Siga a orientação médica para excluí-los da dieta sem causar deficiências nutricionais
A repetição de determinados sintomas após uma refeição
- que vão desde problemas gastrointestinais até dificuldades respiratórias -
levam à suspeita de uma alergia alimentar. A hipersensibilidade a determinados
alimentos é uma reação do corpo que pode afetar em cheio a sua imunidade. A
solução? Excluir o desencadeante da dieta.
Segundo a alergista Ana Paula Castro, diretora da
Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia (ASBAI), 85% das reações se
dão por leite, ovo, amendoim, crustáceos e peixes. "Mas praticamente todo
alimento pode desencadear uma alergia alimentar", complementa. No Dia Mundial
da Alergia, marcado para 8 de julho, conheça melhor os principais alimentos
alérgenos e saiba como a sua exclusão afeta a dieta.
Leite
"A alergia ao leite é especialmente comum em
crianças, o que pode ser bastante complicado entre os bebês menores de um ano que
consomem somente este alimento", aponta o alergista Daniel Strozzi,
professor da Unidade de Alergia e Imunologia da PUC de Goiás. Segundo a
nutricionista funcional Ana Flávia Marçal, do Centro de Alergia e Imunologia
Ymune, em Goiânia, o leite possui mais de 20 proteínas sensibilizantes.
A grande preocupação de quem precisa excluí-lo da
dieta deve ser o cálcio, fundamental para a saúde dos ossos. Para suprir a
deficiência, recomenda-se o consumo de produtos fortificados com cálcio, além
de legumes verdes, cereais e peixes. Se for necessário, o médico que está
acompanhando o caso pode indicar suplementação.
Fique atento a: biscoitos, bolachas, bolos, pães,
chantilly, chocolate, coalhada, pudim, manjar, iogurtes, molho branco, molho
nechamel, pão de queijo e sorvete.
Em receitas, substitua o leite por: leites vegetais -
como o de coco, amêndoas, arroz, quinoa e girassol -, água e suco de frutas.
Ovo
O ovo é o segundo maior causador de alergias
alimentares. Tirá-lo da alimentação pode levar à deficiência de ferro no
organismo. Por isso, o nutrólogo Carlos Alberto Nogueira de Almeida, da
Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN), sugere investir na tradicional
combinação de arroz com feijão. "O feijão é rico em ferro, enquanto o
arroz fornece aminoácidos que o feijão não possui e, assim, eles se
complementam, formando uma refeição de alto valor biológico", explica.
Fique atento a: maionese, chantilly, marshmallow,
merengue, molho holandês e molho bernaise ? alimentos que levam ovo na receita.
Em receitas, substitua por: linhaça, polvilho ou
vinagre de maçã.
Trigo
O glúten, presente no trigo, na aveia, no centeio, na
cevada e no malte é uma proteína de difícil digestão. "Ela é responsável
pela elasticidade e plasticidade das massas, fazendo com que elas cresçam
macias", diz a nutricionista Ana Flávia. Diferente da intolerância ao
glúten, o alérgico não pode ingerir qualquer quantia de alimentos com essa
proteína. A principal dificuldade, portanto, não está relacionada a
deficiências nutricionais, mas sim à difícil tarefa de manter uma dieta sem
glúten, já que grande parte do que consumimos contém esse nutriente. Por isso,
o acompanhamento de um nutricionista é fundamental.
Fique atento a: macarrão, pão, tabule, bolos e
chocolates.
Em receitas, substitua por: produtos sem glúten,
farinha de arroz, creme de arroz, polvilho e fécula de batata.
Peixes
De acordo com o nutrólogo Carlos, não é porque você
tem alergia a determinado peixe que terá alergia a todos os peixes. Por isso,
sob orientação profissional, vale experimentar outros tipos. Mas, imaginando
que eles seriam excluídos da dieta ou consumidos com menor frequência, o
paciente deveria buscar outras fontes de ômega-3. "Exemplos são óleo de
canola, óleo de soja, azeite de oliva, rúcula e espinafre", diz.
Crustáceos
A alergia a camarão, lagosta e outros crustáceos pode
ser um problema em regiões do Brasil próximas ao litoral, em pessoas que se
alimentam principalmente desse tipo de alimento. Entre os nutrientes mais
relevantes desses alimentos está o zinco, o selênio e o iodo. Como nosso sal é
iodado, é raro apresentar deficiência desse nutriente. Os demais podem ser
obtidos em nozes, castanhas, milho, carne bovina, frango, arroz integral,
feijão e leite.
Corantes
"Alergia a corantes não é comum, pois eles são
incansavelmente testados antes de irem para o mercado", afirma o nutrólogo
Carlos. Entretanto, Ana Paula Castro aponta que o vermelho carmin pode atuar
como alérgeno. "Neste caso, verifique nos rótulos dos produtos a presença
desse componente e evite o alimento", recomenda a alergista.
Milho
Como todo cereal, o milho é rico em carboidratos. Além
disso, ele fornece boas quantias de vitaminas do completo B, vitamina E e
fibras. Alimentos integrais, ovo, brócolis, fígado e verduras verde escuro
podem fornecer esses nutrientes.
Fique atento a: pamonha, curau, bebidas alcoólicas e
corantes amarelos.
Amendoim
A retirada do amendoim da dieta não causa qualquer
prejuízo, mas, de acordo com a nutricionista Ana Flávia, é possível ser
alérgico ao amendoim e não apresentar qualquer reação a outros alimentos da
mesma família que ele, como a castanha de caju.
Fique atento a: bombons de chocolate, confeitos,
marzipã, nougat, paçoca e nozes.
Em receitas, substitua por: amêndoas, nozes e
castanhas.
Fonte: https://www.minhavida.com.br/alimentacao/galerias/15341-alergia-alimentar-conheca-os-principais-causadores?utm_source=news_mv&utm_medium=AL&utm_campaign=9340822
- Escrito por Laura Tavares - Redação Minha Vida - Foto Getty Images
E Jesus disse-lhe: Se tu podes crer; tudo é possível
ao que crê.
Marcos 9:23
Nenhum comentário:
Postar um comentário