sábado, 20 de dezembro de 2025

Quer derreter gordura? Veja como dar o primeiro passo


Quer reduzir gordura corporal de forma saudável? Entenda qual é o primeiro passo para iniciar o processo e evitar erros comuns no emagrecimento

 

A vontade de "derreter gordura" costuma surgir quando a balança não colabora ou quando o espelho denuncia excessos. No entanto, antes de buscar dietas restritivas ou soluções milagrosas, é fundamental entender que queimar gordura vai além de simplesmente perder peso.

 

Perda de peso não é o mesmo que queima de gordura

Embora estejam relacionadas, perder peso e reduzir gordura corporal não são a mesma coisa. A balança pode diminuir por conta da perda de líquidos ou massa muscular, sem que a gordura seja, de fato, eliminada. Por isso, o foco deve estar em criar condições para que o corpo utilize a gordura como fonte de energia.

 

O primeiro passo começa pela alimentação

Ajustes simples na alimentação já colocam o organismo no caminho certo. Reduzir o consumo de alimentos ultraprocessados, açúcar e bebidas calóricas ajuda a controlar o excesso de calorias. Priorizar refeições caseiras, com alimentos naturais e porções equilibradas, é uma estratégia inicial eficaz e sustentável.

 

Movimento ativa o metabolismo

Não é preciso iniciar com treinos intensos. Caminhadas regulares, subir escadas ou aumentar o tempo ativo ao longo do dia ajudam a sair do sedentarismo. A prática de atividade física, mesmo leve, estimula o metabolismo e contribui para a queima gradual de gordura.

 

Sono e rotina também influenciam os resultados

Dormir mal interfere nos hormônios responsáveis pela fome e pela saciedade, favorecendo o ganho de gordura corporal. Manter horários regulares de sono e reduzir o estresse são atitudes que impactam diretamente o processo de emagrecimento.

 

Cuidado com promessas de resultados rápidos

Dietas extremamente restritivas podem gerar perda de peso acelerada, mas costumam levar à perda de massa muscular e ao efeito sanfona. Mudanças consistentes e progressivas seguem sendo a forma mais segura de alcançar resultados duradouros.

 

Derreter gordura de maneira saudável é um processo contínuo, que exige constância, escolhas conscientes e paciência. Pequenas mudanças no dia a dia costumam gerar os melhores efeitos a longo prazo.

 

Fonte: https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/quer-derreter-gordura-veja-como-dar-o-primeiro-passo,59ee800e953a8af7d4425a3bb34db40961ixwn88.html?utm_source=clipboard - Foto: Shutterstock / Sport Life

E se todos os dias do ano fossem Natal?


    A maior festa dos cristãos em todo o mundo é comemorada no dia 25 de dezembro, o nascimento de Jesus Cristo, o Natal. Durante o mês de dezembro, as pessoas começam a se preparar para este grande dia montando árvores, enfeites e presépios; enviando cartões de natal e mensagens natalinas por telefone, email, facebook, instagram ou whatsapp; declarações de Feliz Natal com abraços e apertos de mãos e troca de presentes. O espírito natalino contagia a todos e em toda parte, porque o Natal é celebração, comemoração, magia, alegria e festa.

 

     Nesta época, as pessoas desejam amor, paz e saúde a familiares, amigos, vizinhos, colegas de trabalho e até aos desconhecidos. As atitudes de solidariedade, boa vizinhança, caridade, bondade, cumprimentos são bem atenuantes neste período mais do que em qualquer outro. Ficamos mais humanos, felizes, solidários, unidos, amigos e mudamos a nossa maneira de ser do restante do ano.

 

     Alguns dias após o Natal vêm o início de um ano novo e as esperanças florescem em todos com a perspectiva de dias melhores com saúde, paz, amor e dinheiro no bolso. Passado as festas, tudo volta ao normal, à correria do dia a dia, o trabalho estafante, o estudo puxado, as discussões normais, o estresse e, aos poucos, o espírito natalino vai sendo esquecido e voltamos a ser os humanos normais.

 

     Agora, imagine se em todos os dias do ano as pessoas vivessem o espírito natalino, como o mundo seria diferente. Teríamos mais paz, solidariedade, amor, esperança e assim poderíamos afirmar que Jesus vive em nossos corações todos os dias e não apenas no Natal.

 

     Sei que é um sonho, mas se este sonho for compartilhado por muitos, estaremos dando um grande passo para transformar a humanidade para melhor, menos individualista, egocêntrica e hipócrita.

 

     Que o espírito de Natal esteja sempre conosco em todos os dias do próximo ano e com certeza, a nossa passagem por este mundo será mais agradável, feliz e harmoniosa.

