usar uma luz UV, que também causa câncer de pele. Por isso, muitos pesquisadores preferem usar outros componentes mais seguros para marcar DNA.

9. Organocádmios
Chumbo e mercúrio são algumas das substâncias que causam enormes estragos quando introduzidos no corpo humano. O cádmio também faz parte desse grupo, com toxicidade semelhante ao mercúrio. Em contato com a pele, causa queimaduras e problemas nos olhos, além de contaminar o meio ambiente de forma cumulativa. Normalmente é encontrado em minas de zinco e utilizado na fabricação de pilhas.
O organocádmio, além disso, é inflamável nas formas líquida e gasosa. Apenas a exposição ao ar é suficiente para que ele queime.

10 animais fofos que podem te matar
O VX, ou etil S-2-diisopropilaminoetilmetilfosfonotiolato, é um gás tóxico asfixiante extremamente perigoso. Ele é 300 vezes mais forte que o fosgênio. Na forma líquida, ele é absorvido pelos olhos ou pele da vítima e leva apenas uma ou duas horas para ter efeito letal. Já a forma gasosa é ainda pior, agindo mais rapidamente.
Essa substância não tem nenhum uso além das armas químicas, e foi criada pelos britânicos na década de 1950. O governo britânico trocou informações sobre o composto com os Estados Unidos, que forneceram informações sobre a fabricação de armas nucleares.

7. Óxido sulfúrico
O óxido sulfúrico é um percussor do ácido sulfúrico e é necessário para algumas reações de sulfonação. Como o vídeo acima mostra, o óxido sulfúrico é extremamente cáustico quando entra em contato com matéria orgânica.
Quando ele reage com água, gera ácido sulfúrico e calor. Mesmo se a substância não atingir sua pele diretamente, apenas estar próximo da reação pode ser perigoso, já que a fumaça produzida causa estragos no pulmão. Derramar óxido sulfúrico em materiais como papel ou madeira cria um fogo tóxico.

6. Batracotoxina
Este é um poderoso veneno encontrado em sapos. Sua molécula tem estrutura complexa e é tão mortal que uma quantidade minúscula, equivalente a dois grãos de sal, é suficiente para matar um adulto.
A toxina é liberada através de secreções sem cor ou leitosas de glândulas que ficam nas costas do sapo do gene Phyllobates. Quando esse sapo é agitado, sente dor ou se sente ameaçado, a toxina é liberada como reflexo.
O veneno atinge o sistema nervoso. A toxina se liga aos canais de sódio das células nervosas, que são necessários para o funcionamento de músculos e nervos. Ao forçar esses canais a se abrirem, o veneno tira todo o controle muscular do organismo.

5. Difluoreto de dioxigénio
O Difluoreto de dioxigénio é um composto químico de fórmula O2F2, também apelidada de FOOF. Em 1962, o químico A. G. Streng publicou um artigo chamado “As propriedades químicas de difluoreto de dioxigénio”, falando sobre as empolgantes propriedades do composto.
O FOOF precisa ser sintetizado a uma temperatura muito baixa, e entra em ebulição a apenas -57C. Em seus experimentos, Streng descobriu que o FOOF reage de forma explosiva com componentes orgânicos, mesmo a temperatudas como -183C. Misturado ao cloro, a substância causa uma violenta explosão. O artigo de Streng é recheado de palavras como “explosão”, “violenta”, “chamas” e “faísca”.

4. Cianeto de potássio
Este é outro composto químico assustador. O íon cianeto impede a respiração celular, o que causa uma morte rápida. Ele foi usado como arma de suicídio rápido por soldados alemães capturados durante a Segunda Guerra Mundial. Eles ingeriam o veneno, mas sua forma em gás também foi utilizada na guerra, junto com gás cloro e fosgênio. O gás tem cheiro de amêndoas amargas, mas nem todos conseguem identificar esse cheiro.
O contato desse composto com qualquer ácido o converte em ácido cianídrico, que, adivinhe, também é letal.

