quarta-feira, 29 de setembro de 2010

UM QUINTO DAS PLANTAS DO PLANETA EM RISCO DE EXTINÇÃO


Um quinto das plantas do planeta em risco de extinção, alerta estudo

LONDRES, 28 setembro 2010 (AFP) - Mais de um quinto das espécies de plantas do mundo corre o risco de se extinguir, uma tendência com efeitos potencialmente catastróficos para a vida na Terra, revela um estudo publicado esta quarta-feira.

Uma pesquisa em separado alertou que a extinção dos mamíferos havia sido superestimada e sugeriu que algumas espécies que se acreditavam extintas ainda poderão ser redescobertas.

Stephen Hopper, diretor do Royal Botanic Gardens em Kew, Londres, disse que o relatório sobre a perda de plantas foi o mapeamento mais preciso já feito sobre a ameaça para as estimadas 380 mil espécies de plantas do planeta.

"Este estudo confirma o que nós já suspeitávamos: que plantas estão sob ameaça e que a principal causa é a perda de hábitat pelas mãos do homem", disse Hopper no lançamento da chamada Sampled Red List Index.

O estudo, realizado por Kew, em conjunto com o Museu de História Natural, em Londres, e com a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), estabelece as "linhas gerais" dos futuros esforços de preservação, afirmou.

"Não podemos nos sentar o observar o desaparecimento das espécies de plantas. As plantas são a base de toda a vida na Terra, fornecendo ar limpo, água, comida e combustível. Toda a vida animal depende dela, assim como nós", acrescentou Hopper.

O estudo é publicado antes de uma reunião, em Nagoia, no Japão, entre 18 e 29 de outubro, quando membros da Convenção da Biodiversidade, das Nações Unidas, estabelecerá novas metas para salvar as espécies ameaçadas.

Craig Hilton-Taylor, da IUCN, disse esperar que o encontro de Nagoia estabeleça uma meta para se evitar a extinção de quaisquer espécies ameaçadas até 2020.

"Queremos nos assegurar de que as plantas não serão esquecidas", afirmou.
Em seu estudo, os pesquisadores avaliaram cerca de quatro mil espécies, das quais 22% foram classificadas em risco, especialmente nas florestas tropicais.

As plantas estão mais ameaçadas do que as aves, tão ameaçadas quanto os mamíferos e menos do que os anfíbios e os corais, destacou a pesquisa. Os gimnospermas, grupo de plantas que inclui os pinheiros, estão entre os mais ameaçados.

O maior perigo é representado pela perda de hábitat provocada pelo homem, a maioria a conversão de hábitats naturais para cultivo e criação de gado. A atividade humana responde por 81% das ameaças, disse o pesquisador do Kew, Neil Brummitt.

Enquanto isso, um estudo realizado por dois autores australianos demonstrou que menos espécies de mamíferos do que o que se pensava podem se extinguir, especialmente aquelas ameaçadas por perda de hábitat.

Diana Fisher e Simon Blomberg, da Universidade de Queensland, disseram ter identificado 187 mamíferos que estiveram "perdidos" desde 1500, 67 espécies das quais foram reencontradas. Seu artigo foi publicado no periódico Proceedings of the Royal Society B: Biological Sciences, revista da Academia de Ciências britânica.

"A extinção é difícil de detectar", ressaltou o estudo. "Espécies com grandes vácuos em seus registros de avistamento, o que as torna passíveis de ser consideradas extintas, frequentemente são redescobertas".

Os mamíferos afetados por perda de hábitat eram "muito mais propensos a ser desclassificados como extintos" do que aqueles afetados por predadores ou enfermidades introduzidos ou por sobrecaça. Consequentemente, impactos de perda de hábitat ou extinção provavelmente foram superestimados, especialmente no que diz respeito a espécies introduzidas", acrescentou.

Os autores disseram que esforços para caçar mamíferos extintos devem ser desviados das tentativas frequentemente infrutíferas para redescobrir espécies "carismáticas", como o lobo-da-austrália, um marsupial carnívoro, considerado o último exemplar morreu em 1936 na Tasmânia.

