segunda-feira, 12 de maio de 2025

4 perigos do consumo de energético para a saúde


Veja como essa bebida pode ter efeitos significativos sobre o coração

 

As bebidas energéticas, também conhecidas como energéticos, são produtos geralmente consumidos para aumentar o estado de alerta, melhorar o desempenho físico ou combater o cansaço. No entanto, o consumo dessas bebidas pode ter efeitos significativos sobre o coração. Entre os impactos possíveis, estão o aumento da frequência cardíaca, arritmias, hipertensão arterial, a chamada "síndrome do coração partido" e até complicações cardiovasculares mais graves.

 

Esses efeitos são mais frequentes quando o consumo é excessivo ou frequente. Segundo especialistas, isso ocorre porque os energéticos possuem altos níveis de cafeína — variando de 80 a 160 mg por unidade, dependendo da marca — e outros compostos como a taurina, que também influenciam o sistema cardiovascular e potencializam os riscos à saúde.

 

A Inspirali, ecossistema de educação médica, convidou a Dra. Juliana Filgueiras Medeiros, cardiologista e professora na Universidade São Judas Tadeu, para explicar sobre os perigos do consumo de energéticos para a saúde. Confira!

 

1. Energético pode fazer mal para a saúde

O energético, quando consumido em excesso ou em uma frequência irregular, pode fazer mal para a saúde, pois a bebida geralmente concentra altas doses de cafeína e açúcar, que podem afetar o coração, aumentando a pressão arterial e causando taquicardia. Em alguns casos, pode até provocar arritmia como fibrilação atrial. Se a pessoa tem algum problema cardíaco, ou se é muito ansioso e/ou tem insônia, o ideal é evitar.

 

2. Efeitos colaterais do energético

Os efeitos colaterais das bebidas energéticas podem variar de pessoa para pessoa, mas alguns dos mais comuns incluem: insônia, aumento da pressão arterial, aumento das arritmias, batimentos cardíacos irregulares, piora da ansiedade e dor de cabeça.

Em casos extremos, pode causar crise convulsiva, desidratação e tem relatos até de parada cardíaca, mas não é tão comum. Depende muito da dose que a pessoa consome. Geralmente, para o paciente ter uma parada cardíaca, está associado com o uso de drogas ou bebida alcoólica.

 

3. Quem não deve consumir energéticos

Pacientes com problemas cardíacos, como hipertensos, portadores de arritmias cardíacas e de insuficiência cardíaca, a recomendação é evitar energéticos. Quem tem crise de ansiedade ou de pânico precisa evitar o consumo, porque a bebida pode piorar esses quadros. Quem tem distúrbio de sono, como insônia ou dificuldade para dormir, o energético vai atrapalhar o sono e, consequentemente, a pessoa acordará mais cansada.

Crianças e adolescentes não devem consumir porque ainda estão em desenvolvimento do sistema nervoso, e existe o risco de dependência, principalmente com cafeína. Portanto, a Sociedade Brasileira de Cardiologia de Pediatria não recomenda o uso energético para menores de 18 anos.

Para gestantes e quem amamenta também recomenda-se evitar porque a cafeína atravessa a placenta e pode afetar o bebê. Para idosos também não é recomendado, pois podem ter efeitos colaterais como tontura, arritmia, pressão alta ou queda da pressão. 

É importante que as pessoas estejam cientes desses potenciais efeitos colaterais e considerem moderar o consumo de bebidas energéticas, especialmente se tiverem condições de saúde pré-existentes. Consultar um profissional de saúde é sempre uma boa prática se houver preocupações sobre o consumo.

 

4. Perigos do consumo diário de energético

Não é recomendado tomar energético diariamente. Mas, em caso de consumo diário, pode ocorrer uma dependência da cafeína ou até abstinência. Além disso, pode causar dor de cabeça, irritabilidade, cansaço, dificuldade de concentração, já que o organismo se acostuma e vai precisar de uma dose cada vez maior de energético para sentir o efeito.

