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domingo, 19 de agosto de 2018

4 hábitos tóxicos para o organismo que você não sabia


O simples ato de esquentar a marmita no micro-ondas ou a absorção de partículas decorrente da aplicação de desodorantes são hábitos que, embora pareçam inofensivos, oferecem riscos à saúde. Tais costumes fazem com que o organismo acumule toxinas que podem gerar desequilíbrio mental e físico, além de propiciar o surgimento de doenças a médio e longo prazo.

O naturopata Adoilto Chaves sinaliza quatro hábitos comuns do dia a dia que prejudicam o corpo sem que as pessoas tenham consciência da gravidade:

1. Desodorante aerossol
A maioria dos produtos contém cloridróxido de alumínio ou cloreto e cloridratos para inibir a sudorese. O problema é que essas micropartículas penetram no organismo e podem desencadear o desenvolvimento de câncer.

2. Cosméticos
Shampoos, protetores solares e esmaltes de unha contêm substâncias como parabenos e ftalatos, que são responsáveis pela espuma ou pelo brilho e fixação dos produtos. No organismo, porém, elas causam alterações hormonais, aparecimento de câncer e envelhecimento precoce da pele.

3. Plástico no micro-ondas
Muitos recipientes utilizados no cotidiano contêm Bisfenol-A (BPA), uma substância cancerígena que, quando aquecida a temperaturas elevadas, pode causar problemas cardíacos e hormonais.

4. Água
A sua indisposição eventual pode ser um sinal de problema com a água. Isso porque o PH recomendado para a água potável é acima de 6,5, porém o abastecimento hídrico das cidades não alcança esse patamar – além de conter produtos químicos como metais pesados, xenoestrógenos e cloro.


terça-feira, 9 de agosto de 2016

Conheça alguns químicos perigosos escondidos nos produtos do dia a dia

Consenso científico

"Há dez anos, não haveria esse consenso, mas as pesquisas a respeito são abundantes e os resultados, claros."

É desta forma contundente que a epidemiologista Irva Hertz-Picciotto, da Universidade da Califórnia em Davis (EUA) se refere aos riscos à saúde da exposição a alguns produtos químicos presentes nos produtos de uso diário.

O consenso mencionado por ela é uma alusão à posição de especialistas de diversas áreas reunidos pelo projeto TENDR (Targeting Environmental Neuro-Developmental Risks, ou "Combatendo Riscos Ambientais ao Neuro-Desenvolvimento"), que reúne cientistas das principais universidades norte-americanas.

Todos concordam que a "exposição contínua a químicos tóxicos presentes no ar, na água, na comida, no solo e nos produtos de consumo podem aumentar o risco de desenvolvimento de problemas cognitivos, sociais ou comportamentais, assim como desordens no desenvolvimento neurológico, como o autismo e a síndrome do déficit de atenção com hiperatividade".

Neurotoxinas

Há pouco mais de dois anos, os cientistas Philippe Grandjean, da Universidade de Harvard, e Philip Landrigan, da Escola de Medicina do Hospital Monte Sinai, publicaram um texto polêmico no periódico The Lancet Neurology que chamou a atenção da imprensa mundial. Nele, defendiam que a humanidade enfrenta uma "pandemia silenciosa" causada por um conjunto de neurotoxinas capazes de prejudicar o desenvolvimento do cérebro.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) também alertou, por meio de vários comunicados, sobre o uso de produtos com estes componentes - ainda que tenha ressaltado que as consequências diretas não são sempre medidas com facilidade e que sua gravidade depende do grau de exposição a eles.

O TENDR é a mais recente voz a se pronunciar contra esses componentes, presentes em alguns alimentos, plásticos e embalagens, cortinas de banheiro, móveis, eletrodomésticos e até certos produtos cosméticos e de higiene diária.

Nesta mesma linha, a Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia concluiu, em um relatório divulgado no ano passado, que o contato contínuo com esses produtos "ameaça a saúde reprodutiva dos humanos".

Veja abaixo algusn dos principais produtos químicos perigosos e o que é possível fazer para evitá-los.