Na semana passada, os conservacionistas anunciaram que duas espécies de um sapo africano e de uma salamandra mexicana, que se temia estarem extintos no século passado, foram reencontrados por equipes de cientistas que exploravam lugares remotos, às vezes colocando-se em grande risco.

Fonte: UOL

terça-feira, 28 de setembro de 2010

EDUCAÇÃO - O BRASIL NO RUMO CERTO




O manifesto abaixo foi redigido e assinado por 36 Reitores de Universidades Federais do Brasil.


EDUCAÇÃO - O BRASIL NO RUMO CERTO

(Manifesto de Reitores das Universidades Federais à Nação Brasileira)

Da pré-escola ao pós-doutoramento - ciclo completo educacional e acadêmico de formação das pessoas na busca pelo crescimento pessoal e profissional - consideramos que o Brasil encontrou o rumo nos últimos anos, graças a políticas, aumento orçamentário, ações e programas implementados pelo Governo Lula com a participação decisiva e direta de seus ministros, os quais reconhecemos, destacando o nome do Ministro Fernando Haddad.

Aliás, de forma mais ampla, assistimos a um crescimento muito significativo do país em vários domínios: ocorreu a redução marcante da miséria e da pobreza; promoveu-se a inclusão social de milhões de brasileiros, com a geração de empregos e renda; cresceu a autoestima da população, a confiança e a credibilidade internacional, num claro reconhecimento de que este é um País sério, solidário, de paz e de povo trabalhador. Caminhamos a passos largos para alcançar patamares mais elevados no cenário global, como uma Nação livre e soberana que não se submete aos ditames e aos interesses de países ou organizações estrangeiras.

Este período do Governo Lula ficará registrado na história como aquele em que mais se investiu em educação pública: foram criadas e consolidadas 14 novas universidades federais; institui-se a Universidade Aberta do Brasil; foram construídos mais de 100 campi universitários pelo interior do País; e ocorreu a criação e a ampliação, sem precedentes históricos, de Escolas Técnicas e Institutos Federais. Através do PROUNI, possibilitou-se o acesso ao ensino superior a mais de 700.000 jovens. Com a implantação do REUNI, estamos recuperando nossas Universidades Federais, de norte a sul e de leste a oeste. No geral, estamos dobrando de tamanho nossas Instituições e criando milhares de novos cursos, com investimentos crescentes em infraestrutura e contratação, por concurso público, de profissionais qualificados. Essas políticas devem continuar para consolidar os programas atuais e, inclusive, serem ampliadas no plano Federal, exigindo-se que os Estados e Municípios também cumpram com as suas responsabilidades sociais e constitucionais, colocando a educação como uma prioridade central de seus governos.

Por tudo isso e na dimensão de nossas responsabilidades enquanto educadores, dirigentes universitários e cidadãos que desejam ver o País continuar avançando sem retrocessos, dirigimo-nos à sociedade brasileira para afirmar, com convicção, que estamos no rumo certo e que devemos continuar lutando e exigindo dos próximos governantes a continuidade das políticas e investimentos na educação em todos os níveis, assim como na ciência, na tecnologia e na inovação, de que o Brasil tanto precisa para se inserir, de uma forma ainda mais decisiva, neste mundo contemporâneo em constantes transformações.

Finalizamos este manifesto prestando o nosso reconhecimento e a nossa gratidão ao Presidente Lula por tudo que fez pelo País, em especial, no que se refere às políticas para educação, ciência e tecnologia. Ele também foi incansável em afirmar, sempre, que recurso aplicado em educação não é gasto, mas sim investimento no futuro do País. Foi exemplo, ainda, ao receber em reunião anual, durante os seus 8 anos de mandato, os Reitores das Universidades Federais para debater políticas e ações para o setor, encaminhando soluções concretas, inclusive, relativas à Autonomia Universitária.

