domingo, 19 de fevereiro de 2012

Calorias demais dobram risco de perda de memória


Déficit cognitivo leve

Uma nova pesquisa sugere que consumir entre 2.100 e 6.000 calorias por dia pode dobrar o risco de perda de memória.

A perda de memória, ou déficit cognitivo leve, foi observado entre pessoas com 70 anos ou mais.

O déficit cognitivo leve é o estágio entre a perda de memória normalmente atribuída ao envelhecimento e os primeiros sinais da doença de Alzheimer.

"Nós observamos um padrão de dose-resposta, o que significa, em termos mais simples, quanto maior a quantidade de calorias consumidas a cada dia, maior o risco de déficit cognitivo leve," disse a Dra. Yonas Geda, da Clínica Mayo (EUA).

Ingestão de calorias

O estudo envolveu 1.233 pessoas, com idades entre 70 e 89 e livres de demência. Nesse grupo, 163 apresentaram o déficit cognitivo leve.

Os participantes relataram a quantidade de calorias que comiam ou bebiam em um questionário alimentar. Eles foram divididos em três grupos iguais, com base em seu consumo calórico diário.

Um terço dos participantes consumia entre 600 e 1.526 calorias por dia, um terço entre 1.526 e 2.143 e um terço consumia entre 2.143 e 6.000 calorias por dia.

As probabilidades de se ter déficit cognitivo leve mais do que duplicaram para aqueles no grupo de maior ingestão de calorias em comparação com aqueles do grupo de menor consumo de calorias.

Lembre-se de não comer demais

Os resultados foram os mesmos após o ajuste para o histórico de diabetes, acidente vascular cerebral, nível educacional e outros fatores que podem afetar o risco de perda de memória.
Não houve diferença significativa no risco para o grupo do meio.

"Cortar calorias e comer alimentos que compõem uma dieta saudável pode ser a maneira mais simples para evitar a perda de memória à medida que envelhecemos," disse Geda.

Fonte: http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=calorias-demais-dobram-risco-perda-memoria&id=7437&nl=nlds - Rachel Seroka

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Dormir bem agora previne perda de memória mais tarde


Um novo estudo concluiu que a quantidade e a qualidade do sono durante a noite pode afetar a memória com o passar dos anos.

“O sono interrompido parece estar associado com o acúmulo de placas de amiloide, um traço característico do mal de Alzheimer, nos cérebros de pessoas sem problemas de memória”, diz o autor do estudo Yo-El Ju, da Escola de Medicina da Universidade de Washington, em St. Louis, e membro da Academia Americana de Neurologia. “Mais pesquisas são necessárias para determinar por que isso acontece e se as alterações do sono podem prever o declínio cognitivo”.

Os pesquisadores testaram os padrões de sono de 100 pessoas com idades em
tre 45 e 80 anos que não apresentavam problemas mentais. Metade do grupo tinha mal de Alzheimer no histórico familiar. Um dispositivo foi colocado nos participantes durante duas semanas para medir o sono. Diários do sono e questionários também foram analisados pelos pesquisadores.

Com o estudo, descobriu-se que 25% dos participantes tinham evidência de placas de amiloide, que podem aparecer anos antes dos sintomas da doença começarem. O tempo médio que uma pessoa gastou na cama durante o estudo foi de cerca de oito horas, mas o tempo de sono médio foi de 6,5 horas, por despertarem em curtos períodos de tempo durante a noite.

O estudo revelou que as pessoas que acordaram mais de cinco vezes por hora estavam mais propensas a ter acúmulo da proteína amiloide, em comparação com pessoas que não despertaram tanto. A pesquisa também descobriu que as pessoas que dormem de maneira “menos eficaz” eram mais propensas a ter os traços de mal de Alzheimer em estágio inicial do que as que dormiam de forma mais eficiente. Em outras palavras, aqueles que gastaram menos de 85% do seu tempo na cama realmente dormindo eram mais propensos a ter os traços do que aqueles que gastaram mais de 85% do seu tempo na cama realmente dormindo.

