Vários fatores contribuem ou pioram para a formação de gases, mas se for recorrente ou muito frequente tem que procurar um gastroenterologista
Os gases estomacais e intestinais são formados pela
fermentação dos alimentos durante o processo digestivo. Causam desconforto e,
quando em excesso, produzem eructações (arrotos) e flatulência, além de
cólicas, distensão abdominal (estufamento), e “ruídos” no intestino, possíveis
de serem ouvidos, além de outros desconfortos.
Os gases intestinais são resultados da ingestão de
carboidratos complexos, da fermentação bacteriana ou intolerância a lactose e
ao glúten.
Os gases da parte superior do aparelho digestivo podem
ser secundários ou indicar outros problemas, como refluxo e gastroparesia
(estômago lento).
Fatores que podem piorar ou contribuir para a formação
de gases:
• Constipação intestinal (mais de três dias sem
conseguir evacuar as fezes)
• Obstrução do aparelho digestivo
• Falar muito durante as refeições (aerofagia)
• Síndrome do intestino irritável
• Dispepsia funcional (sintomas repetidos e
persistentes de indigestão)
• Super crescimento bacteriano, alterando a flora
intestinal normal
• Estresse mental diário
• Atividade física excessiva (tipo atletas)
• Alimentação pobre em fibras
• Alimentação rica em açúcares, gorduras e
conservantes
• Ingestão de carboidratos complexos e muito
fermentáveis
• Ingestão de alimentos muito fermentáveis, como
repolho, feijão, brócolis, cebola e alho
Quando é preocupante
Uma distensão gasosa súbita pode ser sinal de uma
obstrução intestinal, que precisa de atendimento de emergência para afastar a
possibilidade de uma hérnia inguinal estrangulada, tumores do intestino grosso
ou torções intestinais.
Alimentação
Nenhum alimento deve ser excluído da dieta sem a
orientação de profissionais preparados, como gastro e nutricionista, mas
algumas mudanças são importantes para evitar a produção em excesso de gases.
Por exemplo:
• Aumentar o consumo de frutas e verduras
• Evitar alimentos altamente industrializados
• Evitar alimentos que possuem mais enxofre, como
repolho, brócolis e couve-flor
• Reduzir os fatores de flatulência presentes em
alimentos como, por exemplo, as leguminosas. Para isso, deixe esses alimentos
em remolho (“de molho”) de um dia para o outro, trocando a água até 4x antes do
cozimento.
Se os gases não diminuem
Se os gases continuam se repetindo com frequência ou não diminuem, mesmo com alimentação adequada e mudança de hábitos, pode ser sinal de intolerância alimentar ou doenças orgânicas que precisam ser investigadas. Por isso, um gastroenterologista deve ser consultado para uma correta avaliação e diagnóstico.
É também essencial o acompanhamento com um nutricionista para uma correta dieta alimentar e, assim, evitar a disbiose, que é o aumento de bactérias intestinais “ruins” que promovem maior fermentação no intestino. Quando a disbiose acontece, a permeabilidade intestinal é alterada e alimentos que normalmente não causariam desconforto, ou que não causavam antes, como leite e glúten, podem passar a causar.
Fontes consultadas: gastroenterologista Luiz Eduardo Goes;
e nutricionista Caroline Lima
Fonte: https://revistaabm.com.br/blog/excesso-de-gases-entenda-os-fatores-que-causam-ou-pioram
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