Outras pesquisas da "medicina da saúde" já
haviam indicado que o otimismo fortalece o sistema imunológico e, por decorrência,
que os otimistas vivem mais.
Medicina do bem-estar
Parece quase natural que a Medicina se concentre nas
doenças, o que explica porque há tão poucas pesquisas sobre o bem-estar.
Por exemplo, embora já se conheçam muitos fatores de
risco que aumentam a probabilidade de doenças e morte prematura, muito menos se
sabe sobre fatores psicossociais positivos que podem promover um envelhecimento
saudável.
A boa notícia é que, embora poucas, essas pesquisas
já existem.
A mais recente delas mostrou que pessoas com maior
otimismo têm maior probabilidade de viver mais e alcançar uma "longevidade
excepcional" - viver até os 85 anos de idade ou mais.
O otimismo refere-se a uma expectativa geral de que
coisas boas vão acontecer, ou acreditar que o futuro será favorável porque
podemos controlar questões importantes.
Otimistas vivem mais
O estudo foi baseado em 69.744 mulheres e 1.429
homens. As mulheres foram acompanhadas por 10 anos, enquanto os homens foram
acompanhados por 30 anos. Ambos os grupos responderam questionários para
avaliar seu nível de otimismo, bem como sua saúde geral e hábitos de saúde,
como dieta, tabagismo e uso de álcool.
Quando os indivíduos foram comparados com base em
seus níveis iniciais de otimismo, os pesquisadores descobriram que os homens e
mulheres mais otimistas demonstravam, em média, uma vida de 11% a 15% mais
longa, e tinham chances de 50% a 70% maiores de atingir 85 anos, em comparação
com os grupos menos otimistas.
Os resultados se sustentaram mesmo após se levar em
conta as diferenças de idade, fatores demográficos, como escolaridade, doenças
crônicas, depressão, e também comportamentos de saúde, como uso de álcool,
exercícios, dieta e consultas de atenção primária.
"Embora a pesquisa tenha identificado muitos
fatores de risco para doenças e morte prematura, sabemos relativamente menos
sobre fatores psicossociais positivos que podem promover um envelhecimento
saudável," comentou a pesquisadora Lewina Lee, da Universidade de Boston
(EUA). "Este estudo tem forte relevância para a saúde pública, porque
sugere que o otimismo é um desses ativos psicossociais que tem o potencial de
prolongar a vida humana. Curiosamente, o otimismo pode ser modificável usando
técnicas ou terapias relativamente simples".
Fonte: https://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=pessoas-otimistas-vivem-mais-bem-mais&id=13652&nl=nlds
- Redação do Diário da Saúde - Imagem:
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