“A associação entre o sono interrompido e placas de amiloide é intrigante, mas as informações deste estudo não podem determinar uma relação causa-efeito ou o sentido dessa relação.
Precisamos de mais estudos de longo prazo, acompanhando o sono dos indivíduos ao longo dos anos, para determinar se o sono interrompido leva a formação das placas ou se as mudanças cerebrais causadas pela doença precoce levam a alterações do sono”, disse o pesquisador. “Nosso estudo estabelece as bases para investigar se a manipulação do sono é uma estratégia possível na prevenção ou redução da doença de Alzheimer”, finaliza.[ScienceDaily]

Fonte: http://hypescience.com/dormir-bem-agora-previne-perda-de-memoria-mais-tarde/ - Por Dalane Santos

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Como a dieta mediterrânea protege o cérebro


Você já deve ter ouvido falar da dieta mediterrânea, famosa por ser saudável e trazer benefícios ao corpo ao longo do tempo.

A dieta mediterrânea é baseada na dieta das populações do litoral do Mar Mediterrâneo, como as populações litorais da Itália e da Grécia. A dieta possui uma abundância de frutas e vegetais frescos, peixe, grãos integrais, legumes, gorduras monoinsaturadas como azeite de oliva, e quantidades moderadas de álcool. Tem uma baixa quantidade de carne vermelha, gorduras saturadas como manteiga, e grãos refinados.

Agora, mais um estudo sugere que pessoas que seguem a dieta de estilo mediterrânico têm melhor saúde. Dessa vez, o benefício é que ela produz menos danos aos pequenos vasos de sangue no cérebro.

Seguir a dieta mediterrânica já foi relacionado a um menor risco de síndrome metabólica, doença cardíaca, derrame, demência e maior longevidade.

Mas os pesquisadores dizem que nenhum estudo olhou para a possível ligação da dieta com o volume hipersensível da substância branca (WMHV, na sigla em inglês) no cérebro, que pode ajudar a explicar alguns destes efeitos benéficos.

O volume é um indicador de danos aos pequenos vasos sanguíneos do cérebro e é detectado através de ressonância magnética.
Estudos anteriores demonstraram que altas quantidades de WMHV no cérebro podem significar maior risco de derrame e demência.

No novo estudo, os pesquisadores compararam as imagens cerebrais e as dietas de 966 adultos com idade média de 72 anos.

A dieta relatada dos participantes foi classificada de acordo com a proximidade da dieta mediterrânica.

Os resultados mostraram que aqueles que mais seguiam uma dieta mediterrânica apresentaram menor medida de WMHV. Cada aumento na pontuação da dieta mediterrânica foi associado com uma diminuição correspondente no volume hipersensível de substância branca.

O benefício manteve-se mesmo após ajuste para outros fatores de risco para danos aos vasos sanguíneos no cérebro, como diabetes, tabagismo, pressão arterial alta e níveis de colesterol anormais.

Os pesquisadores dizem que o aspecto da dieta mediterrânea que mais parecia importar nesse benefício foi a proporção de gordura monoinsaturada por gordura saturada.

As gorduras monoinsaturadas são encontradas em muitos óleos vegetais, abacate e nozes. As gorduras saturadas são encontradas principalmente em carnes e produtos lácteos, bem como em alguns alimentos industrializados.

Ainda assim, os resultados sugerem que o padrão alimentar global da dieta mediterrânica, ao invés de qualquer um dos componentes individuais, pode ser mais relevante para explicar seus benefícios saudáveis.[WebMD]

Fonte: http://hypescience.com/dieta-mediterranica-pode-proteger-o-cerebro/ - Por Natasha Romanzoti

Como surgiu o carnaval?

Você acha que o carnaval foi criação de um brasileiro, não é? Mas a resposta é negativa, apesar de termos uma grande tradição nesta festa. O carnaval é uma comemoração muito antiga. A festa se originou na Grécia há muito, muito tempo atrás, em meados dos anos 600 a 520 a.C. Através dessa festa os gregos realizavam seus cultos em agradecimento aos deuses pela fertilidade do solo e pela produção.

A festa carnavalesca surgiu a partir da implantação, no século XI, da Semana Santa pela Igreja Católica, antecedida por quarenta dias de jejum, a Quaresma. Este período do carnaval era marcado pelo “adeus à carne” ou do latim “carne vale” dando origem ao termo “carnaval”. Durante a época do carnaval havia uma grande concentração de festejos populares. Cada cidade brincava a seu modo, de acordo com seus costumes. O carnaval moderno, feito de desfiles e fantasias, como estamos acostumados, é produto da sociedade vitoriana do século XIX.

Na antiguidade – O carnaval da Antiguidade era marcado por grandes festas, onde se comia, bebia e participava de alegres celebrações. O Carnaval prolongava-se por sete dias na ruas, praças e casas da Antiga Roma, de 17 a 23 de dezembro. Todas as atividades e negócios eram suspensos neste período.

