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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2023

Qual é a origem do Carnaval no Brasil?


Podemos dizer que o Carnaval é comemorado no Brasil desde a chegada dos portugueses.

 

O Carnaval é uma festa muito popular no Brasil há centenas de anos, mas, você sabe qual é a origem do Carnaval? Não foi no Brasil, com certeza!

 

Então, hoje, além de começar a pesquisar sobre as melhores ideias de fantasias para o Carnaval, você pode aproveitar e conhecer um pouco sobre a origem desta data.

 

É interessante perceber o quanto as festividades se transformam com o passar dos anos, e como o Carnaval no Brasil é diferente do que era antigamente, quando chegou ao país no Período Colonial.

 

Qual é a origem do Carnaval?

O Carnaval tem origem lá na Idade Média, só que não há uma única teoria para sua “criação” e como funcionava há tantos anos.

O que se tem ideia é que alguns dos elementos que ainda fazem parte da festa foram herdados de celebrações de povos mesopotâmicos, gregos e romanos, e que a festa era muito diferente do que é agora.

O que podemos ter mais certeza, de acordo com registros históricos, é que o Carnaval chegou ao Brasil trazido pelos portugueses, na época em que essa comemoração era marcada pelos bailes de máscaras, que eram festas elegantes da elite, junto com brincadeiras.

 

O Carnaval no Brasil de antigamente

Segundo os historiadores, a origem do Carnaval no Brasil remonta à chegada dos portugueses e se estabeleceu nos séculos 16 e 17 (a partir do ano 1501).

A brincadeira que se fazia para marcar a festa era chamada de entrudo, e começava alguns dias antes do início da Quaresma.

A manifestação mais tradicional do entrudo era conhecida como “molhadelas”, em que as pessoas jogavam líquidos malcheirosos umas nas outras, como urina e água suja.

Dá para imaginar que as pessoas foram se cansando de serem atacadas com líquidos fedorentos e, com o passar dos anos, as brincadeiras foram mudando.

 

Carnaval com samba e desfile

Foi aí, por volta do século 19, que os bailes de máscaras foram se popularizando no Brasil, principalmente entre os ricos.

Por essa mesma época, os bailes de máscaras foram se transformando em desfiles nas ruas, se aproximando mais do Carnaval que conhecemos atualmente.

A partir do século 20, o envolvimento popular com a festa contribuiu para que os ritmos da cultura africana passassem a ser mais importantes na capital carioca.

Assim, na década de 1930, o samba e os desfiles das escolas de samba tornaram-se elemento fundamental do Carnaval no Brasil.

Foi pelo sucesso das escolas de samba que começou a construção, e depois foi feita a inauguração, em 1984, do Sambódromo, o local no qual os desfiles acontecem na cidade do Rio de Janeiro.

 

Fonte: https://www.dicasonline.com/qual-e-a-origem-do-carnaval-no-brasil/ - por Priscilla Riscarolli

quinta-feira, 15 de outubro de 2020

Gigantesco estudo de 24 mil sonhos mostra que eles realmente são uma continuação da realidade


Qual a origem dos sonhos? Sonhos tem significado? Essa pergunta é antiquíssima, repetida e teorizada há milhares de anos.

 

Antigamente a tendência era interpretar os sonhos como presságios e/ou conexões com o mundo espiritual. Hoje em dia tendemos a dar explicações mais tangíveis para os sonhos e conectá-los com a nossa vida durante a vigília, ou seja, sua relação com o que vivemos durante o dia.

 

Continuação da vida real

“A pesquisa forneceu repetidamente um forte apoio para o que os cientistas do sono chamam de “hipótese de continuidade dos sonhos“: a maioria dos sonhos é uma continuação do que está acontecendo na vida cotidiana. Acontece que a vida cotidiana afeta os sonhos (por exemplo, a ansiedade na vida leva a sonhos com afeto negativo) e vice-versa (por exemplo, sonhar afeta as habilidades de resolução de problemas)”, afirmam os pesquisadores coordenados por Alessandro Fogli, cientista da computação da Universidade Roma Tre, na Itália em estudo recente.

 

Essas teorias da psicologia tem origem na obra de Sigmund Freud, entre outros, no século passado. Esses trabalhos criaram a noção de que os sonhos possuem significados misteriosos que poderiam ser revelados quando observados junto aos acontecimentos ocorridos durante a vigília.

