Cardiologista explica como a alimentação pode preservar a saúde cardiovascular, evitando doenças como AVC, infarto e angina
As doenças cardiovasculares representam a principal
causa de morte no Brasil. Por isso, a campanha Setembro Vermelho é fundamental,
uma vez que promove a conscientização sobre essas enfermidades e sobre como
preveni-las. Uma das formas de prevenção, aliás, é através da alimentação.
De acordo com o estudo PURE, (Population Urban and
Rural Epidemiology), coordenado no Brasil pelo Centro Internacional de Pesquisa
do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em 2022, aproximadamente 70% das mortes e dos
eventos cardiovasculares poderiam ser evitados com o controle efetivo sobre os
fatores de risco, como hipertensão arterial e tabagismo.
Neste contexto, é fundamental entender como a
alimentação pode desempenhar papel crucial na prevenção das doenças
cardiovasculares. Isso porque alguns alimentos são aliados na promoção da saúde
do coração, fornecendo nutrientes essenciais e ajudando a reduzir o risco de
complicações cardíacas. Ao mesmo tempo, é vital estar ciente do que pode
prejudicar o coração.
AVC (Acidente Vascular Cerebral)
O AVC é uma condição que se divide em dois tipos
principais: hemorrágico e isquêmico. “O hemorrágico ocorre quando vasos
sanguíneos no interior do cérebro se rompem, resultando em sangramento. Já o
isquêmico é o mais incidente e acontece quando há obstrução das vias sanguíneas
que abastecem o cérebro, em razão de uma trombose ou embolia”, explica o Dr.
Leandro Costa, cardiologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.
Isso leva a uma variedade de sintomas (semelhantes nos
casos de AVC hemorrágico e isquêmico), incluindo perda súbita de força ou
sensibilidade, visão prejudicada, alterações na fala e dores de cabeça
intensas. É importante destacar que um AVC é uma emergência médica que requer
intervenção imediata, destaca o especialista.
A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP)
reportou recentemente um preocupante crescimento de 20,2% no número de
atendimentos de vítimas de AVC no Estado durante o primeiro semestre de 2023 em
comparação ao mesmo período de 2022.
Infarto agudo do miocárdio
O cardiologista explica que o infarto agudo do
miocárdio é uma emergência médica caracterizada pelo bloqueio das artérias
coronárias, bloqueando o fluxo sanguíneo ao músculo cardíaco, que ao ficar sem
sangue, perde oxigênio e morre. Quando isso acontece, uma dor no peito intensa
se manifesta, e essa dor não é só focada no peito; ela pode se espalhar para
áreas como pescoço, axila, costas ou braços.
De acordo com o Dr. Leandro, os sintomas prévios são:
mal-estar, enjoo, tontura, palidez e falta de ar. “Reconhecer esses sinais é
crucial, pois permite um tratamento precoce, o que, por sua vez, melhora
significativamente as chances de recuperação”, destaca.
Angina
Por fim, o especialista explica que a angina é a
manifestação clínica, sintomática, da redução ou interrupção do fluxo sanguíneo
nas artérias que irrigam o coração. Ela pode acontecer concomitantemente ao
infarto, ou seja, quando o fluxo sanguíneo para o músculo cardíaco é diminuído,
dores intermitentes ou pressão no peito, especialmente durante atividades
físicas, podem acontecer.
“É interessante
notar que, em alguns casos, o repouso pode aliviar esses sintomas. E, embora
seja uma condição séria, a angina geralmente não resulta em danos permanentes
ao coração, ao contrário do infarto”, revela o médico.
Alimentação e a prevenção de doenças cardiovasculares
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), dietas
inadequadas representam um dos principais fatores de risco para o
desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Portanto, a relação entre
alimentação e saúde cardiovascular é inegável e de grande relevância.
“Uma dieta equilibrada e consciente, aliada à prática
regular de exercícios físicos, pode ajudar a reduzir os fatores de risco
associados a doenças cardíacas, como níveis elevados de hipertensão arterial e
colesterol. Mas também desempenha um papel crucial na manutenção da saúde do
coração a longo prazo”, ressalta o Dr. Leandro.
Neste contexto, o cardiologista aponta quais alimentos
evitar para preservar a saúde cardiovascular. Confira:
Gorduras saturadas, presentes em carnes vermelhas,
embutidos como bacon, salsichas, manteiga e queijos gordurosos. São conhecidas
por elevar os níveis de colesterol LDL (o “colesterol ruim”), contribuindo para
o acúmulo de placas nas artérias coronárias. Assim, aumentam o risco de doenças
cardiovasculares.
Gorduras trans, presentes em produtos ultraprocessados
como bolos e fast-food. Não só aumentam o colesterol LDL, mas também diminuem o
colesterol HDL (o “colesterol bom”), tornando-as especialmente prejudiciais.
Além disso, o consumo excessivo de sódio, comum em
alimentos processados, pode aumentar a pressão arterial.
O açúcar adicionado em bebidas nesses alimentos
contribui para inflamação, ganho de peso e resistência à insulina, fatores que
podem contribuir para doenças cardíacas.
“Evitar esses alimentos e optar por alternativas
saudáveis, como frutas, vegetais e grãos integrais, além de ter o hábito de se
exercitar regularmente, é fundamental para promover um estilo de vida com um
coração saudável. Ressaltando que qualquer mudança significativa nos hábitos do
paciente deve ser avaliada por um profissional de saúde para garantir que seja
apropriada e segura de acordo com as necessidades individuais”, conclui o
especialista.
Fonte: https://www.saudeemdia.com.br/noticias/setembro-vermelho-alimentacao-pode-prevenir-avc-infarto-e-angina.phtml
- By Milena Vogado - Foto: Shutterstock
Jesus chamou seus doze discípulos e deu-lhes
autoridade para expulsar os espíritos impuros e curar todas as doenças e
enfermidades … Curar os enfermos, ressuscitar os mortos, limpar os leprosos,
expulsar os demônios. De graça recebestes; de graça dai. (Mateus 10: 1-8)
Nenhum comentário:
Postar um comentário