No período do Renascimento as festas que aconteciam nos dias de carnaval incorporaram os bailes de máscaras, com suas ricas fantasias e os carros alegóricos. Ao caráter de festa popular e desorganizada juntaram-se outros tipos de comemoração e progressivamente a festa foi tomando o formato atual.

No Brasil – No Brasil, o carnaval foi introduzido pelos portugueses. Seu nome era entrudo, palavra que vem do latim introitus e que designa as solenidades litúrgicas da Quaresma. O Carnaval daqui foi, até a metade do século XIX, uma festa de muita sujeira e molhação. Os escravos a festejavam sujando-se uns aos outros com polvilho e farinha de trigo, ou espirrando água pelas ruas com o auxílio de uma enorme bisnaga de lata.

Por isso as pessoas evitavam sair às ruas durante os dias do entrudo. Isso fez com que os bailes de máscara, realizados apenas para a elite durante o Primeiro Império, e, a partir da década de 1840, para a classe média, fizessem muito sucesso.

Nesses bailes, que eram pagos e feitos em teatros e hotéis do Rio de Janeiro, não se dançava o samba, mas sim o schottische, as mazurcas, as polcas, as valsas e o maxixe, que era o único ritmo genuinamente nacional. Somente em 1869, quando o ator Correia Vasques adaptou a música de uma peça francesa e deu para essa adaptação o nome de Zé Pereira —mesma música que é cantada até os dias de hoje—, apareceu a primeira música de carnaval. Até então, todas as músicas eram instrumentais ou em outro idioma.

Com informações do Almanaque/UOL

Fonte: http://www.bloguito.com.br/como-surgiu-o-carnaval

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Supremo aprova Lei da Ficha Limpa a partir das eleições de 2012


Por 7 votos a 4, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta quinta-feira (16) que a Lei da Ficha Limpa é constitucional e valerá a partir das eleições municipais deste ano. Com isso, não disputarão eleições por pelo menos oito anos vários políticos brasileiros que renunciaram ao cargo ou foram condenados por órgãos colegiados da Justiça. A decisão alcança casos anteriores à sua existência.

Com a decisão, a Corte decidiu que os condenados em segunda instância da Justiça não podem disputar eleições apesar da possibilidade de serem inocentados posteriormente. Os defensores da ideia advogaram que impossibilidade de candidatura não é pena, e sim pré-requisito. Nesse grupo ficaram o relator, Luiz Fux, Joaquim Barbosa, Rosa Weber, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Carlos Ayres Britto e Marco Aurélio de Mello.

ENTENDA A LEI DA FICHA LIMPA

A Lei da Ficha Limpa, aprovada pelo Congresso e sancionada dia 4 de junho de 2010 pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, impede, dentre outros dispositivos, a candidatura de políticos condenados por um colegiado da Justiça (mais de um juiz).

Segundo a lei, fica inelegível, por oito anos a partir da punição, o político condenado por crimes eleitorais (compra de votos, fraude, falsificação de documento público), lavagem e ocultação de bens, improbidade administrativa, entre outros.

Os críticos afirmaram que a Ficha Limpa anularia a presunção da inocência até o julgamento final. Nesse grupo, ficaram Dias Toffoli, Gilmar Mendes, Celso de Mello e o presidente da Corte, Cezar Peluso. Apesar da divergência, o clima no fim da sessão foi de celebração. "A lei é um avanço. Nossas diferenças são contingenciais", disse Peluso. "No fim da festa todo mundo fica bonito."

Nesta quinta-feira (16), os ministros Marco Aurélio de Mello, Ricardo Lewandowski e Carlos Ayres Britto se somaram a Luiz Fux, Joaquim Barbosa, Rosa Weber e Cármen Lúcia na defesa do mecanismo que surgiu de uma iniciativa popular levada ao Congresso. Peluso, Celso de Mello e Gilmar Mendes divergiram do relator e se juntaram em grande parte aos argumentos de Dias Toffoli.

O Supremo ainda terá de decidir se a inelegibilidade se dará a partir da condenação em órgão colegiado ou se apenas depois do julgamento final --nesse caso, o tempo de afastamento da vida pública superaria os oito anos em vários casos.
Voto decisivo

Uma pessoa que desfila pela passarela quase inteira do Código Penal, ou da Lei de Improbidade Administrativa, pode se apresentar como candidato?