1. Ftalatos

Os ftalatos são um grupo de compostos químicos derivados do ácido ftálico. Os mais empregados são o DEHP (di-2-etilhexilftalato), o DIDP (diisodecilftalato) e o DINP (diisononilftalato). São usados como solventes e na fabricação de plásticos mais flexíveis ou resistentes, como o policloreto de polivinila (PVC), e também servem para fixar essências em produtos químicos.

Graças a essas características, podem ser encontrados em xampus, condicionadores, aerossóis para cabelo, perfumes, esmaltes de unhas, embalagens para comida, cápsulas de medicamentos e brinquedos sexuais.

Vários estudos relacionam esses compostos com uma capacidade intelectual reduzida, a síndrome do déficit de atenção e alterações no sistema hormonal. "Eles entram pela pele ou pelas vias respirátoria ou digestiva e, por meio da circulação, são distribuídos por todo o organismo, passando para as células de tecidos. Alguns têm efeitos tóxicos importantes (não de forma aguda, mas ao longo do tempo), mais concretamente no sistema hormonal", destacam os especialistas.

Diante disso, os Estados Unidos e a União Europeia começaram a regular seu uso e a proibí-lo em brinquedos ou qualquer material com o qual crianças possam entrar em contato.

Apesar das proibições, outros estudos demonstram que a população mundial continua a ser exposta aos ftalatos. Por isso, especialistas recomendam tomar as seguintes medidas para reduzir a possível exposição a estes componentes:

Opte por detergentes e loções sem fragrâncias;
não esquente a comida no microondas em recipientes de plástico, mas de vidro;
não compre brinquedos cujas etiquetas indicam que eles contêm DEHP, DBP e BBP;
se a bula de um medicamento em cápsula mencionar o ftalato entre os princípios inativos, escolha outra marca;
ao mudar o piso de casa, evite o PVC. É melhor usar madeira ou cortiça.

2. Éter de difenila polibromada (PBDE)

Esses compostos são usados para retardar chamas em plásticos ou espumas e são encontrados em muitos equipamentos eletrônicos e, sobretudo, em móveis, porque são aplicados nas espumas de poliuretano contidas neles.

Seu uso se popularizou como um substituto do éter bifenilo policlorado (PCB), proibido no final dos anos 1970. Mas, segundo especialistas, não é uma alternativa muito melhor. Sua degradação na atmosfera é muito lenta, por isso é um composto difícil de ser eliminado. Além disso, se acumula nos animais.

Um estudo da Universidade Colúmbia comprovou que a substância está presente em altas concentrações no leite materno e foi relacionado a uma menor capacidade intelectual e a perda de atenção em mulheres lactantes, o que levou ao banimento do químico no estado da Califórnia. Na Europa, ele só pode ser usado dentro de limites considerados seguros.

Estas são as recomendações de especialistas para minimizar a exposição ao PDBE:

Ao comprar móveis com preenchimento, como sofás ou poltronas, leia a etiqueta com atenção e escolha um modelo "livre de retardantes de chama";
limpe o pó de casa com frequência;
coloque um capacho na porta, para que sejam deixadas nele as partículas de PDBE que podem vir da rua presas aos sapatos.

3. Mercúrio

"O mercúrio é uma substância tóxica com efeitos nocivos para o ser humano, em especial para as grávidas, as mulheres lactantes e as crianças", destaca a OMS.

O mercúrio se acumula no solo ou rios, e os microorganismos são capazes de transformá-lo em metilmercúrio (CH3Hg), um composto ainda mais tóxico. "No feto, na lactante e na criança, o principal efeito do metilmercúrio é a alteração no desenvolvimento neurológico (...); afeta negativamente o desenvolvimento do cérebro e do restante do sistema nervoso da criança."

Ainda assim, o mercúrio e seus derivados continuam presentes no cotidiano - considera-se que disseminação das lâmpadas fluorescentes compactas "democratizou" o mercúrio por todo o planeta.