Alan Barbiero Universidade Federal do Tocantins (UFT)
Aloisio Teixeira Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
Amaro Henrique Pessoa Lins Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Ana Dayse Rezende Dórea Universidade Federal de Alagoas (UFAL)
Antonio César Gonçalves Borges Universidade Federal de Pelotas (UFPel)
Carlos Alexandre Netto Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
Carlos Eduardo Cantarelli Univ. Tec. Federal do Paraná (UTFPR)
Célia Maria da Silva Oliveira Univ. Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
Damião Duque de Farias Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)
Felipe .Martins Müller Universidade Federal da Santa Maria (UFSM).
Hélio Waldman Universidade Federal do ABC (UFABC)
Henrique Duque Chaves Filho Univ. Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Jesualdo Pereira Farias Universidade Federal do Ceará (UFC)
João Carlos Brahm Cousin Universidade Federal do Rio Grande (FURG)
José Carlos Tavares Carvalho Universidade Federal do Amapá (UNIFAP)
José Geraldo de Sousa Júnior Universidade Federal de Brasília (UNB)
José Seixas Lourenço Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA)
José Weber Freire Macedo Univ. Fed. do Vale do São Francisco (UNIVASF)
Josivan Barbosa Menezes Universidade Federal Rural do Semi?árido (UFERSA)
Malvina Tânia Tuttman Univ. Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO)
Maria Beatriz Luce Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA)
Maria Lúcia Cavalli Neder Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)
Miguel Badenes P. Filho Centro Fed. de Ed. Tec. (CEFET RJ)
Miriam da Costa Oliveira Univ.. Fed. de Ciênc. da Saúde de POA (UFCSPA)
Natalino Salgado Filho Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
Paulo Gabriel S. Nacif Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB)
Pedro Angelo A. Abreu Univ. Fed. do Vale do Jequetinhonha e Mucuri (UFVJM)
Ricardo Motta Miranda Univ. Fed. Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)
Roberto de Souza Salles Universidade Federal Fluminense (UFF)
Romulo Soares Polari Universidade Federal da Paraíba (UFPB)
Sueo Numazawa Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA)
Thompson F. Mariz Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)
Valmar C. de Andrade Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)
Virmondes Rodrigues Júnior Univ. Federal do Triângulo Mineiro (UFTM)
Walter Manna Albertoni Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)

Dr. João Carlos Coimbra
UFRGS/IGEO/DPE

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

No dia da eleição, não esqueça o principal


“Conta à lenda que certa mulher com uma criança no colo, passando diante de uma caverna escutou uma voz misteriosa que lá dentro lhe dizia:
- Entre e apanhe tudo que você desejar, mas não se esqueça do principal. Lembre-se, porém de uma coisa; depois que você sair, a porta se fechará para sempre. Portanto, aproveite da oportunidade, mas não se esqueça do principal.
A mulher entrou na caverna e encontrou muitas riquezas. Fascinada pelo ouro e pelas jóias, colocou a criança no chão e começou a juntar ansiosamente tudo o que podia no seu avental.
A voz misteriosa falou novamente:
- Você só tem oito minutos. Esgotando os oito minutos, a mulher carregada de ouro e pedras preciosas, correu para fora da caverna e a porta se fechou. Lembrou-se, então da criança que ficara lá dentro e a porta estava fechada para sempre.
A riqueza durou pouco e o desespero para sempre.”

No dia 3 de outubro você será chamado para votar nas eleições e terá alguns minutos para decidir o seu futuro e de todos os brasileiros, votando com consciência e cidadania, escolhendo os futuros representantes no poder executivo e legislativo, mas antes de votar não esqueça o principal, pense em primeiro lugar no seu bem estar e de sua família, porque o destino de todos está em suas mãos na hora de digitar o voto.

Procure antes conhecer os candidatos e suas propostas para o desenvolvimento do seu município, do Estado e do Brasil; e a história de vida e o comportamento ético de cada um.

A sua decisão será uma tarefa difícil, já que a classe política está desacreditada e desgastada, mas é possível fazer uma escolha criteriosa e acertada dentre os candidatos.

Não vote em candidato que: corrompe o eleitor através da compra de votos; trabalha para o seu próprio proveito em prejuízo do bem comum; seja corrupto com o dinheiro público; faz promessas e não as cumpre depois de eleito; gasta os recursos públicos para a sua autopromoção; está comprometido com os grandes grupos econômicos; não tem propostas; somente lembra do povo na época das eleições; não tem a Educação como prioridade; que não faz a defesa da vida, da família e da dignidade humana.