3. Dimetil mercúrio
Este é um líquido incolor, inflamável e também uma das mais poderosas neurotoxinas existentes. É relatado que ele tem um sabor levemente doce, e a absorção de doses de apenas 0,001 ml podem ser fatais.
Em 1996, Karen Wetterhahn estava estudando os efeitos de metais pesados em organismos, quando derrubou uma ou duas gotas em sua mão, coberta com luva de látex. Ela era uma pesquisadora experiente, e tomou todas as precauções recomendadas. Mas o dimetil mercúrio atravessou sua luva em menos de cinco segundos e entrou em contato com sua pele. A substância não deixou nenhuma marca aparente, e Wetterhahn só foi deduzir o que havia acontecido meses depois, quando há era tarde demais. Ela morreu seis meses depois do contato.

2. Trifluoreto de cloro
É um gás incolor venenoso, corrosivo e muito reativo. Ele é tão corrosivo que não pode ser armazenado em vidro. A única forma relativamente segura de armazenar a substância é em um recipiente de metal tratado com flúor. Isso cria uma barreira de flúor com a qual o trifluoreto de cloro não consegue reagir.
Até mesmo as cinzas de coisas que já foram queimadas com a presença de oxigênio pegam fogo quando expostas ao trifluoreto de cloro, que não precisa de fonte de combustão.
Um acidente envolvendo 900kg da substância derreteu 0,3 m de concreto e 1 m de cascalho que havia por baixo.

1. Ácido fluorídrico
O ácido fluorídrico é um ácido fraco que não queima rapidamente. Isso pode ser ainda mais perigoso para os desatentos, já que o ácido pode passar pela pele sem que a pessoa perceba imediatamente, e entre no corpo. Uma vez lá dentro, ele começa a agir. Um de seus alvos favoritos é o cálcio. Assim, pode causar morte dos ossos e remover o cálcio necessário para a função cardíaca. Se não for tratada, a vítima vai encarar uma morte lenta e brutal. [Listverse]


terça-feira, 9 de agosto de 2016

Conheça alguns químicos perigosos escondidos nos produtos do dia a dia

Consenso científico

"Há dez anos, não haveria esse consenso, mas as pesquisas a respeito são abundantes e os resultados, claros."

É desta forma contundente que a epidemiologista Irva Hertz-Picciotto, da Universidade da Califórnia em Davis (EUA) se refere aos riscos à saúde da exposição a alguns produtos químicos presentes nos produtos de uso diário.

O consenso mencionado por ela é uma alusão à posição de especialistas de diversas áreas reunidos pelo projeto TENDR (Targeting Environmental Neuro-Developmental Risks, ou "Combatendo Riscos Ambientais ao Neuro-Desenvolvimento"), que reúne cientistas das principais universidades norte-americanas.

Todos concordam que a "exposição contínua a químicos tóxicos presentes no ar, na água, na comida, no solo e nos produtos de consumo podem aumentar o risco de desenvolvimento de problemas cognitivos, sociais ou comportamentais, assim como desordens no desenvolvimento neurológico, como o autismo e a síndrome do déficit de atenção com hiperatividade".

Neurotoxinas

Há pouco mais de dois anos, os cientistas Philippe Grandjean, da Universidade de Harvard, e Philip Landrigan, da Escola de Medicina do Hospital Monte Sinai, publicaram um texto polêmico no periódico The Lancet Neurology que chamou a atenção da imprensa mundial. Nele, defendiam que a humanidade enfrenta uma "pandemia silenciosa" causada por um conjunto de neurotoxinas capazes de prejudicar o desenvolvimento do cérebro.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) também alertou, por meio de vários comunicados, sobre o uso de produtos com estes componentes - ainda que tenha ressaltado que as consequências diretas não são sempre medidas com facilidade e que sua gravidade depende do grau de exposição a eles.

O TENDR é a mais recente voz a se pronunciar contra esses componentes, presentes em alguns alimentos, plásticos e embalagens, cortinas de banheiro, móveis, eletrodomésticos e até certos produtos cosméticos e de higiene diária.

Nesta mesma linha, a Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia concluiu, em um relatório divulgado no ano passado, que o contato contínuo com esses produtos "ameaça a saúde reprodutiva dos humanos".