 

     Feliz Natal em todos os dias do ano vindouro para você e sua família!

 

Professor José Costa

sexta-feira, 19 de dezembro de 2025

Caminhadas longas fortalecem o coração e aumentam a expectativa de vida


Caminhadas longas ganham cada vez mais espaço na rotina de quem busca melhorar a saúde de forma simples e acessível. Veja os benefícios dessa prática para o coração.

 

Caminhadas longas ganham cada vez mais espaço na rotina de quem busca melhorar a saúde de forma simples e acessível. Afinal, longe de serem apenas um passatempo, essas caminhadas associam-se a benefícios consistentes para o coração e para a longevidade, segundo diferentes estudos publicados até 2025. Assim, a prática regular, quando feita com orientação adequada, pode ser incorporada tanto por iniciantes quanto por pessoas mais habituadas a atividades físicas.

 

Ao contrário de modalidades mais intensas, caminhar por períodos prolongados exige pouco equipamento, não depende de ambientes específicos e pode se ajustar ao ritmo de cada pessoa. Essa flexibilidade torna a caminhada longa uma opção frequente entre idosos, adultos com rotina de trabalho intensa e indivíduos em processo de reabilitação. Com alguns cuidados básicos, ela passa a funcionar como um aliado direto da saúde cardiovascular e da prevenção de doenças crônicas.

 

Caminhadas longas e saúde do coração: como essa relação funciona?

A relação entre caminhadas longas e saúde do coração está ligada principalmente ao impacto positivo sobre o sistema cardiovascular. Durante o esforço contínuo, o coração é estimulado a trabalhar de forma mais eficiente, melhorando a circulação sanguínea e favorecendo o controle da pressão arterial. Ao longo do tempo, essa adaptação ajuda a reduzir o risco de hipertensão, infarto e outras doenças cardíacas.

 

Além disso, caminhar por mais tempo contribui para a diminuição de marcadores associados a problemas cardíacos, como excesso de gordura corporal e níveis elevados de colesterol. A atividade auxilia no aumento do colesterol considerado "bom" (HDL) e na redução do colesterol "ruim" (LDL) e dos triglicerídeos. Combinada a uma alimentação equilibrada e acompanhamento médico, a prática regular de caminhadas longas se torna uma estratégia consistente de proteção ao coração.

 

Outro ponto relevante é o impacto sobre o controle da glicose no sangue. A caminhada prolongada ajuda o organismo a utilizar melhor a glicose como fonte de energia, colaborando para a prevenção e o manejo do diabetes tipo 2, condição frequentemente associada a complicações cardíacas. Dessa forma, a caminhada não age isoladamente, mas integra um conjunto de fatores que preservam o sistema cardiovascular.

 

De que forma caminhadas longas contribuem para maior longevidade?

A associação entre caminhadas longas e maior longevidade tem sido observada em pesquisas que analisam hábitos de vida e mortalidade ao longo de vários anos. De maneira geral, indivíduos que mantêm uma rotina de caminhada moderada a intensa, por períodos mais longos e com regularidade, tendem a apresentar menor incidência de doenças crônicas e maior expectativa de vida.

 

Esse efeito está ligado a uma combinação de fatores. Entre eles, destacam-se:

 

Melhora da função cardiovascular e respiratória;

Controle do peso corporal e da composição de gordura;

Redução do risco de diabetes tipo 2 e síndrome metabólica;

Manutenção da força muscular e da mobilidade ao longo da idade;

Influência positiva sobre o sono e o estresse diário.

 

Estudos recentes indicam que não apenas o número de passos diários, mas também a duração e o ritmo das caminhadas influenciam a longevidade. Caminhadas mais longas, realizadas de forma consistente ao longo das semanas, tendem a gerar benefícios cumulativos. Mesmo em idades avançadas, iniciar caminhadas progressivas pode trazer ganhos relevantes na autonomia e na qualidade dos anos vividos.

 

Como estruturar caminhadas longas com segurança no dia a dia?

Para que as caminhadas longas ofereçam benefícios ao coração e à longevidade, alguns cuidados práticos são importantes. A intensidade e a duração ideais variam de acordo com idade, condição física e presença de doenças pré-existentes, por isso a avaliação médica é recomendada antes de mudanças mais significativas na rotina de exercícios.

 

Uma forma simples de organizar a prática é seguir uma progressão gradual:

 

Início: começar com caminhadas curtas, entre 10 e 20 minutos, em ritmo leve a moderado.