O voto, exercido de forma cidadã e consciente, tem o poder de mudar o que estar de errado na política, banindo os maus políticos e elegendo os poucos que ainda tem compromisso com o desenvolvimento do município, do estado e do país.

No dia 3 de outubro, não esqueça o mais importante, que através do seu voto, a felicidade e o bem-estar de sua família pode durar por muito tempo, porque se você tomar a decisão errada, sofrerá para sempre; como aquela mulher, que esqueceu a sua maior riqueza, o seu filho, e o desespero foi por toda a vida.

Pense e reflita!

Por Professor José Costa

Como melhorar a educação no Brasil


DICAS PARA MELHORAR A EDUCAÇÃO

Todos na escola

97,8% das crianças e jovens brasileiros estão na escola. Mas ainda temos mais de 610 mil crianças de 7 a 14 anos fora das salas de aula. Por isso, se você souber de alguma criança e adolescente que não frequenta a escola, faça a sua parte. Converse com os pais ou leve o caso ao conselho tutelar mais próximo e ajude garantir o direito de aprender de cada um de nossos meninos e meninas.

Conselho escolar

Toda escola tem, ou deveria ter, um Conselho Escolar. Dele participam o diretor, professores, pais, alunos e outras pessoas da comunidade. A função do conselho é acompanhar a vida da escola e dos alunos, fiscalizar as contas, cuidar para que os alunos aprendam e não abandonem os estudos. Descubra se na escola do seu filho tem Conselho Escolar e participe.

Eleições - Educação e promessas

Estamos em plena época de eleições para presidente e governadores. Nos comícios, no horário eleitoral os candidatos falam das suas promessas para melhorar as cidades e a vida dos eleitores. Que tal você procurar saber o que o seu candidato pretende fazer pela Educação? Porque a Educação sozinha não resolve os problemas do desemprego, da saúde, da violência, mas nada disso se resolve de verdade sem que a gente melhore a Educação. Educação de qualidade é o que as nossas crianças precisam para ter mais oportunidades na vida, para ter salários melhores quando forem para o mercado de trabalho. Educação de qualidade é criança na escola, aprendendo. É criança lendo e entendendo o que está lendo. E se a Educação não é prioridade para o seu candidato, mude de candidato.

Parceria entre pais e professores

Você que é pai ou mãe, que tal ir à escola conversar com o professor? Saber se o seu filho está aprendendo, se ele presta atenção na aula, se tem alguma dificuldade para acompanhar as matérias, se ele respeita e é respeitado pelos professores, pelos funcionários e pelos próprios colegas. Que tal ir lá conversar com o professor para saber se a escola está bem equipada, se tem biblioteca, se tem livros suficientes, se o laboratório funciona bem e se a qualidade da merenda é boa? Quando o assunto é Educação, pais e professores têm que dar as mãos e jogar juntos, ou quem perde são as nossas crianças e jovens. São atitudes simples assim que vão ajudar a melhorar muito a qualidade da Educação.

Valorização do professor

Professor é um dos principais profissionais que existem. Depende dos professores o sucesso da maioria dos outros profissionais. Quanto melhor o professor, melhor a aprendizagem dos alunos que ele ajudará a formar. E o que é um bom professor? É aquele que acredita que todos os alunos têm capacidade de aprender e se esforça para que eles aprendam a cada dia uma coisa nova, que prepara as aulas com antecedência, e que não falta por qualquer motivo. Professor bom é aquele que tem disposição, calma e paciência, que dá atenção e que é próximo dos alunos. Os professores merecem ser valorizados, merecem ser respeitados. Respeite o professor, pois ele é muito importante para o futuro de todos os brasileiros, fazendo do Brasil um país com mais oportunidades e menos desigualdade.

Participação na vida escolar

Uma dica para você, que é pai ou mãe: além de ajudar e estimular seu filho em casa, você pode e deve participar do dia-a-dia da escola, conhecer o calendário escolar, saber o que seu filho deve aprender durante este ano letivo e também o que deve aprender durante as férias. Afinal, não basta mandar a criança para a escola, é fundamental saber se ela está aprendendo o que está sendo ensinado. Participe diariamente da vida escolar do seu filho.