 

Sistema Hall & Van de Castle de análise do significado do sonho

Nessa modalidade de analisar os sonhos, especialistas auxiliam seus clientes na interpretação de seus sonhos usando relatos dos sonhos, pistas, símbolos e outras estruturas que possam estar ligadas a própria vida.

 

Um dos métodos com melhor reputação na interpretação dos sonhos é o sistema Hall & Van de Castle, que analisa os sonhos com base em seus personagens, as relações destes personagens e os efeitos de suas interações sobre ditos personagens, incluindo muitos outros aspectos.

 

Uma dificuldade do sistema Hall & Van de Castle é a lentidão do processo altamente trabalhoso e gradual para identificar os elementos dos sonhos. Por isso os pesquisadores tem buscado por soluções computacionais que possam agilizar a tarefa.

 

No último estudo os pesquisadores encontraram uma maneira de fazer exatamente isso: mapear os sonhos de muitas pessoas em larga escala ao analisar 24 mil sonhos de um enorme banco de dados de relatos de sonhos conhecido como DreamBank.

 

A ferramenta de análise de sonhos por computador

“Projetamos uma ferramenta que pontua relatórios de sonhos automaticamente, operacionalizando a escala de análise de sonhos amplamente usada por Hall & Van de Castle. Nós validamos a eficácia da ferramenta em relatórios de sonhos anotados à mão … e testamos o que os cientistas do sono chamam de “hipótese de continuidade” nesta escala sem precedentes”, disseram os cientistas.

 

O software que processa sonhos criado pela equipe simplificou o sistema Hall & Van de Castle, fazendo análise do texto dos relatos de sonhos com foco nos personagens, suas interações sociais e em palavras que evocam emoções.

 

A precisão do novo método em comparação com especialistas

“Essas três dimensões são consideradas as mais importantes para ajudar na interpretação dos sonhos pois definem a espinha dorsal do enredo de um sonho: quem estava presente, quais ações foram realizadas e quais emoções foram expressadas”, afirmam os pesquisadores.

 

Ao realizar a comparação do resultado da nova ferramenta com os resultados de especialistas em sonhos eles encontraram 75% de correspondência. Há margem para melhora, mas o resultado é muito promissor na pesquisa dos sonhos.

 

Os sonhos tem significado?

Os cientistas descobriram inclusive indicações que evidenciam a hipótese da continuidade, isto é, a idéia de que sonhos são uma extensão da vida cotidiana. Os cientistas dizem que os relatos dos sonhos possuíam inúmeros s “marcadores estatísticos” que evidenciam o que as pessoas haviam experimentado na vida durante enquanto acordados.

 

Se tiver curiosidade é possível navegar pelas análises dos cientistas através destes sonhos reais relatados neste website (em inglês).

 

Apesar de não ser a tecnologia definitiva para a análise dos sonhos e sua origem os cientistas afirmam que esse tipo de abordagem futuramente poderá “construir tecnologias que preenchem a lacuna atual entre a vida real e os sonhos”.

 

Fonte: https://hypescience.com/significado-sonhos/ - Por Marcelo Ribeiro

domingo, 9 de junho de 2019

Qual é a origem das festas juninas no Brasil?


Uma das comemorações mais tradicionais do Brasil, as festas juninas tiveram seu início lá no período da colonização e perpetuam até hoje.

Junho chegou e todo mundo já está preparado para as festas juninas que nós tanto amamos. Vai ter muita comida, muita música, preparações e festança durante as próximas semanas. A comemoração é bem popular aqui no Brasil e sua origem se dá lá atrás, a partir da colonização do nosso país por Portugal. Quer saber como tudo começou? Vem com a gente!

