Junto com o excesso de peso, surgem outros problemas
de saúde tão sérios quanto a própria obesidade. Conheça as principais
enfermidades relacionadas
A obesidade é uma doença que desencadeia vários outros
problemas de saúde. Entre as pessoas com excesso de peso o risco de desenvolver
hipertensão, por exemplo, é 2,5 vezes maior do que em pessoas de peso ideal.
Segundo o Ministério da Saúde, a obesidade no Brasil
cresceu 60% nos últimos 10 anos. Entre as condições mais frequentes associadas
ao acúmulo de gordura no corpo estão o desenvolvimento de doenças
cardiovasculares, diabetes, hipertensão, problemas de fígado e nas
articulações.
Por outro lado, segundo Sorrentino, quando a pessoa
emagrece e passa a ter uma rotina saudável, se mantendo dentro do peso normal
para sua estatura, o risco de agravamento das doenças diminui ou desaparece.
Confira as principais enfermidades relacionadas à obesidade:
Doenças cardiovasculares
As doenças do coração estão entre as que mais afetam
os obesos. O excesso de tecido adiposo branco elimina toxinas inflamatórias em
grande quantidade, afetando o tecido cardiovascular. Tal reação do organismo
pode provocar hipertrofia, que é o aumento do coração para dar conta do esforço,
além de evoluir para insuficiência cardíaca e outras alterações, aumentando o
risco do desenvolvimento de alterações vasculares, infarto, morte súbita e de
AVC.
Diabetes
O diabetes em obesos costuma ser ocasionado pelo
alto consumo de carboidratos, levando o pâncreas à exaustão para produzir
insulina, hormônio responsável pela metabolização dos açúcares no organismo. O
corpo, por sua vez, cria resistência à substância, que precisa ser produzida em
maior quantidade. Um sinal de alerta é o acúmulo de gordura na região
abdominal, além de sede excessiva, excesso de vontade de urinar, sinais
cutâneos e fome constante.
Hipertensão
A pressão alta é um problema de origem metabólica,
que aumenta a tensão nos vasos sanguíneos e dificulta a passagem do sangue por
essas vias. Esse congestionamento faz com que o coração trabalhe mais para
compensar o desfalque. O problema é que a pressão alta aumenta a chances de um
AVC e de outras complicações no organismo, como alterações no funcionamento dos
rins.
Doenças hepáticas
O fígado é o responsável pela metabolização dos
nutrientes que ingerimos por meio dos alimentos. Porém, quando é exigido em
excesso, o órgão não consegue trabalhar direito. O excesso de estímulo para a
hipertrofia e aumento dos adipócitos (células de gordura) provoca uma
distribuição tão complicada destas células pelo corpo, que seu estocamento
passa a ocorrer também no próprio fígado, gerando a chamada esteatose hepática
não alcoólica, que favorece o surgimento de hipertensão, diabetes, fibrose e cirrose
hepática não alcoólica.
Problemas nas articulações
O excesso de peso exige mais das articulações que,
no longo prazo, gera desgastes nas cartilagens. O atrito entre os ossos pela
falta de densidade nas cartilagens provoca dores, rigidez e inchaço, sinais
evidentes de inflamação, e acaba prejudicando a mobilidade do obeso. O problema
mais comum que afeta as articulações é a artrose, mas outros bastante
conhecidos são "bicos de papagaio" e "esporão de galo",
nomes populares do osteófíto, uma pequena saliência óssea que cresce ao redor
das articulações. Quadril, joelhos, tornozelos e pés são os membros mais
afetados.
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