Consequentemente, isso pode sobrecarregar o coração porque terá um aumento da pressão arterial, batimentos cardíacos acelerados ou irregulares, podendo induzir arritmias graves ou até insuficiência cardíaca. Além disso, a bebida deixará o cérebro em estado de alerta o tempo todo, causando dificuldade para dormir e cansaço no dia seguinte. Com isso, a pessoa vai tomar mais energético, gerando um ciclo vicioso.

Como os energéticos têm muito açúcar, a pessoa pode ganhar peso, podendo levar ao risco de diabetes. Ainda, metabolizar a cafeína em excesso pode gerar uma hepatopatia, ou seja, uma sobrecarga do fígado. Tomar energético pode parecer inofensivo, mas o uso crônico pode ser prejudicial. O ideal é, se for tomar, que seja com moderação e em situações específicas, além de não misturar com álcool.

 

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/4-perigos-do-consumo-de-energetico-para-a-saude,76e5b4e9e4bd40674a2b463fcbe6107f6r9j8edn.html?utm_source=clipboard - Por Juliana Antunes - Foto: Pixel-Shot | Shutterstock / Portal EdiCase

domingo, 11 de maio de 2025

6 mitos comuns sobre a vacina da gripe


Imunização, testagem e bons hábitos podem ajudar a conter a transmissão do vírus Influenza

 

Durante o outono e o inverno, os casos de gripe tendem a aumentar, principalmente entre os meses de abril e agosto. Para proteger a população, reduzir internações e aliviar a sobrecarga nos serviços de saúde, os médicos recomendam que as pessoas se vacinem contra a doença.

 

A gripe é uma infecção aguda do sistema respiratório, provocada pelo vírus Influenza, com alto potencial de transmissão. Como destaca a Organização Mundial da Saúde (OMS), a doença não deve ser vista como algo irrelevante, visto que pode evoluir para formas mais sérias, principalmente entre os grupos de alto risco.

 

Isso porque ela pode se tornar uma doença grave e levar a complicações, especialmente em casos de pessoas com doenças crônicas (asma, hipertensão arterial, obesidade e diabetes), gestantes, idosos e crianças menores de 5 anos.

 

Existem quatro vírus da gripe: Influenza tipos A, B, C e D, sendo os tipos A e B os que normalmente circulam anualmente e causam a doença em humanos, que geralmente se inicia com sintomas de febre súbita, tosse (geralmente seca), dor de cabeça, dores musculares e articulares, mal-estar, dor de garganta e coriza. A transmissão ocorre por secreções das vias aéreas no contato com uma pessoa doente ou por objetos tocados por ela.

 

Mitos comuns sobre a vacina da gripe

Segundo o Ministério da Saúde do Brasil, a vacinação anual salva vidas e previne milhões de casos graves e óbitos por gripe. No entanto, algumas pessoas ainda têm dúvidas quando se trata de sua vacina e, infelizmente, não faltam informações incorretas a respeito. Tais equívocos, muitas vezes, impedem as pessoas de serem vacinadas contra o vírus Influenza.

 

Confira, abaixo, alguns mitos e os esclarecimentos sobre a vacina da gripe!

 

1. Tomando a vacina da gripe você vai pegar gripe

Mito. A vacina contra a gripe não causa gripe, seja trivalente (vacina contendo 3 cepas do vírus Influenza) ou quadrivalente (ou tetravalente — contendo 4 cepas). Ela reduz o risco de contrair o vírus em até 90%, conforme o Ministério da Saúde.

Contudo, se você o contrair mesmo assim, os sintomas deverão ser menos graves do que se não tivesse recebido a vacina, pois ela estimula o sistema imunológico na defesa contra o vírus, ajudando a reduzir significativamente complicações de saúde associadas, hospitalizações e sintomas respiratórios graves.