Contexto geral
Os historiadores apontam que o início das festas típicas ocorreu na Europa, devido ao solstício de verão – que refere-se, no caso do Hemisfério Norte, à passagem da estação da primavera para o verão. Este fenômeno acontece no mês de junho para os europeus.
Além disso, o objetivo de prática de festas era totalmente relacionado às causas pagãs. Acreditava-se que essas festas afastariam espíritos mal-intencionados e protegeriam as colheitas da população.
Mais tarde, quando o cristianismo se espalhou no continente como a principal religião cultuada por lá, a tradição festiva foi adaptada para o calendário do catolicismo e figuras como Santo Antônio, São João e São Pedro foram incluídas nas comemorações juninas.
A Igreja Católica costumava fazer isso. Converter práticas de diferentes povos, adaptando elementos de sua crença e inserindo-as em sua própria cultura. Um bom exemplo disso é o Natal, que também tem origem pagã.
Incluídos os santos, três dias do mês junino foram designados para celebrações em seus nomes e ao que eles representam para os cristãos. Santo Antônio, o santo “casamenteiro”, no dia 13 de junho; São João, o homem que anunciou a vinda de Cristo para a Terra, no dia 24 de junho; e São Pedro, um dos apóstolos e seguidores de Jesus, no dia 29 de junho.
Uma outra questão interessante é a popularidade de São João nesse período de festas. Em sua origem, as festividades da Europa tinham como característica principal o culto a deuses da natureza. Eles assimilavam a passagem do solstício de verão com as colheitas.
Um deles era Adônis. No mito antigo, o rapaz charmoso recebia atenção mútua de Afrodite (deusa do amor) e Perséfone (deusa do submundo), e consequentemente essas mulheres passaram a disputá-lo arduamente. Zeus, o soberano, determinou que Afrodite ficasse com Adônis metade do ano, sob o sol, e Perséfone a outra metade, sob as trevas.
É daí que sai a questão de tempo e plantações, pois costumava-se pensar que isso influenciava no ciclo natural da colheita. São João entra aqui, com base no que dissemos anteriormente: a adaptação da cultura antiga para o cristianismo. O culto de Adônis era realizado no dia 24 de junho e a Igreja assimilou esse dia para celebrar a atuação do mensageiro de Cristo.
Por isso, o dia de São João é sinônimo de festa junina. Foi a partir dessa data que o catolicismo incluiu os outros santos no calendário junino e, a partir disso, se consolidou entre a população.

A comemoração no Brasil
A festança já era praticada na Península Ibérica (Espanha e Portugal) e, posteriormente, foi trazida para o Brasil pelos portugueses no século XVI durante a colonização. Inicialmente, o nome que se popularizou foi ‘festa joanina’ (referente a São João, o principal santo padroeiro), mas ao longo do tempo foi alterado para ‘junina’ por conta do mês em que acontecia.
Assim como na Europa, o intuito festivo era fundamentado em um viés religioso, só que isso foi se perdendo com o passar do tempo com a visão tradicionalista e popular a que as festas foram submetidas. Isso também está ligado à criação de símbolos característicos da nossa cultura – que veremos mais adiante.
A região brasileira que mais foi influenciada por essa comemoração foi o Nordeste. Até hoje, a festança por lá é reconhecida por todos como a maior e a mais repercutida dentre as outras. Em Campina Grande, município da Paraíba, acontece o Maior São João do Mundo, que recebe mais de 2 milhões de pessoas durante um mês de festividades. Neste ano, artistas como Ivete Sangalo e Elba Ramalho integram a programação de shows.

Símbolos típicos e curiosidades festivas
Existem algumas tradições que sempre estão presentes em qualquer festa junina aqui do Brasil. Muito além do forró, da pamonha e do quentão, ações e curiosidades promovidas dentro dessa festança carregam multidões e os fazem tirar os pés do chão, além de criarem aquela ambientação gostosa de arraial que todos nós amamos.

A quadrilha
A quadrilha é um exemplo nato. Essa dança efervescente traz consigo a coreografia e a flanela nas vestimentas provindas das tradições das cortes francesas. A folia era chamada de “quadrille” e, para os ingleses, “campesine”, devido à prática da mesma entre os camponeses. Os passos ritmizados – como “anarriê” e “tour” – e as roupas rodadas com tecidos mais chamativos e coloridos (como a chita) são heranças que permanecem até hoje em nossas comemorações.

O casamento
O casamento caipira que todos conhecem surgiu como uma versão irônica das cerimônias tradicionais. Quem também é associado a esta tradição é Santo Antônio, o santo conhecido por realizar a união de casais através de uma simpatia e um pedido aclamado por eles. A fama de “casamenteiro” vem de devotos da religião cristã.

A fogueira
As fogueiras são heranças das culturas celta e greco-romanas e representa gratidão aos deuses pela colheita farta. E o fruto dessa colheita é simbolizado pelas comidas e quitutes típicos das festas juninas (a paçoquinha, o curau, a canjica, dentre outros). Os fogos, originários da China, também são uma forma de agradecer o bom retorno das colheitas.