Mas cada pessoa também pode fazer sua parte para evitar a exposição a esse composto tão tóxico, como destaca a Agência para Substâncias Tóxicas e Registro de Enfermidades dos Estados Unidos:

Não comprar termômetros de mercúrio - opte por um modelo digital;
descartar adequadamente as pilhas gastas e nunca as jogar no lixo comum;
garantir que os cosméticos usados não tenham mercúrio em sua composição;
se for necessário fazer uma obturação por causa de uma cárie, solicite uma alternativa à liga com mercúrio;
no passado, o cloreto de mercúrio foi usado em muitos medicamentos, como laxantes, remédios para eliminar vermes e pós dentais. Descarte adequadamente esses produtos e os substitua por outros mais seguros e eficazes.

Outros químicos perigosos

Estas substâncias presentes nos produtos de uso diário são apenas algumas entre as que preocupam as autoridades sanitárias. A lista de químicos potencialmente tóxicos é mais longa e inclui também chumbo, flúor, DDT, tetracloroetileno, bisfenol, entre outros.

"Muitos deles são neurotóxicos conhecidos, mas tudo depende do nível de exposição", explica a doutora em toxicologia Laura Plunkett. "Se não estiverem muito presentes na água ou comida ingerida e no ar que respiramos, não terão nenhum efeito."

Na sua opinião, a maioria da população está em contato com eles em níveis muito baixos para que sejam perigosos. No entanto, cuidar-se nunca é demais.


terça-feira, 2 de dezembro de 2014

12 terríveis produtos tóxicos que você usa diariamente

Diariamente, interagimos com as mais diversas substâncias químicas e nem imaginamos a influência que muitas delas têm no nosso organismo. O Environmental Working Group, uma organização que combate o uso de produtos químicos tóxicos, lançou uma lista dos produtos químicos que mais desestabilizam nossos hormônios.

Confira quais são abaixo:

12. Bisfenol A (BPA)
Este produto químico é encontrado em muitas coisas, incluindo alimentos enlatados, plásticos e selantes dentários e é semelhante em estrutura ao estrogênio. Estudos têm relacionado a exposição ao BPA com muitos problemas de saúde, incluindo a obesidade, puberdade precoce e aborto. No entanto, esses estudos mostram apenas associações e não podem provar que a exposição ao BPA realmente causa estes problemas. Ainda está sendo estudado se os níveis de BPA no ambiente são prejudiciais para as pessoas.

11. Dioxina
Dioxina é um químico amplamente encontrado nos alimentos e se acumula no tecido adiposo dos animais, de acordo com a Organização Mundial de Saúde. Ela está conectada com a diminuição da contagem de espermatozóides e outros efeitos no sistema reprodutivo. A exposição crônica a dioxinas tem sido associada a problemas no sistema imunológico e câncer. Mas, enquanto este produto químico é conhecido por ser tóxico em níveis elevados, não se espera que a exposição de “segundo plano” (exposição aos níveis normais no ambiente) possa, em média, afetar a saúde humana, garante a OMS.

10. Atrazina
Este pesticida comumente utilizado pode contaminar a água potável. Em estudos com animais, ele tem sido associado a tumores, puberdade atrasada e inflamação da próstata, e é conhecido por transformar sapos machos em fêmeas. Em 2000, a Agência de Proteção Ambiental (APA) dos Estados Unidos determinou que não é prováquel que a atrazina cause câncer em pessoas. No entanto, a agência está atualmente a revendo as propriedades da atrazina e seus efeitos na saúde no meio ambiente “para garantir que as decisões regulamentares da agência continuem a proteger a saúde pública e ao meio ambiente”. Comprar produtos orgânicos e utilizar um filtro para água potável pode reduzir a exposição à atrazina.

9. Ftalatos
Estes produtos químicos são usados em plásticos para tornar o material mais flexível e em muitos produtos como agentes de dissolução. Eles podem ser encontrados nos detergentes, roupas de plástico (impermeáveis) e até mesmo produtos de higiene pessoal, como sabonetes, xampus e esmaltes. Estudos em animais sugerem que os ftalatos podem afetar o sistema reprodutivo, contudo o efeito da exposição a baixos níveis de ftalatos sobre os seres humanos é desconhecido. Para diminuir a exposição ao ftalato, as pessoas podem evitar recipientes de comida de plástico e filmes plásticos feito de PVC. Produtos de cuidados pessoais que listam “fragrância” como um ingrediente também podem conter ftalatos.