 

2. A gripe não é tão grave, então não é necessário tomar a vacina

Mito. A gripe deve ser levada a sério, pois pode levar a complicações graves e à hospitalização, principalmente para grupos de risco. Mesmo que você se sinta saudável e contrair o vírus poderá não afetar sua saúde a longo prazo, é importante lembrar que as pessoas com quem você entra em contato diariamente também estarão em risco.

"A vacinação contra a gripe é fundamental para a proteção individual e coletiva. Além dos grupos de risco, é essencial que toda a população procure a prevenção, pois quanto mais pessoas estiverem vacinadas (incluindo adolescentes e adultos saudáveis, por exemplo), podemos dificultar a circulação do vírus estabelecendo ambientes saudáveis (seja familiar, seja na empresa ou outros de convívios sociais). A prevenção é a chave para o cuidado conosco e com todos ao nosso redor", conta a Dra. Melissa Palmieri, médica e sanitarista, atual vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações — Regional São Paulo.

 

3. Você não precisa tomar a vacina contra gripe se você já tomou ano passado

Mito. Você precisa ser vacinado todos os anos por duas razões muito importantes. Primeiro, o vírus da gripe está em constante mudança. À medida que as cepas mudam, novas vacinas são desenvolvidas para garantir proteção. Com isso, a vacina do ano anterior pode não estar preparada para combater os vírus comuns da gripe desta temporada.

 

Em segundo lugar, embora a vacina contra gripe sazonal deva protegê-lo durante a temporada, os anticorpos que o corpo produz para protegê-lo diminuem ao longo do tempo. Participar da vacinação contra a doença todos os anos ajuda a manter a proteção ano após ano.

 

4. A gripe não é perigosa para as crianças

Mito. Crianças menores de 5 anos são mais propensas a desenvolver complicações graves se contraírem o vírus Influenza, e a vacina ajuda a diminuir esse risco. Um estudo de 2017 publicado na Pediatrics mostrou que a vacina contra a doença reduziu em 65% o risco de morte associada à gripe em crianças e jovens saudáveis de 17 anos ou menos. Neste sentido, o Ministério da Saúde recomenda que todas as pessoas com mais de 6 meses sejam vacinadas contra a gripe.

 

5. A vacina contra gripe torna você mais suscetível a outros vírus respiratórios

Mito. Com base na pesquisa mais atual, o Centro de Controle e Prevenção de Doença (CDC) dos Estados Unidos não encontrou evidências de que a vacina contra a gripe torna as pessoas mais suscetíveis a outras infecções respiratórias. Além disso, um estudo publicado no Journal of Infectious Diseases, chamado"Boosting of Cross-Reactive and Protection-Associated T Cells in Children After Live Attenuated Influenza Vaccination", mostrou que tomar uma vacina contra a gripe não enfraquece o sistema imunológico.

 

6. Não há uma forma de diferenciar gripe de COVID-19

Mito. Além da vacinação, é importante lavar as mãos ou usar álcool em gel e continuar se testando para evitar a contaminação e propagação do vírus. "Especialmente nos meses de clima mais frio, quando as pessoas tendem a se reunir em espaços fechados, com ar seco, pode haver um aumento na disseminação de vírus respiratórios, como gripe (Influenza) e COVID-19″, explica o Dr. Oscar Guerra, diretor médico da Divisão de Diagnósticos Rápidos da Abbott para a América Latina.

 

Essas infecções compartilham sintomas similares — como tosse, coriza ou congestão nasal, febre, dor de garganta, fadiga e dor de cabeça —, é difícil um diagnóstico apenas considerando os sintomas, sem testagem.

 

Para facilitar o diagnóstico, existem opções de teste rápido no mercado, que permite aos profissionais de saúde diagnosticarem Influenza A ou B e COVID-19 em um único teste de swab, com resultados em até 15 minutos, e prescrever o tratamento adequado mais rapidamente.