As bandeirinhas
Por fim, as bandeirinhas que enfeitam os ares são relacionadas aos três santos mencionados anteriormente (Antônio, João e Pedro). Uma vez que são considerados padroeiros do mês junino, a população optou tradicionalmente por agradecê-los e dar as boas-vindas a eles mergulhando as bandeiras em água e pregando elas nas alturas. Esse rito é chamado de “lavagem dos santos” e acredita-se que esse procedimento purifica o ambiente em que se dará a festança.

Bandeirinhas de festa junina
Agora que você já sabe como tudo começou, como estão as suas preparações para este mês junino maravilhoso que está por vir?

Fonte: https://mdemulher.abril.com.br/estilo-de-vida/qual-e-a-origem-das-festas-juninas-no-brasil/ - Por Fernando Gomes - NancyAyumi/iStock/Getty Images

sexta-feira, 3 de novembro de 2017

6 alimentos ricos em ômega-3 que não são peixes

Um verdadeiro protetor do nosso cérebro e coração, o ômega-3 também está presente em sementes e oleaginosas

O ômega-3 é uma gordura poli-insaturada muito benéfico para a saúde do cérebro e do sistema cardiovascular, protegendo nosso organismo de problemas sérios como AVC e infarto.

Apesar de pensarmos no ômega-3 como uma coisa só, na verdade ele é composto por três ácidos graxos diferentes: o ácido alfa-linolênico (ALA), ácido eicosapentaenoico (EPA) e o ácido docosa-hexaenoico (DHA).

Enquanto o EPA e o DHA são encontrados principalmente nos peixes de água salgada, como o salmão, a sardinha e o arenque, o ALA está presente em sementes e oleaginosas. Uma pequena parte do ALA que consumimos é transformada nos outros dois ácidos graxos, de forma a complementar a família do ômega-3.

Confira 6 desses alimentos de origem não animal que são ricos em ômega-3 e inclua-os hoje mesmo no seu cardápio junto com os peixes:

1. Óleo de algas
Você sabe por que os peixes contêm tanto ômega-3? Porque eles se alimentam de algas, que são ricas nessa gordura boa. Quando esses animais se alimentam, o ômega-3 se deposita em seus tecidos – e é assim que ele chega até você.
O óleo de algas, que costuma ser vendido em lojas de suplementos e de produtos naturais, é rico principalmente em DHA, um dos ácidos graxos que compõem o ômega-3.

2. Sementes de linhaça
A linhaça é uma excelente fonte de ALA, que faz parte da composição do ômega-3. Além disso, essa semente é rica em proteínas e fibras, ajudando a saciar a fome.
Uma dica importante: nosso corpo não consegue digerir as sementes de linhaça inteiras. Dessa forma, para obter os benefícios do ômega-3, é preciso triturá-las antes de adicioná-las a pães, bolos, iogurtes e smoothies.

3. Sementes de cânhamo
Assim como a linhaça, as sementes de cânhamo são ricas em fibras, proteínas e ALA. Além disso, elas contêm todos os 9 aminoácidos essenciais, ou seja, aqueles que nosso corpo não consegue produzir e devem ser obtidos pela alimentação.
Apesar de seus benefícios, a legislação brasileira é controversa sobre o uso e a importação das sementes de cânhamo. Isso acontece porque essa planta é uma subespécie da Cannabis sativa, ou seja, da maconha, mas que contém apenas vestígios de THC (substância responsável pelo efeito entorpecente).
A denominação “cânhamo” também é utilizada para outros produtos obtidos a partir dessa planta, como fibra, óleo, resina, corda, tecido e papel.

4. Sementes de chia
Como você já pode imaginar, a chia também é rica em ALA: 100 gramas da semente contêm 18 gramas desse ácido graxo, 2,25 vezes mais do que a linhaça. Em comparação com o salmão, a chia chega a ter 12 vezes mais ômega-3 na mesma porção (porém, os ácidos graxos do salmão são diferentes e ele oferece bem menos calorias).
Ela é muito versátil e pode ser adicionada a iogurtes, smoothies, saladas e pães, além de dar consistência a pudins e ser um excelente substituto do ovo para dar liga em diversas preparações.