Ministro Ayres Britto
No voto decisivo, o ministro Ayres Britto afirmou que a Lei da Ficha Limpa "está em total compatibilidade" com preceitos constitucionais. Segundo ele, a Constituição brasileira deveria ser mais dura no combate à imoralidade e à improbidade. “Porque a nossa história não é boa. Muito pelo contrário, a nossa história é ruim”, disse. Para o vice-presidente da Corte, o mecanismo visa "mudar uma cultura perniciosa, deletéria, de maltrato, de malversação da coisa pública, para implantar no país o que se poderia chamar de qualidade de vida política, pela melhor seleção, pela melhor escolha dos candidatos, candidatos respeitáveis”.

Crítico da aplicação da lei nas eleições de 2010, o ministro Marco Aurélio mudou de ideia e acompanhou a maioria vencedora, mas não admitiu a aplicação da lei para candidatos que seriam barrados por fatos acontecidos antes da aprovação da lei. "Vamos consertar o Brasil de forma prospectiva, não de forma retroativa", disse. O decano da Corte, ministro Celso de Mello, concordou.

O ministro Lewandowski, o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), repetiu que a exigência de moralidade na vida pública deve se sobrepor ao direito individual de ser considerado inocente até palavra final da Justiça. “Nós estamos diante de uma ponderação de valores, temos dois valores de natureza constitucional de mesmo nível”, disse.

No primeiro julgamento da questão, por 6 a 5, o Supremo decidiu que a medida não era aplicável à votação de 2010 por ter sido sancionada pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva menos de um ano antes do pleito –o que é vedado pela legislação eleitoral. Desta vez, ao contrário do que ocorreu no início de 2011, Fux votou a favor da aplicação. Weber, que substituiu outra defensora da lei no primeiro julgamento, a ex-ministra Ellen Gracie, também deu seu apoio.

O Supremo voltou a discutir o assunto após pedido de vista do ministro Dias Toffoli. Os três processos que colocaram a vigência da lei em dúvida começaram a ser debatidos em novembro. O primeiro de dois pedidos de vista foi feito por Barbosa, sob a justificativa de que a Corte ainda estava desfalcada de um ministro após a saída de Ellen. Weber só tomou posse neste ano.

A lei pesou sobre vários candidatos já nas eleições de 2010. O mecanismo prevê inelegibilidade para políticos condenados na Justiça, mesmo sem decisão final, e para os que renunciaram ao cargo para escaparem de cassações. Foram os casos do ex-governador do Distrito Federal Joaquim Roriz (PSC) e dos senadores Jader Barbalho (PMDB-PA) e João Capiberibe (PSB-AP), entre outros.

Histórico
No voto mais esperado do julgamento, a ministra Rosa Weber afirmou que não há empecilho para que um candidato se torne inelegível antes de ser condenado de forma definitiva –exatamente conforme o mecanismo prevê. “A Lei da Ficha Limpa foi gestada no ventre moralizante da sociedade que está agora exigir dos poderes instituídos um basta”, afirmou. “Inelegibilidade não é pena. E aqui o foco é a proteção da legitimidade das eleições e da soberania popular.”

Primeiro ministro a votar contra a iniciativa, Dias Toffoli afirmou que a Lei da Ficha Limpa tem a “pior redação legislativa dos últimos tempos”. Foi acompanhado por comentários de enfáticos Gilmar Mendes. “A Corte pode decidir contra a opinião popular. Se não faríamos plebiscito toda hora e alteraríamos a Constituição. A pena de morte seria aprovada. O modelo contramajoritário serve para defender o indivíduo de si mesmo”, disse.

Em seu relatório, lido no ano passado, Fux considerou problemática a aplicação da lei para casos de renúncia com objetivo de evitar cassações, mas admitiu que condenações em órgãos colegiados servem para barrar candidaturas. Depois de pedir vistas, o ministro Joaquim Barbosa endossou o abandono de cargo como critério --esse voto e o do relator ainda dividem o apoio dos defensores da Lei da Ficha Limpa.

Tanto os defensores do mecanismo como Toffoli concordaram em um ponto: a lei não fere o princípio da irretroabilidade --que proíbe imputar crime a fatos ocorridos antes da confecção de uma determinada lei. Divergiram nesse ponto os ministros Marco Aurélio, Celso de Mello e Cezar Peluso.

(Com Agência Brasil e Agência STF)

Fonte: UOL - http://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2012/02/16/maioria-do-supremo-aprova-lei-da-ficha-limpa-julgamento-prossegue.htm - por Maurício Savarese