Direito a ensino de qualidade

Você que é pai ou mãe tem o direito de cobrar um ensino de qualidade para seus filhos. Ou seja, professores qualificados e comprometidos em fazer as crianças aprenderem de fato, escolas bem cuidadas, instalações seguras, laboratório de ciências, biblioteca, equipamentos de informática. Por isso, é importante que você participe das reuniões com os professores e a direção da escola.

Educação Infantil

A Educação Infantil é a primeira etapa da vida escolar das crianças, é a porta de entrada para o mundo do aprendizado. Mas nem a creche nem a pré-escola substituem o papel da família na Educação dos filhos. Dar amor, carinho, atenção, ensinar valores, incentivar e acompanhar de perto o dia-a-dia escolar são tarefas dos pais. Participar, desde os primeiros dias, da vida escolar da criança é muito importante para que ela cresça segura e aprenda cada vez mais.

Escola e comunidade

A escola pública, como o próprio nome diz, é pública, ou seja, é sua. Você que é pai ou mãe, participe da escola dos seus filhos, vá às reuniões, dê sua opinião, converse com os professores, participe das decisões que mexem com a vida dos seus filhos: material escolar, melhorias na infra-estrutura, mudanças nas aulas, qualidade da merenda. Quando escola e comunidade trabalham juntas, quem ganha é o aluno.

Escola pública é de todos

Escola pública significa que ela é de todos e de cada um de nós. E já que ela é sua, participe! Uma boa escola é aquela que tem apoio e a participação da comunidade: ajude a promover eventos de esportes, música, teatro, cinema, dança, artes na escola, e incentive outras pessoas da comunidade a fazerem o mesmo. Escola pública é para ficar aberta para a comunidade, não fechada.

Educação é responsabilidade de todos

Muita gente tem o costume de por a culpa de tudo no professor. O ensino está ruim, a culpa é do professor. O filho foi reprovado, a culpa é do professor. A escola está mal conservada, a culpa é do professor. Mas não é bem assim. O professor é fundamental na Educação das nossas crianças e jovens, mas ele não é o único responsável. Os pais têm que participar da vida escolar dos filhos, cobrar dedicação nos estudos, acompanhar, não deixar que faltem às aulas. O governo deve investir em Educação de qualidade, na capacitação dos professores e cuidar das suas escolas. O diretor deve organizar o planejamento da escola com participação da comunidade escolar e os pais devem participar do dia-a-dia da escola. Ou seja, Educação é responsabilidade de todos e não só do professor. Só assim o Brasil e a Educação vão melhorar.

Direito de aprender

Você sabia que seu filho tem direito a, no mínimo, 4 horas de aula por dia? E que é obrigação da escola garantir a presença de professores nas salas de aula e atividades todos os dias? E mais: professor bom é o que ensina, que apóia e incentiva seu filho a aprender! Por isso, cobre da escola, dos professores e dos diretores uma Educação de qualidade para seus filhos. E se isso não funcionar, procure a Secretaria de Educação de sua cidade e faça valer os seus direitos.

Educação é como Novela

Uma coisa que os brasileiros adoram é novela. Podem perguntar por aí: todos sabem o que aconteceu no capítulo de ontem. Se os pais tivessem o mesmo interesse pela Educação dos seus filhos como tem pelas novelas, o Brasil seria outro. Você que é pai ou mãe, você sabe o que seu filho estudou na escola ontem? Sabe se ele fez a lição de casa? Se o professor estava lá para dar aula ou faltou? Se você não sabe, deveria saber. Educação é como novela, tem que acompanhar todo dia. Ver se a escola está bem cuidada, se o professor está lá dando aula, ver se seu filho está aprendendo mesmo. E isso tem que ser todo dia, para ter um final feliz, como nas novelas. E estas recomendações servem também para os avós, tios, padrinhos e amigos, porque para melhorar a Educação, todo tem que fazer a sua parte.