Veja abaixo algusn dos principais produtos químicos perigosos e o que é possível fazer para evitá-los.

1. Ftalatos

Os ftalatos são um grupo de compostos químicos derivados do ácido ftálico. Os mais empregados são o DEHP (di-2-etilhexilftalato), o DIDP (diisodecilftalato) e o DINP (diisononilftalato). São usados como solventes e na fabricação de plásticos mais flexíveis ou resistentes, como o policloreto de polivinila (PVC), e também servem para fixar essências em produtos químicos.

Graças a essas características, podem ser encontrados em xampus, condicionadores, aerossóis para cabelo, perfumes, esmaltes de unhas, embalagens para comida, cápsulas de medicamentos e brinquedos sexuais.

Vários estudos relacionam esses compostos com uma capacidade intelectual reduzida, a síndrome do déficit de atenção e alterações no sistema hormonal. "Eles entram pela pele ou pelas vias respirátoria ou digestiva e, por meio da circulação, são distribuídos por todo o organismo, passando para as células de tecidos. Alguns têm efeitos tóxicos importantes (não de forma aguda, mas ao longo do tempo), mais concretamente no sistema hormonal", destacam os especialistas.

Diante disso, os Estados Unidos e a União Europeia começaram a regular seu uso e a proibí-lo em brinquedos ou qualquer material com o qual crianças possam entrar em contato.

Apesar das proibições, outros estudos demonstram que a população mundial continua a ser exposta aos ftalatos. Por isso, especialistas recomendam tomar as seguintes medidas para reduzir a possível exposição a estes componentes:

Opte por detergentes e loções sem fragrâncias;
não esquente a comida no microondas em recipientes de plástico, mas de vidro;
não compre brinquedos cujas etiquetas indicam que eles contêm DEHP, DBP e BBP;
se a bula de um medicamento em cápsula mencionar o ftalato entre os princípios inativos, escolha outra marca;
ao mudar o piso de casa, evite o PVC. É melhor usar madeira ou cortiça.

2. Éter de difenila polibromada (PBDE)

Esses compostos são usados para retardar chamas em plásticos ou espumas e são encontrados em muitos equipamentos eletrônicos e, sobretudo, em móveis, porque são aplicados nas espumas de poliuretano contidas neles.

Seu uso se popularizou como um substituto do éter bifenilo policlorado (PCB), proibido no final dos anos 1970. Mas, segundo especialistas, não é uma alternativa muito melhor. Sua degradação na atmosfera é muito lenta, por isso é um composto difícil de ser eliminado. Além disso, se acumula nos animais.

Um estudo da Universidade Colúmbia comprovou que a substância está presente em altas concentrações no leite materno e foi relacionado a uma menor capacidade intelectual e a perda de atenção em mulheres lactantes, o que levou ao banimento do químico no estado da Califórnia. Na Europa, ele só pode ser usado dentro de limites considerados seguros.

Estas são as recomendações de especialistas para minimizar a exposição ao PDBE:

Ao comprar móveis com preenchimento, como sofás ou poltronas, leia a etiqueta com atenção e escolha um modelo "livre de retardantes de chama";
limpe o pó de casa com frequência;
coloque um capacho na porta, para que sejam deixadas nele as partículas de PDBE que podem vir da rua presas aos sapatos.

3. Mercúrio

"O mercúrio é uma substância tóxica com efeitos nocivos para o ser humano, em especial para as grávidas, as mulheres lactantes e as crianças", destaca a OMS.

O mercúrio se acumula no solo ou rios, e os microorganismos são capazes de transformá-lo em metilmercúrio (CH3Hg), um composto ainda mais tóxico. "No feto, na lactante e na criança, o principal efeito do metilmercúrio é a alteração no desenvolvimento neurológico (...); afeta negativamente o desenvolvimento do cérebro e do restante do sistema nervoso da criança."

Ainda assim, o mercúrio e seus derivados continuam presentes no cotidiano - considera-se que disseminação das lâmpadas fluorescentes compactas "democratizou" o mercúrio por todo o planeta.