Ajuste semanal: aumentar de 5 a 10 minutos por semana, conforme tolerância, até alcançar períodos mais longos, como 40 a 60 minutos.

Ritmo: manter uma velocidade que permita falar frases curtas, sem ficar totalmente sem fôlego.

Frequência: buscar caminhar ao menos 4 a 5 vezes por semana, intercalando dias mais intensos com dias mais leves.

Para tornar a prática sustentável, alguns cuidados adicionais podem ser úteis:

 

Escolher calçados confortáveis, com bom amortecimento;

Preferir horários de temperatura mais amena e locais seguros;

Hidratar-se antes e depois da caminhada, ajustando a ingestão de água ao clima;

Observar sinais como dor no peito, tontura intensa ou falta de ar importante, interrompendo a atividade e buscando avaliação profissional se necessário.

 

Caminhadas longas como hábito de longo prazo

Transformar a caminhada longa em rotina passa por pequenas adaptações diárias. Algumas pessoas optam por descer um ponto antes no transporte público, outras trocam deslocamentos curtos de carro por trajetos a pé. Ao somar essas escolhas com períodos mais estruturados de caminhada, cria-se um padrão de movimento benéfico para o coração e para a expectativa de vida.

 

Ao longo dos meses, é comum que a capacidade física aumente, permitindo trajetos mais extensos ou ritmo um pouco mais acelerado, sempre respeitando limites individuais. A prática consistente tende a se refletir não apenas nos indicadores de saúde cardiovascular e na redução de risco de doenças, mas também na manutenção da independência funcional em idades mais avançadas. Assim, as caminhadas longas se consolidam como uma ferramenta acessível e alinhada às principais recomendações atuais de promoção de saúde e longevidade.

 

Fonte: https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/caminhadas-longas-fortalecem-o-coracao-e-aumentam-a-expectativa-de-vida,02b06268e7aed1ed81d093a98226f113vgmmyydr.html?utm_source=clipboard - Por: Valdomiro Neto* *com uso de Inteligência Artificial / Giro 10 - depositphotos.com / SimpleFoto

quinta-feira, 18 de dezembro de 2025

Mais saúde em 2026: veja hábitos para colocar em prática no próximo ano


Descubra como começar o novo ano cuidando de si com mais consciência e praticidade

 

A virada de ano tradicionalmente traz consigo o desejo de mudanças positivas, especialmente quando o assunto é saúde e bem-estar. Perder alguns quilos, praticar exercícios regularmente e ter noites de sono reparadoras costumam estar no topo da lista de resoluções. No entanto, todas essas conquistas compartilham um ponto de partida comum: a qualidade da nossa alimentação diária, que determina não apenas nosso peso, mas também nossa energia, imunidade e equilíbrio emocional.

 

"A alimentação é o combustível do nosso corpo. Ela influencia tudo, desde o sistema imunológico até o equilíbrio hormonal e emocional. Não se trata de dietas passageiras, mas de entender que comer bem é um investimento direto na nossa saúde física e mental", explica o Prof. Dr. Durval Ribas Filho, nutrólogo, Fellow da Obesity Society FTOS (USA) e presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN).

 

Então, se você deseja transformar suas intenções em ações concretas, confira, abaixo, seis resoluções práticas focadas em saúde e bem-estar para 2026!

 

1. Redescubra os alimentos de verdade

Com tanta oferta de ultraprocessados, é preciso ser resiliente e focar o básico: comer mais alimentos integrais e minimamente processados. Isso significa, por sua vez:

 

Priorizar frutas, verduras, legumes, grãos integrais, ovos, carnes magras, feijões e castanhas;

Evitar produtos com listas longas de ingredientes, aditivos químicos ou nomes que você mal consegue pronunciar.

Essa é uma mudança simples que pode trazer mais energia, além de regular o intestino e até melhorar a pele e o sono.

 

2. Planeje melhor as refeições

Na correria, é fácil recorrer a refeições rápidas e pobres em nutrientes. Em 2026, organização é a chave para comer melhor sem esforço.

 

Dicas práticas:

 

Reserve um tempo no fim de semana para planejar os cardápios;

Cozinhe porções maiores e congele marmitas saudáveis;

Tenha sempre à mão lanches práticos e nutritivos, como iogurte natural, frutas frescas ou oleaginosas.

Esse planejamento reduz o estresse das decisões de última hora, bem como evita gastos extras e ajuda a manter o foco na saúde.

 

3. Hidrate-se com meta realista

Beber água ainda é um dos hábitos mais negligenciados e mais essenciais. Afinal, a hidratação adequada melhora a digestão, a concentração, a saúde da pele e até o humor. Para tanto:

 

Mantenha uma garrafa com água sempre por perto;

Ajuste a quantidade conforme peso, clima e nível de atividade.