Mais escolas boas

Na verdade, além de mais escolas, precisamos de mais escolas boas. E Escola boa é aquela em que o aluno aprende. Escola boa é aquela em que o professor não falta. Precisamos cobrar qualidade na Educação e não só quantidade de escolas. Não basta o aluno estar na escola, precisa estar aprendendo português, matemática, geografia, história. Pegar um livro e entender o que está lendo.É a qualidade da Educação oferecida pelas escolas que vai mudar para melhor ou pior o futuro de cada uma das crianças e jovens do nosso Brasil.

A importância da Educação Infantil

Imagine um grande prédio! Para ele ser resistente, seguro, a sua base precisa ser construída com muito cuidado e atenção. A Educação Infantil é como se fosse a base desse prédio, é a primeira etapa da Educação das nossas crianças. É a primeira base, que vai ajudar o aluno a crescer, aprender e se desenvolver. Uma base sólida é o primeiro passo para o sucesso escolar. Não deixe que nenhuma criança fique fora da pré-escola.

Leitura

Uma ótima maneira de ajudar a alfabetização dos filhos é incentivar a leitura. Quanto mais a criança convive com os livros, mais ela gosta de ler, mais palavras ela aprende e melhor se sai na escola. Desde cedo, conte histórias, leia com seus filhos e peça que eles leiam para você. Pode ser um livro, um jornal, uma revista, o importante é ler, quanto mais, melhor. A leitura pode ser uma maneira gostosa e divertida de aprender.

Investimentos em Educação

Para garantir Educação de qualidade precisamos de todas as crianças na escola, sendo alfabetizadas até os 8 anos, aprendendo o que é adequado a cada série e concluindo o Ensino Médio até os 19 anos. E para isso as verbas destinadas à Educação devem ser ampliadas e muito bem administradas. Os Secretários de Educação são os principais responsáveis pela boa gestão e pela qualidade da Educação. Fique de olho, acompanhe o trabalho deles e cobre resultados.

Vagas para a Educação infantil

Nem todos sabem, mas as crianças têm direito, por lei, a vagas na creche e na pré-escola. É obrigação dos prefeitos oferecer vagas a todas as crianças. É responsabilidade do prefeito e do secretário de Educação garantir Educação Infantil de qualidade nesta fase tão importante da vida escolar das crianças. Cobre e ajude a efetivar este direito de todas as nossas crianças.

Respeito ao Professor

Todos os profissionais merecem respeito, mas tem um que é muito especial: o professor. O professor é aquela pessoa que abre as portas para a gente. As portas do conhecimento, da sabedoria, as portas de um futuro melhor. Por isso é que você estudante, precisa respeitar e valorizar os seus professores. É com a ajuda deles que você vai conseguir vencer nos estudos e vencer na vida.

Leitura nas férias

Educação é um tema que deve fazer parte do dia-a-dia dos seus filhos sempre. Aproveite quando eles estão de férias e incentive a leitura. Vá com eles a uma biblioteca ou a uma livraria, mostre as estantes infantis e deixe que escolham um livro. Em casa, aproveite para ler livros para os menores ou para orientar a leitura dos maiores e explique, se eles não entenderem bem a história.

Participação nas atividades

Eu, você, todos podemos e devemos contribuir para a melhoria da Educação de nossas crianças e jovens. Existem diversas maneiras simples de você que é pai ou mãe apoiar e participar da vida escolar de seus filhos. Você pode ajudar a promover eventos de esportes, música, teatro, cinema, dança, artes na escola, além de incentivar outros pais e mães ou outras pessoas da comunidade a fazerem o mesmo.

Tempo para Educação

A vida da gente anda sempre corrida, não dá tempo para nada. Mas para uma coisa você que é pai ou mãe precisa arranjar um tempinho: acompanhar a Educação dos seus filhos. Sempre que possível, vá às reuniões, converse com os professores, dê a sua opinião sobre as melhorias na escola, na qualidade da merenda. Quando escola e comunidade trabalham juntas, quem ganha é o aluno.