Mas cada pessoa também pode fazer sua parte para evitar a exposição a esse composto tão tóxico, como destaca a Agência para Substâncias Tóxicas e Registro de Enfermidades dos Estados Unidos:

Não comprar termômetros de mercúrio - opte por um modelo digital;
descartar adequadamente as pilhas gastas e nunca as jogar no lixo comum;
garantir que os cosméticos usados não tenham mercúrio em sua composição;
se for necessário fazer uma obturação por causa de uma cárie, solicite uma alternativa à liga com mercúrio;
no passado, o cloreto de mercúrio foi usado em muitos medicamentos, como laxantes, remédios para eliminar vermes e pós dentais. Descarte adequadamente esses produtos e os substitua por outros mais seguros e eficazes.

Outros químicos perigosos

Estas substâncias presentes nos produtos de uso diário são apenas algumas entre as que preocupam as autoridades sanitárias. A lista de químicos potencialmente tóxicos é mais longa e inclui também chumbo, flúor, DDT, tetracloroetileno, bisfenol, entre outros.

"Muitos deles são neurotóxicos conhecidos, mas tudo depende do nível de exposição", explica a doutora em toxicologia Laura Plunkett. "Se não estiverem muito presentes na água ou comida ingerida e no ar que respiramos, não terão nenhum efeito."

Na sua opinião, a maioria da população está em contato com eles em níveis muito baixos para que sejam perigosos. No entanto, cuidar-se nunca é demais.


sexta-feira, 13 de novembro de 2015

15 medicamentos que você usa sem prescrição, mas podem ser perigosos


Analgésico, anti-inflamatório, relaxante muscular, antitérmico e antiácido são os medicamentos isentos de prescrição mais utilizados

Na maioria das vezes, quando sentem uma dor de cabeça, cólica, estão com febre ou dor muscular, por exemplo, as pessoas vão a uma farmácia em busca dos chamados MIPs (Medicamentos Isentos de Prescrição). Eles são aprovados pelas autoridades sanitárias e têm o objetivo de tratar sintomas menores. A venda é possível sem prescrição ou receita médica.

Porém, isso não significa que eles possam ser utilizados sempre e de qualquer maneira. São medicamentos, e baseando-se nas características peculiares, os MIPs também podem causar problemas de saúde, seja pelo uso excessivo ou inadequado. O cuidado deve ser ainda maior no caso de crianças, idosos, gestantes e pessoas com alguma doença.

Priscila Vautier, farmacêutica, Mestre em Farmácia, docente em curso de Farmácia e Diretora no Sindicato dos Farmacêuticos no Estado de São Paulo, comenta que os medicamento isentos de prescrição mais utilizados pelas pessoas são os analgésicos, anti-inflamatórios, relaxantes musculares, antitérmicos e antiácidos.

Vale destacar que os MIPs, ainda que sejam considerados de baixo risco, podem causar, em alguns casos, reações adversas, intoxicações e interações medicamentosas. Por exemplo, se não houver uma orientação correta, a pessoa pode cometer a subdosagem (o que não aliviará os sintomas desejados), ou ainda, pode haver a superdosagem, levando a uma intoxicação. Também há o risco de se usar dois medicamentos com o mesmo princípio ativo, o que também pode levar à intoxicação; além da possibilidade do paciente já consumir um medicamento de uso crônico que, por sua vez, interage com o fármaco presente nos MIPs.

15 classes de medicamentos que não se deve tomar indiscriminadamente
Nos tópicos abaixo você confere quais são os principais riscos de se utilizar determinados grupos de remédios, que parecem inofensivos, mas que, quando utilizados de forma exagerada ou inadequada, podem se tornar perigosos.

1. Hormônios e anticoncepcionais
Priscila destaca que o uso indevido pode levar ao descontrole hormonal do organismo. “E o uso contínuo pode aumentar o risco de aumento de pressão arterial, trombose profunda (principalmente quando associada ao cigarro) e enxaqueca”, diz.
Amouni Mourad, assessora técnica do CRF-SP (Conselho Regional de Farmácia), ressalta que vários estudos epidemiológicos demonstram associação clara entre o uso de contraceptivos orais combinados e o aumento de risco para trombose venosa e arterial.