Se tiver dúvidas, converse com seu médico para adaptar esse hábito à sua realidade.

 

4. Movimente-se mais

Alimentação e atividade física são, certamente, aliados inseparáveis. Não é preciso virar atleta, mas manter o corpo ativo diariamente é fundamental para o equilíbrio físico e mental.

 

Sugestões acessíveis:

 

Caminhadas de 20 a 30 minutos;

Alongamentos ao acordar;

Pausas ativas durante o trabalho (levantar, se esticar, movimentar os ombros).

"A atividade física potencializa os efeitos de uma boa alimentação: melhora o metabolismo, o sono e regulariza o apetite", reforça o nutrólogo.

 

5. Reduza o açúcar com trocas inteligentes

Uma das maneiras mais simples e eficazes de melhorar a alimentação em 2026 é repensar o que se bebe. Refrigerantes, sucos industrializados, bebidas energéticas e até chás "prontos" estão entre os principais responsáveis pelo excesso de açúcar na dieta dos brasileiros.

 

Substitua ao menos uma dessas bebidas por água, água com gás ou chás sem açúcar. Acrescente fatias de limão, folhas de hortelã ou pedaços de gengibre à sua água para dar sabor sem adição de açúcar. Parece pouco, mas esse pequeno gesto tem grande impacto na nossa saúde.

 

6. Informe-se sobre sua alimentação 

Comer melhor exige conhecimento. Em vez de seguir dietas da moda, que tal transformar o aprendizado sobre nutrição em um hábito de longo prazo?

 

Ideias práticas:

 

Informe-se e leia conteúdos em fontes confiáveis de saúde;

Marque uma consulta com um especialista para receber orientações personalizadas.

"Quanto mais você entende sobre alimentos e como eles atuam no seu corpo, mais autonomia tem para escolher de forma saudável, não por dieta, mas por estilo de vida", conclui o Prof. Dr. Durval Ribas Filho.

 

Fonte: https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/mais-saude-em-2026-veja-habitos-para-colocar-em-pratica-no-proximo-ano,e9078670bc3d1dc5663aa66717cfcec4he6gwtti.html?utm_source=clipboard - Por Andréa Simões - Foto: Drazen Zigic | Shutterstock / Portal EdiCase

quarta-feira, 17 de dezembro de 2025

Saiba quais sãos os cinco tipos de insônia segundo a ciência


Pesquisadores costumam falar em cinco tipos principais de insônia. Eles são classificados de acordo com o momento em que surgem os sintomas, a frequência e a relação com outros transtornos. Veja o que diz a ciência.

 

Estudos clínicos e epidemiológicos sobre sono indicam que a insônia não é um problema único, mas um conjunto de quadros diferentes. Em linhas gerais, pesquisadores costumam falar em cinco tipos principais de insônia. Eles são classificados de acordo com o momento em que surgem os sintomas, a frequência e a relação com outros transtornos. Assim, essa divisão ajuda a orientar o diagnóstico e o tratamento em serviços de saúde no mundo todo.

 

Ao longo das últimas décadas, universidades na Europa, nos Estados Unidos e no Brasil passaram a investigar a insônia com mais detalhe. Essas investigações combinando entrevistas clínicas, exames de polissonografia e questionários padronizados. Ademais, elas alimentaram classificações internacionais, como a International Classification of Sleep Disorders (ICSD-3), da American Academy of Sleep Medicine, amplamente utilizada em centros de pesquisa e ambulatórios especializados desde 2014.

 

Quais são os cinco tipos de insônia descritos na literatura científica?

Embora existam variações entre manuais diagnósticos, muitos trabalhos científicos agrupam a insônia em cinco categorias principal. São elas: insônia inicial, insônia de manutenção, insônia terminal, insônia aguda e insônia crônica. Assim, essa forma de organização aparece em estudos de grupos de sono de instituições como a Universidade de Stanford (Estados Unidos), a Universidade de Zurique (Suíça) e a Universidade de São Paulo (USP), entre outras.

 

Esses tipos não são doenças à parte, mas descrições dos padrões de dificuldade para dormir. Afinal, em muitos pacientes, mais de um tipo pode surgir ao mesmo tempo. Por exemplo, dificuldade para pegar no sono (insônia inicial) combinada com despertares durante a madrugada (insônia de manutenção). Porém, a classificação facilita a escolha de estratégias terapêuticas que se adequem mais em ambulatórios de medicina do sono.

 

Insônia inicial, de manutenção e terminal: como os pesquisadores diferenciam?