5. Nozes
As nozes, assim como a chia, são muito ricas em ALA. Uma porção de 100 gramas dessas oleaginosas oferece 9 gramas desse ácido graxo – mas também oferece 700 calorias, por isso o consumo deve ser moderado. Por seu sabor e textura, as nozes são uma boa adição a panquecas, bolos, muffins e saladas.

6. Leguminosas
As leguminosas como feijões, ervilhas, grão-de-bico e lentilhas também contêm ômega-3, embora em quantidades bem inferiores em relação às sementes.
A soja é a leguminosa que se destaca no conteúdo desse ácido graxo, porém o seu consumo é controverso devido à origem transgênica de boa parte dos grãos.

Dá para substituir os peixes por esses alimentos?
Embora existam opções não derivadas de animais quando se trata do ômega-3, é importante observar que elas costumam ser ricas apenas em ALA, não em DHA e EPA.
Nosso organismo realmente consegue transformar parte do ALA nos outros ácidos graxos que compõem o ômega-3, mas essa parte é muito pequena: cerca de apenas 2% da nossa ingestão. Dessa forma, é importante ter uma orientação nutricional para fazer a substituição dos peixes de forma adequada e, se necessário fazer uso de suplementos.


Fonte: https://www.dicasdemulher.com.br/alimentos-ricos-omega-3/ - Escrito por Raquel Praconi Pinzon - FOTO: ISTOCK

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

7 teorias sobre a origem da vida na Terra

A vida na Terra começou há mais de 3 bilhões de anos, evoluindo desde o mais básico dos micróbios em uma deslumbrante variedade de seres ao longo do tempo. Mas como é que os primeiros organismos no único lar da vida conhecido no universo se desenvolveram a partir da sopa primordial?

7. Faísca elétrica
Faíscas elétricas podem gerar aminoácidos e açúcares quando atingem um ambiente carregado com água, metano, amônia e hidrogênio. Isso foi demonstrado no famoso experimento de Miller-Urey, relatado em 1953, sugerindo que o raio pode ter ajudado a criar os blocos de construção fundamentais da vida na Terra em seus primeiros dias.
Ao longo de milhões de anos, moléculas maiores e mais complexas poderiam se formar. Embora pesquisas realizadas desde então tenham revelado que a atmosfera primitiva da Terra era, na verdade, pobre em hidrogênio, cientistas sugeriram que as nuvens vulcânicas na atmosfera primitiva poderiam não apenas ter produzido raios, como também ter acumulado metano, amônia e hidrogênio.

6. Comunidade barrenta
As primeiras moléculas de vida podem ter se encontrado na argila, de acordo com uma ideia elaborada pelo químico orgânico Alexander Graham Cairns-Smith, da Universidade de Glasgow, na Escócia. Estas superfícies podem não só ter mantido os compostos orgânicos juntos, mas também ajudado a organizá-los em padrões da forma como nossos genes fazem agora.
A principal função do DNA é armazenar informações sobre como outras moléculas devem ser organizadas. As sequências genéticas do DNA são essencialmente instruções sobre como os aminoácidos devem ser organizados em proteínas. Cairns-Smith sugere que cristais minerais na argila poderiam ter alinhado as moléculas orgânicas em padrões organizados. Depois de um tempo, as moléculas orgânicas assumiram este trabalho e se organizaram.

5. Ventos do fundo do mar
A teoria de ventilação de alto mar sugere que a vida pode ter começado em respiradouros hidrotermais submarinos, expelindo moléculas-chave ricas em hidrogênio. Seus recantos rochosos poderiam, então, ter concentrado estas moléculas e agido como catalisadores minerais para reações críticas. Mesmo agora, estas aberturas, ricas em energia química e térmica, sustentam ecossistemas arrebatadores.

4. Começo gelado
O gelo pode ter coberto os oceanos 3 bilhões de anos atrás, quando o sol era cerca de um terço menos luminoso do que é agora. Esta camada de gelo, possivelmente com centenas de metros de espessura, pode ter protegido compostos orgânicos frágeis na água abaixo da luz ultravioleta e da destruição de impactos cósmicos. O frio também pode ter ajudado essas moléculas a sobreviver por mais tempo, permitindo que reações-chave acontecessem.