2. Absorventes e antifiséticos intestinais (simeticona)
Amouni comenta que um exemplo dessa classe de medicamentos é a simeticona. “É um silicone antifisético com ação antiflatulenta, que alivia o mal-estar gástrico causado pelo excesso de gases.”
A assessora técnica explica que a simeticona não é absorvida pelo organismo, e atua somente dentro do aparelho digestivo, sendo totalmente eliminada nas fezes. “Embora reações indesejáveis sejam pouco prováveis, são relatados: eczema de contato (reação inflamatória que ocorre devido ao contato da pele com um agente irritativo ou que cause alergia); e, em casos raros, reações imediatas como urticária (lesões vermelhas na pele que coçam muito)”.
Luftal também é um conhecido antifisético intestinal e utilizado muitas vezes por pacientes com excesso de gases. Vale destacar que ele alivia os sintomas, mas não “resolve o problema”. Não costuma causar efeitos colaterais, mas podem ocorrer em casos raros: inflamação na pele ou alergia da pele.
Priscila destaca que o uso inadequado desse tipo de medicamento pode, em alguns casos, levar à constipação temporária.

3. Analgésicos e antitérmicos (AAS, Dipirona, Paracetamol)
Priscila explica que Paracetamol é um anti-inflamatório não esteroidal: “o uso crônico pode levar a uma hepatotoxicidade (dano no fígado causado por substâncias químicas chamadas hepatotoxinas)”.
Amouni destaca que, embora Paracetamol possa ser utilizado durante a gravidez, o médico deverá ser consultado antes disso. “Além disso, ele não deve ser administrado por mais de 10 dias para dor ou para febre por mais de 3 dias”, diz.
AAS, conforme explica Priscila, pode ocasionar sangramento gástrico e é contraindicado em caso de dengue.
“Dipirona, quando utilizado inadequadamente, pode causar hipotermia, reações na pele, inflamação de tecido renal”, destaca Priscila.
“Quando tais medicamentos são ingeridos junto com álcool, podem ocorrer úlceras, distúrbios gastrointestinais e hemorragias”, acrescenta a farmacêutica Priscila.

4. Antiácidos
Amouni comenta que a maioria dos antiácidos contém um ou mais dos quatro componentes principais: sais de alumínio, sais de magnésio, carbonato de cálcio e bicarbonato de sódio.
“Eles podem ter interações com muitos fármacos de prescrição médica, por isso, é muito importante consultar um farmacêutico sobre as interações entre os medicamentos antes de tomá-los. Além disso, especialmente as pessoas com afecções cardíacas, hipertensão ou problemas renais devem consultar o médico antes de tomar um antiácido”, acrescenta a assessora técnica.
Priscila destaca como principais riscos/problemas do uso exagerado ou do uso indevido desse tipo de medicamento: deficiência na absorção de alimentos e medicamentos; constipação e diarreias.

5. Antialérgicos e anti-histamínicos (dexclorofeniramina, loratadina)
Amouni comenta que Dexclorofeniramina, Hidroxizina, Prometazina e Ciproeptadina são os antialérgicos mais antigos e conhecidos, pois foram os primeiros a serem usados no tratamento das doenças alérgicas. “O efeito colateral mais comum e incômodo é a sedação. Podem ainda ocorrer sonolência (ou agitação), diminuição da concentração, alterações de memória e da coordenação psicomotora, além de boca seca, visão turva, retenção da urina, aumento de apetite e ganho de peso. Até pela possibilidade desses efeitos colaterais, esse tipo de medicamento deve ser evitado em motoristas, pilotos ou em trabalhadores em risco de acidente”, diz.
Loratadina, Desloratadina, Cetirizina, Levocetirizina, Ebastina e Fexofenadina são os antialérgicos chamados de “segunda geração”, considerados mais modernos. “Proporcionam alívio dos sintomas causando pouca sedação e mínimos efeitos na atividade psicomotora. Em alguns casos, pode ocorrer dor de cabeça (cefaleia), sendo este o efeito colateral mais significativo”, diz Amouni.
A farmacêutica Priscila destaca como principais problemas do uso exagerado ou inadequado dos antialérgicos: sonolência, engrossamento ou adensamento do muco.