 

Tratamento e cuidados ao contrair gripe

Ao contrair a gripe, é importante adotar alguns cuidados. "Caso você contraia o vírus Influenza e desenvolva a gripe, é fundamental manter-se hidratado, descansar e adotar uma alimentação saudável", afirma Patrícia Ruffo, nutricionista e gerente científica da Divisão Nutricional da Abbott no Brasil. Isso porque a hidratação é uma parte importante da recuperação em um quadro de gripe, ajudando não só a amenizar os sintomas, mas também colabora para o corpo começar a se recuperar.

 

"Outro ponto muito importante é que se você começar a sentir sintomas parecidos com os da gripe, vá ao médico o mais rápido possível para fazer o teste. A medicação antiviral funciona melhor se administrada até 48 horas após o início dos sintomas. Portanto, fazer o teste mais cedo pode levar a melhores resultados", destaca o Dr. Oscar Guerra.

 

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/6-mitos-comuns-sobre-a-vacina-da-gripe,f39d4b6975d3336d0358d01960a264e1dpq75s7k.html?utm_source=clipboard - Por Bruno Escudero - Foto: PeopleImages.com - Yuri A | Shutterstock / Portal EdiCase

sábado, 10 de maio de 2025

7 erros na alimentação que prejudicam o crescimento dos músculos


Pular refeições e esquecer dos principais nutrientes são alguns dos deslizes mais comuns

 

Treinar horas e horas a fio é o seu forte, mas você sai correndo da academia e não come nada. Erro feio. "Para que haja ganho de massa muscular, duas coisas são fundamentais: o estímulo ao músculo e uma alimentação que contemple todos os nutrientes", explica o nutricionista Israel Adolpho, especialista em esporte. Carboidratos, proteínas e até as gorduras merecem importância redobrada para quem quer ver os músculos crescerem.

 

Agora que você já sabe que não adianta só puxar ferro, mas que também é preciso compor bem o prato para formar a massa muscular, confira quais são os deslizes mais comuns da alimentação que impedem os músculos de crescerem e risque-os de uma vez por todas do seu cardápio.

 

Cortar o carboidrato e exagerar na proteína

 O carboidrato é a primeira fonte de que o nosso corpo dispõe para gerar energia. Se a quantidade deste nutriente na alimentação não estiver adequada, o organismo lançará mão da proteína para exercer esse papel, impedindo que ela agregue à formação muscular. Ou seja, para que a proteína seja bem aproveitada, o carboidrato tem que estar presente.

"As proteínas, por sua vez, devem ser consumidas nas quantidades corretas, ou seja, sem ultrapassar o limite de dois gramas de proteína por quilo de peso ao dia", explica a nutricionista Leila Froeder, da clínica Vivid. Carne e ovos são fontes de proteína: um bife de contrafilé de 100 gramas tem aproximadamente 30 gramas de proteínas e o ovo de galinha tem cerca de cinco gramas do nutriente. "O excesso desse nutriente pode gerar sobrecarga renal e perda óssea". 

 

Pensar mais na quantidade que na qualidade das calorias

Ficar atento à quantidade de calorias ingeridas é importante não só para quem quer emagrecer, mas para qualquer pessoa que mantenha uma dieta equilibrada. Mas ainda mais indispensável é prestar atenção na qualidade das calorias. Todos os nutrientes merecem destaque no seu prato. Israel Adolpho explica que as proteínas são fundamentais para a construção de massa muscular, mas os carboidratos também ajudam no processo, uma vez que irão liberar energia para a atividade, poupando as proteínas para atuar na construção dos músculos.

Gorduras, vitaminas, fibras e outros componentes também têm que estar presentes. Para um efetivo ganho de massa muscular é preciso que sua alimentação seja balanceada e contemple todos os grupos da pirâmide alimentar.

