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sexta-feira, 2 de outubro de 2015

As terríveis consequências de dormir pouco

Todo mundo já teve uma péssima noite de sono e passou o dia seguinte cansado e mal humorado.

Mas, além da fadiga e do problema de humor, há evidências científicas de que nós também nos tornamos emocionalmente distraídos quando não dormimos, o que pode dificultar a nossa capacidade de ler situações e pessoas.

Testando o emocional
Talma Hendler, da Universidade de Tel Aviv, em Israel, estava interessada em saber como a falta de sono afetava nosso emocional.
Assim, em um estudo publicado na revista Journal of Neuroscience, ela e seus colegas mantiveram 18 adultos acordados uma noite toda, medindo repetidamente sua sonolência.
Os voluntários fizeram duas rodadas de testes enquanto seus cérebros eram escaneados: uma um dia depois de uma boa noite de sono, e outra depois de ficarem acordados por 24 horas.

Resultados iniciais
No teste, os voluntários tinham que dizer a direção em que pontos amarelos se moviam em uma tela. Em cada caso, os pontos foram colocados sobre uma imagem potencialmente distraidora. Ela poderia ser positivamente emocional (de um gatinho ou um casal apaixonado, por exemplo), negativamente emocional (como um corpo mutilado ou uma cobra) ou neutra (como uma vaca ou uma colher).
Quando os voluntários estavam descansados, foram melhores e mais rápidos em dizer a direção do movimento quando a imagem de fundo era neutra. Depois de uma noite sem dormir, o seu desempenho foi igualmente ruim, fossem utilizadas imagens neutras ou emocionais.

Hum… O que estava acontecendo?
Será que uma noite sem dormir prejudica universalmente o julgamento? Hendler não sabia. Segundo a pesquisadora, também era possível que o resultado sugerisse algo mais sutil – que a falta de sono faz com que imagens neutras provoquem uma resposta emocional em nosso cérebro.Para investigar melhor essa ligação, a equipe realizou uma outra experiência semelhante, usando dessa vez um scanner mais detalhado para medir a atividade em diferentes áreas do cérebro.

A descoberta
Dentro do scanner, os voluntários novamente viram imagens neutras e emocionais potencialmente distraidoras enquanto tentavam completar uma tarefa. E, novamente, as pessoas privadas de sono foram distraídas por todas as imagens, enquanto as descansadas só se distraíram por imagens emocionais.
Além disso, uma região do cérebro chamada amígdala, conhecida por desempenhar um papel na emoção, ativou-se somente em resposta a imagens emocionais quando os voluntários tinham tido uma boa noite de sono. Quando estavam privados de sono, reagiu a imagens neutras da mesma forma como fez com as emocionais.
A equipe também descobriu uma atividade incomum em uma parte frontal do cérebro chamada córtex cingulado anterior. Pensa-se que ela regula a amígdala e as nossas emoções.
Em pessoas bem descansadas, as duas regiões do cérebro se ativaram juntas. Mas pareciam fora de sincronia quando os voluntários estavam privados de sono, com o córtex cingulado anterior não tendendo a disparar quando a amígdala o fazia.

Não consigo dormir: sono ruim e distração emocional
Talvez esta parte do cérebro não seja tão capaz de controlar nossas respostas emocionais quando não dormimos o suficiente.
Juntas, as experiências sugerem que, quando estamos privados de sono, tendemos a ver situações normais ou cotidianas como particularmente dignas de nossa atenção. “Você perde a neutralidade. A capacidade do cérebro para dizer o que é importante é comprometida – é como se tudo fosse importante”, sugere Hendler.
Há uma maneira óbvia de se proteger contra os efeitos da perda de sono: dormindo bem. Se este é um grande problema para você, o ideal seria procurar ajuda profissional, visto que o tempo de olhos fechados é essencial para diversos aspectos da saúde, não só o emocional. [NewScientist]

Fonte: http://hypescience.com/o-que-pouco-sono-pode-fazer-com-voce/ - Autor: Natasha Romanzoti

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

12 terríveis produtos tóxicos que você usa diariamente

Diariamente, interagimos com as mais diversas substâncias químicas e nem imaginamos a influência que muitas delas têm no nosso organismo. O Environmental Working Group, uma organização que combate o uso de produtos químicos tóxicos, lançou uma lista dos produtos químicos que mais desestabilizam nossos hormônios.

Confira quais são abaixo:

12. Bisfenol A (BPA)
Este produto químico é encontrado em muitas coisas, incluindo alimentos enlatados, plásticos e selantes dentários e é semelhante em estrutura ao estrogênio. Estudos têm relacionado a exposição ao BPA com muitos problemas de saúde, incluindo a obesidade, puberdade precoce e aborto. No entanto, esses estudos mostram apenas associações e não podem provar que a exposição ao BPA realmente causa estes problemas. Ainda está sendo estudado se os níveis de BPA no ambiente são prejudiciais para as pessoas.

11. Dioxina
Dioxina é um químico amplamente encontrado nos alimentos e se acumula no tecido adiposo dos animais, de acordo com a Organização Mundial de Saúde. Ela está conectada com a diminuição da contagem de espermatozóides e outros efeitos no sistema reprodutivo. A exposição crônica a dioxinas tem sido associada a problemas no sistema imunológico e câncer. Mas, enquanto este produto químico é conhecido por ser tóxico em níveis elevados, não se espera que a exposição de “segundo plano” (exposição aos níveis normais no ambiente) possa, em média, afetar a saúde humana, garante a OMS.