6. Antieméticos
Metoclopramida é um exemplo de antiemético, que age nas funções digestivas comuns como náuseas e vômitos.
Priscila diz que, em grupos de risco (idosos, crianças, diabéticos), esse tipo de medicamento tem vários efeitos adversos. “Abuso pode causar ansiedade e agitação e, às vezes, sonolência”, acrescenta.
De acordo com informações da bula do medicamento, as reações adversas mais frequentes são: inquietação, sonolência, fadiga e lassidão/exaustão (ocorrem em aproximadamente 10% dos pacientes). Com menor frequência: insônia, dor de cabeça, tontura, náuseas, galactorreia, ginecomastia, erupções cutâneas, incluindo urticária ou distúrbios intestinais.
Ainda segundo a bula do medicamento, reações como inquietude, movimentos involuntários, fala enrolada etc. podem ser mais frequentes em crianças e adultos jovens; enquanto que movimentos anormais ou perturbados são comuns em idosos sob tratamentos prolongados.

7. Antiespasmódicos (Buscopan)
Buscopan (brometo de N-butilescopolamina) é um exemplo desse tipo de medicamento. É indicado para tratamento dos sintomas de cólicas gastrintestinais, cólicas e movimentos involuntários anormais das vias biliares e cólicas dos órgãos sexuais e urinários.
“O abuso pode levar à secura da boca e sonolência, visão turva e taquicardia”, diz Priscila.
“Quando associado a analgésicos (Dipirona, por exemplo) é necessário ter ainda mais cuidados. Doses altas de escopolamina podem causar delírio, confusão mental, paralisia, estupor e até mesmo morte”, acrescenta a farmacêutica.

8. Antifúngicos e antimicóticos
Os antimicóticos ou antifúngicos são basicamente farmacêuticos utilizados para tratar e/ou prevenir micoses, como “pé de atleta”, dermatofitoses (micoses superficiais que ocorrem em pelos, unhas e pele), candidíase, infecções sistêmicas como meningite etc.
Muitos desses medicamentos são vendidos somente com prescrição médica, mas alguns estão disponíveis como medicamentos de venda livre.
O uso inadequado deste tipo de medicamento, de acordo Priscila, pode causar: resistência ao tratamento, vermelhidão e sensação de queimadura.

9. Anti-inflamatórios e antirreumáticos (diclofenaco, nimesulida)
Diclofenacos, Nimesulida, Piroxicam, Tenoxicam são exemplos de medicamentos da classe.
Priscila explica que, com o uso exagerado/inadequado, o paciente pode ter: dor de estômago, azia, náuseas, vômitos, desenvolvimento de úlceras que causarão sangramento ou perfuração (estômago e duodeno), problemas hepáticos (cirrose medicamentosa), nefrite (comprometimento dos rins), anemia e problemas cardíacos.

10. Antiulcerosos
Omeprazol é um exemplo conhecido dessa classe de medicamentos. É indicado para tratar esofagite de refluxo, gastrite, úlcera gástrica e úlcera duodenal, além de funcionar como um “protetor gástrico” para quem vai usar medicamentos que “machucam” o estômago.
Embora Omeprazol seja um medicamento que exija prescrição médica, muitas pessoas acabam conseguindo comprá-lo sem receita médica. Mas, vale reforçar: o uso exagerado e inadequado pode causar problemas à saúde.
“O abuso pode mascarar outras doenças como câncer de estômago, problemas de fígado e vesícula. Pode inibir a absorção de algumas vitaminas e minerais, podendo causar efeitos como câimbras e problemas cardíacos”, explica a farmacêutica Priscila.