3. Mundo do RNA
O DNA de hoje precisa de proteínas para se formar e as proteínas requerem DNA para se formar, sendo assim, como um deles poderia se formar sem o outro? A resposta pode ser o RNA, que pode armazenar informações como o DNA, servir como uma enzima como as proteínas, e ajudar a criar tanto DNA quanto proteínas. Depois disso, o DNA e as proteínas conseguiram dominar este “mundo do RNA”, porque são mais eficientes. O RNA ainda existe e executa várias funções em organismos, inclusive atuando como um interruptor para alguns genes.
Ainda fica a questão de como o RNA chegou aqui, em primeiro lugar. E, embora alguns cientistas acreditem que a molécula poderia ter surgido espontaneamente na Terra, outros dizem que é muito pouco provável que isso tenha acontecido.
Também foram sugeridos outros ácidos nucléicos, como PNA ou TNA.

2. Começos simples
Ao invés de se desenvolver a partir de moléculas complexas, tais como o RNA, a vida pode ter começado com moléculas menores interagindo umas com as outras em ciclos de reações. Estas moléculas poderiam estar dentro de cápsulas simples semelhantes às membranas celulares e, ao longo do tempo, moléculas mais complexas que realizavam essas reações melhor do que as menores podem ter evoluído. Tais cenários são chamados de modelos de “metabolismo primeiro”, em oposição ao modelo “gene primeiro” da hipótese do “mundo de RNA”.

1. Panspermia
Talvez a vida não tenha começado na Terra, mas tenha sido trazida para cá de outros lugares no espaço, uma noção conhecida como panspermia. Por exemplo, rochas regularmente eram expelidas de Marte por impactos cósmicos, e um número de meteoritos marcianos foram encontrados na Terra, o que leva alguns pesquisadores a sugerir a controversa teoria que micróbios foram trazidos para cá – tornando-os marcianos. Outros cientistas sugeriram que a vida pode até mesmo ter pego carona em cometas de outros sistemas estelares. No entanto, mesmo que este conceito fosse verdade, a questão de como a vida começou na Terra, então, só muda para como a vida começou em outro lugar no espaço. [LiveScience]

domingo, 10 de junho de 2012

Como surgiram as festas juninas?


As festas juninas homenageiam três santos católicos: Santo Antônio (no dia 13 de junho), São João Batista (dia 24) e São Pedro (dia 29). No entanto, a origem das comemorações nessa época do ano é anterior à era cristã. No hemisfério norte, várias celebrações pagãs aconteciam durante o solstício de verão. Essa importante data astronômica marca o dia mais longo e a noite mais curta do ano, o que ocorre nos dias 21 ou 22 de junho no hemisfério norte. Diversos povos da Antiguidade, como os celtas e os egípcios, aproveitavam a ocasião para organizar rituais em que pediam fartura nas colheitas. "Na Europa, os cultos à fertilidade em junho foram reproduzidos até por volta do século 10. Como a igreja não conseguia combatê-los, decidiu cristianizá-los, instituindo dias de homenagens aos três santos no mesmo mês", diz a antropóloga Lucia Helena Rangel, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).

O curioso é que os índios que habitavam o Brasil antes da chegada dos portugueses também faziam importantes rituais durante o mês de junho. Apesar de essa época marcar o início do inverno por aqui, eles tinham várias celebrações ligadas à agricultura, com cantos, danças e muita comida. Com a chegada dos jesuítas portugueses, os costumes indígenas e o caráter religioso dos festejos juninos se fundiram. É por isso que as festas tanto celebram santos católicos como oferecem uma variedade de pratos feitos com alimentos típicos dos nativos. Já a valorização da vida caipira nessas comemorações reflete a organização da sociedade brasileira até meados do século 20, quando 70% da população vivia no campo. Hoje, as grandes festas juninas se concentram no Nordeste, com destaque para as cidades de Caruaru (PE) e Campina Grande (PB).

Arraial multicultural
Tradições européias e indígenas se misturam nessas divertidas comemorações

Dança à francesa

A quadrilha tem origem francesa, nas contradanças de salão do século 17. Em pares, os dançarinos faziam uma seqüência coreografada de movimentos alegres. O estilo chegou ao Brasil no século 19, trazido pelos nobres portugueses, e foi sendo adaptado até fazer sucesso nas festas juninas.