Todo cuidado é pouco: a nutricionista Leila Froeder, da clínica Vivid, chama atenção para os transtornos alimentares que a preocupação excessiva com o consumo de calorias, gorduras, proteínas e carboidratos pode gerar. "Para evitar erros, consulte um nutricionista, que elaborará um cardápio capaz de gerar ganho de massa muscular sem riscos à saúde". 

 

Pular refeições

O praticante de musculação deve se alimentar, no mínimo, a cada três horas. "Para que a massa muscular seja desenvolvida, em nenhum momento o organismo pode ficar sem a disponibilidade de nutrientes", conta o nutricionista Israel Adolpho. Fazer apenas três refeições por dia pode determinar a falta de combustível para a hipertrofia muscular, impedindo que o ganho de músculos atinja seus níveis ideais.

 

Não comer antes e depois do treino

A nutricionista Leila Froeder explica que consumir pequenos lanches, um antes e outro depois do treino, são indispensáveis não só para o ganho de massa muscular, como também para um bom desempenho durante a atividade física. "Esse aporte energético permite níveis adequados de glicose sanguínea durante o treino, melhorando o desempenho e evitando fadiga", conta a nutricionista, que recomenda o consumo de carboidratos de baixo índice glicêmico, que liberam a glicose de forma constante, evitando picos.

Uma pera, por exemplo, contém esse tipo do nutriente. "Logo após o treino, o lanche deve conter carboidratos de alto índice glicêmico e proteínas, que ajudarão na recuperação da energia e formação dos músculos". A combinação de banana e mel, a vitamina de frutas e as barrinhas de cereais são boas opções.

 

Retirar toda a gordura da alimentação

A nutricionista Roseli Ueno, da Unifesp, explica que, de acordo com a American Heart Association, até 30% das calorias da dieta devem ser provenientes de gorduras para que o organismo funcione perfeitamente. Vale dar preferência às gorduras boas, chamadas de poli e monoinsaturadas, que fornecem energia e saciedade, presentes nas castanhas, nozes, linhaça e azeite de oliva.

Vale lembrar que as gorduras monoinsaturadas e polifenóis, presentes no azeite, por exemplo, impedem a oxidação de tecidos, processo que leva ao envelhecimento dos músculos e diminui os níveis de colesterol ruim, o LDL, na corrente sanguínea.

 

Apostar só no suplemento alimentar

Os suplementos alimentares podem ser bons aliados inicialmente - desde que indicados por um profissional -, mas o que deve predominar sempre é o consumo equilibrado de nutrientes. A nutricionista Leila Froeder explica que o consumo excessivo de proteínas por meio de suplementos leva o organismo a usar este nutriente como fonte energética, se não houver a quantidade necessária de carboidratos na dieta, gerando toxinas que sobrecarregam os rins e causam perda óssea.

 

Consumir bebidas alcoólicas

Israel Adolpho explica que o álcool causa desidratação, sobrecarrega órgãos como rins, fígado e cérebro, afeta a força e o equilíbrio e ainda faz com que a reserva de glicogênio hepático, matéria prima da formação dos músculos, seja comprometida, levando a uma diminuição do rendimento do treino. "Se o objetivo for o ganho de massa muscular, o praticante deve evitar o consumo de álcool pelo menos entre as sessões de treino", explica Israel Adolpho.

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/materias/materia-10296 - Dr. Israel Adolfo Miranda Busto - Nutrição - CRN 21752/SP - Especialista consultado - Livia D'Ambrosio - Analista editorial - @Shutterstock

sexta-feira, 9 de maio de 2025

10 principais sintomas de gripe (e como aliviar)


Os principais sintomas de gripe são febre alta, dor de garganta, dor no corpo, tosse seca persistente, espirros e nariz escorrendo ou entupido, e normalmente surgem de 2 a 3 dias após contato com uma pessoa infectada pelo vírus influenza.