11. Expectorantes (xaropes)
Esse é um tipo de medicamento bastante utilizado quando a pessoa tem muita tosse com catarro.
O expectorante tem como ação, resumidamente, aumentar a quantidade de catarro e reduzir a viscosidade das secreções, promovendo consequente remoção das vias aéreas.
Amouni diz que um exemplo de expectorante é o cloridrato de bromexina, que, geralmente, é bem tolerado. “Podem se observar, porém, diarreia, náusea, vômito e outras manifestações gastrintestinais leves. Já foram relatadas também reações alérgicas, incluindo erupções cutâneas, urticária, broncoespasmo, angioedema e anafilaxia”, diz.
Priscila destaca como principais problemas do uso inadequado de expectorantes os distúrbios gastrintestinais (náuseas, vômito).

12. Relaxantes musculares (carisoprodol)
Exemplo de relaxante muscular, de acordo com Amouni, é o Carisoprodol. “O relaxante muscular produz relaxamento muscular e também sedação como reações mais comuns (ocorrem em pelo menos 10% dos pacientes). Pode ocorrer ainda queda de pressão, sonolência e tontura”, diz.
Priscila ressalta que o abuso de relaxantes, como Carisoprodol, “pode levar à dependência e tolerância, desenvolvendo confusão mental, ansiedade, falta de coordenação e equilíbrio”.
Vale destacar ainda que, se utilizado simultaneamente com álcool ou outro depressor do sistema nervoso central, pode causar problemas mais graves, como depressão.

13. Soluções oftálmicas
Os colírios são as chamadas soluções oftálmicas e, se usados de forma inadequada, sem orientação médica, podem causar problemas sérios.
“O abuso pode ser caracterizado quando se muda a posologia indicada ou utiliza-se de colírios sem prescrição médica”, esclarece Priscila. “Nestes casos, danos à saúde ocular podem ocorrer, como: alteração da secreção lacrimal, lesão ocular, infecção ocular, glaucoma. Além disso, o uso pode causar confusão mental, crises hipertensivas”, explica a farmacêutica.

14. Repositores eletrolíticos
Os repositores eletrolíticos são geralmente utilizados por atletas, para ajudar na hidratação e na reposição dos sais (sódio, potássio, magnésio) perdidos por meio do suor em atividades de longa duração.
Costumam vir na forma de pastilhas efervescentes, que devem ser diluídas em água, sempre de acordo com as orientações do produto.
Priscila explica, porém, que, no preparo incorreto, com menos água do que o recomendado, podem ocorrer, como consequências mais graves de overdose: hipernatremia (excesso de sódio no sangue) e/ou hipercalemia (grande quantidade de potássio no sangue).

15. Descongestionantes nasais
Priscila explica que, com o uso frequente e prolongado de descongestionantes nasais, pode ocorrer congestão nasal rebote (rinite medicamentosa), que aumentada (ou rebote) leva o paciente a usar mais e mais o descongestionante. “Por isso, eles não devem ser usados por mais de 5 dias seguidos e nem em menores de 5 anos”, diz.
“Alguns podem ainda aumentar a pressão sanguínea e aumentar a glicemia em diabéticos”, acrescenta a farmacêutica.

Esses são apenas exemplos de tipos de medicamentos que, muitas vezes, são utilizados de forma inadequada. Vale destacar que algumas pessoas chegam até mesmo a se automedicarem com remédios que exigem prescrição médica (que não são MIPs), quando, por exemplo, utilizam um medicamento de outra pessoa da casa, de um amigo etc.
Por isso, de forma geral, é sempre bom lembrar que a automedicação é muito perigosa. Para Priscila, “é de extrema importância que as pessoas se conscientizem de que todos os medicamentos, isentos ou não de prescrição, podem oferecer risco à saúde”.
De acordo com Amouni, a única forma de o consumidor fazer uma administração segura do medicamento é a partir de uma efetiva orientação. “A farmácia deve atender ao previsto na lei e manter farmacêutico presente no local durante todo período de funcionamento, garantido assim o direito do consumidor ser atendido e orientado por um profissional habilitado.”
“Vale a pena salientar que qualquer que seja o medicamento o uso inadequado poderá acarretar riscos à saúde do paciente, portanto todo medicamento deverá ser utilizado mediante prescrição e principalmente com orientação precisa”, finaliza Amouni.
Lembre-se: com saúde (e medicamentos!) não se brinca. Utilize remédios somente quando houver orientação médica.