Recado pela fogueira

A fogueira já estava presente nas celebrações juninas feitas por pagãos e indígenas, mas também ganhou uma explicação cristã: Santa Isabel (mãe de São João Batista) disse à Virgem Maria (mãe de Jesus) que quando São João nascesse acenderia uma fogueira para avisá-la. Maria viu as chamas de longe e foi visitar a criança recém-nascida.

Sons regionais

As músicas juninas variam de uma região para outra. No Nordeste, as composições do sanfoneiro pernambucano Luiz Gonzaga são as mais famosas. Já no Sudeste, compositores como João de Barro e Adalberto Ribeiro ("Capelinha de Melão") e Lamartine Babo ("Isto é lá com Santo Antônio") fazem sucesso em volta da fogueira.

Abençoadas simpatias

Os três santos homenageados em junho - Santo Antônio, São João Batista e São Pedro - inspiram não só novenas e rezas, como também várias simpatias. Acredita-se, por exemplo, que os balões levam pedidos para São João. Mas Santo Antônio é o mais requisitado, por seu "poder" de casar moças solteiras.

Comilança nativa

A comida típica das festas é quase toda à base de grãos e raízes que nossos índios cultivavam, como milho, amendoim, batata-doce e mandioca. A colonização portuguesa adicionou novos ingredientes e hoje o cardápio ideal tem milho verde, bolo de fubá, pé-de-moleque, quentão, pipoca e outras gostosuras.

Fonte: http://mundoestranho.abril.com.br/materia/como-surgiram-as-festas-juninas - por Cíntia Cristina da Silva

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Qual é a origem dos sobrenomes?


Eles foram criados para diferenciar os nomes repetidos - fato comum desde as culturas mais antigas. Os primeiros sobrenomes de que se tem notícia são os patronímicos - nomes que fazem referência ao pai: Simão Filho de Jonas, por exemplo. Esse gênero difundiu-se bastante na língua inglesa, em que há uma grande quantidade de sobrenomes que terminam em son (filho) - como Stevenson, ou "filho de Steven". Como esse método era limitado, alguns sobrenomes começaram a identificar também o local de nascimento: Heron de Alexandria. Eles se tornaram hereditários à medida que a posse das terras passou a ser transmitida de geração em geração. Por isso mesmo, nobreza e clero foram os primeiros segmentos da sociedade a ter sobrenome, enquanto as classes baixas eram chamadas apenas pelo primeiro nome.

O último nome, identificando a família, era inclusive usado como "documento" na hora da compra e venda da terra, um luxo reservado apenas aos mais favorecidos. "Existem documentos de 1161 em que as pessoas citadas já tinham sobrenomes", diz a historiadora Rosemeire Monteiro, da Universidade Federal do Ceará. O costume se ampliou com a inclusão de características físicas e geográficas ou de nomes de profissões. Assim, o nome Rocha significa que o patriarca dessa família provavelmente vivia numa região rochosa. Silveira, por exemplo, vem do latim silvester (de floresta), que também deu origem ao popular Silva. O registro sistemático dos nomes de família, independente de classe social, começou no século XVI, por decreto da Igreja Católica, no Concílio de Trento (1563).

Fonte: Revista Mundo Estranho

terça-feira, 4 de maio de 2010

A origem da cachaça

Antigamente, no Brasil, para se ter melado, os escravos colocavam o caldo da cana-de-açúcar em um tacho e levavam ao fogo.

Não podiam parar de mexer até que uma consistência cremosa surgisse.

Porém um dia, cansados de tanto mexer e com serviços ainda por terminar, os escravos simplesmente pararam e o melado desandou.

O que fazer agora????

A saída que encontraram foi guardar o melado longe das vistas do feitor.

No dia seguinte, encontraram o melado azedo fermentado.

Não pensaram duas vezes e misturaram o tal melado azedo com o novo e levaram os dois ao fogo.
Resultado: o 'azedo' do melado antigo era álcool que aos poucos foi evaporando e formou no teto do engenho umas goteiras que pingavam constantemente.

Era a cachaça já formada que pingava. Daí o nome 'PINGA'.

Quando a pinga batia nas suas costas marcadas com as chibatadas dos feitores ardia muito, por isso deram o nome de 'ÁGUA-ARDENTE'.

Caindo em seus rostos escorrendo até a boca, os escravos perceberam que, com a tal goteira, ficavam alegres e com vontade de dançar.

E sempre que queriam ficar alegres repetiam o processo.

(História contada no Museu do Homem do Nordeste).