 

Para aliviar os sintomas de gripe, pode-se tomar um banho levemente frio e colocar panos úmidos na testa e nas axilas, para baixar a febre, inalar de vapor de água para ajudar a desentupir o nariz, além de descansar e beber bastante água.

 

Além disso, é importante consultar o clínico geral, de forma a ser avaliado, identificada a gripe e descartada outras condições com sintomas parecidos, como resfriado ou COVID-19, e assim, ser indicado o melhor tratamento para aliviar os sintomas. Saiba diferenciar os sintomas de COVID-19, gripe e resfriado.

 

Sintomas de gripe

Os principais sintomas da gripe são:

 

Febre, normalmente entre 38 e 40ºC;

Calafrios;

Dor de cabeça;

Tosse seca persistente;

Espirros e nariz escorrendo ou entupido;

Dor de garganta;

Dor muscular, especialmente nas costas e pernas;

Perda de apetite;

Dor no corpo ou mal-estar geral;

Cansaço ou fraqueza.


Além disso, outros sintomas da gripe que podem surgir são vômitos ou diarreia, sendo mais comum em crianças.

 

Os sintomas da gripe comum começam a ser sentidos cerca de 2 a 3 dias após estar em contato com alguém gripado ou após estar exposto a fatores que aumentam as chances de contrair a gripe, como o frio ou a poluição, por exemplo.

 

Não ignore os sinais que seu corpo está dando!

 

Diferença entre gripe e resfriado

A contrário da gripe, geralmente o resfriado não causa febre e normalmente não traz complicações, como diarreia, dor de cabeça forte e dificuldade para respirar.

 

Em geral, o resfriado dura cerca de 5 dias, mas em alguns casos, os sintomas de nariz escorrendo, espirros e tosse podem durar até 2 semanas.

 

Diferença entre gripe, dengue e Zika

A principal diferença entre a gripe e a dengue e a Zika, é que a dengue e a Zika além dos sintomas comuns da gripe, também causam coceira no corpo e manchas vermelhas na pele. A Zika demora cerca de 7 dias para desaparecer, enquanto os sintomas da dengue são mais fortes e só melhoram após cerca de 7 a 15 dias. Veja também quais são os sintomas da gripe suína.

 

Quanto tempo dura a gripe?

Os sintomas de gripe aparecem de forma repentina e costumam durar de 2 a 7 dias. Em geral, a febre dura cerca de 3 dias, enquanto os outros sintomas desaparecem 3 dias depois da febre baixar.

 

Como aliviar os sintomas

Para se curar de uma gripe forte, é importante descansar, beber bastante água e, caso indicado por um médico, tomar remédios para aliviar a dor e a febre, como o paracetamol ou o ibuprofeno, por exemplo, e medicamentos antivirais, como o oseltamivir, mas somente em casos específicos. Confira o que é o Tamiflu (oseltamivir) e como tomar.

 

Além disso, para aliviar os principais sintomas é recomendado:

 

1. Febre e calafrios

Para baixar a febre e aliviar os calafrios, deve-se tomar os medicamentos antitérmicos indicados pelo médico, como o paracetamol ou o ibuprofeno, por exemplo.

Além disso, algumas formas naturais de diminuir a febre e os calafrios incluem tomar um banho levemente frio e colocar panos úmidos na testa e nas axilas, para ajudar a regular a temperatura corporal.


2. Nariz entupido e espirros

Para melhorar a respiração, pode-se utilizar a inalação de vapor de água fervente ou nebulização com soro fisiológico, além de lavar o nariz com uma solução salina ou água do mar, encontradas à venda em farmácias.

Também se pode usar um descongestionante nasal, com oximetazolina, por exemplo, mas não se devem exceder os 5 dias de utilização, já que utilizações prolongadas podem causar um efeito rebote. Confira algumas formas naturais de desentupir o nariz.