A chamada insônia inicial caracteriza-se pela dificuldade para iniciar o sono. Estudos do Stanford Center for Sleep and Circadian Sciences descrevem esse tipo em indivíduos que levam mais de 30 minutos para adormecer, em pelo menos três noites por semana. Assim, esse padrão é avaliado por diários de sono e escalas como o Pittsburgh Sleep Quality Index, utilizados em pesquisas com adultos e adolescentes.

 

Já a insônia de manutenção caracteriza-se por despertares frequentes ou prolongados ao longo da noite. Pesquisas conduzidas pelo Sleep and Health Research Program, da Universidade do Arizona, mostraram que esse tipo está ligado a maior sonolência diurna e dificuldades de atenção. Os trabalhos frequentemente associam a insônia de manutenção a condições como apneia obstrutiva do sono, dor crônica e uso de determinadas medicações.

 

A insônia terminal, por sua vez, tem como característica o despertar precoce, com dificuldade em voltar a dormir, mesmo quando ainda seria importante permanecer na cama. Estudos observacionais da Universidade de Zurique e do Max Planck Institute of Psychiatry, na Alemanha, descrevem esse padrão sobretudo em indivíduos com quadros depressivos. Neste caso, usam entrevistas estruturadas e polissonografia para documentar a interrupção do sono nas últimas horas da noite.

 

Insônia aguda e insônia crônica: o que dizem os principais estudos?

A insônia aguda é aquela que dura pouco tempo, geralmente associada a eventos específicos, como estresse intenso, mudanças no trabalho, viagens ou doenças passageiras. Pesquisas da Harvard Medical School, especialmente do Division of Sleep Medicine, definem esse quadro como sintomas que se estendem por dias ou poucas semanas. Muitos desses estudos mostram que uma parte dos casos desaparece quando o fator desencadeante é resolvido, sem necessidade de tratamento medicamentoso prolongado.

 

Em contraste, a insônia crônica é um quadro persistente. De acordo com a ICSD-3 e com estudos multicêntricos coordenados pela Universidade de Stanford e pela Universidade de Oxford, considera-se crônica a insônia que ocorre pelo menos três vezes por semana, por três meses ou mais, acompanhada de prejuízo em áreas como trabalho, estudo ou relações sociais. Essa definição foi utilizada, por exemplo, em ensaios clínicos sobre terapia cognitivo-comportamental para insônia (TCC-I) publicados em revistas como Sleep e JAMA Psychiatry.

 

No Brasil, grupos de pesquisa da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e da USP também adotam essa distinção entre formas agudas e crônicas em seus estudos populacionais. Dados coletados em grandes centros urbanos apontam que a insônia crônica tende a se associar a outros problemas de saúde, como hipertensão arterial e transtornos de ansiedade, reforçando a necessidade de avaliação médica estruturada.

 

Quais estudos ajudaram a consolidar essa classificação da insônia?

Além da ICSD-3, publicada pela American Academy of Sleep Medicine, diferentes projetos colaborativos internacionais ajudaram a consolidar a divisão em cinco tipos de insônia. Entre eles, destacam-se:

 

Stanford Sleep Cohort, coordenado pela Universidade de Stanford, que acompanhou adultos por vários anos, descrevendo padrões de dificuldade para iniciar, manter e finalizar o sono.

Zurich Cohort Study, da Universidade de Zurique, que investigou a relação entre insônia terminal, sintomas depressivos e cronobiologia.

Estudos do Harvard Work, Health and Well-being Program, que analisaram insônia aguda associada a estresse ocupacional, uso de telas à noite e jornadas de trabalho prolongadas.

Pesquisas brasileiras da Unifesp e da USP, como o Estudo Epidemiológico do Sono na Cidade de São Paulo, que aplicaram questionários validados para medir insônia inicial, de manutenção e terminal na população adulta.

Esses trabalhos, somados a ensaios clínicos conduzidos em universidades como Oxford, Toronto e Melbourne, forneceram base para protocolos de tratamento direcionados ao tipo de insônia predominante. Assim, a classificação em cinco tipos de insônia funciona hoje como um guia prático para profissionais de saúde, permitindo abordagens mais específicas e alinhadas às recomendações de sociedades internacionais de medicina do sono.

 

Fonte: https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/saiba-quais-saos-os-cinco-tipos-de-insonia-segundo-a-ciencia,af1722c2049443fc85e372912c7fba794zdnyykj.html?utm_source=clipboard - Por: Valdomiro Neto* *com uso de Inteligência Artificial / Giro 10 - depositphotos.com / HayDmitriy