10. Atrazina
Este pesticida comumente utilizado pode contaminar a água potável. Em estudos com animais, ele tem sido associado a tumores, puberdade atrasada e inflamação da próstata, e é conhecido por transformar sapos machos em fêmeas. Em 2000, a Agência de Proteção Ambiental (APA) dos Estados Unidos determinou que não é prováquel que a atrazina cause câncer em pessoas. No entanto, a agência está atualmente a revendo as propriedades da atrazina e seus efeitos na saúde no meio ambiente “para garantir que as decisões regulamentares da agência continuem a proteger a saúde pública e ao meio ambiente”. Comprar produtos orgânicos e utilizar um filtro para água potável pode reduzir a exposição à atrazina.

9. Ftalatos
Estes produtos químicos são usados em plásticos para tornar o material mais flexível e em muitos produtos como agentes de dissolução. Eles podem ser encontrados nos detergentes, roupas de plástico (impermeáveis) e até mesmo produtos de higiene pessoal, como sabonetes, xampus e esmaltes. Estudos em animais sugerem que os ftalatos podem afetar o sistema reprodutivo, contudo o efeito da exposição a baixos níveis de ftalatos sobre os seres humanos é desconhecido. Para diminuir a exposição ao ftalato, as pessoas podem evitar recipientes de comida de plástico e filmes plásticos feito de PVC. Produtos de cuidados pessoais que listam “fragrância” como um ingrediente também podem conter ftalatos.

8. Perclorato
Este químico é usado para produzir combustível para foguetes e outros explosivos e pode ser encontrado em muitos frutos e produtos lácteos. Muito perclorato pode afetar a capacidade da glândula tireóide de produzir hormônios. Embora seja difícil evitar o perclorato em alimentos, as pessoas podem reduzir os efeitos da química, certificando-se de consumir suficiente iodo na dieta. A APA está desenvolvendo um regulamento que pretende colocar um limite na quantidade de perclorato que pode estar presente em água potável. Um filtro de osmose inversa pode também reduzir os níveis de perclorato na água potável.

7. Retardadores de fogo
Os produtos químicos utilizados como retardadores de fogo, chamados éteres difenil-polibromados (PBDEs) são muito persistentes no ambiente. Eles podem atrapalhar a atividade da tiroide e têm sido associados a efeitos para a saúde, tais como QI inferior. Muitos PBDEs foram eliminados, contudo, por causa de sua longa vida, provavelmente ainda vão contaminar animais selvagens ao longo de décadas.

6. Chumbo
Esta é uma toxina bem estudada e tem sido associada a danos cerebrais, QI inferior, perda de audição e problemas do sistema nervoso. Mas também já foi descoberto que o chumbo afeta os hormônios. Em animais, o chumbo pode diminuir os níveis de hormônios sexuais.

5. Produtos químicos perfluorados (PFCs)
Estes produtos químicos são encontrados em panelas não aderentes e são muito resistentes. Alguns PFCs têm sido associados com diminuição na qualidade do esperma, baixo peso ao nascer, doenças da tireoide e outros problemas. No entanto, estes estudos não podem provar que os PFCs causam estes problemas, por isso é necessário que sejam feitas mais pesquisas para determinar melhor o efeito dos PFCs sobre o corpo humano.

4. Mercúrio
Este metal é conhecido por interferir no desenvolvimento do cérebro do feto. Ele também pode se ligar a um hormônio que regula a ovulação da mulher e pode danificar as células do pâncreas que produzem a insulina. É recomendado comer salmão selvagem e truta para reduzir a exposição ao mercúrio. A APA ainda recomenda que as mulheres que estão grávidas ou pensando em engravidar não consumam mais de 340 gramas (2 média refeições por semana) de peixes com pouco mercúrio (atum enlatado light, salmão, escamudo e bagre).

3. Arsênico
Este elemento é encontrado naturalmente no meio ambiente e também em alguns pesticidas, e por isso ele consegue chegar aos alimentos e à água potável. Uma forma de arsênico, o arsênico inorgânico, é um conhecido agente cancerígeno e a exposição crônica a níveis baixos dele tem sido associada ao aumento do risco de cânceres de bexiga, pulmão e pele. Este elemento também pode interferir com a forma como o corpo processa açúcares e carboidratos. Recentemente, foi anunciado que os níveis de arsênico no arroz parecem não apresentar riscos à saúde no curto prazo, mas ainda está sendo pesquisado os potenciais efeitos a longo prazo.

2. Inseticidas organofosforados
A exposição a estes pesticidas químicos tem sido associada a efeitos sobre o desenvolvimento do cérebro, do comportamento e da fertilidade, e pode afetar os níveis de testosterona. Comprar produtos orgânicos pode reduzir a exposição a estas substâncias.


1. Éteres glicólicos
Estes produtos químicos são utilizados como solventes de tintas e em produtos de limpeza e têm sido associados, entre outros problemas de saúde, com a redução na contagem de esperma em pintores. A exposição a estes produtos químicos também tem sido associada a asma e alergias em crianças. Evitar produtos com os ingredientes 2 -butoxietanol (EGBE) e methoxydiglycol (DEGME) pode ajudar a reduzir a exposição a éteres de glicol. [LiveScience]

Fonte: http://hypescience.com/12-piores-produtos-quimicos-para-os-hormonios-e-seus-efeitos-na-saude/ - Autor: Jéssica Maes