 

3. Tosse

Para melhorar a tosse e tornar a secreção mais fluida, deve-se beber bastante água e usar remédios caseiros que acalmem a garganta, como mel com limão, chá de canela e cravo-da-índia e chá de urtiga.

Além disso, também se pode usar um xarope para a tosse, indicado por um médico, enfermeiro ou farmacêutico e que pode ser comprado em farmácias, para aliviar a tosse e eliminar a expectoração.

 

4. Dor de cabeça e nos músculos

Algumas dicas que podem contribuir para aliviar a dor de cabeça é o descanso, a ingestão de um chá, que pode ser de camomila, por exemplo e colocar um pano úmido na testa. Caso a dor seja forte, pode-se tomar um paracetamol ou ibuprofeno, por exemplo, com indicação do médico.

 

5. Dor de garganta

A dor de garganta pode ser aliviada com gargarejos de água morna e sal, assim como a ingestão de chás para dor de garganta, como hortelã ou gengibre. Nos casos em que a dor é muito forte ou não melhora, deve-se consultar um médico, já que pode ser necessário o uso de um anti-inflamatório, como o ibuprofeno, por exemplo. Confira alguns remédios naturais para dor de garganta.

 

Gripe em grávidas, crianças e idosos

A gripe em grávidas, crianças e idosos pode causar sintomas mais fortes, podendo ocorrer também vômitos e diarreia, pois esses grupos têm o sistema imune mais fraco, o que deixa o organismo mais sensível.

 

Por isso, e porque não é aconselhado que as grávidas e crianças tomem medicamentos sem a recomendação do médico, além de seguir as dicas caseiras para aliviar os sintomas, deve-se ir ao médico e só tomar medicamentos de acordo com a orientação médica, para não prejudicar o bebê ou causar o agravamento da doença. Saiba como tratar a gripe na gravidez.

 

Quando ir ao médico

Embora não seja necessário ir ao médico para curar a gripe, é aconselhado consultar um clínico geral quando:

 

A gripe demora mais de 3 dias para melhorar;

Os sintomas pioram ao longo dos dias, ao invés de melhorar;

Surgem outros sintomas como dor no peito, suores noturnos, febre acima de 40ºC, falta de ar ou tosse com catarro esverdeado.

Além disso, crianças, idosos e pacientes com fatores de risco, como asma e outros tipos de problemas respiratórios, devem fazer a vacinação contra a gripe todos os anos.

 

Fonte: https://www.tuasaude.com/sintomas-de-gripe/ - Revisão médica: Dr.ª Clarisse Bezerra Médica de Saúde Familiar

quinta-feira, 8 de maio de 2025

Habemus Papam: cardeal Robert Francis Prevost é eleito o 267º Pontífice da Igreja Católica Apostólica Romana


Os cardeais reunidos no Conclave para a eleição do Sumo Pontífice escolheram o novo Papa da Igreja Católica no quarto escrutínio do Conclave. Por volta de 13h10 (no horário de Brasília) desta quinta-feira, 8 de maio, a fumaça branca apareceu na chaminé da Capela Sistina. Robert Francis Prevost, de 69 anos, religioso agostiniano, foi eleito sucessor de Pedro, o Papa de número 267. Ele escolheu como nome Leão XIV.

 

Emocionado e após um longo silêncio, contemplando a Praça São Pedro repleta de fiéis, o Papa Leão XIV saudou todo o mundo com a primeira saudação de Jesus ressuscitado aos seus discípulos: “a paz esteja convosco”. Ressaltando o desejo pela paz em várias ocasiões, o novo Papa salientou que “Deus ama a todos” e que “o mau não prevalecerá”, convidando os discípulos de Cristo a seguirem adiantes unidos, como uma Igreja que constrói pontes por meio do diálogo.