Direito a transporte

Para quem mora na zona rural ou numa localidade que não tem escola, é obrigação do governo oferecer aos alunos transporte para a escola mais próxima. Ninguém deve desistir de estudar porque não há escolas no local onde mora. Ninguém deve abrir mão do direito de aprender. Ter transporte e Educação de qualidade não são favores, são direitos de todos.

Dinheiro bem usado na Educação

Você sabe quanto da verba do seu município vai para a Educação? Deve ser, no mínimo, 25%. É o município – portanto o prefeito - que decide como usar esse dinheiro. E a gente precisa ficar de olho porque a verba precisa ser usada para melhorar a qualidade da Educação, para que as crianças aprendam. Para garantir que as crianças não estejam apenas indo à escola, mas aprendendo de verdade. Uma criança aprendendo, é sabendo ler, escrever, entender o que está lendo, sabendo fazer contas de somar, diminuir, dividir e multiplicar. Porque se a criança não aprende desde cedo essas coisas tão simples e tão importantes, lá na frente vai ter muitas dificuldades nos estudos. Por isso, acompanhe o que é feito com o dinheiro destinado à Educação.

Cobrando as promessas dos governantes

Quando passam as eleições, você se lembra o que o seu candidato disse que ia fazer pela Educação? Geralmente esquecemos de acompanhar e de cobrar as promessas. E não deve ser assim, os governantes, os deputados e vereadores foram eleitos por nós, são nossos representantes, e devem fazer o que é melhor para todos nós. Precisamos cobrar, ver o que não foi feito e que precisa ser feito. Nossas crianças e jovens precisam de uma Educação de qualidade. Da próxima vez que for decidir em quem votar, pense nisso.

Creche e pré-escola

Nem todo mundo sabe, mas toda criança de 0 a 5 anos tem direito a uma vaga na creche ou na pré-escola. A prefeitura tem obrigação de oferecer vagas a todas as crianças que precisarem, e não é qualquer creche ou pré-escola, tem que ter qualidade. Uma boa Educação infantil é muito importante na vida escolar das crianças. Por isso, você que é pai, você que é mãe e tem filhos pequenos, exija o direito deles a uma Educação Infantil de qualidade. Educação não é favor nenhum, é direito.

Fonte: www.todospelaeducacao.org.br

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Envelhecer bem


Novo caminho para envelhecer bem

Descoberta de uma enzima que afeta a produção de placas no cérebro pode indicar um caminho para tratar o mal de Alzheimer, que afeta milhões de pessoas no mundo.

A doença de Alzheimer é uma das principais ameaças a uma velhice saudável. Ela provoca a perda de memória e da capacidade de cognição e afeta principalmente pessoas a partir dos 60 anos de idade.

Há mais de um século o mal de Alzheimer desafia a ciência. Sua primeira descrição foi feita em 1906 pelo alemão Alois Alzheimer (1864-1915), a partir do grave quadro de demência que encontrou na paciente Auguste Deter, em 1901, e acompanhou até sua morte, aos 56 anos, em 1906.

Hoje, estima-se que mais de 20 milhões de pessoas sejam vitimadas pelo mal, que afeta sobretudo indivíduos com mais de 60 anos - um universo cada vez maior de pessoas, num mundo em que a expectativa de é vida crescente. A Organização Mundial de Saúde (OMS) prevê aumento de 66% na ocorrência de Alzheimer e outras formas demência até 2030, em comparação aos números de 2005.

Pesquisadores descobriram proteína ligada à produção do beta-amiloide no cérebro, elemento-chave para o mal de Alzheimer.
Pesquisas incansáveis buscam entender a doença, que ataca a capacidade cognitiva e causa a degeneração progressiva da memória. Agora, uma pesquisa publicada pela Nature nesta semana aponta um caminho promissor para se chegar a uma saída.

Pesquisadores norte-americanos descobriram uma nova proteína que está diretamente ligada à produção nociva do beta-amiloide no cérebro, um elemento-chave para o mal de Alzheimer.

O acúmulo do beta-amiloide, um segmento de proteína, é considerado um dos principais fatores associados à doença, compondo as placas senis que se formam no cérebro das vítimas da doença.

