Em 2015 a
população mundial contava com 900 milhões de idosos, o que corresponde a 12,3%
da população total. A expectativa é de que até a metade do século o número
represente 21,5% da população mundial. No Brasil, a porcentagem atual de 12,5%
de idosos deve alcançar os 30% até 2050. Ou seja, dentro em breve seremos
considerados uma nação envelhecida. Conforme a OMS, Organização Mundial da
Saúde, essa classificação é dada aos países com mais de 14% da população
constituída de idosos, como são, atualmente, França, Inglaterra e Canadá, por
exemplo.
Em 1º de outubro se celebra internacionalmente O Dia
do Idoso. A data foi instituída em 1991 pela Organização das Nações Unidas
(ONU), e tem como objetivo sensibilizar a sociedade para as questões do
envelhecimento e da necessidade de proteger a população mais idosa.
Uma das
maneiras para viabilizar isso é orientar sobre a importância da prática de
exercícios e o papel da medicina esportiva no sentido de garantir a saúde na
terceira idade. A atividade física para o idoso é fundamental inclusive na
prevenção da sarcopenia, que é a perda generalizada e progressiva da massa e da
força na musculatura esquelética, como bíceps, tríceps e quadríceps.
Cerca de um terço da massa muscular se perde com o
tempo. Começa a partir dos 40 anos com diminuição de 0,5% a cada 12 meses
chegando até 1% anual a partir dos 65 anos de idade. A falta da massa magra,
limita ou dificulta até movimentos mais básicos como sentar, levantar e andar.
Por sua vez, a ausência da força provoca o aumento de quedas que podem
ocasionar traumas, luxações e fraturas nos ossos e, não raras vezes, levar à
incapacitação.
Devido ao
aumento da expectativa de vida da população mundial e consequentemente da
população idosa, a sarcopenia vem se tornando uma questão cada vez mais
preocupante. Seu nível pode ser prejudicial a ponto de impedir uma vida
independente. A perda da força muscular resulta em uma dificuldade da
manutenção da estabilidade (equilíbrio), tornando a marcha cada vez mais
incerta, o que pode resultar em quedas em geral. Eventos com estes na juventude
talvez não assumam grande importância, porém, podem causar grandes prejuízos a
um sistema osteomuscular enfraquecido com o avanço da idade.
O problema
pode ser evitado e até mesmo revertido com uma alimentação balanceada, uma vida
psicologicamente saudável e a prática de atividades ou exercícios físicos de
maneira consciente e com um acompanhamento do médico esportivo.
Para cumprir
o seu papel de gerir a saúde física e mental do ser humano, a medicina
esportiva se vale de algumas ações como a realização de testes de força,
velocidade e capacidade aeróbica. Também avalia as condições gerais do paciente,
orienta as atividades e mede e acompanha as evoluções.
Tais procedimentos viabilizam o aumento da massa
magra e a melhora a força muscular o que, além de diminuir o risco de tombos,
facilita os movimentos do braços, pernas e tronco. No caso dos idosos, ainda
ajuda no combate de doenças como hipertensão, derrames, varizes, obesidade,
diabetes, osteoporose, ansiedade, depressão, problemas no coração e pulmões e
restabelece o equilíbrio e a coordenação motora. Além disso, aumenta a
autoestima, a confiança e a aceitação da autoimagem, trazendo mais bem-estar
geral.
Fonte: http://www.boasaude.com.br/noticias/11242/atividades-fisicas-diminuem-a-incidencia-de-quedas-em-idosos.htm/
- Dra. Karina Hatano - médica do exercício e do esporte.
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