Mesmo algumas poucas séries de exercícios moderados
por semana pode reduzir as probabilidades de uma mulher de meia-idade de
evoluir com uma doença arterial coronariana (DAC), tromboembolismo venoso (TEV)
e acidente vascular cerebral, de acordo com uma nova pesquisa. Ainda, segundo a
mesma pesquisa, se exercitar mais frequentemente ou de forma mais vigorosa pode
não fornecer maiores reduções no risco cardiovascular. Os resultados foram
publicados on-line na edição de 16 de fevereiro de 2015 na revista Circulation.
Miranda E.G. Armstrong, Ph.D., da Universidade de
Oxford, no Reino Unido, e colegas analisaram a saúde de mais de 1,1 milhão de
mulheres britânicas que não tinham histórico de doença coronariana, acidente
vascular cerebral, tromboembolismo venoso (TEV), diabetes ou câncer. As
mulheres tinham em média 56 anos de idade, quando se juntaram ao estudo, entre
1996 e 2001.
Ao longo de um período de acompanhamento médio de
nove anos, as mulheres que fizeram exercícios moderados duas a três vezes por
semana tiveram um risco 20 por cento menor de doença arterial coronária,
acidente vascular cerebral, ou TEV do que aquelas que fizeram pouco ou nenhum exercício.
O exercício moderado foi definido como sendo ativo o suficiente para provocar a
transpiração ou aumento da frequência cardíaca, e incluiu caminhar, jardinagem,
e ciclismo.
A mensagem que pode ser retirada da pesquisa, de
acordo com Armstrong: "Para prevenir doenças cardíacas, derrames e
trombos, as mulheres não têm de ser superatletas ou realizarem exercícios
vigorosos diário para conseguir os benefícios da atividade física."
Na verdade, adicionar sessões de exercícios extra
vigorosos pode oferecer "pouco benefício adicional acima do que obtido a
partir da atividade moderada frequente", segundo nota à imprensa da
American Heart Association.
Circulation. Published online before print February 16, 2015,doi:
10.1161/CIRCULATIONAHA.114.010296.