Seja para prevenir doenças ou colaborar com a reabilitação de pacientes de diferentes diagnósticos, uma boa pedida é manter o corpo em movimento, praticando exercícios. E os profissionais de Educação Física estão entre os mais indicados para garantir resultados eficazes com total segurança. Quando o assunto é promoção da saúde, esses profissionais são parceiros indispensáveis dos médicos.
“A Educação Física afasta as pessoas do sedentarismo
e traz uma série de benefícios de efeitos biológicos, psicológicos e sociais.
Ela vai promover melhoras na aptidão cardiorrespiratória, na aptidão da
musculatura esquelética, vai proporcionar mais bem-estar e colaborar com a
socialização, no caso de práticas em grupo”, explica Diogo Andrade, educador
físico e diretor-técnico da Triação Assessoria Esportiva.
O profissional destaca que o principal papel do
educador físico é estimular e conscientizar a população acerca da importância
de praticar exercícios de forma regular e segura. “Quebrar esses paradigmas do
corpo perfeito; levar, de fato, a consciência de que o indivíduo tem que fazer
exercício, mas também precisa descansar e se alimentar bem. Tudo isso tem que
fazer parte das atividades diárias”, orienta.
Problemas de saúde como diabetes, hipertensão,
obesidade e até mesmo o câncer são impactados com a prática regular de
atividades físicas. “Além de você conseguir atenuar as chances de desenvolver
essas doenças, para aquelas pessoas que já têm um quadro instalado, lado a lado
com a parte farmacológica, o exercício contribui com o tratamento”, assegura
Diogo.
Mais que isso. A atividade física é uma importante
aliada da Medicina na recuperação cardiovascular e motora. “Quando o paciente é
submetido a uma cirurgia cardíaca, ele tem uma perda muito grande da capacidade
funcional e isso precisa ser revertido. Normalmente, é indicado que ele faça
uma reabilitação cardíaca com o objetivo de melhorar os componentes da aptidão
física relacionados à saúde”, pontua o professor universitário fisiologista
Antonio Marcos Motta. “Além de melhorar a capacidade funcional, você acaba,
também, ajudando no próprio tratamento da doença, porque o exercício físico
causa adaptações importantes no sistema cardiovascular e, também, em vários outros
órgãos e sistemas”, completa o professor. Entre os benefícios, ele destaca a
melhora da função cardíaca, a diminuição de processos inflamatórios e da
resistência à insulina e, ainda, o controle da pressão arterial e dos níveis de
colesterol, entre outros.
Nos casos de reabilitação motora, o exercício é
capaz de proporcionar o aumento da força e da resistência muscular, além de
melhorar a condição física geral. “É importante ressaltar que existem fases
específicas do programa de reabilitação em que o professor de Educação Física
faz intervenção. Há fases em que outros profissionais atuam. Dessa forma, o profissional pode
compor uma equipe multidisciplinar”, conta o professor Carlos Amorim. De acordo
com ele, várias atividades podem fazer parte do programa de reabilitação como
ginástica, caminhada, exercícios resistidos, atividades aquáticas e esportes.
“Dependendo do caso em questão, podemos dispor dessas atividades, sempre
respeitando os objetivos do programa”, explica.
Em ambos os casos, é necessária a avaliação médica
prévia. “A avaliação do médico é superimportante para nós sabermos o estado
clínico do paciente, conhecermos o diagnóstico, o procedimento pelo qual
passou, medicação usada e se ele foi submetido a um teste de esforço.
Precisamos desses dados para fazer a prescrição. E o médico também vai indicar
qual o risco daquele paciente quanto à prática de exercício”, enfatiza o
professor Motta.
Amorim destaca, além da parceria com o médico, a
participação de outros profissionais. “Todo trabalho de reabilitação deve ser feito em equipe. Somente através do
atendimento interdisciplinar é possível otimizar os resultados desejados”,
ressalta.
Mas, atenção! A prática de atividades físicas,
principalmente as de alta intensidade, deve ser sempre supervisionada por
profissionais especializados. “Exercício é igual a remédio: ele pode ser bom,
mas também pode ser um veneno. Os benefícios do exercício são muito amplos, mas
para que você, de fato, tenha esses benefícios, é preciso ter cuidados”, alerta
Diogo. Ele ressalta que é importante que uma pessoa que vai iniciar um programa
de exercício e teve ou tem alguma doença passe por uma avaliação médica e
procure um profissional de educação física. “Esse profissional tem que ser
graduado e estar em dia com seu conselho de classe. É a referência que você vai
ter”, conclui.
Fonte: https://www.revistaabm.com.br/blog/boa-saude-tambem-e-movimento
Atividade física é vida! Tudo de bom pro corpo e mente!
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