 

O cardeal Robert Francis Prevost, O.S.A., é o atual prefeito do Dicastério para os Bispos e presidente da Pontifícia Comissão para a América Latina. Nascido em 14 de setembro de 1955 em Chicago, Illinois (Estados Unidos), ingressou no noviciado da Ordem de Santo Agostinho (O.S.A.) em 1977, na província de Nossa Senhora do Bom Conselho, em Saint Louis. Em 29 de agosto de 1981, professou seus votos solenes. Estudou Teologia na Catholic Theological Union de Chicago.

 

Aos 27 anos, foi enviado pela Ordem a Roma para cursar direito canônico na Pontifícia Universidade de Santo Tomás de Aquino (Angelicum), recebendo a ordenação sacerdotal em 19 de junho de 1982. Concluiu sua licenciatura em 1984 e, entre 1985 e 1986, atuou na missão de Chulucanas, em Piura, no Peru. Em 1987, obteve o doutorado com a tese “O papel do prior local na Ordem de Santo Agostinho”.

 

Ainda em 1987, foi nomeado diretor de vocações e das missões da província agostiniana “Mãe do Bom Conselho”, em Olympia Fields, Illinois. No ano seguinte, foi enviado à missão de Trujillo, Peru, onde liderou o projeto de formação conjunta dos aspirantes agostinianos dos vicariatos de Chulucanas, Iquitos e Apurímac. Lá exerceu funções como prior da comunidade (1988-1992), diretor de formação (1988-1998) e formador dos professos (1992-1998). Também foi vigário judicial da arquidiocese de Trujillo (1989-1998) e professor de direito canônico, patrística e moral no Seminário Maior “San Carlos e San Marcelo”.

 

Em 1999, foi eleito prior provincial da província “Mãe do Bom Conselho”, em Chicago. Após dois anos e meio, foi eleito prior geral da Ordem de Santo Agostinho, cargo que ocupou por dois mandatos consecutivos até 2013.

 

Retornando à sua província em Chicago, passou a atuar como formador e vigário provincial até 3 de novembro de 2014, quando o Papa Francisco o nomeou administrador apostólico da diocese de Chiclayo, no Peru, conferindo-lhe a dignidade episcopal e designando-o para a sé titular de Sufar. Tomou posse canônica da diocese em 7 de novembro de 2014, e foi ordenado bispo em 12 de dezembro do mesmo ano, festa de Nossa Senhora de Guadalupe. Tornou-se bispo de Chiclayo em 26 de novembro de 2015. Em março de 2018, foi eleito segundo vice-presidente da Conferência Episcopal Peruana.

 

Em 2019, foi nomeado membro da Congregação para o Clero, e, em 2020, da Congregação para os Bispos. Em 15 de abril de 2020, foi designado administrador apostólico da diocese de Callao.

 

Em 30 de janeiro de 2023, o Papa Francisco o nomeou prefeito do Dicastério para os Bispos e presidente da Pontifícia Comissão para a América Latina. Foi criado cardeal pelo Papa Francisco no consistório de 30 de setembro de 2023, recebendo o título da diaconia de Santa Mônica.

 

Atualmente, é membro dos seguintes dicastérios e organismos da Cúria Romana:

 

Dicastério para a Evangelização (Seção para a primeira evangelização e as novas Igrejas particulares)

Dicastério para a Doutrina da Fé

Dicastério para as Igrejas Orientais

Dicastério para o Clero

Dicastério para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica

Dicastério para a Cultura e a Educação

Dicastério para os Textos Legislativos

 

Comissão Pontifícia para o Estado da Cidade do Vaticano

Neste ano, o então cardeal Prevost estava confirmado para pregar o retiro da 62ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, que precisou ser adiada por conta do falecimento do Papa Francisco.

 

Antes, porém, em fevereiro, Prevost recebeu a Presidência da CNBB no Dicastério para os Bispos, durante a visita anual à Cúria Romana.

 

Fonte: https://www.cnbb.org.br/eleito-o-267o-pontifice-da-igreja-catolica-apostolica-romana/