8. Perclorato
Este químico é usado para produzir combustível para foguetes e outros explosivos e pode ser encontrado em muitos frutos e produtos lácteos. Muito perclorato pode afetar a capacidade da glândula tireóide de produzir hormônios. Embora seja difícil evitar o perclorato em alimentos, as pessoas podem reduzir os efeitos da química, certificando-se de consumir suficiente iodo na dieta. A APA está desenvolvendo um regulamento que pretende colocar um limite na quantidade de perclorato que pode estar presente em água potável. Um filtro de osmose inversa pode também reduzir os níveis de perclorato na água potável.

7. Retardadores de fogo
Os produtos químicos utilizados como retardadores de fogo, chamados éteres difenil-polibromados (PBDEs) são muito persistentes no ambiente. Eles podem atrapalhar a atividade da tiroide e têm sido associados a efeitos para a saúde, tais como QI inferior. Muitos PBDEs foram eliminados, contudo, por causa de sua longa vida, provavelmente ainda vão contaminar animais selvagens ao longo de décadas.

6. Chumbo
Esta é uma toxina bem estudada e tem sido associada a danos cerebrais, QI inferior, perda de audição e problemas do sistema nervoso. Mas também já foi descoberto que o chumbo afeta os hormônios. Em animais, o chumbo pode diminuir os níveis de hormônios sexuais.

5. Produtos químicos perfluorados (PFCs)
Estes produtos químicos são encontrados em panelas não aderentes e são muito resistentes. Alguns PFCs têm sido associados com diminuição na qualidade do esperma, baixo peso ao nascer, doenças da tireoide e outros problemas. No entanto, estes estudos não podem provar que os PFCs causam estes problemas, por isso é necessário que sejam feitas mais pesquisas para determinar melhor o efeito dos PFCs sobre o corpo humano.

4. Mercúrio
Este metal é conhecido por interferir no desenvolvimento do cérebro do feto. Ele também pode se ligar a um hormônio que regula a ovulação da mulher e pode danificar as células do pâncreas que produzem a insulina. É recomendado comer salmão selvagem e truta para reduzir a exposição ao mercúrio. A APA ainda recomenda que as mulheres que estão grávidas ou pensando em engravidar não consumam mais de 340 gramas (2 média refeições por semana) de peixes com pouco mercúrio (atum enlatado light, salmão, escamudo e bagre).

3. Arsênico
Este elemento é encontrado naturalmente no meio ambiente e também em alguns pesticidas, e por isso ele consegue chegar aos alimentos e à água potável. Uma forma de arsênico, o arsênico inorgânico, é um conhecido agente cancerígeno e a exposição crônica a níveis baixos dele tem sido associada ao aumento do risco de cânceres de bexiga, pulmão e pele. Este elemento também pode interferir com a forma como o corpo processa açúcares e carboidratos. Recentemente, foi anunciado que os níveis de arsênico no arroz parecem não apresentar riscos à saúde no curto prazo, mas ainda está sendo pesquisado os potenciais efeitos a longo prazo.

2. Inseticidas organofosforados
A exposição a estes pesticidas químicos tem sido associada a efeitos sobre o desenvolvimento do cérebro, do comportamento e da fertilidade, e pode afetar os níveis de testosterona. Comprar produtos orgânicos pode reduzir a exposição a estas substâncias.


1. Éteres glicólicos
Estes produtos químicos são utilizados como solventes de tintas e em produtos de limpeza e têm sido associados, entre outros problemas de saúde, com a redução na contagem de esperma em pintores. A exposição a estes produtos químicos também tem sido associada a asma e alergias em crianças. Evitar produtos com os ingredientes 2 -butoxietanol (EGBE) e methoxydiglycol (DEGME) pode ajudar a reduzir a exposição a éteres de glicol. [LiveScience]

Fonte: http://hypescience.com/12-piores-produtos-quimicos-para-os-hormonios-e-seus-efeitos-na-saude/ - Autor: Jéssica Maes