Um dos líderes da pesquisa, Paul Greengard, do Laboratório de Neurociência Molecular e Celular na Universidade Rockefeller, em Nova York, conta que já foram feitas muitas tentativas para reduzir a sua formação no passado. Mas a tarefa não é simples:

"Geralmente se procura conter sua produção a partir da inibição da gama-secretase, que é a enzima responsável pela produção do beta-amiloide", explica ele à CH On-line. "Porém, essas tentativas tiveram pouco sucesso, em parte porque a inibição de gama-secretase pode levar a efeitos colaterais graves, incluindo sangramento gastrointestinal e câncer de pele."

Inibição parcial

Explica-se: o beta-amiloide é um segmento proteico formado a partir da quebra (ou clivagem) de uma proteína transmembrana conhecida como APP. A quebra é feita por uma enzima - gama-secretase. Inibir esta enzima, assim, poderia impedir a produção indesejável do segmento proteico. Porém, a mesma enzima é indispensável para o desenvolvimento e equilíbrio do organismo, explica Greengard.

"A gama-secretase converte muitas proteínas precursoras em moléculas ativas que têm papel fundamental para manter o nosso sistema imunológico, o trato digestivo e para inibir o desenvolvimento do câncer", diz o neurocientista, um dos vencedores do Nobel de Medicina ou Fisiologia em 2000.

Índices do beta-amiloide e desenvolvimento de placas ligadas ao Alzheimer diminuíram no cérebro de camundongos
E se fosse possível inibir a gama-secretase de forma seletiva, mirando apenas na formação do beta-amiloide? Foi mais ou menos esse efeito que os pesquisadores conseguiram obter a partir da nova enzima que descobriram, a GSAP - sigla em inglês para 'proteína ativadora de gama-secretase'.

A inibição da GSAP foi testada em camundongos, que tiveram o gene para a enzima silenciado. Passados seis meses, os pesquisadores verificaram que os índices do beta-amiloide no cérebro dos animais haviam diminuído significativamente (em torno de 40%), assim como o desenvolvimento das placas ligadas ao Alzheimer.

"Como a GSAP se mostrou muito seletiva em relação à formação do beta-amiloide sem influenciar outras funções da gama-secretase, ela oferece, potencialmente, uma abordagem muito mais segura para tratar a doença", considera Greengard. "Ainda há muito a fazer antes de testar seu efeito em humanos, mas estamos otimistas em função de seu mecanismo seletivo."

Remédio contra câncer

Os pesquisadores chegaram à nova enzima ao estudar os efeitos de um medicamento usado contra determinados tipos de câncer, o imatinib (conhecido como Gleevec, seu nome comercial). Em 2003, eles descobriram que o fármaco reduzia significativamente a produção do beta-amiloide, mas o mecanismo para tal era desconhecido.

"Agora, demonstramos que a GSAP é a proteína sobre a qual o medicamento influi para reduzir o beta-amiloide e a formação de placas. Assim, a enzima oferece um alvo terapêutico novo e imediato para o tratamento do mal de Alzheimer", ressalta.

"Estamos confiantes de que este novo caminho pode levar a tratamentos bem-sucedidos para essa doença intratável e importante"
Há, porém, uma barreira imposta pelo próprio organismo a se superar: o medicamento não consegue ultrapassar a barreira hematoencefálica, a fronteira que 'filtra' as substâncias químicas presentes no sangue antes de chegarem ao sistema nervoso central.

Segundo Greengard, a equipe está procurando desenvolver derivados relacionados à droga que possam entrar no cérebro e reduzir a formação do beta-amiloide com eficácia. Outra opção, aponta, será silenciar o gene da GSAP para prevenir a produção de placas do beta-amiloide no cérebro.

Antes disso, porém, é preciso conhecer melhor os papeis desta enzima, sobre a qual pouco se sabe. "Temos que avaliar a fundo suas funções fisiológicas antes de adotar uma solução como esta", diz Greengard. "Ainda há um longo caminho para que as nossas descobertas se traduzam em práticas clínicas. Porém, estamos confiantes de que este novo caminho pode levar a tratamentos bem-sucedidos para essa doença intratável e importante", destaca.

Júlia Dias Carneiro
Ciência Hoje On-line